Acre
Puxado pela castanha e borracha, extrativismo no AC tem crescimento de 6,6% em 2022; valor superou R$123 milhões
Dados são da Pesquisa do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada na última quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor de produção de produtos vegetais, como de castanha-do-brasil, e da silvicultura, como a borracha, foi o maior dos últimos 12 anos em 2022. Isto é o que aponta a Pesquisa do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada na última quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No geral, o valor de produção da PEVS é dado como o maior dos últimos 12 anos e em 2022 este valor totalizou R$ 123,1 milhões, um crescimento de 6,6% comparado a 2021. Em 2022, os grupos alimentícios (53%) e madeiras (42,2%) responderam por 95,2% do valor de produção.
Conforme o levantamento, em 2022 foram produzidas mais de 9,1 toneladas de castanha, que encerrou o ano com um valor de produção de R$ 58,6 milhões, crescendo 12%. O IBGE aponta ainda que o produto vegetal foi o grande responsável pelo aumento pelo adicional de valor bruto gerado (83%), que vem em uma recuperação de preços.
Os cinco principais municípios produtores de castanha são:
O Alto Acre é responsável por 50% da castanha coletada no Acre, Baixo Acre vem com 34% e Purus, 15%.
Borracha
A produção de borracha, responsável por 4,8% do valor bruto, fechou o ano com preço médio de R$15 o quilo, e 389 toneladas exploradas em 2022.
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Xapuri concentra quase 40% da produção de borracha do AC em 2022 — Foto: Reprodução TV TEM
Os cinco principais municípios produtores de borracha são:
Novamente, o Alto Acre foi responsável por 49% da borracha coletada no Acre. Purus vem em seguida com com 19%, Tarauacá/Envira com 18% e Baixo Acre com 14%.
Madeira
O grupo madeiras, formado por madeira em tora, lenha e carvão vegetal, fechou 2022 com um valor de produção de R$ 43,4 milhões, com variação estável de -0,25% do valor bruto, após ter passado por um crescimento expressivo da extração em 2021 em relação a 2020.
O levantamento mostra que a extração da madeira fechou em mais de 409 metros cúbicos (m³), um recuo de 7,6%, puxado pela redução da extração da madeira manejada nos dois principais munícipios: Feijó e Rio Branco. No município do interior, a extração em 2022 foi de 89.479m³ (redução de 34,8% em relação a 2021) e na capital acreana, a extração ficou em 75.683m³ (redução de 36,7%).
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Queda na produção de madeira não foi maior em razão da variação positiva em Porto Acre — Foto: Valdecir Galvan/RPC Ponta Grossa
A queda no total extraído de madeira não foi maior, segundo os dados, em razão da variação positiva registrada em Porto Acre, que explorou 74.990 m³, um crescimento de 56,2% em relação a 2021.
As principais regionais são Baixo Acre (46% do volume explorado) e Tarauacá/Envira, com 36%.
Com relação à produção de lenha, a PEVS captou uma continuidade na queda da extração, em razão da substituição do produto por fontes de energia alternativas, ou então pela aquisição de lenha de outro estado, como é o caso de Rondônia.
Os quatro principais municípios produtores de lenha são:
- Cruzeiro do Sul: 58.523 m³;
- Marechal Thaumaturgo: 31.500 m³;
- Tarauacá: 30.000 m³;
- Feijó (25.500 m³).
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Acre
O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Acre
Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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Acre
De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco

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