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Rádio Difusora Acreana, a mais antiga do estado, é homenageada em sessão na Assembleia Legislativa pelos 80 anos de serviço
“Rádio Difusora: 80 anos conectando o Acre.” Esse tem sido o slogan que comemora as oito décadas da emissora mais antiga do estado, que se dedica a levar informações a todos os lugares, inclusive os mais distantes, já que alcança mais de 700 comunidades isoladas.
Como reconhecimento desse trabalho, que ultrapassa a comunicação, mas desempenha um papel social importante, os deputados estaduais fizeram uma sessão solene em homenagem à emissora na manhã desta quinta-feira, 22, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco. A homenagem foi transmitida em tempo real pelo canal da Aleac no Youtube e também pela Difusora Acreana.

Sessão em homenagem aos 80 anos da Difusora foi marcada por condecorações a quem faz parte dessa história. Foto: José Caminha/Secom
Fundada em 25 de agosto de 1944, a Rádio Difusora Acreana sustenta uma das trajetórias radiofônicas mais antigas do Acre. Ao longo de seus 80 anos de atuação, desempenha um papel indispensável na divulgação de informações e na oferta de entretenimento à população.
Conhecida como A Voz das Selvas, a Difusora Acreana possui não apenas uma base em Rio Branco, mas também unidades em Feijó, Tarauacá, Sena Madureira e Xapuri, o que auxilia no oferecimento diário de uma variedade de programas que divulgam notícias locais, além de abordar os âmbitos estadual e nacional.

Deputado Eduardo Ribeiro
A sessão foi uma proposta do deputado Eduardo Ribeiro, por meio do requerimento nº 11/2024, pretendendo enaltecer o trabalho da emissora durante estes 80 anos.
“É uma homenagem que o Poder Legislativo faz à Difusora, com muita honra pelo trabalho que faz. São 80 anos d’A Voz das Selvas, uma rádio que é fundamental para a Amazônia, então fico muito feliz de hoje a Assembleia Legislativa estar prestando essa homenagem”, avaliou.
O parlamentar reforçou ainda que uma comunicação forte é a garantia da democracia numa sociedade. “É informação para o povo acreano e agora é um momento de homenagear essa importante instituição do povo do Acre”, disse.
A programação da rádio abrange uma variedade de programas que abordam música, cultura e esportes. Essa diversidade tem como objetivo enaltecer a identidade e o valor cultural do Acre, desempenhando um papel fundamental na preservação e promoção da rica herança cultural da região.

Raimundo Fernandes, diretor da Rádio Difusora, diz que história da emissora se confunde com a história do Acre. Foto: José Caminha/Secom
Preservação da história e avanços
Na grade de sua programação atual, a Rádio Difusora veicula os seguintes programas: Bom dia Aldeia, Gente em Debate, Lance Esportivo e Conexão Acre, em rede de cadeia estadual em todas as rádios públicas, assim como os demais programas de variedades locais, transmitidos a partir de cada unidade das rádios no interior.
O diretor da Difusora Acreana, Raimundo Fernandes, destacou que esse reconhecimento é um marco, deixando um sentimento de gratidão: “A Difusora tem uma história que não é minha, mas é do estado do Acre. Ela é, inclusive, mais velha que o Estado do Acre. Então, sua história se confunde com a formação de parte da imprensa da Amazônia”.
O diretor lembrou ainda que a rádio ultrapassa gerações e tem sido fortalecida na gestão do governador Gladson Cameli. “Temos alguns ganhos no nosso parque de geração e revitalização da nossa sede. Quero agradecer a todos os nossos servidores e todos aqueles que defendem A Voz das Selvas.
A secretária de Comunicação, Nayara Lessa, enalteceu o trabalho social da rádio, que chega a 732 comunidades isoladas. “A gente sabe que na capital temos um fácil acesso à internet, a vários tipos de comunicação, mas, no interior, o rádio ainda é o principal veículo de comunicação. Esse reconhecimento é um marco histórico para essa gestão do governador Gladson Cameli, que tem tido crescimento e todos esses investimentos no Sistema Público de Comunicação e sobretudo, na Rádio Difusora.”
A reforma da sede na capital deve ser entregue no dia 16 de setembro, com reestruturação física, parte elétrica e a parte dos estúdios também.
“Isso é um crescimento que demonstra compromisso e seriedade com a comunicação pública. A gente sabe que todos os trabalhos que os deputados realizam nesta casa do povo não teriam a mesma relevância diante do povo se não houvesse o serviço da comunicação. A rádio tem sido uma parceira muito forte, muito importante na divulgação dos trabalhos aqui da Aleac, inclusive com a divulgação do programa de rádio da Aleac na nossa Rádio Difusora e Aldeia”, reforçou a secretária.

Locutores e servidores receberam reconhecimento do Estado e da Aleac. Foto: José Caminha/Secom
Reconhecimento
A sessão foi marcada ainda por homenagens aos servidores, incluindo locutores que fizeram parte dessa história e já morreram. José de Melo Filho, Nilda Dantas e Raimundo Nonato da Cruz receberam a condecoração.
Reconhecida nacionalmente como a “rainha do rádio”, Nilda Dantas relembrou sua trajetória na rádio como também um empoderamento feminino. Em seu pronunciamento, começou com a frase que diante do preconceito e na luta contra o machismo “engolia o choro, passava batom e seguia”. Nilda é uma das vozes marcantes da emissora.
Ela disse que sempre foi consciente de sua responsabilidade sendo a porta-voz da população. “Fui me envolvendo no que era rádio, no que a gente poderia crescer e melhorar. Uma coisa que chegou em hora certa foi a administração do Adalberto Queiroz, quando ele se deparou com a situação de muitos europeus mandarem fitas com gravações, cartões postais da cidade onde eles estavam, mandarem um dólar, perguntando informações de onde nós vivíamos, quem nós éramos; e o Adalberto chamou o Teixeirinha, que era professor de inglês, para se responsabilizar pela resposta daquelas perguntas que os europeus faziam, mas os primeiras postais foram cuidados por mim. Então tem as minhas mãos nos arquivos de nossa história”, destacou.
Márcio Roberto de Oliveira Ramos, que atualmente é sonoplasta da Difusora, e Sandro de Brito foram os responsáveis por receber a homenagem in memoriam dos radialistas Edmar Bezerra Ramos e Natal de Brito, um reconhecimento ao trabalho desenvolvido e aos anos dedicados à Voz das Selvas.
Sandro de Brito, que seguiu os passos do pai na profissão, falou sobre o reconhecimento ao trabalho de Natal, um dia após completar 30 anos da sua morte. “Meu pai se dedicou ao máximo ao rádio e ao jornalismo. Ele também foi pioneiro nos programas de auditório, foi ele quem fez a primeira transmissão de uma partida de futebol pela Rádio Difusora Acreana e tudo o que construiu na Difusora deixou um legado, porque serve de espelho”, analisou.
Sandro relatou ainda que ver a dedicação do seu pai o influenciou a seguir como radialista: “O radiojornalismo é fascinante, porque uma notícia bem dada, bem explicada, é a melhor coisa possível para um profissional. Herdei do meu pai exatamente essa seriedade em levar o radiojornalismo, um jornal bem feito para todas as rádios”.
Ao todo, 17 servidores da casa receberam o reconhecimento:
Alberto Rodrigues Casas
Antônio José Costa de Macêdo
Cleiton Rocha da Costa
Damião Viana da Silva
Francinildo Pereira de Souza
Francisco Nascimento de Souza
Janden Francisco da Silva
José Costa Araújo (boné)
José Euzébio do Nascimento Araújo
José Francisco da Costa Gomes
José Luiz da Rocha
José Wellington Evaristo de Freitas
Marcelo da Silva Cordeiro
Márcio Roberto Oliveira Ramos
Maria Elisângela da Silva
Maria Francineide Dias de Souza
Rosângela Maria Viana da Costa
Desde o início da gestão do governador Gladson Cameli, a Rádio Difusora passa por diferentes transformações, que vão desde a reforma da sede na capital, reforma de unidades do interior, novos mobiliários e equipamentos de transmissão, o que foi possível graças aos investimentos de emendas parlamentares da deputada federal Socorro Neri, da então senadora e atual vice-governadora Mailza Assis, do deputado federal Zezinho Barbary, do deputado estadual Tanizio Sá, da deputada estadual Antônia Sales e do senador Alan Rick.
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Após oito anos, Polícia Civil elucida assassinato de empresário no bairro São Francisco
Lideranças do Comando Vermelho, detidas na Papuda, foram apontadas como mandantes do crime ocorrido em 2017
RIO BRANCO (AC) — O assassinato do empresário Tássio Cleiton Ferreira Alexandrino, conhecido como “Cássio”, ocorrido em março de 2017 no bairro São Francisco, foi finalmente elucidado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre. O crime, que aconteceu em meio à guerra entre facções criminosas, teve grande repercussão na época, mas ficou anos sem avanços significativos nas investigações devido à falta de testemunhas.
O homicídio aconteceu na noite de 12 de março de 2017, quando dois criminosos armados invadiram a lanchonete da vítima e efetuaram diversos disparos à queima-roupa. Cássio foi atingido na frente de clientes, da esposa e dos filhos, e morreu após ser socorrido ao pronto-socorro de Rio Branco.

Selmir o número 2, e Railan e o número 1 do CV no Acre.
Oito anos depois, a polícia concluiu que a execução foi ordenada por Railan da Silva Santos, o “Marechal”, e Selmir da Silva Almeida Melo, respectivamente número 1 e número 2 da facção Comando Vermelho no Acre. Os dois já estavam presos na Penitenciária da Papuda, em Brasília, e foram responsáveis por liderar a rebelião que resultou na morte de cinco detentos no Presídio Antônio Amaro Alves, em julho de 2023.
Além de Railan e Selmir, um terceiro envolvido, identificado como Gabriel, também teve mandado de prisão expedido. Outro autor do crime, menor de idade na época, já atingiu a maioridade, mas não poderá mais ser responsabilizado judicialmente, em razão da extinção da punibilidade. O quinto suspeito foi assassinado posteriormente em Rio Branco.
De acordo com a investigação, o assassinato de Cássio foi motivado pela disputa pelo controle do tráfico de drogas na região do São Francisco. “Foi uma execução premeditada, ordenada por lideranças que comandavam a facção mesmo de dentro do presídio”, afirmou um dos investigadores.
A elucidação do caso representa mais um esforço das autoridades em desarticular ações criminosas e responsabilizar mandantes de crimes violentos mesmo após longos períodos de impunidade.
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Polícia do Acre investiga participação de mais criminosos em latrocínio de vigilante
Três suspeitos já foram presos, mas apurações indicam possível envolvimento de outros indivíduos no crime ocorrido em escola pública da capital
RIO BRANCO (AC) — A Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE) da Polícia Civil do Acre segue com as investigações para apurar o latrocínio que vitimou o vigilante Raimundo de Assis Souza Filho, de 52 anos, morto durante o trabalho na Escola Maria Raimunda Balbino, na manhã do último dia 7.
Com a prisão do terceiro suspeito, identificado como Francisco do Nascimento Costa, os investigadores intensificam as diligências pela cidade em busca de novas imagens e informações que ajudem a reconstituir o trajeto dos criminosos após o crime. Também já estão detidos Leandro Mendes dos Santos, baleado durante a fuga, e Valdeusmar Bezerra da Silva, de 35 anos.
Segundo o delegado Leonardo Santa Bárbara, titular da DCORE, não está descartada a participação de outros envolvidos. “Um suspeito chegou a ser detido, mas foi liberado por falta de provas. Ele continua sendo alvo da investigação, e estamos analisando todos os elementos que possam indicar o envolvimento de mais pessoas no crime”, destacou.
Durante o interrogatório, Francisco do Nascimento negou qualquer ligação com o latrocínio, mas, de acordo com o relatório da polícia, ele foi reconhecido por testemunhas, aparece em imagens de câmeras de segurança e usava um tênis semelhante ao de um dos autores registrados no dia do crime.
A investigação aponta que ao menos três criminosos participaram diretamente da ação que resultou na morte do vigilante. A previsão é que o inquérito seja concluído em até 30 dias.
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Polícia prende duas mulheres por tráfico de drogas em Rio Branco
Simone Freitas, 36 anos, e Jocirlene Brito, 32 anos, foram flagradas em troca de entorpecentes no bairro Nova Esperança; material estava escondido em pote de creatina

Na bolsa de Simone, os agentes encontraram outras porções do mesmo entorpecente e dinheiro em espécie, supostamente proveniente da venda de drogas. Foto: cedida
A Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar prendeu em flagrante duas mulheres suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas na tarde deste sábado (12), no bairro Nova Esperança, em Rio Branco. Simone Freitas de Souza, 36 anos, e Jocirlene de Brito Lopes, 32 anos, foram detidas durante operação de patrulhamento na Rua 12 de Outubro.
A prisão ocorreu por volta das 15h, durante patrulhamento da Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com informações repassadas pela corporação, os policiais presenciaram o momento em que Simone entregava uma trouxinha com substância semelhante à cocaína para Jocirlene, em frente a um estabelecimento comercial.
Durante a abordagem, Jocirlene informou à guarnição que havia adquirido a substância de Simone e alegou ser usuária. A droga foi entregue espontaneamente aos policiais.
Na bolsa de Simone, os agentes encontraram outras porções do mesmo entorpecente e dinheiro em espécie, supostamente proveniente da venda de drogas. Ainda durante a revista, os policiais localizaram, dentro de um pote de creatina, sacolas contendo maior quantidade da substância, embalada em porções maiores.
As duas mulheres foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde ficaram à disposição da Justiça.
Operação:
- Policiais flagraram Simone entregando trouxinha com cocaína a Jocirlene
- Suspeita admitiu ser usuária e entregou a droga espontaneamente
- Na bolsa de Simone, foram encontradas mais porções da substância e dinheiro
- Droga estava escondida em pote de creatina, em embalagens maiores
As duas foram levadas à Delegacia de Flagrantes (Defla) e ficarão à disposição da Justiça. O caso reforça a atuação da PM no combate ao tráfico de drogas na capital acreana.

De acordo com informações repassadas pela corporação, os policiais presenciaram o momento em que Simone entregava uma trouxinha com substância semelhante à cocaína para Jocirlene. Foto: cedida
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