Conecte-se conosco

Acre

Secretário diz que se for preciso terá a disposição policiais da Força Nacional para trabalhar no Acre

Publicado

em

Secretário de Polícia Civil do Acre, Emylson Farias - Foto: Divulgação

Secretário de Polícia Civil do Acre, Emylson Farias – Foto: Divulgação

Da redação, com Gleydison Meirelles – Rio Branco

Na última segunda-feira (13) o secretário de Polícia Civil, Emylson Farias, convocou uma reunião com os policiais civis que exerciam função gratificada em delegacias e dentro da própria secretaria. A reunião a portas fechadas aconteceu no auditório da Secretaria de Estado da Polícia Civil (SEPC). Membros da diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol/AC) foram impedidos de participar da reunião.

Estavam presentes a reunião todo o staff da Polícia Civil, além do próprio secretário, assessoria e os policiais.

A reportagem de ac24horas conversou com alguns dos policiais que participaram da reunião, e que foram categóricos em afirmar que o objetivo da conversa era tentar desmobilizar o movimento e pressionar os policiais, apesar do secretário iniciar o encontro afirmando que seria uma conversa aberta com as pessoas de sua confiança.

Os policiais disseram ainda que o secretário afirmou que o movimento era válido, mas não da forma como estava acontecendo, e que estão sendo tomadas decisões equivocadas.

“O objetivo da reunião todos nós já sabíamos qual era, pressionar e tentar desmobilizar o movimento. E eles até que tentaram, de uma forma sutil e nas entrelinhas, mas nós não vamos abaixar a cabeça, queremos respeito e queremos ser reconhecidos e valorizados por tudo que fizemos até hoje pela Polícia Civil e pelo nosso Estado”, disse o policial, que prefere não se identificar, pois segundo ele as represálias estão acontecendo.

Sobre os coletes vencidos e uso das viaturas com problemas, o policial disse que o Diretor do Departamento de Polícia da Capital e do Interior, Vanderlei Thomas, afirmou que não via risco algum os agentes entregarem intimações sem o material.

“Ele disse que em todos esses anos o policial sempre trabalhou sem colete e com viaturas quebradas, utilizando inclusive para uso pessoal e que agora não queriam sair da delegacia sem que estivesse tudo certinho e que não achava que havia risco em entregar intimação sem colete, mas esse é o nosso direito, temos que ter coletes é o que diz a Lei. Quanto as viaturas, já estamos cansados de trabalhar com viaturas em estado precário, a imprensa mesmo divulgou várias vezes viaturas paradas no meio da rua por falta de combustível ou por falta de manutenção. Existem viaturas paradas por problemas mínimos, que se eles tivessem interesse em resolver isso não estaria acontecendo, agora as viaturas dos diretores e coordenadores da secretaria são todas novas, com manutenção em dias, não falta gasolina e muito menos rodam suja ou deteriorada, pra eles está tudo muito bom”, desabafou o agente.

Durante a reunião, o secretário da Polícia Civil, falou ainda que estava disposto a auxiliar o sindicato nas negociações sobre titularidade e as promoções, mas que os policiais tinham que tomar cuidado e não “confundir luta sindical com picuinhas”, pois caso contrário perderia o foco.

“O secretário falou que tínhamos que tomar cuidado para não perder o foco ao confundirmos luta sindical com picuinhas, pediu que agíssemos com bom senso e não com paixão ou fanatismo e disse também que está a disposição para auxiliar o sindicato no que diz respeito a titularidade e as promoções”, comentou.

Questionado porque um agente que tinha função gratificada teria sido transferido para outra unidade, mesmo contra a vontade do coordenador da delegacia, o secretário disse que o agente tinha desagregado o grupo.

“Depois de tanto se falar que não eram perseguidores e que não faziam represálias, uma colega perguntou ao secretário porque então um policial que tinha função gratificada foi transferido para outra delegacia, mesmo contra a vontade do seu coordenador e ele disse que o agente estava desagregando a equipe, mas todos nós sabemos que isso foi por conta das declarações do colega que falou em assembleia que abriria mão de sua gratificação se fosse preciso. Então isso pro secretário deve ser desagregar”, revelou.

Os policiais afirmaram ainda que Emylson Farias comentou que está autorizada a vinda de 50 agentes e 30 escrivães da Força Nacional e que estariam só esperando seu chamado.

Representantes do Sinpol comentaram sobre as declarações do secretário Emylson Farias e disseram que estão agindo conforme determina a Lei.

“Em momento algum objetivamos descumprir a Lei, pelo contrário, queremos é que ‘Cumpra-se a Lei. Todos os policiais estão cumprindo seus plantões e trabalhando normalmente, o que não dá é para você desempenhar sua função sem uma estrutura mínima, sem viaturas, sem equipamentos de proteção, entre outros, antes o policial pagava do seu bolso se o pneu da viatura estava furado, se uma peça estava quebrada e era coisa pequena ele pagava também, se desdobrava para não deixar a delegacia acumular serviço, mas nada disso foi reconhecido e então vamos fazer só o que é de nossa competência, mas se você visitar as delegacias os nossos policiais estão todos lá tirando o seu plantão”, argumentou Itamir Lima, presidente do Sinpol.

Os policiais finalizaram dizendo que o secretário mandou um recado aos policiais; “Ele disse que se continuasse a cobrança sobre o que estávamos reclamando nos poderíamos ser cobrados também. Com cumprimento de horários, reposição de horas pra quem estuda e mudanças na escala de serviços”.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

Publicado

em

Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

Comentários

Continue lendo

Acre

Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

Publicado

em

Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

Comentários

Continue lendo

Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Publicado

em

Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

Comentários

Continue lendo