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“Se não ajudarem teremos que decretar o lockdown”, diz Gladson sobre medidas rígidas no combate à Covid-19
Cameli destacou ainda que esteve em Manaus e comprovou a situação dramática vivida no Amazonas.

Nelson Liano, da Agência de Notícias do Acre
O governador Gladson Cameli foi entrevistado ao vivo por mais de uma hora pelo jornalista Antônio Muniz, na TV Rio Branco, nesta quinta-feira, 7.
Durante entrevista, ele deixou claro que medidas mais rígidas de isolamento social poderão ser tomadas se a população não colaborar. Gladson não descartou a possibilidade de decretar lockdown para conter a pandemia da Covid-19 no Acre.
“Se não ajudarem teremos que decretar o fecha tudo (lockdown). Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance e tomar as medidas necessárias para não colocar a população em risco. Temos que evitar que essa pandemia exploda. Já temos mais de mil casos de contaminação e não conseguiremos barrar esse crescimento se a população não ajudar. Não estou medindo esforços na saúde pública para que os acreanos não sejam prejudicados. Na hora de tomar decisões tenho ouvido especialistas em saúde, principalmente, os infectologistas. Mas ainda existem aqueles que defendem o isolamento e tem aqueles contra. Parece que só quando infelizmente os casos chegam à família de alguém as pessoas tomam consciência da situação”, declarou o governador.
Cameli destacou ainda que esteve em Manaus e comprovou a situação dramática vivida no Amazonas. “Não vou permitir que o mesmo aconteça no Acre, custe o que custar”, afirmou. E depois salientou que tem recebido apoio incondicional no combate à pandemia das principais entidades públicas que atuam no Estado como a Ufac, o MPE, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Rio Branco.
Quando Muniz afirmou que a Associação Comercial da Capital (Acisa) reivindica a reabertura do comércio, Gladson foi incisivo:
“Vou cuidar da saúde da população. Essa Pandemia fez grandes estragos nas principais nações do mundo que estão de joelhos. Não adianta ter o direito de ir e vir, abrir o comércio, se não tiver vida e saúde. Não quero chegar no momento em que teremos que decidir quem vai ou quem fica. Eu sou democrata e ouço todos os setores da sociedade, mas não adianta vir com pressão porque não sou irresponsável. Se nós não tivéssemos feito o fechamento em março a situação poderia estar pior. Tivemos o primeiro caso de infectado pelo coronavírus antes do Amazonas e veja a diferença da situação entre os dois estados. O momento é para estarmos todos unidos com o intuito de salvar vidas”, disse ele.
Transparência nos gastos
Indagado sobre o uso de recursos públicos durante a pandemia, o governador salientou a transparência das verbas aplicadas na Saúde. E mais uma vez reafirmou que não trabalha com a possibilidade de atrasar os salários do funcionalismo estadual.
“Se eu não tivesse feito cortes e reorganizado a economia do Estado quando assumi o Governo, estaríamos atrasando salários. Nossa preocupação é também com a transparência de como está sendo investido cada centavo que nos chega de recursos para aplicação na saúde. Os preços dos equipamentos hospitalares aumentaram e querem que paguem à vista. Mesmo assim, hoje estamos realizando a transferência dos pacientes com Covid-19 para o Hospital de Traumatologia (Into) com 11 UTIs disponíveis e mais 40 leitos. Em breve entregaremos mais 11 UTIs. Trabalhamos com a pandemia antevendo sempre a pior situação para fazermos o nosso planejamento. Já avisei toda a rede hospitalar particular que poderemos usar essa estrutura. Acredito que vamos vencer a pandemia”, destacou Gladson.
Não é hora de política
Durante a entrevista ao RB Notícias os telespectadores enviaram quase 500 perguntas que, obviamente, não tiveram tempo de serem todas respondidas. Mas, entre elas, Gladson Cameli afirmou que está criando o Instituto de Saúde do Estado para resolver a situação dos profissionais do Pró-Saúde. Também disse que irá convocar parte dos aprovados no concurso da Polícia Civil e pagará a titulação dos policiais militares.
Quanto aos debates políticos, Gladson destacou que não é hora de pensar nisso. “Só posso dizer que já defini o meu adversário político que é o coronavírus. Como vou falar de política? Nem sei se vai ter eleições este ano. Teremos dificuldade financeira no pós-pandemia. Estão vindo recursos do governo federal para nos ajudar. Esperamos fazer muito com o pouco que temos”, afirmou respondendo aos telespectadores.
Questão escolar
Outra questão levantada pela assistência do programa foi em relação ao funcionamento das escolas estaduais e o risco do ano letivo não ser concluído. O governador minimizou essa possibilidade com a busca de soluções alternativas.
“Estamos criando mecanismos de aulas por vídeo através da TV Aldeia. A previsão de aulas presenciais é que podem começar no segundo semestre. Mas o momento requer o sentimento de renúncia por parte de todos. Os alunos terão um planejamento que está sendo feito pela Secretaria de Educação para que não percam o ano letivo”, explicou o Gladson.
Contratações na saúde
Um outro ponto abordado pelos telespectadores foi sobre possíveis novas contratações para a saúde. Gladson agradeceu os esforços dos deputados federais Alan Rick e Perpétua Almeida para que o Estado possa contratar médicos acreanos formados no exterior. Também adiantou que com a construção dos hospitais de campanha outros profissionais de saúde como enfermeiros e técnicos poderão ser chamados.
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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul
Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.
Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.
Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.
Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC

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