Acre
Sem receber uniformes há cinco anos, militares precisam trabalhar de calça jeans
Segundo informações, há anos o governador Tião Viana (PT), não abre um processo licitatório para compra de novos uniformes ou fardamentos.
Um Informativo da Frente Militar Estadual do Acre e de Entidades Representativas da corporação, vem circulando nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (4), anunciando que a partir desta data, nenhum policial PM vai trabalhar com uniformes rasgados ou remendados. Segundo eles, há anos o governador Tião Viana (PT), não abre um processo licitatório para compra de novos uniformes ou fardamentos.
O anuncio da Frente Militar, alega ainda que a “Operação Cumprindo a Lei”, como batizaram o movimento, iniciou e já mostra os seus impactos. Ao todo segundo eles, 20 policiais Militares se apresentaram nesta manhã nos Batalhões de Senador Guiomard, praticamente à paisana, vestindo calça jeans e blusas fora dos padrões que identificam os policiais militares em serviço nas ruas.UM grupo de agentes
Segundo os próprios policiais participantes desse grupo, a causa não é estética. O problema é a falta de fardamento que deveria ser repassado de forma anual aos policiais da ativa, mas que há pelo menos cinco anos, os servidores então tendo que tirar do próprio bolso, se quiserem trabalhar de forma padronizada.
Em um áudio que está sendo repassado em grupos de WhatsApp, um militar que não se identifica, reclama que estão sendo feitas licitações para a aquisição de fardamento à Polícia Civil, mas aos militares que trabalham diretamente nas ruas, o secretário não tem dado maior atenção.
“A partir de hoje nós estamos assumindo o serviço com o fardamento que o governo vem nos dando nos últimos cinco anos, nenhum. Ontem nós vimos a abertura de licitação para Polícia Civil, tanto da capital como do interior e a Polícia Militar que cujo trabalho ostensivo preventivo e que deveria estar fardado, não vem tendo a verdadeira atenção. O secretário de Segurança, o compromisso dele é com a Polícia Civil, mas quando é pra tirar foto ele vem com a Polícia Militar. O que vem acontecendo infelizmente é essa preferência pela própria instituição dele em detrimento da nossa. Que a Polícia Civil faça a sua licitação acho perfeito, agora o que não pode é a gente que trabalha fardado não termos esse mesmo direito aí nos últimos cinco anos”, disse o militar.
Procurado, o Comando da Polícia Militar, a assessoria respondeu que a aquisição dos uniformes já estão sendo providenciados e em fase de licitação. Ele também justificou que o comando de Kimpara só está em seus dois primeiros meses de atuação e vai dar prioridade com urgência para aquisição desse fardamento e regularização ainda este ano.
“O comandante Marcos Kimpara assumiu o comando da instituição há dois meses e está ciente dessa condição do uniforme da Polícia Militar. Já no comando dele entregamos diversos equipamentos e essa demanda do uniforme é questão de prioridade. É tanto que já está sendo providenciado e em fase de licitação a aquisição desse uniforme, e inclusive também através de emendas parlamentares já está sendo viabilizado isso para ainda este ano fazermos a entrega de dois uniformes para cada policial da ativa com urgência”, disse o assessor de comunicação da instituição Major Edivan.
Perguntado se os serviços poderiam sofrer algum tipo de punição pelo trabalho fora dos padrões exigidos pela Polícia Militar, o Major informou que há um risco, mas que vai depender do comportamento do militar, afirmando que o que interessa é a prestação de um serviço de qualidade.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.







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