Acre
Rocha denuncia “contrato milionário” do governo do Acre para transportar haitianos
Ray Melo, do ac24horas
O deputado federal Major Rocha (PSDB) protocolou nesta sexta-feira (22), uma denúncia no Ministério Público Estadual (MPE) e no Ministério Público Federal (MPF), contra o governo do Acre. O tucano afirma que a administração estadual firmou um contrato milionário com uma agência de viagens para fazer o transporte dos imigrantes haitianos e senegaleses para o Estado de São Paulo.
Segundo o parlamentar, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS), assinou no dia 14 de maio deste ano, um contrato de mais de R$ 10,3 milhões com a empresa Solimões Agência de Viagens e Turismo Ltda, valor a ser pago com recursos próprios do Estado. “Na sequência o governo pediu mais R$ 1 milhão ao Governo Federal, alegando que não tinha recursos”, diz Rocha.
“Quando o governo pede R$ 1 milhão para transportar os haitianos é porque estava sem dinheiro, mas no dia 18 deste mês, o governo contratou uma empresa de transportes pagando a bagatela de R$ 10.374 milhões com recursos próprios do Estado. Como é que não tem dinheiro para consertar as máquina de radioterapia e braquioterapia do Hospital do Câncer”, questiona Rocha.
O parlamentar relembra que transporte de imigrantes ilegais foi suspenso pelas autoridades federais. “O Governo Federal suspendeu o serviço, mas o governo do Acre já pagou por 222 viagens ao preço de R$ 40 mil cada, para o Estado de São Paulo, mais 30 viagens ao preço de R$ 49,8 mil para o Estado do Rio Grande do Sul. A publicação está no Diário Oficial do dia 18 de maio, não adianta dizer que é contrato retroativo a 2010. Não cola”, enfatiza.
O tucano alega que mais de 30 mil haitianos e senegaleses já passaram pelo Acre. “Portanto, não tem esta quantidade de haitianos citada no contrato para ser transportada. Não adiante alegar que é uma questão humanitária. Por que este governo não pensa na questão humanitária dos pacientes que estão sem tratamento pela falta de medicamento e máquinas quebradas?”.
Rocha informa que encaminhou oficio ao procurador-geral da República, Rodrigo Jano e ao procurador-geral de Justiça do MPAC, Oswaldo D’Albuquerque, pedindo apuração da denúncia. “Estão gastando recursos do povo acreano usando os haitianos para roubar dinheiro. A reponsabilidade dos imigrantes é do Governo Federal que precisa arcar com as despesas”, ressalta Rocha.
Secretária de comunicação faz defesa antecipada do governo
Antes mesmo da denúncia do deputado Rocha ser divulgada em qualquer veículo de comunicação, a secretaria de Andréa Zílio, usou as redes sociais para fazer a defesa antecipada do governo do Acre. Ela afirma que foi informada que o parlamentar tucano protocolou a denúncia, através de um telefonema de um colega jornalista. Abaixo, a íntegra da mensagem da gestora:
Segundo um colega jornalista que acaba de me ligar, deputado Rocha protocolou no Ministério Público Estadual e Federal uma denúncia de superfaturamento no valor gasto no transporte dos imigrantes.
Costumo ser bem educadinha, mas deputado, sério mesmo que essa foi a coisa mais importante que ele achou para fazer sobre esse assunto?
Mesmo partindo da opinião de que qualquer questionamento deve ser avaliado, e nesse o Governo dará todas as respostas, sinceramente, é preciso fazer melhor.
E vale lembrar que diferente dele, esse assunto é acompanhado pelo Ministério Público Federal e Ministério Público Federal desde o início!!!
Vamos relembras umas coisas:
– O Acre recebe imigrantes desde o final de 2010.
– São mais de 38 mil pessoas que já passaram por essa fronteira
– Dessas, se pelo menos 50 delas morarem no Acre é muito, pois a maioria optou em ir para outros estados.
– O Governo do Estado tem recebido esses imigrantes com acolhimento e alimentação desde o início. Dispondo de suas equipes para trabalhar nisso.
– O Governo tem atuado com apoio das instituições estaduais e federais em um problema que é sério, são vidas, seres humanos, e que está insustentável para o estado.
– O abrigo está super lotado e eles não param de chegar.
O deputado tinha que ter pelo menos feito coro no pedido de apoio que o Acre vem clamando. E apesar de ter apoiado de forma mais paliativa, agora o Governo Federal começa uma empreitada para atuar de outra maneira diante desse assunto e não vi nenhuma iniciativa do deputado nesse processo, aliás, sequer vi uma visita dele no abrigo.
Comentários
Acre
Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá
A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19
A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.
A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.
O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.
Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.
Comentários
Acre
Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis
Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.
Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.
O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”
O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.
Comentários
Acre
Baseada em lei federal, Justiça do Acre nega liminar que autorizaria transporte de passageiros por motociclistas de aplicativo
Juíza Zenair Bueno considerou que a abrangência da legislação não inclui os motociclistas. Por conta do impasse, a magistrada e o superintendente da RBTrans foram alvos de ameaças de morte, que serão investigadas pela Polícia Civil.
A Justiça do Acre negou uma liminar que autorizaria o transporte de passageiros por motociclistas de aplicativo nessa quarta-feira (30). A decisão é mais um capítulo no impasse entre os condutores e a Superintendência de Trânsito de Rio Branco (RBTrans) ao redor da legalidade da atuação desses profissionais.
O advogado que representa a categoria, Saulo Ribeiro, havia tentado garantir a legalidade dessa atividade. Porém, a juíza Zenair Bueno, da 2ª Vara de Fazenda Pública de Rio Branco, considerou que a abrangência da Lei 13.640/2018, que trata sobre o transporte de condutores vinculados a plataformas online, não inclui os motociclistas.
“É de se observar que a legislação pertinente ao caso possui natureza restritiva, não podendo ser interpretada de modo a ampliar seu sentido ou alcance. Ressalte-se que a possibilidade da exigência de autorização para o exercício de atividade econômica, trabalho, profissão ou ofício tem assento constitucional (art, 5º, XIII e art. 170, parágrafo único) e, neste caso concreto, a norma que exige autorização está expressa no artigo 11 da Lei 12.587/2012 [alterada pela lei de 2018]”, citou a magistrada.
Após a decisão, o advogado informou que vai entrar com recurso. “Haja visto o indeferimento. iremos manejar um agravo de instrumento para o Tribunal de Justiça, buscando a reforma da decisão do Juízo”, informou.
Ameaças
Sem dar detalhes, a Polícia Civil informou que está investigando ameaças de morte à juíza Zenair Bueno e ao superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, em meio ao impasse sobre o transporte de motociclistas por aplicativos.
Por meio de nota assinada pelo delegado geral José Henrique Maciel, a corporação informou que trabalha para identificar os responsáveis pelas ameaças.
“Desde a última quinta-feira, 30, a instituição iniciou as primeiras diligências investigativas para identificar os responsáveis e garantir a segurança das autoridades ameaçadas”, diz o texto.
Impasse
No dia 22, a Prefeitura de Rio Branco publicou uma portaria que regulamenta o serviço de transporte de passageiros por meio de aplicativos. O documento destaca que apenas condutores que possuam Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B ou superior estão autorizados a exercer a profissão na capital acreana, excluindo motociclistas da função.
A regulamentação se baseia na Lei Federal nº 13.640/2018, que proíbe o uso de motocicletas, por meio de aplicativos, para o transporte privado remunerado de passageiros. A medida foi sancionada durante o governo Michel Temer, três anos após a chegada de uma das maiores plataformas desse tipo de serviço ao Brasil.
A legislação estabelece como categoria mínima de habilitação para o motorista exercer a atividade a categoria B, que permite a condução de automóveis. O entendimento diz que motos, que estão na categoria A não são adequadas para o serviço por causa da falta de segurança.
O RBtrans disse que vai cumprir o que determina a lei e que os condutores flagrados no exercício ilegal da profissão, serão autuados e multados.
“Não existe nenhuma contravenção na lei, o que existem são interpretações de alguns leigos. As leis dizem que o transporte por aplicativo tem que ser com veículo de quatro rodas, carteira categoria B acima, em nenhum momento diz categoria A. Enquanto a fiscalização da prefeitura, continua da mesma forma dos últimos quatro anos”, disse o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas.
Ele ainda justificou dizendo que apenas uma nova legislação federal poderia mudar a situação. “O que a gente lamenta é que essas pessoas, de fato, são trabalhadoras. É uma legislação da União, não cabe o Município dizer que não vai fiscalizar e nem aplicar a lei podendo responder por prevaricação e omissão”, ressaltou.
Ele acrescentou que, por recomendação do Ministério Público do Acre (MP-AC), as fiscalizações serão intensificadas contra os motoristas irregulares. “Temos nos reunido no MP constantemente, nos reunido também com os legalizados, que são os mototaxistas e motoristas de ônibus, bem como o pessoal do transporte de aplicativo
Penalidades para os motoristas flagrados na ilegalidade:
- Multa gravíssima (R$ 293,47 e 7 pontos na carteira);
- Condução para delegacia;
- Prisão do condutor em caso de reincidência, com abertura de processo criminal e enquadramento nas normas de segurança e transporte público.
Ação contra portaria
O advogado Saulo Ribeiro, que representa alguns motociclistas por aplicativo, disse que ingressou com uma ação judicial com o objetivo de suspender os efeitos da medida imposta, até que haja uma regulamentação que garanta o livre exercício da atividade pelos motoristas de aplicativo.
Ele destacou que a ação é baseada, justamente, pela falta de regulamentação. “A RBTrans não poderia simplesmente excluir a categoria de motorista tipo moto por aplicativo. Hoje temos uma decisão em Rondônia, por meio de mandando de segurança, que assegura a atividade dessa categoria. Posteriormente, o mandado de segurança foi concedido no mérito. Estamos usando também como base legal a Lei nº 12.587/2012 e jurisprudência”, argumentou.
Você precisa fazer login para comentar.