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Secretário diz que governo investirá 24 milhões até o fim de 2019 para tirar ‘polícia das trevas’

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Secretário de Segurança no governo Gladson, coronel Paulo Cézar particiou da elaboração do plano de segurança do governo Binho

O estado do Acre esteve por muito tempo longe do quadro de violência urbana que atingia a maioria das capitais do país. A situação começou a mudar em 2016, quando uma guerra entre facções estourou e Rio Branco registrou o maior aumento de homicídios entre capitais do país, 86% com relação a 2015. O medo tomou conta da população e pautou os últimos anos de gestão do ex-governador Tião Viana (PT) e também das últimas eleições, que elegeram o governador Gladson Cameli (PP), em 2018, que junto com seu vice, o Major Rocha, adotaram um forte discurso de combate ao crime organizado e a violência.

Para mudar esse quadro, o escolhido para assumir a pasta da Segurança foi o coronel da reserva da Polícia Militar, Paulo Cézar. Na bagagem, muita experiência. “Em 1986 ingressei na 1ª Companhia do Exército no Rio de Janeiro e permaneci como oficial do quadro temporário até maio de 1991, quando ingressei na Polícia Militar (PM). No período que passei na PM exerci alguns comandos, o primeiro foi em Sena Madureira, depois fui fundador do Batalhão de Operações Especiais em 1996, comandei o Batalhão Motorizado, fui comandante do policiamento da Capital e Interior e sou fundador do Centro Integrado de Operação de Segurança Pública. Realizei diversos cursos operacionais e de gestão na área de segurança, no total de 17, e na maioria deles alcancei a primeira colocação, inclusive fora do estado. Sou especialista em gestão de segurança pública e na minha formação acadêmica eu sou bacharel em direito e ciências sociais e também tenho pós-graduação em gestão pública e de planejamento nacional”, disse.

Secretário de Segurança Pública do Acre, coronel Paulo Cézar, faz avaliação dos 10 meses à frente da pasta/Foto: Ascom Sesp

Mesmo com a vasta experiência, o coronel não foi a primeira opção do novo governo. Ele disse que alguns nomes foram cogitados antes de optarem pelo dele e que o martelo só foi batido poucos dias antes do início do governo, no fim de dezembro do ano passado. Quando foi chamado para a Segurança, o coronel da reserva estava atuando como assessor jurídico da presidência do Tribunal de Justiça do Acre. Pesou também para a escolha os 20 anos de atuação ao lado do vice-governador Rocha na Polícia Militar do Acre.

Mas a contribuição do atual secretário com o planejamento da Segurança Pública do estado não é de hoje. “Participei da elaboração de alguns planos da área de segurança no governo Binho Marques (PT). Eu vivenciei aqui na Segurança, principalmente no período de 2009, uma construção de um plano de gestão que a gente chama de gestão por resultados. Então a partir do momento que eram adotadas medidas no sentido de não combater o problema em si, mas as causas dele, culminou que em 2011 o Acre teve os melhores indicadores de segurança pública da história, foram 142 homicídios”, contou.

O secretário fala com saudosismo da época. “Isso foi fruto desse processo, dessa dinâmica, e é óbvio que concomitante a isso houve o fortalecimento do efetivo e toda uma adequação logística da atividade. Houve investimento em tecnologia, o policial daquela época já tinha tecnologia embarcada, no interior do veículo ele conseguia acessar qualquer banco de dados, de pessoas, de condutores de veículos, de armas e até judicial pra verificar se tinha algum mandado, se tinha antecedentes criminais e até se a pessoa respondia por inquérito policial”.

Ao assumir a pasta, a realidade era bem diferente da que viveu naqueles anos. Os desafios foram inúmeros, e ainda são, mas o principal deles, aponta o secretário, é retomar esses investimentos. “O que eu percebi quando retornei pra cá foi a desconstrução de todo esse cenário, então você tem uma polícia com uma perda substancial do efetivo, pra se ter uma ideia, quando eu fui para a reserva o efetivo da PM era de aproximadamente 3.100 policiais, hoje são 2.400. Com o ingresso desses novos 230 vai chegar a 2.600. A Polícia Civil também passou por um desmanche, ela tinha mais de 1.000 homens e hoje tem 720, então você tem essa perda concomitante a questão logística. Hoje não temos tecnologia, o inquérito era totalmente virtual, não tinha papel. Você tinha os bancos de dados, se um delegado produzia um inquérito policial, na rua os policiais tinham conhecimento. Hoje voltou o papel, porque o estado deixou de manter essas ferramentas”.

E para “tirar a polícia das trevas”, sengundo palavras do próprio secretário, só até o fim deste ano serão investidos cerca de R$ 24 milhões na Segurança. “Você tinha luz, as pessoas tinham noção do cenário, e consequentemente elas conseguiam realizar ações de combate em suas causas e não simplesmente em cima do problema. O nosso maior desafio agora é dotar as forças de segurança não apenas da logística e de pessoal, mas retomar essa prática no sentido de combater as causas, então nesse momento a gente tá investindo em tecnologia. O nosso grande desafio aqui é resgatar essa tecnologia, fizemos a aquisição de 91 veículos e motocicletas e já entregamos uma série de equipamentos esse ano, e já a partir de agora, através de uma intervenção interna, vamos adotar também o que a gente chama de tecnologia embarcada. São tablets com impressoras que vão ficar dentro da viatura, dotando os policiais de condições pra que no seu local de trabalho, sem ter a necessidade de se deslocar, tenham acesso a toda informação necessária”.

E os números começam a aparecer. No comparativo entre os 10 primeiros meses de 2019 e 2018, quase todos os indicadores de violência baixaram no estado. A redução no número de latrocínos foi de -41,17%, com 17 em 2018 e 10 em 2019. Já o número de feminicídio caiu de 13 para 7 no comparativo entre os dois últimos anos, uma redução de -46,15%. Já com relação ao número total de homicídios no estado, a redução foi de -30,55%. Foram 347 pessoas mortas nos 10 primeiros meses de 2018 contra 241 mortas no mesmo período deste ano. Para o secretário, o resultado é fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido na pasta.

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Assis Brasil celebra seus 49 anos com programação especial

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Assis Brasil está em clima de festa pelos seus 49 anos de emancipação política. A semana de comemoração começou ainda na semana passada, com diversos eventos que vêm movimentando a cidade e reunindo a população em momentos de celebração.

Na manhã desta segunda-feira (12), foi realizada a tradicional cerimônia de hasteamento dos pavilhões em frente à Prefeitura Municipal, contando com a presença de alunos, professores, servidores, vereadores e autoridades como a Polícia Militar e o Exército Brasileiro. O ato cívico reforça o sentimento de pertencimento e orgulho por nossa cidade.

A programação segue nos próximos dias com uma série de eventos que se estendem até depois do dia 14 de maio — data oficial do aniversário do município — celebrando o progresso, a história e o povo de Assis Brasil.

A Prefeitura convida toda a população a continuar participando dessa festa que é de todos nós!

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Judiciário leva projeto de combate à violência doméstica aos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia

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Com apoio das prefeituras, TJAC propõe criação de grupos reflexivos para homens autores de violência, visando à prevenção e redução da reincidência no interior do estado.

Dando continuidade à política de interiorização do combate à violência doméstica, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), visitou, nos dias 8 e 9 de maio, os municípios de Epitaciolândia e Brasiléia. O objetivo foi apresentar propostas de implantação dos Programas de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e Intrafamiliar às câmaras municipais.

A comitiva foi liderada pela juíza Andréa Brito, coordenadora da Comsiv, que esteve acompanhada de magistrados locais, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, representantes do Legislativo e do Executivo. Em Epitaciolândia, a reunião ocorreu na quinta-feira (8) com o prefeito Sérgio Lopes, que se comprometeu a enviar à Câmara o Projeto de Lei para criação de um grupo reflexivo com foco na reeducação de agressores. “É um passo importante na prevenção à reincidência de crimes. Vamos trabalhar de forma integrada com o Judiciário, o MP e a Defensoria”, declarou o prefeito.

Já na sexta-feira (9), em Brasiléia, a reunião contou com a presença da desembargadora Waldirene Cordeiro, supervisora do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (Nujures), e do juiz Guilherme Miotto. O prefeito Carlinhos do Pelado também confirmou que encaminhará o projeto à Câmara Municipal. “Foi um encontro produtivo. Queremos implementar essa política no município o quanto antes”, afirmou.

Durante os encontros, a juíza Andréa Brito realizou a entrega simbólica da minuta da lei e apresentou a Resolução nº 254 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Judiciária Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. A magistrada destacou a importância da interiorização da política dos grupos reflexivos: “É um trabalho educativo e preventivo, e os dados comprovam sua eficácia. A receptividade das prefeituras e câmaras foi extremamente positiva.”

Desde o início da política de interiorização, em 2021, o projeto foi apresentado em 11 municípios. Sete cidades já aprovaram a legislação, como Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Jordão, Assis Brasil, Manoel Urbano e Cruzeiro do Sul.

Os grupos reflexivos vêm apresentando resultados expressivos. O “Homens em Transformação”, criado pela Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas (VEPMA) em 2018, atendeu 749 homens e registrou apenas 8% de reincidência. Outros programas similares desenvolvidos pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), via Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) e Unidade de Monitoramento Eletrônico (UMEP), atenderam juntos mais de 670 homens.

A proposta visa não apenas punir, mas reeducar e evitar que novos episódios de violência se repitam. Segundo a juíza Andréa Brito, o trabalho busca transformar a cultura que perpetua a violência doméstica: “A prevenção e o diálogo com as autoridades locais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e segura para as mulheres.”

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Após confronto entre facções, adolescente de 16 anos morre em troca de tiros com a PM às margens do Rio Acre

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O adolescente Vitor Gabriel Sales Rodrigues, de 16 anos, foi morto na noite deste sábado (10) durante uma troca de tiros com a Polícia Militar às margens do Rio Acre, na Rua Beira Rio, bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco. O comparsa dele, identificado como Andrio, foi baleado e está desaparecido.

De acordo com a Polícia Militar, Vitor e Andrio, ambos armados, atravessaram o Rio Acre de canoa após pintarem os cabelos de vermelho. A dupla foi até a casa de André Luiz Souza da Silva, de 20 anos, no Beco Brasiléia, bairro da Base, e efetuou vários disparos contra ele. André, que seria integrante da facção Comando Vermelho e possui mandado de prisão em aberto, foi atingido e socorrido com ferimentos.

Na fuga, os suspeitos retornaram pelo rio ao bairro Cidade Nova. Durante a tentativa de subida de um barranco, foram surpreendidos por uma guarnição da PM. Segundo os policiais, os jovens reagiram à abordagem com tiros e houve revide. Vitor Gabriel foi baleado e morreu no local. Andrio foi ferido e caiu no rio, desaparecendo em seguida. As armas que portavam também teriam caído na água.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito de Vitor. A área foi isolada e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O caso está sendo investigado pela Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil e será repassado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Neste domingo (11), o Corpo de Bombeiros deve realizar buscas no rio para tentar localizar o corpo de Andrio e as armas utilizadas no confronto.

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