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Roma e Vaticano estão silenciosos e tristes, diz padre jesuíta

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Basílica de São Pedro, no Vaticano – REUTERS/Remo Casilli/

Neste sábado (26), data do funeral e do sepultamento do papa Francisco, o Vaticano é o centro das atenções para católicos de todo o planeta.

Para o padre brasileiro Bruno Franguelli, estar presente neste momento histórico é algo que proporciona reflexões bastante profundas. O padre jesuíta teve o privilégio de conhecer de perto este que, para muitos, foi “o maior líder da nossa atualidade”.

Colaborador da agência de notícias Vatican News, Franguelli estava entre os presentes na Missa de Exéquias, cerimônia que marca o primeiro dia do Novendiali – os nove dias de luto e orações em honra ao pontífice.

Franguelli é também “da família religiosa” do Papa, na igreja: os jesuítas, da Companhia de Jesus.

“O papa é jesuíta e sempre se apresentou como tal. Isso é muito forte. Temos a mesma espiritualidade, a mesma visão de mundo. É muito bonito ter vivido durante este pontificado do primeiro papa jesuíta. Foram muitas oportunidades de estar com ele”, disse Franguelli, em meio às cerimônias fúnebres.

Clima em Roma

Ele falou, à Agência Brasil, sobre como está o clima no Vaticano e em Roma, cidade que cerca o Estado da Igreja Católica, muito influenciada pela fé dos devotos.

“Roma é uma cidade que está profundamente identificada com a figura do Papa [e o Vaticano] pela sua história. Quem vem a Roma dificilmente não identifica esta ligação [da cidade] com o Papa”, disse ao lembrar que os turistas que visitam a cidade costumam ir também ao Vaticano para ver o Papa e participar das audiências gerais, missas, e do Angelus dominical – oração feita três vezes ao dia no Vaticano.

Segundo Franguelli, nos últimos dias, Roma e o Vaticano têm ficado mais silenciosos, com pessoas cabisbaixas e tristes.

“O falecimento do papa nos impactou profundamente. Sabíamos que esse dia chegaria e estava próximo, mas não queríamos que chegasse”.

Os prédios e edifícios da região têm sido espaço para várias projeções com imagens de Francisco, o que, segundo Franguelli, demonstra o imenso carinho das pessoas pelo papa, em retorno ao “carinho que ele teve pela cidade, pelo país e pelo mundo”.

Fila

Pessoas fazem fila para entrar na Basílica de São Pedro para prestar homenagens enquanto o Papa Francisco é velado – REUTERS/Remo Casilli/

“Todos estão profundamente impactados pelo falecimento do papa e, claro, se organizando para as pessoas que estão vindo para se despedir do pontífice de uma maneira segura”, acrescentou o padre jesuíta, que participa do funeral desde que foi oficialmente aberto ao público.

Franguelli, inclusive, também ficou na fila por quase 5 horas para ver, de perto, o corpo de Francisco.

“Foi bonito ver o testemunho das pessoas, o carinho e as fotografias. Todos queriam passar pelo menos alguns segundos diante do corpo do papa para dar o seu muito obrigado, seu adeus; para se despedirem. Muitos choravam. Fiquei também muito emocionado com aquilo tudo”.

Síntese do pontificado

Padre Bruno Franguelli celebra missa com papa Francisco – Bruno Franguelli

“Depois desta missa maravilhosa e desta homilia também tocante, em que o cardeal Giovanni Battista Re fez uma síntese de todo pontificado do Papa Francisco, nos despedimos do nosso querido pastor”, disse o padre jesuíta que foi tradutor do pontífice “em muitos momentos, missas e viagens apostólicas”, além de vídeos em que explicava os documentos produzidos pelo papa Francisco.

 

 

 

 

Entre as histórias vividas com o papa, Franguelli destaca o momento mais especial: quando celebrou uma missa ao lado do pontífice.

“Tive vários momentos com ele e saudações. Mas o momento que coroou realmente o encontro mais bonito que eu vivi com ele foi quando eu era diácono e celebrei a missa com ele. Foi marcante estar ao lado dele o tempo todo, celebrando a missa com ele. Senti-me ao lado de um santo. De alguém que é bondade pura; que é misericórdia pura.”

Marca do papa

A tristeza de Franguelli vem acompanhada, segundo ele, de uma alegria pela oportunidade de ter tido “um grande pastor” a seu lado por tanto tempo.

Padre Bruno Franguelli com o pontífice – Bruno Franguelli

“Fica no nosso coração o homem maravilhoso que ele foi para igreja e, obviamente, do maior líder da nossa atualidade, que abriu as portas da igreja para a realidades que a gente muitas vezes viu excluídas.”

“Esta é a marca principal do Papa Francisco, que sempre nos ensinou a estar ao lado dos excluídos; dos mais pobres; dos últimos, como ele esteve. Então esta é uma maneira de continuar o legado dele, tendo uma sensibilidade maior para com as pessoas que sofrem”, acrescentou ao lembrar da dedicação de Francisco àqueles que sofrem.

“Ele fez isso desde seu primeiro momento, quando ele foi para Lampedusa [ilha ao Sul da Itália, no Mar Mediterrâneo, por onde muitos refugiados chegam à Europa] e quando ele escolheu viajar para lugares que a gente às vezes nem sabia o nome e nem sabia que existia”, disse.

“Essa é a marca principal do papa Francisco. É aí que ele se mostra realmente um verdadeiro discípulo de Jesus; o sucessor de São Pedro”, complementou.

 

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AGU pede bloqueio de bens de empresas e pessoas físicas por fraudes em descontos do INSS

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Ação amplia investigação da Operação Sem Desconto e mira R$ 23,8 milhões repassados ilegalmente a agentes públicos por meio de associações e intermediários.

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou nesta sexta-feira (9) à Justiça Federal o bloqueio de bens de mais seis empresas e oito pessoas físicas investigadas por envolvimento em um esquema de descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida representa um aditamento à ação cautelar ajuizada na quinta-feira (8), com base em solicitação da Controladoria-Geral da União (CGU).

Com respaldo na Lei nº 12.846/2013, a chamada Lei Anticorrupção, a AGU também pediu a suspensão das atividades financeiras dos investigados, além do levantamento dos sigilos bancário e fiscal. Segundo o órgão, as empresas incluídas no novo pedido atuavam como intermediárias no repasse de vantagens indevidas a agentes públicos ligados ao INSS e a outras pessoas físicas envolvidas.

De acordo com a petição, já foram identificados repasses ilegais estimados em R$ 23,8 milhões. “As investigações em curso revelam fortes indícios de que as empresas mencionadas participaram diretamente da intermediação de valores milionários”, afirmou a AGU, destacando a existência de um esquema criminoso estruturado para desviar recursos por meio de descontos indevidos.

A AGU argumenta que as pessoas jurídicas envolvidas serviram como instrumentos para práticas ilícitas de natureza penal, administrativa e civil, permitindo a captação de valores extraídos de forma irregular dos benefícios previdenciários.

Além disso, foi instaurado procedimento preparatório com vistas ao ajuizamento de ação por improbidade administrativa contra os agentes públicos citados na Operação Sem Desconto. Na petição original, o órgão já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens e ativos de 12 entidades associativas e seus dirigentes, além da quebra de sigilo fiscal e bancário.

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Lula e outros líderes usam símbolo polêmico em desfile militar na Rússia

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Foto: Lula em jantar oferecido pelo Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin • Ricardo Stuckert / PR

Chefes de Estado de vários países, inclusive o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, utilizaram um símbolo polêmico no peito durante as comemorações pelos 80 anos da vitória da antiga União Soviética e seus aliados contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A fita de São Jorge tem listras em laranja e preto e é usada desde os tempos do Império Russo para homenagear soldados mortos em combate ou atos de bravura em guerras.

No entanto, a fita ganhou uma conotação política muito mais forte nos últimos anos, com críticos dentro da Rússia e no exterior acusando o Presidente Vladimir Putin de promover o seu uso como um emblema de apoio ao seu governo e à guerra na Ucrânia.

Além de Lula, o presidente da China, Xi Jinping, e vários outros nomes adotaram a sugestão dos organizadores de utilizar o símbolo.

Muitas ruas de Moscou também foram enfeitadas com faixas nas cores da fita de São Jorge. Veteranos de guerra, crianças e apoiadores de Putin também usaram o distintivo com orgulho.

Muitos afirmaram que ele é apenas um gesto de respeito para homenagear os milhões de mortos em guerras anteriores, especialmente a Segunda Guerra Mundial.

CNN entrou em contato com a assessoria do presidente Lula e aguarda uma resposta.

 

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Rio Acre registra 5,26 metros neste sábado, informa Defesa Civil

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Foto: Jardy Lopes/ac24horas

A Defesa Civil de Rio Branco divulgou na manhã deste sábado, 10, novo boletim sobre o nível do Rio Acre, que marcou 5,26 metros às 5h15.

O manancial segue em tendência de queda e permanece bem abaixo da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros e da cota de transbordamento que é de 14 metros.

Nas últimas 24 horas, foi registrado um volume de chuva de 5 milímetros na capital acreana.

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