Brasil
Se Dilma não tivesse mentido, ajuste fiscal não seria tão doloroso
A crise no Brasil é política, econômica e daqui a pouco também será social, afirmou a ex-senadora Marina Silva a jornalistas em Nova York na noite desta quarta-feira, 13. “As pessoas estão perdendo o emprego, vivendo as dificuldades da inflação, sofrendo as consequências do baixo crescimento”, disse ela, ressaltando que, se a presidente Dilma Rousseff tivesse reconhecido a gravidade da situação antes e não tivesse mentido durante a campanha presidencial de 2014, o pacote de medidas fiscais que está sendo empreendido pelo governo não precisaria ser tão doloroso.
“O fato de a presidente (Dilma Rousseff) ter feito uma campanha negando os problemas faz com que as medidas (do ajuste fiscal) não sejam entendidas pela sociedade”, ressaltou Marina. “A falta de credibilidade do governo em relação à agenda econômica faz com as medidas hoje sejam feitas três vezes mais duras do que seriam com alguém que tem credibilidade.”
Marina avalia que o peso do ajuste fiscal tem recaído basicamente sobre a sociedade, enquanto o governo pouco tem feito para cortar seus gastos. “O governo pede sacrifício dos trabalhadores em relação ao seguro-desemprego, em relação a uma série de questões, mas mantém os mesmos gastos, a mesma quantidade de ministérios”, afirmou. “O ajuste é necessário, mas se tivesse sido tratado antes não estaria com a radicalidade que hoje está sendo feito pelo governo. Não é negando a realidade que a gente vai conseguir resolver os problemas.”
Impeachment
Questionada sobre as discussões do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Marina ressaltou que o impedimento é legal dentro de determinados critérios, que é o envolvimento direto da figura do presidente em algo irregular. “Nós não podemos nos transformar em uma republiqueta que, por discordar do presidente, faz qualquer manobra para tirá-lo do cargo”, afirmou. “Essa cultura de tirar qualquer um que esteja no poder em função de discordar dele, isso foi criado pelo PT, e não acho que se deva dar continuidade a esse ‘modus operandi’. Sem a materialidade dos fatos não se deve ter uma postura de aprofundar o caos que hoje está no Brasil.”
Sustentabilidade
Marina Silva está em Nova York para receber o prêmio “2015 Sustainable Standard-Setter Award”, organizado pela Rainforest Alliance, aliança internacional que desenvolve ações para a promoção da agricultura sustentável, silvicultura e turismo. Além dela, a empresa Fibria, maior produtora de celulose do mundo, foi outra representante do Brasil a ganhar o prêmio. O objetivo é reconhecer líderes e empresas que adotam práticas sustentáveis, apoiam a preservação do meio ambiente e comunidades tradicionais. O evento ocorreu em um jantar de gala no prédio do Museu de História Natural de Nova York.
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Brasil
Brasil alcança a liderança global na produção de carne bovina em 2025, segundo o USDA
Resultado reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Mapa, com destaque para a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa
O Brasil foi reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador de carne bovina do mundo em 2025. A conquista reflete o fortalecimento contínuo do sistema nacional de defesa agropecuária, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que investiu em:
- prevenção estratégica
- vigilância sanitária; e
- ampliação da força de trabalho.
O marco ocorre após o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para o ministro Carlos Fávaro, “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.
Os resultados refletem a adoção de medidas estruturantes que elevam o nível de segurança sanitária da produção agropecuária, ampliam o acesso a mercados internacionais e fortalecem a confiança do Brasil junto a parceiros comerciais mais exigentes.
Medidas
Entre as principais iniciativas está a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, medida que fortalece a capacidade de resposta rápida a eventuais emergências sanitárias. O repositório assegura a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, caso necessário, em consonância com as práticas internacionais recomendadas pela OMSA.
Além da prevenção, o Mapa avançou no reforço das ações de fiscalização e inspeção sanitária. Portarias publicadas no Diário Oficial credenciaram as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem em animais destinados ao abate. Os serviços serão executados por médicos-veterinários contratados, sob supervisão de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), sem alteração das competências legais do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Paralelamente, o Ministério promove a convocação de novos servidores aprovados em concurso público, para fortalecer a presença do Estado em ações de vigilância e controle sanitário em todo o país.
“Isso mostra a robustez do sistema, mostra que o Brasil está preparado, porque as crises sanitárias são cada vez mais recorrentes”, ressaltou Fávaro.
Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa
A implantação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa representa um avanço estratégico na biossegurança e na proteção da pecuária nacional. O repositório segue recomendações da OMSA e conta com parcerias do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da empresa argentina Biogénesis Bagó.
“Estamos fazendo a nossa parte ao investir no banco de antígenos. É um investimento que garante a continuidade de um processo extraordinário que o Brasil conseguiu alcançar”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.
Segundo o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, “a criação do banco brasileiro de antígenos evidencia a nossa marca de prevenção, precaução e atenção permanente à agropecuária brasileira. O modelo adotado é moderno e eficiente, ao garantir a manutenção de um estoque estratégico de antígenos”.
Com investimento de R$ 48 milhões, a iniciativa prevê a produção de até 10 milhões de doses, capazes de viabilizar de imediato a fabricação de vacinas em situações emergenciais e assegurar a distribuição ágil conforme demanda do Mapa. “Este é um sonho que sonhamos há muito tempo, cuidadosamente planejado e agora executado”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
Os antígenos produzidos serão submetidos a rigorosos testes de controle de qualidade, sob supervisão do Governo Federal, a fim de assegurar eficácia, segurança e confiabilidade do material armazenado.
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Brasil
Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 62 milhões neste sábado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. Ninguém acertou as dezenas no sorteio passado, realizado na quinta-feira (18).
As apostas podem ser feitas até as 20h (horário de Brasília) de hoje, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.
Para o bolão, o sistema fica disponível até as 20h30 no portal Loterias Caixa e no aplicativo Loterias Caixa.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.
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Brasil
TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou nesta sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).
A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.
A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.
Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.
Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.


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