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Ricardo Araújo, do DNIT, na Assembléia Legislativa: “BR 364 exige planejamento e investimento constantes”

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O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Ricardo Araújo, destacou, durante sua apresentação, a importância estratégica e social da BR-364 e da BR-317 para o estado

Ele lembrou que esteve na Assembleia Legislativa há cerca de um ano para apresentar o planejamento das obras e reafirmou que essas rodovias cumprem uma função vital. Foto: cedida 

A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou, na manhã desta quarta-feira (7), uma audiência pública para discutir os graves problemas estruturais da ponte sobre o Rio Caeté, no quilômetro 282 da BR-364, em Sena Madureira, e as condições da rodovia federal. O debate foi proposto pelo deputado André Vale (Podemos), que demonstrou preocupação com os impactos das falhas na infraestrutura para a população do interior do estado.

Durante a audiência, foram apontados os riscos de isolamento dos municípios do Purus devido aos danos recorrentes na ponte e nas condições precárias da BR-364, especialmente no período de chuvas. André Vale destacou que a rodovia é vital para o escoamento da produção e o transporte de pessoas, e que a situação exige ações urgentes e permanentes. “A cada inverno, vivemos o mesmo drama. É preciso garantir um trabalho de qualidade, que respeite a população que depende dessa estrada todos os dias”, afirmou.

O parlamentar destacou a urgência de ações concretas para resolver os problemas estruturais da BR-364, especialmente no trecho que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Ele ressaltou a importância estratégica da rodovia para o desenvolvimento socioeconômico do estado, servindo como principal via terrestre de integração entre o Baixo e o Alto Juruá. Ainda segundo ele, a precariedade da estrada compromete direitos fundamentais da população, como o acesso à saúde, educação, segurança e escoamento da produção. “Não se trata de buscar culpados, mas de construir soluções sustentáveis e duradouras”, afirmou.

Vale também reforçou que a audiência não pode se limitar a um ato simbólico, mas deve gerar encaminhamentos concretos com prazos definidos e compromissos institucionais firmes. Ele alertou para os desafios técnicos, ambientais e logísticos que historicamente dificultam a manutenção da BR-364, agravados por décadas de investimentos fragmentados. Ainda assim, defendeu que essas dificuldades não podem justificar o abandono da rodovia. “Por este e outros motivos que hoje estamos reunidos aqui, precisamos juntos encontrar uma solução. A BR-364 é mais do que uma estrada: é um instrumento de cidadania e dignidade. A população do Juruá não pode continuar sendo penalizada por omissões sucessivas”, complementou.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Ricardo Araújo, destacou, durante sua apresentação, a importância estratégica e social da BR-364 e da BR-317 para o estado. Ele lembrou que esteve na Assembleia Legislativa há cerca de um ano para apresentar o planejamento das obras e reafirmou que essas rodovias cumprem uma função vital. “Essa BR não se trata de uma rodovia que vai se falar por economicidade. Ela não tem esse índice, mas tem um valor muito maior, que é o social”, frisou.

Ricardo Araújo detalhou o histórico das BRs, ressaltando que juntas somam 1.177 quilômetros de extensão e representam uma das maiores malhas rodoviárias do país. Segundo ele, a BR-364, implantada inicialmente pelo Exército na década de 1970, cruza dezenas de rios e igarapés, o que torna sua manutenção desafiadora. “Saindo de Sena Madureira até Cruzeiro do Sul, temos 46 pontes e cerca de 1.600 bueiros, uma média de cinco por quilômetro. Isso exige investimentos constantes e planejamento técnico”, explicou.

O superintendente também reforçou os avanços recentes no cuidado com a infraestrutura e agradeceu o apoio institucional recebido. “Em 2024, conseguimos implantar uma grande operação de manutenção graças ao esforço coletivo, e quero fazer um elogio a todo o quadro técnico do Dnit. Se antes eu chamava nossa equipe de os 300 de Esparta, hoje chamo de os 300 de Gideão”, disse.

O segundo encaminhamento propõe a criação de uma comitiva oficial de pelo menos cinco deputados estaduais, com apoio da bancada federal, para uma missão em Brasília. Foto: cedida 

Durante sua apresentação, o superintendente do Dnit no Acre também explicou em detalhes a situação estrutural da ponte sobre o Rio Caeté, construída em 2008. Segundo ele, trata-se de uma estrutura mista, com base em concreto e vigas metálicas, que desde 2010 apresenta deslocamentos em um de seus pilares. “O pilar número 2 chegou a se mover dois metros e meio, não afundou, ele andou na direção da outra margem por conta de um solo de péssima qualidade que existe a cerca de 70 metros de profundidade”, relatou.

Araújo destacou que o comportamento atípico do rio, que varia drasticamente entre as estações do ano, influencia diretamente a movimentação da base da ponte. “No inverno, o rio chega a ter 230 metros de largura por 17 de altura. Já no verão, ele se reduz a 50 centímetros de largura e profundidade. Essa variação movimenta o solo como uma esponja, composto por tabatinga, que é extremamente instável”, explicou, ressaltando que reforços estruturais já foram realizados na ponte com o uso de lâminas metálicas.

Ainda assim, ele alertou que o problema persistiu e voltou a se agravar em 2022, quando o mesmo pilar se deslocou mais 54 centímetros, totalizando 3 metros e 5 centímetros de movimentação. “Isso acendeu um sinal de alerta e a classificamos como ponte em risco 1. Após o colapso da ponte no Tocantins, recebemos uma ordem nacional para fechar todas as pontes com esse nível de risco. No Acre, tivemos que agir com responsabilidade e assumir o controle da situação”, concluiu o superintendente.

O secretário adjunto da Secretaria de Agricultura, Edivan Azevedo, destacou a importância estratégica da rodovia para o escoamento da produção rural e o abastecimento das populações acreanas. Representando os sindicatos rurais de municípios como Rio Branco, Sena Madureira, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, ele ressaltou que a estrada é vital para a economia regional, citando o projeto do maior complexo de café no Juruá como exemplo de investimento ameaçado pela precariedade da via. Edivan defendeu uma união entre os governos federal, estadual e municipal para a reconstrução urgente da BR-364, essencial para integrar o Acre ao restante do país e aos mercados internacionais, especialmente pelo corredor de exportação rumo ao Pacífico.

Ao final é a audiência, o deputado André Vale apresentou dois encaminhamentos considerados fundamentais para garantir avanços concretos na recuperação da BR-364. O primeiro é a definição de uma data oficial para o início das obras, com o compromisso de que a largada dos trabalhos seja acompanhada por uma comitiva formada por deputados e autoridades, que percorrerão o trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul para avaliar in loco os pontos mais críticos.

A audiência reforçou o compromisso da Aleac em atuar como ponte entre a sociedade e os órgãos competentes, buscando soluções concretas para melhorar a mobilidade e a segurança dos acreanos. Foto: cedida 

O segundo encaminhamento propõe a criação de uma comitiva oficial de pelo menos cinco deputados estaduais, com apoio da bancada federal, para uma missão em Brasília. O objetivo é realizar uma audiência com o Ministro dos Transportes, o diretor nacional do DNIT e demais autoridades, buscando sensibilizar o governo federal sobre a urgência da liberação de recursos adicionais para a reconstrução plena da rodovia.

O encontro contou com a presença de representantes de órgãos federais e estaduais responsáveis pela manutenção da estrada e da ponte, que apresentaram informações técnicas e esclareceram dúvidas dos participantes. A audiência reforçou o compromisso da Aleac em atuar como ponte entre a sociedade e os órgãos competentes, buscando soluções concretas para melhorar a mobilidade e a segurança dos acreanos.

Texto: Andressa Oliveira e Mircléia Magalhães 
Fotos: Sérgio Vale

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Inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios terminam neste domingo (15)

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Vencedoras podem ganhar até R$ 30 mil, além de capacitação e mentoria

As inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN) – etapa estadual Acre – terminam neste domingo (15). Realizado desde 2004, o prêmio é uma iniciativa que já contou com mais de 100 mil mulheres inscritas e mais de 200 premiadas. O objetivo é reconhecer e celebrar o trabalho de mulheres empreendedoras e inspirar outras a investirem em seus sonhos e em seu próprio potencial.

No último ano, o Acre contou com a participação de 56 empreendedoras acreanas, que concorreram em cinco categorias: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual, Ciência e Tecnologia, e Negócios Internacionais. Se você tem uma história inspiradora e quer ter sua trajetória reconhecida, aproveite essa última chamada e participe!

A premiação ocorre em três etapas: estadual, regional e nacional. Em cada estado, serão selecionadas cinco vencedoras, uma por categoria. As selecionadas na etapa estadual avançam para a regional, e as finalistas dessa fase seguem para a disputa nacional.

As cinco ganhadoras de cada categoria da etapa estadual, além de avançarem para a etapa regional, ganharão participação na missão Summit Delas, do Sebrae. Agora, na fase regional, o prêmio passou a ser dividido por microrregiões. O Acre compõe uma nova região — ao lado de Roraima e Amapá — o que aumenta significativamente as chances de as empreendedoras acreanas avançarem para a fase nacional.

Quem pode se inscrever?
    A premiação é voltada para microempreendedoras individuais (MEI), proprietárias de pequenos negócios, produtoras rurais e mulheres que atuam no campo da ciência e tecnologia ou em negócios internacionais.
    Para participar, as empreendedoras devem ter mais de 18 anos e ser proprietárias de negócios formalizados até janeiro de 2024. Após a inscrição, as participantes passarão pelas etapas estadual, regional e nacional, respectivamente.
Como faço minha inscrição?
Acompanhe o passo a passo para se inscrever:
  1.  Acesse a página do PSMN. Atenção, é importante conferir o regulamento antes de seguir para o passo 2.
  2. Clique em “Faça sua inscrição”.
  3. Para seguir, é preciso ter login e senha do serviço Sebrae. Se não tiver, basta clicar em “Cadastre-se”.
  4. O formulário de inscrição será aberto e você vai selecionar uma das cinco categorias: Pequenos Negócios, MEI, Produtora Rural, Ciência e Tecnologia e Negócios Internacionais.
  5. Na mesma página, informe seus dados pessoais: nome completo, data de nascimento, CPF, e-mail, telefone, gênero e cidade. Clique em salvar e em continuar.
  6. Insira os dados da sua empresa: CNPJ, data de abertura, situação cadastral, CEP e cidade. Mas fique atenta! É preciso ter CNPJ ativo há pelo menos um ano. Clique em salvar e prossiga a inscrição.
  7. Chegou a hora de falar mais sobre a sua jornada nos negócios e da sua empresa. São 10 perguntas sobre como funciona seu negócio, sua história e relacionamento com clientes.
  8. Grave um vídeo, coloque em algum serviço de nuvem ou no YouTube e insira o link com acesso liberado. Vídeo de até 2 minutos dizendo seu nome, cidade, estado, nome ou setor da sua empresa e atividades que realiza. Esta etapa é opcional!
  9. Para completar a inscrição, é preciso selecionar a caixinha “Declaro que li e aceito os termos e condições do Regulamento” na aba do vídeo.
  10. Para finalizar, salve e envie a sua inscrição. Você receberá a confirmação na tela e por e-mail.
  11. Pronto, você está concorrendo ao PSMN 2025. Mas, para a sua participação ser validada, é essencial completar 100% da sua inscrição.

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Produtores rurais interditam BR-317 em Xapuri contra despejos em áreas embargadas

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Na manhã desta sexta-feira, 13, dezenas de produtores rurais realizaram uma manifestação que interditou a BR-317, no entroncamento da cidade de Xapuri, interior do Acre. O protesto foi organizado em resposta à Operação Suçuarana, deflagrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que resultou no embargo de propriedades dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes e na previsão de despejo de famílias que vivem e produzem na região há anos.

Portando faixas e cartazes com frases como “Queremos solução, não promessas”, “O campo clama por justiça: devolvam o sustento do povo!” e “O agro clama”, os manifestantes criticaram duramente as decisões judiciais que determinam a retirada de moradores das áreas embargadas.

Agricultores, homens, mulheres, jovens e idosos tomaram a rodovia federal sob forte sol e sob vigilância da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, que foram acionadas para garantir a ordem.

Os manifestantes dizem que vivem um momento de insegurança e medo, após a atuação do ICMBio na região.

Além da interrupção do tráfego na rodovia, o protesto contou com ampla participação popular e apoio de outras lideranças da zona rural, que também empunharam cartazes pedindo respeito ao homem do campo e denunciando o que consideram uma “perseguição ambiental disfarçada de fiscalização”.

Foto: Cedida

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Azul suspenderá rota Porto Velho/Rio Branco em agosto; veja demais conexões

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A companhia aérea Azul Linhas Aéreas informou nesta sexta-feira, 13, que suspenderá, a partir de agosto, a rota que liga as capitais Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). A medida integra um amplo plano de reestruturação de malha aérea promovido pela empresa, que também inclui a interrupção de diversos trechos regionais e internacionais a partir de julho.

A rota Porto Velho–Rio Branco tem sido um dos poucos meios de conexão aérea direta entre os estados do Acre e de Rondônia.

Com a suspensão do voo, passageiros com origem ou destino em Rio Branco precisarão recorrer a conexões mais longas e, em muitos casos, mais caras, utilizando os principais hubs da companhia, Viracopos (SP) e Confins (MG), para acessar outras capitais brasileiras ou regiões do país.

Segundo a Azul, a decisão faz parte de um processo normal e programado de ajustes de mercado, visando a eficiência operacional e o equilíbrio entre oferta e demanda.

Ainda conforme o comunicado, os passageiros afetados pelas alterações receberão assistência conforme determina a Resolução nº 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regulamenta os direitos dos consumidores em casos de alteração ou cancelamento de voos.

Além da rota entre Porto Velho e Rio Branco, a companhia suspenderá, já em julho, voos com origem no Aeroporto de Cuiabá (MT) para Campo Grande (MS), Maceió (AL), Brasília (DF), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Alta Floresta (MT). Também serão interrompidos os trechos regionais Araxá–Patos de Minas, Santa Maria–Campinas, Pelotas–Campinas e Uberaba–Campinas.

No mercado internacional, a Azul anunciou para agosto a suspensão da rota Manaus–Fort Lauderdale (EUA) e do trecho Curaçao–Fort Lauderdale, além da interrupção do voo Viracopos–Assunção (Paraguai) a partir de setembro.

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