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Sem estoque, vacina pentavalente está em falta nos postos de saúde no Acre
Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) informou ao G1 que o problema é nacional e que o desabastecimento é devido a qualidade do produto.

Vacina pentavalente está em falta nos postos de saúde do Acre — Foto: Ely Venâncio/EPTV
Por Alcinete Gadelha, G1 AC
As unidades públicas de saúde no Acre estão sem as doses da vacina pentavalente que protege contra cinco doenças. As mães que procuram as unidades, na capital, por exemplo, voltam para casa sem conseguir imunizar os filhos.
A vacina está em falta há pelo menos três meses na capital e chega a custar R$ 250 na rede particular. A dose previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite, doenças que podem levar à morte. Disponibilizada em três doses, ela é obrigatória para crianças de 2, 4 e 6 meses de idade.

Thais Zamith só conseguiu dar a primeira dose da vacina ao pequenos Thales Ramiro — Foto: Arquivo pessoal
A publicitária Thais Zamith, de 28 anos, só conseguiu dar a primeira dose da vacina ao pequeno Thales Ramiro, de 5 meses e meio, a segunda está atrasada e corre o risco de ficar com a terceira em atraso também.
“Ele já está quase completando 6 meses e a primeira dose ele tomou no Rio de Janeiro porque ele nasceu lá. Quando vim pra cá, já não tinha mais”, conta.
A mãe conta que fica aflita com a situação e que é frustrante não conseguir imunizar o filho. “Porque eles não têm muita imunidade, não têm a resistência que nós temos. Já não faço tanta coisa com ele para não expor ele”, lamenta.

Unidades de saúde estão sem vacina há três meses — Foto: Alcinete Gadelha/G1
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) informou que o problema é nacional e que o desabastecimento é devido à qualidade do produto. E disse que o laboratório que fornecia a vacina não atendeu aos critérios de qualidade exigido pela Anvisa.
Já o Ministério da Saúde também informou que vai distribuir a partir desta quinta-feira (9) um total de 1,7 milhão de doses da vacina pentavalente para os estados, mas não especificou quantas devem ser destinadas ao Acre.
A contadora Edmara Martins passa pela mesma angústia e diz que já andou por várias unidades de saúde, mas não encontra a vacina para dar a primeira dose para a filha de dois meses.
“Estava procurando, mas não tive muito sucesso. Quando começou a faltar, as mães do grupo [de WhatsApp] avisaram. Como não queria atrasar, fui atrás, mas não consegui mais”, conta.
Desde o dia 20 de dezembro Edmara conta que procura pela dose da vacina.
“É uma vacina importantíssima. A gente que tem um bebê recém-nascido, fica exposto. Você vai ao pediatra e ele diz que a vacina está atrasada e que a gente não pode fazer isso, mas a gente procura a rede pública para ter acesso e não é atendido”, lamenta.
Com o neto de 5 meses, Geane Maria da Silva, de 49 anos, foi à uma unidade de saúde, na manhã desta quinta-feira (9), e mais uma vez foi informada que não tem a vacina para imunizar o pequeno que está com 4 meses.
“Tem uns dois meses [que procura a vacina]. Se não vacina e ele adoece, é pior. Vamos ter que gastar mais. Sem contar que é judiação com a criança”, conclui

Geane Maria da Silva foi a uma unidade de saúde, nesta quinta-feira (9), mas não tinha a vacina — Foto: Alcinete Gadelha/G1
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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