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Setor de serviços impulsiona economia no Acre e tem variação acima da média nacional

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O setor de serviços no Acre, que compreende as atividades de comércio, registrou variação positiva no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, ficando acima da média nacional. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 16, e mostram que a variação no estado no período foi de 7,2% acima da média nacional, que ficou em 2,7%.

O índice segue positivo, quando se consideram também os últimos 12 meses de 2023, fechando em 6%. No levantamento anterior, que levava em consideração outubro, o Acre foi destaque no setor, ao registrar a maior alta no segmento.

Setor de serviços acumulou variação positiva em 11 meses. Foto: Odair Leal/Sesacre

Também conhecido como setor terciário, que engloba as atividades de serviços e comércio de produtos, o segmento é um dos principais fatores que contribuem para a economia do estado.

Os dados da última divulgação do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que leva em consideração também o mês de novembro, reforçam o potencial do setor no estado. Até novembro, o número total (estoque) de pessoas trabalhando em empregos formais, somente no setor de serviços, chegou a 48.287.

O titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict), Assurbanípal Mesquita, destaca que esse crescimento, mesmo durante um período desafiador, com perda de repasses, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE), mostra que o esforço do governo do Acre tem dado resultados positivos na economia.

“Foi um ano difícil para todo o país, mas o Acre conseguiu se sobressair com esses índices, bastante favoráveis. Isso graças à pujança do nosso setor empresarial, que inclui indústria, comércio e agronegócio, que está aproveitando os incentivos e todo o ambiente de negócios, gerando o seu trabalho de produção e, consequentemente, empregos, dividendos e riqueza para o Acre”, destaca.

Mesquita relembra que em fim de ano é comum que essas movimentações econômicas ocorram de forma mais acentuada. “As pessoas festejam mais e isso, aliado aos pagamentos de salário e 13º, dá uma aquecida extrema na economia. Já janeiro, naturalmente, é um mês menos intenso, mais parado economicamente falando. É um período em que é necessário pagar algumas contas, como escola, IPVA e outras despesas, então as pessoas começam a conter mais as despesas. Porém, a gente pode destacar que teve uma sinalização de crescimento do FPE, o que já indica um começo de ano interessante, sinalizando uma perspectiva positiva”, analisa.

Estado como indutor

No crescimento de postos de trabalho e movimentações econômicas, o Estado é protagonista. Para este ano, grandes obras e o estreitamento das relações comerciais do governo do Acre com outros países que podem se tornar potenciais compradores de produtos regionais devem impulsionar ainda mais esses números.

“O governo do Estado tem aí um pacote, uma variedade de frentes de ação que vão realmente impactar na economia, gerando mais esperança, oportunidades e trabalho e distribuindo mais renda para toda a nossa sociedade. Posso destacar aqui algumas dessas iniciativas, olhando para o campo, para a produção rural, para o agronegócio; a gente tem aí a perspectiva da continuidade da produção agrícola, do milho, da soja e da produção familiar, que devem aquecer a economia”, explica Assurbanípal.

Comprac é regulamentado pela lei estadual n° 3889, de 22 de dezembro 2021. Foto: Clemerson Ribeiro/Anac

O secretário também reforçou o crescimento da indústria de polpas de fruta e do café, principalmente no Vale do Juruá.

O fortalecimento do Programa de Compras Governamentais (Comprac)também deve ser decisivo para o sucesso nesses números. “Ele já vem beneficiando diversos setores, como o moveleiro, de confecções, gráfico e agora vai ampliar para o setor de alimentos e outros setores industriais, como um incentivo que o governo vem dando. Então, o Comprac é um programa que vai ter, este ano, uma ampliação da sua demanda.”

Obras

Com grandes obras em andamento, a construção civil vai ser um vetor para esse segmento. O número total de pessoas empregadas no setor entre janeiro e novembro do ano passado chegou a 7.838.

“Este ano realmente é o ano da construção civil. Já há várias obras em andamento, em licitação, então já existe um pacote de intervenções na infraestrutura acontecendo, obras estruturantes, obras de pequeno porte, de reforma. E aí posso destacar também outro programa especial, que é o Programa de Estímulo à Construção Civil para Geração de Emprego e Renda (PEC-GER), que beneficia as pequenas empresas locais da construção civil”, reforça.

O secretário lembrou que as construções de 1.616 unidades habitacionais destinadas às famílias da Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, com renda mensal bruta até R$ 2.640, devem corroborar esse aumento.

“Os editais já estão em andamento para a contratação, viabilização e inserção das empresas e dos projetos para a implementação, então esse programa, muito especial, no seu pico vai gerar mais de cinco mil empregos diretos, fora os indiretos, e vai capitalizar a oportunidade de trabalho e renda para pessoas do nosso estado.”

Obras previstas movimentam economia do estado. Foto: Aleksandro Soares/Saneacre

Inovação

Paralelo a isso, o incentivo a pequenas, médias e grandes empresas também são prioridade da gestão. “O governo já vem apoiando 20 startups, na parceria com o Sebrae, startups da bioeconomia, no programa chamado Inova Amazônia. O objetivo desse programa é dar uma bolsa para cada startup dessas, para que consigam modelar, desenhar seu produto e quem sabe virar uma empresa, virar um CNPJ e gerar emprego e renda. Então, esse é outro campo de atuação que o governo do Estado vem entrando e que este ano vai entrar mais forte, para dar mais oportunidade de incluir pessoas no mundo dos negócios inovadores, que geram uma renda melhor e uma receita e emprego de mais qualidade”, diz.

Mesquita diz que as expectativas para este ano são positivas, que os setores seguem otimistas e a parceria entre o público e privado é fundamental para números positivos.

“O ambiente está preparado, acho que todas as secretarias estão afinadas, estão com os seus programas prontos para soltar. Outra medida muito importante, que já está sendo trabalhada, é um calendário de eventos para promover feiras e festividades, que também geram economia, principalmente no âmbito municipal. Então, essas oportunidades têm um impacto muito positivo naquele momento, na economia do comércio, do serviço e da indústria do Acre, nos municípios. E essa também é outra medida que o governo do Estado vai apoiar nessas festividades em todo o estado”, informa.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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