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Cotidiano

Sergio Moro aceita convite e será novo ministro da Justiça

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Sergio Moro e Jair Bolsonaro se reuniram no Rio de Janeiro para discutir a montagem do novo Ministério da Justiça

O juiz federal Sergio Moro participa do fórum “A Reconstrução do Brasil”, em São Paulo (SP) – 25/07/2018 (Marcelo Chello/CJPress/Folhapress)

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, aceitou nesta quinta-feira assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. O magistrado se reuniu por quase duas horas com o presidente eleito em um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com a decisão, Moro vai se afastar imediatamente dos processos relacionados ao escândalo do corrupção na Petrobras. A juíza substituta Gabriela Hardt, que na Lava-Jato determinou a prisão do ex-ministro José Dirceu, assume temporariamente os casos.

“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal na qual foram discutidas politicas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava-Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes”, disse o juiz em nota.

Nos últimos dias, Moro ouviu ponderações sobre os prós e contras de assumir um cargo executivo. Além de ter de deixar a magistratura – o que deverá ser concluído nos próximos meses – o juiz terá de lidar com o discurso de petistas de que suas sentenças no petrolão – que até o momento foram responsáveis por 215 condenações contra 140 pessoas – tiveram viés político.

A narrativa do PT tende a ser potencializada com a proximidade da conclusão do processo em que o ex-presidente Lula é acusado de ter recebido um terreno e um apartamento como propina da empreiteira Odebrecht. Dentro de duas semanas, o ex-presidente deveria ficar cara a cara com o juiz durante depoimento em que Lula é acusado de ter sido beneficiado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com reformas em um sítio em Atibaia. Com a decisão de Moro de se tornar ministro, o magistrado não vai mais tomar o depoimento do petista. Na noite desta quarta-feira, a defesa de Lula questionou mais uma vez a isenção do magistrado ao julgar o petista e pela primeira vez usou como argumento o fato de o juiz ter se aproximado do presidente eleito Jair Bolsonaro, o mesmo que havia afirmado, ao longo da campanha, que pretendia “fuzilar a petralhada”.

Desde o início da Lava-Jato, em março de 2014, sempre que questionado, Sergio Moro negou ter pretensões políticas. Suas aspirações giravam em torno da possibilidade de ser indicado a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a próxima vaga só será aberta em 2020, com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello.

Durante entrevista à RecordTV na última segunda-feira, o presidente eleito afirmou a sua pretensão de ter Sergio Moro ou no Ministério da Justiça ou no STF, quando a vaga estiver disponível. No mesmo dia, falando ao Jornal Nacional, Jair Bolsonaro defendeu o juiz Moro como “um símbolo do Brasil”. “É um homem que tem que ter seu trabalho reconhecido. Pretendo conversar com ele, convidá-lo para o Ministério da Justiça ou, no futuro, abrindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, na qual melhor ele achasse que ele poderia trabalhar pelo Brasil”.

Em nota divulgada na terça, Moro disse que “sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”.

A edição desta semana de VEJA mostrou que ministros do STF acompanham com lupa os movimentos do presidente eleito. A maior parte das preocupações dos magistrados não advém do presidente em si, mas da parcela bolsonarista do novo Congresso que saiu das urnas no dia 7 de outubro. Bolsonaro é teatral, tem discurso político inflamado, mas não ficou quase trinta anos no Congresso “sem aprendizado”, avaliam ministros do STF. As declarações do deputado reeleito Eduardo Bolsonaro de que bastariam um soldado e um cabo para fechar o Supremo também acenderam um sinal de alerta entre os ministros da mais alta corte do país. Assim que o vídeo com as declarações do congressista veio a público, os magistrados se telefonaram e trocaram mensagens entre si. Nas conversas, “imbecil” foi uma das alcunhas mais amenas recebidas pelo parlamentar.

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Federação Acreana de Futebol cai para 23ª posição em ranking nacional da CBF

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FFAC perde uma posição para a federação do Tocantins, que superou a vantagem de pontos do Acre na última temporada

Sede da Federação de Futebol do Acre (FFAC), anexa ao estádio Florestão, em Rio Branco. Foto: internet

A Federação de Futebol do Acre (FFAC) caiu uma posição no Ranking Nacional das Federações 2026, divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e agora ocupa a 23ª colocação entre as 27 entidades estaduais. Com 2.306 pontos, a FFAC foi ultrapassada pela Federação Tocantinense de Futebol, que somou 2.435 pontos.

A queda está relacionada ao desempenho do time tocantinense Tocantinópolis-TO, que superou a vantagem de 136 pontos que o Acre mantinha na temporada anterior. A melhor colocação histórica da FFAC ocorreu em 2018, quando chegou ao 18º lugar, impulsionada pela campanha do Atlético Acreano, que quase alcançou o acesso à Série B.

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Eriano Santos avalia amistosos e espera evolução na Copinha

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Foto arquivo pessoal: Eriano Santos acredita em uma grande campanha do Galvez

O técnico Eriano Santos avaliou de maneira positiva os amistosos do Galvez visando à disputa da Copa São Paulo de 2026. O Imperador foi derrotado pelo Tanabi, América e Mirassol, todos de São Paulo, e pelo Nacional, do Amazonas.

“Se formos olhar pelos resultados, não foi bom. Precisamos avaliar os amistosos pelo condicionamento físico, entrosamento, evolução e por esses aspectos foi muito bom. Essa iniciativa da nossa diretoria é inédita e os resultados podem ser satisfatórios”, comentou Eriano Santos.

Reta final

Com um treino regenerativo nesta quarta, 24, em São José de Rio Preto, São Paulo, o elenco do Galvez começou a reta final de treinamentos para a Copinha. O Imperador estreia no torneio no dia 2 de janeiro contra o Votuporanguense, de São Paulo.

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Diretoria da Adesg antecipa 1º pagamento do elenco e quer grande campanha

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Foto Manoel Façanha: Paulinho do Cras quer garantir todas as condições para os atletas

O presidente da Adesg, Paulinho do Cras, confirmou nesta quarta, 24, o pagamento, de maneira antecipada, dos dias trabalhados de dezembro do elenco profissional.

“Resolvemos antecipar o pagamento por causa do Natal. Essa é uma data importante para todas as famílias e o nosso objetivo é garantir as condições ideais dos atletas”, declarou Paulinho do Cras.

Ganha folga

Os jogadores da Adesg realizaram um treinamento nesta quarta e ganham uma folga nesta quinta, 25.

“Estamos trabalhando forte desde o início da preparação e por isso a comissão técnica resolveu garantir um descanso no dia 25. Voltamos ao trabalho na sexta(26)”, disse o diretor de futebol, Erismeu Silva.

Estreia no dia 15

A Adesg enfrenta o Humaitá no dia 15 de janeiro, na Arena da Floresta, no jogo de estreia no Campeonato Estadual. O leão terá mais 21 dias de treinamentos.

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