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Acre

Resgatada 12 horas depois: Lamparina explode e deixa criança com rosto queimado

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Alexandre Lima, com vídeo de Almir Andrade

Uma criança de pouco mais de dois anos e meio, identificada como Ana Vitória Paulino Ferreira, teve parte do seu corpo e cabeça queimados após uma lamparina explodir enquanto era acendida na noite deste sábado, dia 4.

O acidente ocorreu na casa de sua mãe, localizada no final do ramal do km 19, com acesso pela BR 317 (Estrada do Pacífico), com cerca de 68 km de percurso até o local. A distancia dificultou a comunicação as autoridades para que fosse realizado o resgate.

Devido o despreparo das pessoas na comunidade, deixaram a criança agonizando por cerca de 12 horas. Alguns achando que não seria necessário a remoção ao hospital, enquanto outros chegaram a passar manteiga para amenizar o sofrimento da menina.

Somente por volta das 9 horas deste domingo, um parente foi comunicado na cidade sobre o caso. Este entrou em contato com o Corpo de Bombeiros através do 193 (Emergência), que enviou uma equipe de socorristas na camionete para realizar o resgate da criança.

Por volta das 11h30 deste domingo (5), o veículo chegou com a menina e o irmão, que sofreu um pequeno ferimento na perna esquerda. O estado de saúde foi considerado estável, mas, possivelmente seria necessário sua transferência para a Capital, onde seria tratada das queimaduras.

Segundo foi informado, o acidente ocorreu quando foram tentar acender a lamparina. Na escuridão, não perceberam que haviam abastecido com gasolina, no lugar de diesel, que demora a queimar. Por ser muito inflamável, o recipiente explodiu e caiu encima da criança que estava ao lado, lhe causando queimaduras na cabeça e parte do corpo.

Despreparo das pessoas levaram a passar manteiga margarina nas queimaduras, o que pode ter lhe causado inchaço pelo corpo - Foto: Alexandre Lima

Despreparo das pessoas levaram a passar manteiga margarina nas queimaduras, o que pode ter lhe causado inchaço pelo corpo – Foto: Alexandre Lima

Sargento dos Bombeiros orienta as pessoas a procurar ajuda o mais rápido possivel nesses casos. Criança será transferida para a capital - Foto: Alexandre Lima

Sargento dos Bombeiros orienta as pessoas a procurar ajuda o mais rápido possivel nesses casos. Criança será transferida para a capital – Foto: Alexandre Lima


Queimaduras: saiba como prevenir e cuidar

Queimaduras – Corpo de Bombeiros dá dicas para evitar queimaduras

A queimadura está entre os acidentes domésticos mais comuns e caracteriza-se por lesões nos tecidos que envolvem diversas camadas do corpo como a pele e suas camadas, cabelos, pelos, músculos e olhos entre outros. Elas são causadas pelo contato direto com brasa, fogo, vapores quentes, sólidos superaquecidos ou incandescentes, mas podem ser causadas também por substâncias biológicas (caravelas e águas-vivas); químicas (ácidos, soda cáustica e outros); Emanações radioativas (raios infravermelhos e ultravioletas) ou pela eletricidade.

Portanto, as queimaduras podem ter origem térmica, química, radioativa ou elétrica. Saber diferenciar os tipos de queimadura é muito importante para que os primeiros socorros sejam realizados corretamente.

Tipos de queimaduras:

As queimaduras podem ser classificadas de acordo com o tipo de lesão causada.

Queimadura de Primeiro Grau: A lesão atinge apenas a camada mais superficial da pele (epiderme), apresentando vermelhidão local, ardência, inchaço, calor local e dor. Pode ocorrer em pessoas que se expõem ao sol por tempo prolongado e sem proteção. Quando atinge grande parte do corpo é considerada grave.

Queimadura de Segundo Grau: A lesão atinge as camadas mais profundas da pele (derme). A característica desse tipo de queimadura é a presença de bolhas, inchaço e dor é intensa. Como ocorre perda da camada superficial da pele, que protege contra a perda excessiva de água, pode ocorrer também, perda de água e de sais minerais e provocar um quadro de desidratação grave. Esse tipo de queimadura pode ser causada pela exposição a vapores, líquidos e sólidos escaldantes.

Queimaduras de Terceiro Grau: Nesse tipo de queimadura, ocorre lesão de toda a pele, atingindo os tecidos mais profundos como os músculos. Curiosamente, esse tipo pode não ser doloroso, já que as terminações nervosas que geram a dor são destruídas junto com a pele. A cicatrização geralmente é desorganizada. Normalmente requer a realização de cirurgias, com enxerto de pele retirada de outras regiões do corpo.

Procedimentos em casos de queimadura:

Se a queimadura for causada por líquido superaquecido (água quente, alimentos quentes):

    • Esfrie imediatamente a área queimada com água gelada (de preferência) ou água corrente com a finalidade de neutralizar a ação do calor
    • Isole ou proteja a área queimada com um pano limpo
    • Não alimente a vítima
    • Encaminhe imediatamente a vítima para o hospital

Se a queimadura for causada por substância inflamável (álcool, gasolina, thinner):

      • Apague a chama com um pano limpo úmido (de preferência)
      • Esfrie a lesão com água gelada ou corrente
      • Proteja a área queimada com um pano limpo
      • Não alimente a vítima
      • Encaminhe imediatamente a vítima para o hospital

Se a queimadura for causada por substância química (ácidos e bases):

      • Lave exaustivamente a área queimada com água corrente
      • Proteja a área queimada com um pano limpo
      • Não alimente a vítima

Se a queimadura for causada por corrente elétrica (fios e tomadas descobertas):

      • Desligue a fonte de energia (chave elétrica) ou afaste a fonte de energia (fio elétrico) com um isolante (pedaço de madeira), antes de socorrer a vítima

Se a queimadura for causada por agentes biológicos (água-viva, caravela):

      • Lave a área queimada com água corrente
      • Proteja a área queimada com um pano limpo

Se a queimadura for causada por fogos de artifício:

Explosivos:

      • Além da queimadura, existe nesse tipo de trauma a laceração e a perda de tecidos associados à lesão. É bastante comum a amputação dos dedos e até mesmo da mão, e a lesão das estruturas ósseas, entre outros traumas, com presença de hemorragia
      • Proteja a área queimada com um pano limpo
      • Caso haja lesão da mão ou dos dedos, eleveo braço para diminuir a hemorragia

Não explosivos:

      • Esfrie a área queimada com água gelada ou corrente
      • Proteja a lesão com um pano limpo
      • Em todos os casos, encaminhar o paciente para um hospital.
      • Acione o Corpo de Bombeiros Militar imediatamente pelo telefone de emergência, 193.

Cuidados básicos com as crianças

As crianças menores de 5 aanos correm mais riscos devido a vários fatores como possuírem pele mais fina, tempo de reação, pouca agilidade e principalmente a curiosidade. Por isso, alguns cuidados devem ser observados:

      • Não prepare alimentos quentes com a criança nos braços ou no colo
      • Mantenha as crianças longe da cozinha, principalmente na hora do preparo das refeições. A maior parte das queimaduras causadas por líquidos superaquecidos ocorrem nesse intervalo de tempo
      • Não deixe ao alcance das crianças substâncias inflamáveis utilizadas para limpeza, como o álcool. Guarde-as em local seguro. Por produzirem chama, quando em combustão, essas substâncias servem de atrativo para as crianças, especialmente na época das festas juninas
      • Não deixe crianças soltar fogos de artifício às crianças, principalmente do tipo explosivo. Além das queimaduras, eles causam lesões graves nas mãos, nem sempre passíveis de recuperação
      • Não deixe fios e tomadas descobertos porque podem causar lesões graves nas mãos e boca das crianças
      • Não exponha a criança ao sol por muito tempo, principalmente entre 10h e 15 horas.

Crianças abaixo de 1 ano:

      • Não segure a criança no colo enquanto estiver ingerindo líquido quente ou cozinhando
      • Evite aquecer a mamadeira ou os alimentos no forno de micro-ondas, pois o aquecimento não é uniforme
      • Teste a água do banho com o dorso da mão ou com termômetro, antes de molhar a criança
      • Mantenha objetos aquecidos, como ferros de passar e pranchas de cabelo, além de cigarros, longe do alcance da criança
      • Mantenha produtos de limpeza fora do alcance das crianças
      • Use protetor nas tomadas elétricas

Crianças com idade entre 1 e 3 anos:

      • Nunca deixe a criança sozinha na banheira. Elas podem ligar a água quente, cair ou se afogar rapidamente
      • Ensine a criança a não puxar objetos como toalha de mesa, fios e outros
      • Deixar os cabos das panelas voltados para o lado interno do fogão. Não permitir a presença de crianças próximas ao fogão e churrasqueiras

Crianças com idade entre 3 e 5 anos:

      • Nessa idade, elas podem começar a ser treinadas na prevenção de incêndios e queimaduras pois já têm idade para reconhecer o som de um detector de fumaça
      • Use apenas isqueiros com dispositivo protetor de acendimento acidental
      • Ensine à criança as diferenças entre brinquedo e palito de fósforo

Crianças com idade entre 5 e 12 anos:

      • Planeje e pratique as saídas em caso de incêndio
      • Converse sobre a segurança na cozinha
      • Ensine a elas como usar o micro-ondas, forno elétrico e aquecedores
      • Mantenha líquidos inflamáveis fora de vista e de acesso

Cuidados gerais:

      • Evite fumar, principalmente deitado
      • Utilize cinzeiros fundos e com proteção lateral
      • Em queimaduras elétricas, retire o fio da tomada ou desligue a energia geral. Nunca toque na vítima enquanto ela estiver em contato com a eletricidade. Toda vítima de queimadura elétrica deve ser levada ao hospital
      • Evite manipular álcool próximo a cigarros, charutos, fósforos acesos, churrasqueiras e fogueiras
      • Não utilize álcool líquido diretamente sobre o fogo, na forma de jato, devido ao risco de explosão
      • Investigue vazamentos de gás. Feche a válvula do botijão antes de sair de casa e antes de ir dormir
      • Mantenha o botijão de gás longe do calor direto e sempre na vertical
      • Manipule os fogos de artifício com cuidado
      • Evite o uso de bronzeadores caseiros
      • Nunca considere uma queimadura, um acidente sem importância
      • Fogo e bebida não combinam. Evite.

ATENÇÃO: O que NÃO fazer em caso de queimadura:

    • Nunca aplique produto caseiro como sal, açúcar, pó de café, pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro, pois eles podem complicar a queimadura e dificultar um diagnóstico mais preciso. As soluções caseiras para diminuir a dor e a ardência das queimaduras podem piorar e até causar infecção no local atingido
    • Não tente tratar a vítima sem ter o conhecimento médico-científico necessário para a cura da lesão
    • Não aplique gelo diretamente sobre o local, pois isso pode piorar a queimadura
    • Se houver roupa grudada na região da queimadura, não remova. Apenas corte a mesma ao redor da lesão
    • Nunca fure as bolhas
    • Não demore em pedir auxílio especializado, em caso de dúvida, sempre procure o hospital. Quando mais tardio for o início do tratamento, pior. Queimaduras na face, genitália, mãos e pés são sempre consideradas graves, devendo ser procurado atendimento hospitalar imediatamente
    • Evite também pomadas ou remédios naturais, assim como qualquer medicação que não for prescrita por médicos
    • Em caso de ingestão de produtos cáusticos ou queimaduras em boca e olhos, lavar o local com bastante água corrente e procurar atendimento médico imediato
    • Não toque a área afetada
    • Não respirar a fumaça em caso de incêndios. Lembre-se que a inalação de fumaça pode causar queimaduras nos pulmões e brônquios, mesmo que não haja queimadura externa visível. Caso o ambiente esteja com muita fumaça, pode-se diminuir a inalação com um pano molhado próximo do nariz e boca e se locomovendo de agachado, com o nariz bem próximo ao chão, onde a concentração de fumaça é menor
    • Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está aderida à pele queimada
    • Não cubra a queimadura com algodão

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Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

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Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul

Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.

O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.

“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.

Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.

A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira

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De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada 

Saimo Martins 

A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.

A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.

Déficit de servidores e violações de direitos básicos

De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.

Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.

Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação

O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).

O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.

Decisão determina ações imediatas

Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.

Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.

O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.

A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.

O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.

“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.

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Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU

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Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada 

O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.

O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.

Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.

Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.

A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada 

O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.

O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.

Distribuição por pasta ministerial
  • Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
  • Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
  • Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
  • DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
  • Integração Regional: 11 obras
  • Esporte: 9 obras
Impactos diretos
  • Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
  • Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
  • Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
  • Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
  • Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros

Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.

As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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