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Sem filtro: a coluna comenta as últimas jogadas do universo fashion

Antes que me joguem aos lobos, aviso de pronto: as últimas semanas foram passadas em (mezzo) off. Menos pomposas que o verão europeu — mas tão quentes quanto — as férias na Florida emaranharam minhas antenas, e o roda-roda fashion do ano passou batido. Enquanto bebia margaritas de romã e riscava todas as montanhas-russas de Tampa Bay, outros altos-e-baixos se davam no mundo da moda.
Virginie Viard saiu da Chanel, Alessandro Michele estrelou na Valentino… A bruxa tá solta! É, os ventos da mudança sopram sem dó, e Dorothy está perdidinha, sem Totó, no olho do furacão. Mas calma — dá pra colocar ordem no caos.
Comecemos do começo.
Karl Lagerfeld morreu em fevereiro de 2019. Choradeiras à parte, o baque foi grande. Quem poderia substituir ‘o cara’? O capitão que navegou o navio Chanel por mais tempo que a própria? Virginie estava lá. Era boa, competente, tinha visão de mercado e longo currículo dentro na casa. Foram 20 anos sendo o braço-direito do kaiser, “a mulher mais respeitada nos corredores da empresa”, segundo ele. Não tinha para onde e nem porque fugir — sua promoção era sã, prática, funcional: ninguém se animou, mas ninguém se queixou. O céu era nebuloso, mas as águas estavam calmas.
Suas primeiras coleções foram recebidas como a chuva depois da seca, anseio grande, sede maior ainda. Com o tempo, descobrimos tudo que a designer havia herdado de seu antecessor. O olhar meticuloso sobre os códigos da grife ficaram, mas o ‘faraonismo’ da era Lagerfeld pouco combinava com o estilo clean-cut de Viard, preferiu cortar.
Simplificou tudo, dos desfiles às silhuetas, rejuvenesceu a marca. Os preços subiram (culpa dela ou da inflação, não sabe-se apontar com firmeza), mas o palco diminuiu de tamanho. De bússola da moda, a Chanel passou a simbolizar meramente o clássico francês. O tal do ‘old money’ (expressão a qual detesto), a tradição. Falava de qualidade, mas deitava-se numa cama mal posta, visto que constantemente enfrentava a torcida de nariz de críticos que desaprovavam suas costuras. Fez cinco anos de uma trajetória que será lembrada como um período de entre-águas, um lapso temporal, um momento meramente transitório. A Chanel de Virginie Viard será lembrada por ser imemorável.
Novos nomes para o comando da maison já são cotados, entre eles, Sara Burton (ex-Alexander McQueen), Hedi Slimane (ex-Celine) e Pierpaolo Piccioli (ex-Valentino). Salvo Burton, as escolhas (apesar de multitalentosas e incontestavelmente conceituadas) apitam um antigo alarme: cadê as mulheres no comando das marcas de luxo?
Longe de mim atribuir habilidade a gênero, que fique claro, mas a conta infelizmente não fecha. Entre as 5 empresas de luxury fashion detidas pelo grupo Kering, todas são comandadas por homens, e nas 10 que estão sob o comando do conglomerado LVMH, apenas Dior conta com uma direção feminina. Repito, então, a pergunta: por onde se escondem elas?
Dito isso, sim, seria um grande alívio seguir a linhagem de rainhas no trono da moda francesa. Mas mais que isso, anseio por um rebuliço criativo, venha de quem vier. Alguém para reorganizar a casa, trocar as flores, mudar os vasos de lugar. Alguém com cheiro de ar novo, um Tom Ford para Gucci, um John Galliano para Dior, um louco, um ousado. Alguém que reimagine os Cs cruzados para além dos últimos 100 anos.
A verdade é que Chanel sempre será Chanel, seu status está cimentado. Dificilmente suas lojas ficarão vazias, seus desfiles mal-frequentados. O legado é estável, é longo, tem significado. Mas é possível perder o poder sem perder a majestade, e é isso que vemos acontecer com a evolução de marcas muito mais influentes, criativas e bem temperadas.
Agora por falar em mudar os vasos de lugar… Pode entrar, Alessandro!
A estreia do ex-Gucci na Valentino chegou sem cerimônia. Logo ele! Esse idólatra do suntuoso, do conceitual, do ‘faz de conta’, apresentar sua coleção de estreia via lookbook e call de Zoom… Foi de dar uma brochada, mas não foi em nada mal calculado. Lançando mão de uma estratégia de divulgação discreta, Michele regulou as expectativas, assumindo o controle de uma narrativa que não era sua há muito tempo. Apostou no básico, testou as águas. Tudo no seu tempo! Roma não foi feita em um dia — e como um romano honorário, Valentino Garavani sempre preferiu perfeição à pressa. Alessandro vai velejar a seu ritmo, redescobrir sua voz. Vai encontrar sua persona ‘Valentinica’ e nos fazer cair de amores por ela: uma mulher que sempre se encontrou no limiar entre a força e a fragilidade. Afinal, a mão é boa, os ingredientes são de primeira… só falta ajustar o tempero. E é fato, nenhum sabor é tão fascinate quanto o de ‘coisa nova’.
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Fonte: Nacional
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Bolsonaro diz que deve passar por cirurgia

Bolsonaro diz que deve passar por cirurgia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nas redes sociais de que, provavelmente, precisará de uma nova cirurgia, em consequência da facada que levou em 2018.
“Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”, escreveu.
O político do PL foi atendido às pressas na sexta-feira (11) após sentir fortes dores abdominais e, neste sábado (12), será transferido para Brasília a fim de receber atendimento especializado.
No X (antigo Twitter), Bolsonaro disse: “Passamos a vida prontos pra qualquer batalha: política, jurídica, eleitoral, física até… Mas às vezes o que nos derruba não é o inimigo de fora, é o nosso próprio corpo”.
Segundo o ex-presidente, o quadro de saúde surpreendeu até os médicos. “Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação”.
Um dos médicos, então, explicou a Bolsonaro “que este foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida em 2018″. O político do PL já foi submetido a cinco cirurgias e diversas internações por conta da facada.
No post, o ex-presidente disse estar “estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes”.
Ele também falou que “a missão continua, mas talvez com um pouco mais de atenção ao que me sustenta nela: a saúde, minha esposa, meus filhos e a fé em Jesus Cristo”.
Transferência
O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o Hospital Rio Grande, em Natal (RN), afirmaram que Bolsonaro deve ser transferido para Brasília ainda neste sábado. A expectativa de chegada é de noite.
O ex-presidente está acompanhado pela equipe do Hospital Rio Grande e pelo seu médico pessoal, Cláudio Birolini, que veio de São Paulo para isso. Birolini é especialista em parede abdominal.
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WhatsApp apresenta instabilidade e usuários não conseguem usar grupos

Foto: Reprodução
Você tentou mandar uma mensagem em um grupo de WhatsApp, mas foi surpreendido com um ponto de interrogação vermelho? Saiba que você não é o único a ser atingido por essa instabilidade do aplicativo.
Embora consigam enviar mensagens no privado dos contatos, usuários da rede social não tem conseguido se manifestar em grupos. Muitos deles usaram o X, antigo Twitter, para reporter o problema e buscar soluções.
A procura por informações foi tanta que o nome do WhatsApp foi parar entre os assuntos mais comentados do Brasil. “Estão tentando me calar. Oi, gente. Meu Deus”, diz um print publicado por uma pessoa. “Que ódio”, completou. “Foi só o meu WhatsApp que morreu?”, quis saber mais uma.
E, ao que tudo indica, o problema não é só no Brasil. Diversas pessoas de outros países estão reportando a mesma situação. “Se Cayó WhatsApp (Caiu o WhatsApp?)”, questionou uma mulher em espanhol. “WhatsApp down… can’t send to chat group of more than 3 members (WhatsApp caiu… não consigo enviar mensagens para grupos com mais de 3 membros”)”, disse outro, em inglês.
No Down Detector, portal que analisa os problemas reportados nas últimas 24h, mostra que, após as 11h, houveram mais de 1.420 notificações sobre o aplicativo. De acordo com o site, as primeiras reclamações se iniciaram pouco depois das 8h.
Fonte: Metrópoles
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