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Sem registro de matrícula, menina de 9 anos que viu Rhuan ser morto pela mãe vai à escola no AC: ‘1ª vez que estuda’, diz pai

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Menina passou por avaliação para saber em que nível estava e foi matriculada no 4º ano do fundamental. Criança estava desaparecida desde 2014 e foi localizada após crime em Brasília (DF).

Mulheres suspeitas de matar e esquartejar menino de 9 anos estão presas no DF — Foto: Divulgação PC/DF

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

A menina de 8 anos que estava na casa onde Rhuan Maycon foi morto e esquartejado pela mãe começou a estudar em uma escola da rede estadual de ensino em Rio Branco. Segundo o pai da criança, o servidor público Rodrigo Oliveira, não há registro de que a criança tenha estudado.

A criança retornou ao Acre depois da mãe, Kacyla Pessoa, e a companheira dela, Rosana Cândido, assassinarem Rhuan a facadas no dia 31º de maio deste ano em Samambaia, no Distrito Federal. O corpo da vítima foi achado dentro de uma mala deixada em um bueiro. A menina não se feriu.

Ela estava desaparecida desde 2014, quando Kacyla e Rosana fugiram do Acre levando a menina e Rhuan. As crianças só foram localizadas após o crime em Samambaia.

O pai conta que dois meses após chegar em Rio Branco, a criança passou por uma avaliação na escola para saber em que nível estava e foi matriculada no 4º ano do ensino fundamental.

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“Na verdade, ela chegou bem abalada mas agora está bem melhor. Creio que essa seja a primeira vez que ela estuda em uma escola. Ela fala que já esteve em algumas escolas, mas a gente não sabe como foi, porque nunca a gente viu registro de matrícula. Então, talvez ela tenha ido para escola como ouvinte ou algo parecido”, disse o pai.

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A menina começou a estudar em agosto desse ano, no início do segundo semestre. O pai afirma que ela não está mais sendo acompanhada pela equipe do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público do Acre (MP-AC). Segundo ele, ainda este mês, ela deve iniciar um tratamento com psicólogos da rede municipal.

“O que precisa mesmo ser trabalhado é só a questão de alguns comportamentos. Porque onde ela morava, aparentemente, não tinha regras e nem limites e ela fazia tudo o que queria, na hora que queria. Aí é só essa questão de reeducar, a questão dos estudos, para levar mais a sério, porque também é a primeira vez que ela estuda de forma sadia. Ela não tinha essa cobrança dentro de casa”, afirmou Oliveira.

O pai contou ainda que se preocupa em como a menina vai lidar quando chegar na fase da adolescência diante de tudo que viveu nos anos em que esteve com a mãe. Segundo Oliveira, ela costuma falar algumas coisas do que passou, mas ele prefere não comentar a respeito.

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“Ela comenta naturalmente as coisas que aconteceram, não costumo perguntar e nem cobrar. Como são coisas muito íntimas, prefiro não dizer o que ela conta. Vai fazer cinco meses que ela chegou em casa, é um processo lento mesmo. Creio que a abordagem da psicologia clínica vai ajudar um pouco mais. Meu problema não é nem tanto agora, porque a psicologia fala que quando chega a fase da adolescência a criança acaba externando algumas coisas que estavam escondidas no subconsciente. Minha preocupação, então ,é lá na frente”, concluiu.

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Mãe e companheira vão a júri

O juiz Fabrício Castagna Lunardi, do Tribunal do Júri de Samambaia, no Distrito Federal, determinou que Rosana Cândido, de 27 anos, e Kacyla Pryscila Pessoa, de 28 anos, devem ir a júri popular pelo assassinato do menino Rhuan Maycon. As duas acusadas estão presas na Penitenciária Feminina do DF.

O advogado Renato Barcat, que representa as acusadas afirmou que “somente se manifesta no processo, uma vez que há determinação de segredo de Justiça”.

A sentença de pronúncia, que determinou a análise do caso pelo júri popular, é da última quinta-feira. No caso em questão, o juiz entendeu que existem indícios de que Rosana e Kacyla cometeram um crime contra a vida e tiveram intenção de matar. Por isso, devem ser julgadas pelo tribunal do júri.

As duas respondem pelos crimes de:

  1. Homicídio qualificado
  2. Lesão corporal gravíssima
  3. Tortura
  4. Ocultação e destruição de cadáver
  5. Fraude processual

Depoimentos

A decisão foi tomada na última quinta-feira (24), após a realização de audiência na qual testemunhas do caso foram ouvidas pela Justiça. No último dia 21, sete pessoas prestaram depoimento ao juiz Fabrício Lunardi. Entre elas, o delegado responsável pelo caso e ex-vizinhas das acusadas.

Outras oito já haviam sido ouvidas no Acre, onde Rhuan nasceu e viveu até 2014. A família do pai do garoto também mora no estado. A maioria dos intimados eram partes das duas acusadas e do menino Rhuan Maycon.

Rosana e Kacyla também tiveram a oportunidade de prestar depoimento, mas preferiram permanecer em silencio durante a audiência. Ainda não há data marcada para o julgamento delas.

Partes do corpo de menino de 9 anos assassinado em Samambaia foram escondidas em mochilas — Foto: TV Globo/Reprodução

Morte de Rhuan

O corpo de Rhuan Maycon foi encontrado na madrugada do dia 1º junho, esquartejado, dentro de uma mala deixada na quadra QR 425 de Samambaia, no DF. As partes da vítima foram localizadas por moradores da região.

A mãe do menino, Rosana Cândido e a companheira dela, Kacyla Pryscila, foram presas na casa onde moravam com o menino e com a filha de Kacyla, uma menina de 9 anos.

Em depoimento à polícia, Rosana contou que “sentia ódio e nenhum amor pela criança”. Na denúncia, o Ministério Público do DF afirmou que a mãe de Rhuan arquitetou o crime por odiar a família do pai dele.

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“Rosana nutria sentimento de ódio em relação à família paterna da vítima. Kacyla conhecia os motivos da companheira e aderiu a eles”, diz a denúncia.

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As duas também foram acusadas por tortura. Segundo o MP, elas “castraram e emascularam a vítima clandestinamente” e “impediram que Rhuan tivesse acesso a qualquer tratamento ou acompanhamento médico”.

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“Com apenas 4 anos de idade, Rhuan passou a sofrer constantes agressões físicas e psicológicas e a ser constantemente castigado de forma intensa e desproporcional, ultrapassando a situação de mero maltrato”, diz a denúncia.

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Já as acusações de ocultação de cadáver e fraude processual dizem respeito às tentativas da dupla de se desfazerem do corpo de Rhuan e dificultarem as investigações.

As duas acusadas deixaram o Acre em 2014. Segundo a família, Rosana fugiu do estado com a criança, a companheira Kacyla Pessoa e a filha da companheira, uma menina de 8 anos.

O pai de Rhuan tinha a guarda do menino, por decisão judicial. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência após o sumiço do garoto.

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Prefeitura de Brasiléia realiza mutirão de cardiologia e ultrassonografias beneficiando centenas de pacientes

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Nesta quarta-feira (17), a Prefeitura de Brasiléia, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou um importante mutirão de atendimentos em cardiologia e ultrassonografia, beneficiando centenas de pacientes previamente agendados pela Regulação do Município.

A iniciativa integra a estratégia da gestão municipal voltada à prevenção, à ampliação do acesso aos serviços especializados e à redução das filas de espera, evitando o agravamento de doenças.

Durante ação, foram ofertadas consultas cardiológicas e diversos tipos de exames de ultrassonografia, entre eles mama, endovaginal, abdômen total e tireoide, assegurando diagnóstico precoce, acompanhamento médico e mais qualidade de vida à população.

O prefeito Carlinhos do Pelado acompanhou de perto os atendimentos e destacou o compromisso da administração com o fortalecimento da saúde pública. “Nosso objetivo é cuidar das pessoas, garantir atendimento digno e reduzir o tempo de espera por consultas e exames especializados. Esse mutirão é resultado de planejamento e compromisso com a prevenção, que salva vidas e evita complicações futuras”, afirmou o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Francélio Barbosa, reforçou a importância da ação para a organização da rede de atendimento. “Todos os pacientes foram regulados e agendados previamente, o que garante eficiência, transparência e melhor aproveitamento dos serviços. Estamos trabalhando para diminuir as filas reprimidas e oferecer atendimento resolutivo, com foco na prevenção e no cuidado contínuo”, explicou.

A Prefeitura de Brasiléia informou ainda que segue investindo em ações estratégicas na área da saúde, ampliando o acesso da população a serviços especializados e fortalecendo a rede municipal de atendimento.

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Polícia Civil realiza operação na fronteira. Homem questiona uso de tornozeleira a magistrado e recebe voz de prisão

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Operação em Brasiléia e Epitaciolândia prendeu ao menos quatro pessoas com pendências judiciais

A Polícia Civil dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia realizou, ao longo do dia desta quarta-feira (17), uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca contra pessoas que estavam em débito com a Justiça. A ação resultou na prisão de pelo menos quatro indivíduos na região de fronteira.

Entre os casos que chamaram a atenção das autoridades está o de um homem que foi preso por determinação judicial após procurar um magistrado sua residência para “tirar satisfação” sobre a utilização de tornozeleira eletrônica.

Segundo apurado, o indivíduo era considerado foragido da Justiça de outro estado e acabou sendo detido em razão da ousadia e da situação irregular em que se encontrava.

Além desse caso, as demais prisões ocorreram por descumprimento de determinações judiciais, incluindo falta de pagamento de pensão alimentícia, descumprimento de medidas protetivas e violação do equipamento de monitoramento eletrônico.

Após as prisões, todos os detidos foram encaminhados para a realização de exames de corpo de delito e, em seguida, conduzidos ao presídio estadual na capital. Os presos permanecem à disposição da Justiça, que irá analisar individualmente a situação de cada um.

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Projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta resultados no Acre com foco em educação e prevenção

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O projeto Todos Contra o Aedes aegypti encerra 2025 no Acre com resultados expressivos na formação de estudantes e professores e na mobilização de comunidades para o combate às arboviroses. Desenvolvida pelo Instituto Sapien, a iniciativa atuou em escolas públicas urbanas de 10 municípios do estado, usando a educação como principal ferramenta de prevenção contra doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Ao longo da execução, o projeto promoveu ações educativas, formações presenciais e atividades de mobilização social, fortalecendo o papel da escola na disseminação de informações e na mudança de hábitos que ajudam a reduzir focos do mosquito.

Com uma proposta pedagógica alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a iniciativa atendeu escolas municipais e estaduais, beneficiado alunos com idades de 3 e 4 anos, do Ensino Fundamental I, estimulando o conhecimento, a cidadania e a responsabilidade social no enfrentamento às arboviroses.

 

Educação como base da prevenção

A educação foi o eixo central do projeto. Nas escolas, os alunos aprenderam, de forma prática e acessível, como ocorre a transmissão das doenças e quais atitudes ajudam a prevenir a proliferação do mosquito. As atividades incluíram leitura de materiais informativos, exibição de vídeos educativos, rodas de conversa, identificação de possíveis focos do Aedes aegypti e produção de materiais de conscientização.

Para a professora Thaynara Barbosa da Silva, da Escola Nair Sombra, em Capixaba, o projeto contribuiu diretamente para o trabalho em sala de aula. “Aprendemos muito com o que o Aedes aegypti vai transmitir. Então, para nós passarmos para a nossa clientela, que é o alunado, é de grande importância. Temos que conscientizá-los para a doença não transmitir mais”, disse.

Formação de professores e impacto nas famílias

A formação continuada dos professores foi outro ponto forte da iniciativa. As capacitações ampliaram o repertório pedagógico dos educadores e reforçaram a integração entre educação e saúde pública. O conteúdo trabalhado nas escolas também chegou às famílias, por meio das crianças, fortalecendo o efeito multiplicador do projeto.

Em Xapuri, a professora Luiza, assessora dos Anos Iniciais, destacou esse alcance. “Esse projeto é muito importante para a nossa cidade, principalmente para as escolas, que as crianças levam esse assunto para casa, e aí os pais se envolvem. Dá muito certo. É muito importante esse projeto”, afirmou.

Mobilização comunitária nos municípios

As ações do projeto ocorreram em Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Xapuri, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá e Feijó. Uma ação que incluiu cidades de todas as regiões do Acre. Além das atividades pedagógicas, o projeto realizou lançamentos públicos, formações presenciais e ações de mobilização comunitária, ampliando o envolvimento da população no combate ao mosquito.

Para a professora Adriana Soares Castro, gestora da Escola Manoel Gonzaga, em Senador Guiomard, o trabalho coletivo é um dos principais diferenciais da iniciativa. “Para a educação, um projeto como esse é inovador, porque vai trazer muito conhecimento para os nossos alunos. Isso é uma das ações prioritárias, porque não é só uma pessoa contra, é uma comunidade contra esse problema grave”, declarou.

Ao concluir a etapa de 2025 no Acre, o projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta uma prestação de contas que evidencia resultados concretos, integração entre as áreas de saúde e educação e fortalecimento do protagonismo comunitário. A iniciativa é realizada pelo Instituto Sapien em parceria com o Ministério da Saúde, com apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre (SEE) e do Governo do Acre, reforçando a atuação conjunta do poder público e da sociedade no enfrentamento às arboviroses e na promoção da saúde coletiva.

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