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Sem ponte, relembre como o Acre ficou isolado do resto do país há 7 anos na cheia histórica do Rio Madeira

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Homem nada ao lado de carretas na BR-364, inundada pelo Rio Madeira, em 2014 — Foto: Sérgio Vale/Secom Acre/Arquivo

Por Tácita Muniz

Se passaram sete anos desde que o Acre enfrentou um dos momentos mais críticos com relação à logística devido à cheia histórica do Rio Madeira, em Rondônia. Para chegar até o estado vizinho, os acreanos precisam percorrer uma parte do trajeto pela rodovia e a travessia pela balsa.

Em 2014, o Rio Madeira atingiu sua cota histórica chegando a 19,74 metros, situação que deixou o Acre isolado via terrestre por vários dias e dificultou ainda mais o acesso ao estado. Fazendo o governador da época, Tião Viana, decretar situação de emergência.

E foi justamente no mesmo ano que as obras para a ponte iniciaram, sendo suspensas em alguns momentos por causa da pandemia da Covid-19. Em julho de 2020, a estimativa de inauguração da ponte era para dezembro do mesmo ano, mas precisou ser novamente adiada.

Na época, os acreanos enfrentaram o racionamento de diversos alimentos nas prateleiras, além de gás de cozinha e combustíveis, o que gerou grandes filas de veículos nos postos. O Estado foi obrigado a importar alimentos, insumos e outros do Peru por meio da Estrada do Pacífico. O cenário era de incertezas e preços altos.

O reflexo desse isolamento se estendeu pelos anos seguintes, já que ainda temia uma nova cheia do rio e mais uma vez o isolamento do estado.

Em 2018, o governo do Acre ajuizou uma ação contra a Usina de Jirau, em Rondônia. O Executivo alegava que a hidrelétrica não cumpriu a determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) de elevar em 1,5 metro algumas áreas da BR-364 suscetíveis a alagamento. Além disso, o Estado considerava que o represamento das águas em Jirau foi um dos motivos para a alagação da rodovia durante a cheia histórica do Rio Madeira em 2014.

Ponte que liga AC e RO deve reduzir preço do transporte de mercadorias e aposentar balsa — Foto: Pedro Devani/Secom-AC

Sem riscos de isolamento

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Carlos Moraes, diz que com a ponte e também outras intervenções na BR-364, o estado não deve mais ficar isolado como há 7 anos.

“A cheia do Rio Madeira em 2014 foi um evento bem atípico e a elevação das águas provocou o alagamento das rampas de acesso da balsa, assim como de boa parte da BR-364, nos pontos de menor cota. A ponte sobre o Rio Madeira realmente elimina a possibilidade de alagamento da BR-364 nas imediações da ponte e seus acessos, porque foi feita já acima da cota histórica, que é a de 2014, em relação aos segmentos da BR-364 que foram alagados”, explica.

A elevação dos pontos na estrada, segundo Moraes, ocorre desde 2015 e foram estipulados baseados na cota histórica do rio. Esse trabalho também está próximo de terminar.

“Com a inauguração da ponte e conclusão da elevação desses pontos da BR-364 no período de estiagem, o Acre não corre mais o risco de ficar isolado, mesmo que ocorram eventos extremos tanto de seca, como de chuva, porque na seca severa tínhamos muito problemas na balsa, o calado do rio era muito baixo e vez ou outra as balsas encalhavam e isso gerava transtorno e mais custos para os transportadores. Mas, agora esses problemas vão ficar apenas na memória de todos nós e vamos viver um novo tempo”, pontua.

Dnit enfatiza que não há mais como Acre ficar isolado — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Expectativas

O anuncio da inauguração da ponte – que aposenta a balsa e facilita o acesso entre os dois estados -gerou expectativa tanto para os empresários acreanos, como para os consumidores.

Entre os impactos esperados, a médio e longo prazos, estão a queda das taxas de transporte – já que não será mais necessário o uso da balsa. Pelo volume de veículos que passam pela balsa, a estimativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é de que 2 mil veículos devem cruzar a ponte por dia.

Para os empresários, que antes pagavam dois tipos de fretes – terrestre e fluvial – esse transporte também deve ficar mais barato. As federações do comércio e indústria também apostam na chegada de mais empresas no estado, criando concorrência.

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Prefeito Tião Bocalom confirma Alysson Bestene como novo secretário de Educação

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, definiu que seu vice, Alysson Bestene, assumirá oficialmente o comando da Secretaria Municipal de Educação. A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial na próxima segunda-feira (10 de fevereiro).

A decisão afasta o atual secretário-adjunto, pastor Paulo Machado, que será remanejado para outra secretaria como compensação. Os recentes desentendimentos entre Bocalom e a família Bestene teriam sido determinantes para a mudança na pasta.

Para conter tensões políticas, o prefeito ofereceu ao PP a liderança da Secretaria de Cuidados da Cidade, cujo novo secretário será indicado pelos vereadores da legenda. Além disso, o grupo de seis parlamentares conhecido como “bloquinho” deverá ter influência na escolha do titular da Secretaria de Esportes.

As movimentações reforçam a estratégia de Bocalom para equilibrar alianças políticas dentro da administração municipal.

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Prefeitura de Epitaciolândia fará reforma e ampliação da Escola João Pedro da Silva

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O Prefeito Sérgio Lopes, acompanhado da Secretária de Educação Eunice Maia Gondim, a gestora Jaciane da Silva Santos Calixto e engenheiros, visitaram as dependências da Escola João Pedro da Silva para discutir sobre as reformas e ampliações que serão realizadas nos próximos dias.

Serão construídas a priori 7 salas, além da ampliação e readequação do pátio. No local serão edificadas novas salas de aula, sala do AEE, sala de secretarias e um espaço coberto para realização de eventos.
Segundo Sergio Lopes, a ideia é reformar outras escolas, além das que já estão sendo reconstruídas, como as da Comunidade do Mato Grosso, Escola Alcino Monteiro e a Escola Infantil Cosma de Azevedo

Marques.A Escola Raimunda da Cunha Aires já está passando por uma reforma significativa para garantir melhores condições para alunos, professores e pessoal de apoio.

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Polícia Federal deflagra Operação Mezenga para combater crimes ambientais na Reserva Chico Mendes

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Nove mandados de busca e apreensão são cumpridos em Xapuri; investigados podem responder por invasão de terra pública, desmatamento ilegal e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal (PF) deu início, na manhã desta quinta-feira (6/2), à Operação Mezenga, com o objetivo de combater crimes ambientais praticados no interior da Reserva Extrativista Chico Mendes (RESEX Chico Mendes), localizada no município de Xapuri, no Acre. A ação visa coibir infrações como invasão de terra pública, desmatamento ilegal, exploração de pecuária irregular e outras atividades que prejudicam o ecossistema local e afetam diretamente os povos tradicionais que dependem da reserva para sua subsistência.

Cerca de 18 policiais federais foram mobilizados para cumprir nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal do Acre. Durante as buscas, foram apreendidos materiais que serão submetidos a análises aprofundadas, podendo revelar novos fatos e ampliar o escopo da investigação.

Os investigados poderão responder judicialmente por crimes como invasão de terras públicas, desmatamento ilegal, impedimento da regeneração natural das florestas e lavagem de capitais. A operação reforça o compromisso das autoridades em proteger áreas de preservação ambiental e garantir os direitos das comunidades tradicionais que habitam a região.

A RESEX Chico Mendes, criada em homenagem ao líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, é uma das áreas mais importantes da Amazônia brasileira, tanto pela sua biodiversidade quanto pelo seu significado histórico e cultural. A operação demonstra a necessidade de ações contínuas para combater práticas ilegais que ameaçam a sustentabilidade e a integridade da floresta e de seus habitantes.

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