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Saúde traça medidas para evitar contaminação entre mais de 240 imigrantes na fronteira com o Peru

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Com o fechamento da fronteira pelo governo peruano, famílias de cinco nacionalidades, entre elas 17 grávidas e 83 crianças, estão sendo orientadas com higienização e outros métodos de prevenção à Covid-19

A Secretaria de Estado de Saúde Acre (Sesacre) segue monitorando 241 estrangeiros que estão abrigados em duas escolas de Assis Brasil, na fronteira com o Peru, como parte de uma ação iniciada há quinze dias pelo Governo do Acre e pela prefeitura local, para conter um eventual foco de contaminação por coronavírus no grupo.

Eles estão em quarentena no interior das duas instituições de ensino do município, na divisa com a cidade peruana de Iñapari, a 310 quilômetros de Rio Branco.

Homem abrigado em escola pública de Assis Brasil prepara banho para o filho, enquanto aguarda uma possibilidade de que a fronteira do Brasil com o Peru abra e a família prossiga viagem de volta ao país de origem Foto: Odair Leal/Secom

Os imigrantes acreditam que sair do país é a melhor opção para se protegerem de uma eventual contaminação pelo novo coronavírus. No entanto, encontraram o Peru fechado para ingresso e prosseguimento de viagem pelo continente, justamente por causa da pandemia da qual acreditam que podem escapar.

O grupo de 74 mulheres, 110 homens e 57 crianças é composto por pessoas de cinco nacionalidades diferentes que chegaram ao Acre gradativamente há 15 dias. Todos moravam nos estados do Sul e do Sudeste, mas agora querem deixar o país.

Técnico da Vigilância Sanitária estadual fala para grupo de estrangeiros sobre as formas de higiene e prevenção contra a Covid-10 Foto: Odair Leal/Secom

Enquanto muitos faziam a viagem de volta aos seus países de origem, outros tentavam chegar à América do Norte, quando foram surpreendidos pelo fechamento da fronteira por autoridades peruanas, em razão da pandemia de coronavírus.

Crianças no abrigo improvisado de uma das escolas de Assis Brasil; fechamento da fronteira pelo Peru impede estrangeiros que residiam no país de prosseguir viagem Foto: Odair Leal/Secom

Na quarta-feira, 25, técnicos da Vigilância Sanitária da Sesacre se deslocaram para a região, onde há duas semanas o Peru fechou o acesso para o seu território, numa tentativa de frear o aumento de casos de Covid-19 no país, que já ultrapassam os 480 confirmados, com nove mortes.

Equipe da Vigilância Sanitária da Sesacre falam para estrangeiros sobre o risco da Covid e as formas de prevenção, em Assis Brasil Foto: Odair Leal/Secom

“Eles estão vindo do sul e do sudeste do país, num processo inverso ao que fizeram três ou quatro anos atrás, e o nosso trabalho aqui, neste momento, é o de orientar as autoridades locais sobre a higienização dos abrigos e também conscientizar as pessoas que estão abrigadas para o risco de contágio por coronavírus, se não adotarem medidas de prevenção”, informa Advagner Prado, chefe do Núcleo de Serviços da Vigilância Sanitária, órgão da Sesacre.

Por dois dias, na quarta-feira, 25 e na quinta, 26, os profissionais da Sesacre estiveram novamente reunidos com o prefeito Antônio Barbosa, o Zum, com representantes da Saúde do município e com integrantes do Grupo Especial de Segurança de Fronteira, o Gefron, da Polícia Militar do Estado do Acre, para traçarem estratégias que visam a resguardar a integridade, tanto dos migrantes, quanto da população local.

O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, fez a doação de 250 colchões e 100 cestas básicas que acabaram em dois dias.

O prefeito de Assis Brasil, Antonio Barbosa, afirma que o grupo consome em média 900 refeições por dia, impactando diretamente nas finanças do município.

Zum afirma que os próprios abrigados estão ligando para parentes e amigos que estão em outros estados chamando-os para virem a Assis Brasil. “Eles ligam todos os dias para São Paulo, Santa Catarina e o Paraná, principalmente, chamando seus compatriotas para se juntarem ao grupo aqui, porque entendem que estão sendo bem tratados”, alerta o prefeito. A fronteira com a Bolívia também segue fechada.

Advagner Prado, chefe da Serviços da Vigilância Sanitária da Sesacre, em inspeção a abrigos improvisados em Assis Brasil: preocupação com focos de coronavírus entre os estrangeiros Foto: Odair Leal/Secom

Nível de conhecimento sobre a pandemia é muito baixo entre os abrigados

Para Advagner Prado, a ideia é que todos tenham o máximo de cautela com a higiene para evitar um foco de contaminação por coronavírus com proporções drásticas.

Militares do Exército Brasileiro mantêm guarda na fronteira com o Peru; fronteira está bloqueada por autoridades peruanas Foto: Odair Leal/Secom

“É preciso mostrar para eles que devem cuidar da higienização da forma mais correta possível. É preciso evitar um foco de contaminação por Covid-19 aqui”, ressalta o profissional da Vigilância Sanitária.

Na escola municipal Edilsa Maria Batista, onde estão abrigadas 92 pessoas, 32 são homens e 34 mulheres, das quais nove estão grávidas. Pelo menos 26 abrigados são crianças.

O nível de conhecimento deles sobre a pandemia é baixíssimo. Morei Sangré é natural da Costa do Marfim, na África. Está há quatro anos no Brasil, onde morava em Florianópolis. Agora, quer alcançar a América do Norte. “O povo brasileiro me tratou muito bem. Fui acolhido com alegria, mas quero ir embora para a América, quero entrar nos Estados Unidos”.

Crianças brincam no balanço de escola que serve de abrigo em Assis Brasil; mais de 240 estrangeiros que moram no Brasil tentam fazer o caminho inverso Foto: Odair Leal/Secom

Já o serralheiro haitiano Lucian Verstling diz estar com os primos, todos vindo de São Paulo, tentando alcançar o México. “Infelizmente, Peru fechou tudo. Mas vamos ficar por aqui. Não temos mais como voltar para São Paulo”.

Verstiling está abrigado na escola estadual Iris Célia Cabanellas Zanini, para onde foram levados 149 migrantes. Nesta escola, há 40 mulheres, das quais sete estão gestantes, além de 78 homens e 31 crianças.

Criança brinca no escorregador da escola onde está abrigada com os pais; estrangeiros querem deixar o país, mas fronteira com o Peru está fechada Foto: Odair Leal/Secom

Nesta semana, o Peru fez a detenção de 18 mil pessoas por violação de distanciamento social.

Ainda na quarta-feira, 25, duas aeronaves C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira, resgataram 66 brasileiros que estavam retidos em Cuzco, numa operação gerenciada pelo Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Os aviões fizeram uma escala técnica em Porto Velho e sem desembarque de passageiros, e seguiu para São Paulo, ao final da tarde do mesmo dia.

 

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Jovens são vítimas de tentativa de homicídio na zona rural de Epitaciolândia

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As autoridades policiais da fronteira do Acre, Polícia civil e Militar, estão envolvidas na tentativa de localizar os envolvidos em uma dupla tentativa de homicídio ocorrido na noite desta quinta-feira, dia 25, se estendendo até a manhã desta sexta, dia 26.

Dois jovens com idades de 16 e 17 anos, estavam trafegando em uma moto nas proximidades do Tucunduba, já dentro dos limites territoriais do município de Epitaciolândia, que tem acesso pelo km 31 da BR 317.

As primeiras informações passadas as autoridades, que estão sendo investigadas para ver se condiz com a verdade, seria que os menores foram surpreendidos por um defeito na motocicleta e para a surpresa dos dois, um grupo de aproximadamente seis indivíduos, aparecem armados e teriam iniciado os disparos.

O menor de 16 anos teria caído no local após ser alvejado várias vezes e o segundo, de 17, conseguiu fugir do cerco mesmo baleado por diversas vezes pelo corpo e se escondeu por dentro do mato.

Somente pela manhã, com o dia claro, este conseguiu pedir socorro. Uma equipe do Serviço Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, foi acionada e resgatou o jovem até o hospital regional em Brasiléia.

O primeiro, de 16 anos, foi resgatado ainda na noite desta quinta, por uma equipe da Poícia Militar, foi transferido para Rio Branco, onde passará por cirurgia. O de 17 anos está sendo avaliado pela equipe médica, para saber se vai ser necessário sua transferência para a capital do Acre.

O caso está sendo acompanhado pela equipe do delegado titular do Município, Eustáquio Nomerg e sua equipe de investigadores.

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Independência vence campeonato acreano e garante vaga na série D do Brasileirão

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LEÔNIDAS BADARO

Quase três décadas depois, o Tricolor de Aço é campeão acreano de futebol. Nesta quinta-feira, 25, o Independência entrou em campo no Florestão precisando de uma vitória simples para “levantar” o troféu, o que não acontecia desde o ano de 1998.

O Tricolor de Aço não tomou conhecimento do São Francisco, venceu por 4 a 1 e fez a festa do tradicional torcedor.

Os gols do título foram marcados por Ruan, Reginaldo, Leozinho e Matheus. Keslley fez o gol de honra do São Chico.

Humaitá vence Rio Branco e garante o vice

No primeiro jogo da última rodada, o Humaitá venceu o Rio Branco por 3 a 0, ficou com o vice-campeonato e garantiu vaga nas competições nacionais do próximo ano.

Com a derrota, o Estrelão, que era o atual campeão, fica sem calendário nacional em 2025.

FOTOS: JOHN LENNON

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Vereadora Arlete Amaral Assume Secretaria de Assistência Social em Brasiléia

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Nesta quarta-feira 24 de abril, a prefeita Fernanda Hassem empossou vereadora licenciada Arlete Amaral como Secretária de Assistência Social.

A transição de Arlete para a Secretaria de Assistência Social foi marcada por um ato simbólico realizado no centro de conveniência do idoso, aos servidores da pasta e à equipe municipal.

Arlete Amaral, uma empresária respeitada na comunidade e mãe de dois filhos, já havia ocupado cargos de destaque na política local, como presidente da Câmara por dois anos e vice-presidente por outros dois.

Em suas primeiras palavras como secretária, Arlete expressou gratidão pela confiança depositada pela prefeita e reafirmou seu compromisso em trabalhar pelo bem-estar e a inclusão social dos cidadãos de Brasiléia.

“Estou profundamente honrada pela confiança da prefeita Fernanda Hassem. Assumo este desafio com humildade e determinação, comprometida em servir a população de Brasiléia e dizer para a prefeita que a senhora não vai se decepcionar comigo, vamos trabalhar dia e noite pelo nosso povo e eu sou muito humana, se tem uma coisa que eu sei, é respeitar as pessoas”, enfatizou Arlete.

Para a prefeita Fernanda Hassem, a nomeação de Arlete Amaral como Secretária de Assistência Social representa uma nova fase para o município de Brasiléia, com a expectativa de uma gestão comprometida e voltada para o atendimento das necessidades da população mais vulnerável. “É com grande satisfação que recebo Arlete Amaral como nossa Secretária de Assistência Social. Sua experiência e dedicação às causas públicas são reconhecidas por todos. Estamos confiantes de que juntas, podemos fazer grandes avanços em prol da população de Brasiléia”, disse a prefeita.

Para preencher a vaga deixada por Arlete na Câmara Municipal, o suplente João Rocha (PP) assumirá o cargo, dando continuidade ao trabalho legislativo.

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