Acre
Sinteac acusa Sinproacre de falsificar assinaturas, convoca trabalhadores e pede perícia
Presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, afirmou que a lista enviada ao MP pelo SinproAcre apresente assinaturas irregulares
ASSESSORIA
Dezenas de professores das redes estadual e municipal de ensino no Acre negam terem assinado uma lista de presença juntada pelo Sinproacre como uma suposta prova para conseguir registro sindical.
“O documento foi falsificado”, diz a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, que nesta entrevista dá detalhes do suposto crime. Há, inclusive, professores que não moram em Rio Branco, mas constam na lista.
Todos os profissionais em Educação que o Sinteac identificou até o momento aceitaram gravar entrevistas e até forneceram seus documentos de identidade para comprovar que eles não estavam no local e na data de uma assembleia convocada pela professora Alcilene Gurgel, a presidente do Sinproacre.
O Ministério Público aceitou a lista forjada como prova e retirou os professores da base do Sinteac. A ação movida pelo Sinteac diz que a assembleia foi realizada em um espaço para lanche das crianças que estudam na Escola Dom Bosco.
“Nesse ambiente não cabem nem 50 pessoas, mas esse grupo político que quer um sindicato para garantir sua sobrevivência pessoal garante que 365 professores participaram da tal assembleia. É outra farsa que iremos desmontar na Justiça do trabalho”, afirmou Rosana.
A assessoria do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), acionada por telefone, pediu um prazo para se pronunciar.
Segue abaixo a entrevista com a Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), professora Rosana Nascimento:
Por respeito
É bom que passem a respeitar o Sinteac e seus dirigentes. Nossa entidade já tem 52 anos. Esse grupo político não desiste de querer um sindicato e, para isso, não medem esforços. Usam de trapaças e falsificam documentos. Para você ver até onde essa gente é capaz de chegar. Eles fazem acusações infundadas. Nem eleições eles realizam no Sinproacre.
A fraude I
A fraude começou na assembleia convocada por eles. Muitos trabalhadores que aparecem na lista nem botaram o pé na assembleia. Ou seja, falsificaram a ata que foi apresentada ao Ministério do trabalho. Nós temos provas. Nós do Sinteac entrevistamos professores que assumem jamais terem comparecido nessa tal assembleia. Falsificar assinatura é crime. A ação que o Sinteac está movendo pede a realização de exames grafotécnicos, para comprovar que as assinaturas foram, de fato, falsificadas. Todos os professores que nos procuraram aceitaram gravar entrevistas e forneceram cópias de seus documentos de identidade. Há situações escandalosas de professores que nem moram em Rio Branco, mas seus nomes constam nessa lista. Disseram que a assembleia era para resolver problemas relacionados à Unimed. Chegando lá, o povo se evadiu. A categoria da educação não gosta de politicagem. Isso está mais do que provado.
A fraude II
A assembleia foi realizada na Escola Dom Bosco, em um ambiente reservado para o lanche das crianças. Ali não cabem 50 pessoas. O Sinproacre alega que havia 365 professores. Nós procuramos a escola, conversamos com funcionários e professores e obtivemos a confirmação de que aquele ambiente não comporta essa quantidade de gente.
Reincidência
São crimes corriqueiros. Esse mesmo grupo conseguiu registro fraudulento para o extinto [Sindicato dos Professores Licenciados do Acre] Sinplac. Eles não podem tirar a base do Sinteac, que já tem 52 anos, para criar outra entidade paralela. Existe um princípio legal chamado unicidade sindical. Só pode existir um sindicato na mesma base. Não se vê um trabalho desse grupo em favor dos professores. Muito provavelmente, este desespero para ter um sindicato na mão é para garantir suas sobrevivências pessoais. Mas quando vão para mesa de negociação é para defender as propostas do governo. Se fazem isso, não representam o trabalhador. Pelo contrário, traem a confiança de quem dá a vida pelo ensino-aprendizado. O Simproacre que sair da situação de vilão para bonzinho e tornar o Sinteac em bandido. Nos acusam de sermos arrogantes e gananciosos, mas, na prática, esse tipo de postura é uma exclusividade deles. O Sinteac nunca forjou ou falsificou assinaturas, nem ata de sua fundação. Pedimos para perícia técnica comprovar quantas pessoas assinaram por 365 professores. Se você está nesta lista de presença venha no Sinteac. Não podemos permitir que essas práticas nefastas manchem o nome da categoria.
A defesa do trabalhador
Simplesmente estamos defendemos a história e a tradição do Sinteac. Nós não ganhamos eleição no tapetão. Respeitamos a democracia, fazemos eleições no tempo certo, com todas as regras do nosso estatuto respeitadas. Nós temos problemas, sim. Não nego. Mas é o único sindicato que sempre defendeu os interesses dos trabalhadores. Vamos comprovar essa fraude que ocorreu na fundação do Sinproacre junto à Justiça do Trabalho e que o Ministério Público do trabalho não poderia tirar a base dos professores do Sinteac. Nós já provamos esse tipo de crime uma vez e iremos provar de novo.
O alerta
Queremos alertar os professores que estão nessa lista para nos procurarem no Sinteac. Nós vamos enviar mensagens no Facebook e WhatsApp dessas pessoas que constam na lista mas não apareceram na assembleia convocada por esse grupo político. Já estamos com várias ações em curso pedindo reparação por danos morais, pois esses trabalhadores foram usados.
Imparcialidade no Ministério do Trabalho
O Ministério do trabalho hoje é coordenado por um grupo corrupto habituado a fornecer cartas sindicais sem obediência a critérios legais. A prova maior foram reportagens vastamente veiculadas na grande imprensa, inclusive no Fantástico. Ora, se já existe sindicato na base, qual a razão de emitir registro para outra entidade? Nós vamos mover ações criminais também contra o Ministério do trabalho.
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Acre
Detran-AC e Sead divulgam resultado preliminar de concurso para cargos de nível superior
Edital publicado nesta sexta (5) apresenta classificação dos candidatos e abre prazo para recursos entre 8 e 9 de dezembro.

Foto: Kelvisson Monteiro/Detran-AC
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Acre
PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.

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Acre
Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado
Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale


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