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Sete subprefeitos são eleitos em Cruzeiro do Sul para representar vilas no interior do Acre
Mais de 6.500 pessoas escolhem os novos subprefeitos das vilas de Cruzeiro do Sul: Confira o resultado da eleição

Votação ocorreu nesse domingo (12) – Foto: Arquivo/Comissão eleitoral
Por Alcinete Gadelha
Em uma eleição considerada tranquila, a cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, elegeu sete subprefeitos nesse domingo (13) por meio de voto popular. A votação ocorreu de 8h às 17h, em várias sessões eleitorais.
A subcomissões atuaram em 21 pontos de votação. Ao todo, mais de 6,5 mil pessoas votaram no processo de eleição dos subprefeitos.
A função de subprefeito existe desde 2016, criada por uma lei que regulamentou as vilas e criou a função e todo rito que determina o trabalho, segundo informou o presidente da comissão especial eleitoral, Levi Bezerra.
“Após a votação já foi efetuada a apuração. Como são comunidades mais distantes, eles levam as demandas para conhecimento do poder público e assim representam suas comunidades e possuem uma lei própria”, explicou.
Veja lista dos eleitos:
- Lagoinha – João Paulo Reis (832 votos)
- Santa Luzia – José Francisco Campos (684 votos)
- Liberdade – Quedma Oliveira (386 votos)
- São Pedro – Aldemir Rocha (263)
- Santa Rosa – Maurício da Silva(499 votos)
- Assis Brasil – Manoel Maciel (289 votos)
- Pentecostes – Francisco Liberman (246 votos)
Bezerra disse que a posse deve ocorrer com a homologação que deve ser feita pela prefeitura por meio de publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).
O subprefeito precisa ser morador da comunidade, ter disponibilidade para o cumprimento de carga horária integral com dedicação exclusiva.

Os candidatos eleitos serão nomeados nos próximos dias no Diário Oficial, pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima.
A eleição envolvendo 7 vilas de Cruzeiro do Sul, realizada ontem, domingo, 12, levou quase 7 mil pessoas à votarem para a escolha dos novos subprefeitos nas vilas Lagoinha, Santa Luzia, Liberdade, São Pedro, Santa Rosa, Assis Brasil e Pentecostes.
Ao todo foram 6.529 votantes em 23 candidatos nessas vilas.
Aproximadamente 120 pessoas estiveram diretamente envolvidas na organização da eleição.
Confira a relação de candidatos e os votos obtidos por cada um, inclusive o vencedor em cada localidade.
VILA PENTECOSTES
- Eudes: 137
- Liberman: 246 * eleito
- João Eudes: 166
- José de Souza Neri: 103
- Raimundo Nonato: 63
- Total: 715
SÃO PEDRO
- Aldemir: 263 * eleito
- Alberlândia: 191
- Total: 454
LAGOINHA
- João Paulo 832 * eleito
- José André: 594
- Total: 1426
SANTA ROSA
- Elisson: 360
- Maurício: 499 * eleito
- Total: 859
ASSIS BRASIL
- Adeilton: 209
- João Freitas: 31
- Maciel: 289 * eleito
- Nivana: 147
- Odair: 97
- Total: 773
SANTA LUZIA
- Elis: 407
- José Bernardo: 136
- Robson: 165
- José Francisco: 684 * eleito
- Total: 1392
LIBERDADE
- Petelte: 283
- Quedma: 386 * eleito
- Branca: 241
- Total: 910
As informações foram repassadas pelo Presidente da Comissão Eleitoral das eleições nas vilas de Cruzeiro do Sul-AC, o advogado Levi Bezerra, que ressaltou que de um modo geral as eleições nessas localidades foram tranquilas.
“Graças a Deus tivemos um processo de votação tranquilo, transparente e imparcial. Infelizmente não pudemos contar com a lista de eleitores da Justiça Eleitoral e isso trouxe alguns contratempos mas que foram resolvidos de uma forma que não causou prejuízo a nenhum dos candidatos. Oportunamente, sou grato a todos os colabores internos (servidores) e externo (outros órgãos), os quais foram indispensáveis para realização deste importante trabalho”, concluiu.
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Condenado a 12 anos por estupro de enteada é preso em Guajará-Mirim (RO) após tentativa de fuga para Bolívia
Genival L. V., 49 anos, foi capturado pela Polícia Civil; crime ocorreu em Humaitá (AM) em 2014. Acusado havia escapado de perseguição popular em Porto Velho

O acusado recentemente foi perseguido por populares em Porto Velho, mas não foi alcançado. Foto: captada
A Polícia Civil prendeu Genival L. V., 49 anos, condenado a 12 anos de prisão por estuprar a enteada em Humaitá (AM) em 2014. O criminoso foi capturado nesta sexta-feira, dia 5, em Guajará-Mirim, cidade fronteiriça com a Bolívia, onde provavelmente tentava buscar refúgio internacional para escapar da Justiça brasileira.
Genival havia sido alvo de uma perseguição de populares em Porto Velho na semana passada, mas conseguiu evadir-se antes da chegada das autoridades. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Guajará-Mirim, que atuaram com base em informações sobre seu paradeiro.
O condenado aguarda agora a transferência para o sistema prisional do Amazonas, onde cumprirá a pena pelo crime de estupro. O caso reforça a cooperação interestadual no combate à impunidade de crimes violentos. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de novos desdobramentos investigativos.
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Justiça do Acre condena 11 pessoas por morte de indígena forçado a cavar a própria cova em Feijó
Vítima foi sequestrada, torturada e assassinada em crime que chocou o estado; sentenças somam mais de 100 anos de prisão. Caso ocorreu em 2021 e envolveu acusações de racismo e ocultação de corpo

Chegou a 16 o número de pessoas presas pela morte do indígena José Ribamar Kaxinawá, de 32 anos, achado morto em janeiro deste ano na zona rural de Feijó, em junho de 2022. Foto: captada
Onze pessoas foram condenadas pela Justiça acreana pelo assassinato do indígena Ribamar, morto em janeiro de 2022 após ser sequestrado, torturado e obrigado a cavar a própria cova por integrantes do Comando Vermelho. As penas – que somam mais de 150 anos de prisão – incluem condenações por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tortura e associação criminosa.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre, o crime ocorreu após o indígena, que transitava entre a aldeia e a cidade, ter acolhido em sua casa três parentes de Manoel Urbano supostamente ligados ao PCC. Membros do Comando Vermelho local descobriram o fato e, em retaliação, sequestraram Ribamar no dia 7 de janeiro de 2022.
O promotor Carlos Pescador, que atuou no caso, detalhou a crueldade do crime:
“Ele foi levado para uma área rural, onde foi torturado e forçado a cavar sua própria cova. Seu corpo só foi encontrado semanas depois, graças a delações.”
O MPAC denunciou os 11 acusados por homicídio qualificado, corrupção de menores e participação em organização criminosa. Parte deles foi absolvida do homicídio por não estar presente na execução final, mas todos foram condenados pelos crimes de organização criminosa e corrupção de menores.
“Alguns só participaram levando a vítima de um ponto a outro, por isso não foram condenados pelo homicídio. Mas todos foram responsabilizados por integrar a facção e por corromper adolescentes, porque essa foi uma conduta coletiva”, afirmou Pescador.
Dos 11 acusados, 10 compareceram ao julgamento. Apenas uma ré, a única mulher, foi condenada em regime semiaberto; os demais receberam penas em regime fechado .
Um episódio paralelo ocorreu nos dias de julgamento. Isaquéu Sousa Oliveira, um dos acusados considerados peça central no crime, não compareceu e foi morto em Feijó enquanto o júri ocorria em Rio Branco.
“Isaquéu era apontado como responsável principal. Ele começou a falar com pessoas do PCC em Envira, no Amazonas. Quando foram obrigá-lo a assumir sozinho o crime, ele se negou. Acabaram pegando o celular dele, descobriram essas conversas e o executaram da mesma forma que mataram o indígena: em uma cova rasa, com um degolado. Isso aconteceu durante o julgamento, entre os dias 1º e 2”, relatou o promotor.
O MPAC destacou que o caso evidencia o poder crescente das organizações criminosas em áreas indígenas e cidades do interior do Acre.
“Esse é um crime que levanta muitas questões sobre a entrada das facções nas aldeias. Quem está em Rio Branco talvez não tenha a dimensão, mas em municípios como Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano e Santa Rosa o impacto é grande. É um desafio para o nosso estado lidar com essa realidade”, concluiu Carlos Pescador.
O caso expõe a violência entre facções mesmo em regiões remotas da Amazônia e a vulnerabilidade de indígenas frente ao avanço do crime organizado. As penas variam de 12 a 28 anos de prisão, com os principais executores recebendo as condenações mais severas.

Dos 11 acusados, 10 compareceram ao julgamento. Apenas uma ré, a única mulher, foi condenada em regime semiaberto; os demais receberam penas em regime fechado. Foto: captada
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VÍDEO: Foragido de Rondônia é preso em Rio Branco por investigadores da DHPP
Lucas Rodrigues da Silva, acusado de tentativa de homicídio, também é investigado por envolvimento com facção criminosa no Acre
Investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam, na manhã desta quinta-feira (4), Lucas Rodrigues da Silva, na região da Cadeia Velha, em Rio Branco.
O acusado tinha prisão preventiva decretada pela Justiça da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho (RO), onde responde por tentativa de homicídio. Segundo as investigações, a vítima foi rendida, torturada e esfaqueada por criminosos.
Em Rio Branco, Lucas também é investigado por outros crimes e por suposta ligação com uma organização criminosa atuante na capital. Ele foi encaminhado à delegacia e segue à disposição da Justiça.
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