Cotidiano
Sem gás para cremações, até morrer vira um desafio na Venezuela
Venezuelanos passaram a escolher cremações, que custam cerca de um terço do preço, mas espera pode ser de até 10 dias. Falta de madeira e de metal para caixões e de cimento para os túmulos encareceu enterros tradicionais.

Funcionário aciona forno crematório no cemitério Eden Gardens, em Maracaibo, na Venezuela, em 29 de novembro — Foto: Reuters/Isaac Urrutia
Angelica Vera, do Estado venezuelano de Zulia, no oeste do país, planejava cremar os restos mortais do pai após sua morte por câncer em novembro já que a hiperinflação levou o custo dos serviços funerais para além de suas possibilidades financeiras.
Mas o cemitério não podia oferecer o serviço de cremação pois não havia gás natural, que está em baixa oferta mesmo com as gigantescas reservas energéticas do país membro da Opep.
Ela também não conseguia deixar os restos mortais de seu pai no necrotério enquanto espera pelo fornecimento de gás. Cada dia a mais custa mais de um mês de salário mínimo.
Ela então recorreu à única opção disponível: deixar o corpo de seu pai em uma cova comum anônima, no final do cemitério, uma área tradicionalmente reservada para indigentes.
“Meu pai faleceu e eu não consegui nem fazer um velório porque eu não tinha como conseguir o dinheiro”, disse Vera, de 27 anos, que trabalha como caixa. “O que nós venezuelanos estamos vivendo é depreciativo”.
A decadência da indústria de petróleo da Venezuela atingiu cidadãos por meses com longas filas para abastecer e períodos de falta de gás de cozinha, e agora atinge as famílias que dão adeus a seus entes queridos.
Os venezuelanos passaram a escolher cremações, que custam cerca de um terço do preço de enterros, mas a demanda crescente viu os crematórios com dificuldades para obter gás natural.

Pessoas passam por sepulturas no cemitério Eden Gardens, em Maracaibo, na Venezuela, em 29 de novembro — Foto: Reuters/Isaac Urrutia
Membros de uma dezena de famílias disseram em entrevistas que precisam esperar até dez dias.
Até agora, as covas comuns têm sido usadas em Zulia, onde os apagões e a falta de gás chegam a ser mais extremas. Mas os serviços em decadência em outro estados podem chegar a generalizar a prática.
Alta de preços
A falta de madeira e de metal para caixões e de cimento para os túmulos complicaram os enterros tradicionais. Algumas famílias esperam os crematórios obterem gás propano. Mas a espera também aumenta os custos, com a inflação anual chegando a 1 milhão por cento.
“O custo de cremação cresceu 108 por cento em apenas uma semana”, disse Ana Hernández, de 36 anos, que está se preparando para cremar sua irmã em um cemitério na cidade de Barquisimeto, no oeste do país.
A escassez de medicamentos, alimentos e produtos básicos é constante desde que o colapso nos preços do petróleo atingiu a economia socialista da Venezuela em 2014. Cerca de 3 milhões de pessoas emigraram desde 2015, de acordo com as Nações Unidas.
O presidente Nicolás Maduro culpa a “guerra econômica” liderada por adversários políticos com a ajuda de Washington. O Ministro da Informação não respondeu imediatamente por um pedido de comentário sobre as cremações.
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Federação Acreana de Futebol cai para 23ª posição em ranking nacional da CBF
FFAC perde uma posição para a federação do Tocantins, que superou a vantagem de pontos do Acre na última temporada

Sede da Federação de Futebol do Acre (FFAC), anexa ao estádio Florestão, em Rio Branco. Foto: internet
A Federação de Futebol do Acre (FFAC) caiu uma posição no Ranking Nacional das Federações 2026, divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e agora ocupa a 23ª colocação entre as 27 entidades estaduais. Com 2.306 pontos, a FFAC foi ultrapassada pela Federação Tocantinense de Futebol, que somou 2.435 pontos.
A queda está relacionada ao desempenho do time tocantinense Tocantinópolis-TO, que superou a vantagem de 136 pontos que o Acre mantinha na temporada anterior. A melhor colocação histórica da FFAC ocorreu em 2018, quando chegou ao 18º lugar, impulsionada pela campanha do Atlético Acreano, que quase alcançou o acesso à Série B.

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Eriano Santos avalia amistosos e espera evolução na Copinha

Foto arquivo pessoal: Eriano Santos acredita em uma grande campanha do Galvez
O técnico Eriano Santos avaliou de maneira positiva os amistosos do Galvez visando à disputa da Copa São Paulo de 2026. O Imperador foi derrotado pelo Tanabi, América e Mirassol, todos de São Paulo, e pelo Nacional, do Amazonas.
“Se formos olhar pelos resultados, não foi bom. Precisamos avaliar os amistosos pelo condicionamento físico, entrosamento, evolução e por esses aspectos foi muito bom. Essa iniciativa da nossa diretoria é inédita e os resultados podem ser satisfatórios”, comentou Eriano Santos.
Reta final
Com um treino regenerativo nesta quarta, 24, em São José de Rio Preto, São Paulo, o elenco do Galvez começou a reta final de treinamentos para a Copinha. O Imperador estreia no torneio no dia 2 de janeiro contra o Votuporanguense, de São Paulo.
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Diretoria da Adesg antecipa 1º pagamento do elenco e quer grande campanha

Foto Manoel Façanha: Paulinho do Cras quer garantir todas as condições para os atletas
O presidente da Adesg, Paulinho do Cras, confirmou nesta quarta, 24, o pagamento, de maneira antecipada, dos dias trabalhados de dezembro do elenco profissional.
“Resolvemos antecipar o pagamento por causa do Natal. Essa é uma data importante para todas as famílias e o nosso objetivo é garantir as condições ideais dos atletas”, declarou Paulinho do Cras.
Ganha folga
Os jogadores da Adesg realizaram um treinamento nesta quarta e ganham uma folga nesta quinta, 25.
“Estamos trabalhando forte desde o início da preparação e por isso a comissão técnica resolveu garantir um descanso no dia 25. Voltamos ao trabalho na sexta(26)”, disse o diretor de futebol, Erismeu Silva.
Estreia no dia 15
A Adesg enfrenta o Humaitá no dia 15 de janeiro, na Arena da Floresta, no jogo de estreia no Campeonato Estadual. O leão terá mais 21 dias de treinamentos.

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