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Sem pudor, Joesley Batista pede desculpas à nação após tentar derrubar Temer
Em tentativa desesperada de se livrar da prisão e fugir dos tentáculos da Lava Jato, empresário da JBS agiu clandestinamente contra o presidente
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Em tentativa desesperada e quase criminosa de livrar a própria pele, Joesley Batista fez tudo que podia e não podia para escapar das grades e da falência. O empresário chegou ao ponto de comprar um Procurador de Justiça, gravar clandestinamente conversas com o Presidente da República e jorrar propina para mais de mil políticos da sua própria nação.
A primeira vista a ação criminosa saiu como o esperado. Joesley garantiu para si, para sua empresa e para seu irmão Wesley tudo aquilo que outros gigantes envolvidos na Lava Jato não conseguiram. Enquanto, por exemplo, Marcelo Odebrecht mofa em uma cela da Polícia Federal e vê suas empresas naufragarem, Joesley brinda a vida nos Estados Unidos e tem suas empresas protegidas de maiores estragos.
Ou seja, como é possível que o empresário praticamente venda uma nação em troca de benefício próprio e depois venha com uma desculpa esfarrapada para tentar diminuir sua culpa. Impossível! Joesley devia ter pensado isso quando irrigava propinas por todos os cantos do País para conseguir seu enriquecimento ilícito.
Agora soa como uma piada esse pedido de desculpas. Joesley está em seu apartamento de luxo nos Estados Unidos, sem tornozeleira, empresas funcionando a todo vapor e quem sabe até sem peso na consciência, afinal ele pediu desculpas. Isso basta para você?
JBS e pede desculpas aos brasileiros
O texto do proprietário do frigorífico admite as irregularidades cometidas e pede desculpas aos brasileiros. Nos diálogos gravados pelo empresário e apresentado em sua delação, Joesley Batista revela pagamentos indevidos a agentes públicos e lamenta as relações de suas empresas com autoridades.
“Não honramos nossos valores quando tivemos que interagir, em diversos momentos, com o Poder Público brasileiro. E não nos orgulhamos disso. Nosso espírito empreendedor e a imensa vontade de realizar, quando deparados com um sistema brasileiro que muitas vezes cria dificuldades para vender facilidades, nos levaram a optar por pagamentos indevidos a agentes públicos”, informou em nota.
Joesley também declara no documento que as mudanças no País também refletiram nas mudanças da empresa. “Por isso estamos indo além do pedido de desculpas. Assumimos aqui um compromisso público de sermos intolerantes e intransigentes com a corrupção.”
O texto também confirma que foram assinados acordos que cooperam com o Ministério Público. “Pedimos desculpas a todos os brasileiros e a todos que decepcionamos, que acreditam e torcem por nós. Enfrentaremos esse difícil momento com humildade e o superaremos acordando cedo e trabalhando muito”, conclui o empresário.
Alvos de investigações
Joesley e seu irmão Wesley Batista são alvos de ao menos cinco operações da Polícia Federal em menos de um ano. Na última delas, a Operação Bullish, deflagrada na semana anterior, o empresário é investigado por transações envolvendo a JBS e o BNDES que teriam causado prejuízo de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. Wesley foi levado coercitivamente para depor.
Na Lava Jato, o empresário é investigado nas operações Sépsis, Greenfield e Cui Bono. As investigações apuram se ele teria realizado o pagamento de propina para liberar recursos do FGTS e investimentos de fundos de pensão de estatais em suas empresas.
A JBS também esteve envolvida nos escândalos do setor alimentício, uma das gigantes da operação Carne Fraca, revelada no início de 2017. Além de tentar mudar a data de validade de seus produtos, a empresa também foi apontada em um esquema de corrupção entre frigoríficos e fiscais para acelerar a liberação de produtos.
Influente no mundo político
A influência de Joesley Batista ia além do setor de alimentos. O conglomerado ainda tem marcas como Havaianas, Minuano e do banco Original. E essa participação ativa no ramo dos negócios fez com que o empresário logo aparecesse no cenário político, principalmente ao fazer doações bastante generosas a partidos durante as eleições. Em 2014, doou mais de R$ 50 milhões à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff.
E ele logo passou a estender sua influência sobre as decisões do próprio Planalto. Logo após a eleição, quando Dilma nomeou a senadora Kátia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura, o empresário foi até Michel Temer demonstrar seu descontentamento com a indicação, principalmente após a então ministra ter dito que a JBS adotava práticas monopolistas.
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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça
A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.
As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).
O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.
Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.
Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.
As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.
Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.
A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.
A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.
O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.
BRB quis comprar Master
Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.
A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.
No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.
Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.
Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.



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