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Professora mobiliza a web para construir quarto para ex-aluno carente estudar: ‘único da família na faculdade’
Paulo Ricardo ganhou uma bolsa 100% em uma faculdade particular de Rio Branco, mas não tem um espaço confortável.
Por Aline Nascimento
A professa Renata Abreu tenta conseguir R$ 7 mil para construir um quarto para o ex-aluno Paulo Ricardo Alves Torres de Sales, de 19 anos, aprovado no curso de direito em uma faculdade particular de Rio Branco, estudar. De família humilde, o jovem ganhou uma bolsa que vai custear 100% os estudos.
O estudante mora no bairro Alto Alegre, em Rio Branco, com a família de seis pessoas. O local usado para estudar é o quarto que ele divide com duas irmãs. Ao saber da situação, a professora começou a mobilizar a web e já conseguiu tijolos, um engenheiro para desenhar o projeto e Paulo arrecadou R$ 2 mil.
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“Ele tem um quartinho com duas camas de solteiro e uma das irmãs dorme em um colchão no chão. Tem muita gente se mobilizando porque é um menino carente que quer muito estudar. Tem muitos jovens que têm condições, mas sem motivação e interesse”, explicou Renata.
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Paulo Ricardo estudou o ensino médio no Instituto Federal do Acre (Ifac) campus Rio Branco. Em 2019, se inscreveu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para cursar direito na Universidade Federal do Acre (Ufac), mas não atingiu a nota suficiente para conseguir uma vaga.
Sem desistir do sonho, o rapaz se inscreveu no Prouni e conseguiu uma bolsa. “Foi uma alegria imensa quando soube. Sou o único da família na faculdade, meus pais estão muito felizes. Não sabia o que fazer quando soube [da aprovação] e entreguei nas mãos de Deus”, relembrou.
A preocupação era porque o estudante só tinha um celular para assistir as aulas, fazer os trabalhos e armazenar o conteúdo.
Campanha
Ciente da aprovação, a professora Renata descobriu que o ex-aluno não tinha computador para acompanhar as aulas on-line. O filho dela 13 anos, então, doou um computador para Paulo e a família foi fazer a entregar do equipamento.
“Quando fomos entregar vimos que a situação dele é muito complicada, divide o quarto com as irmãs, de 14 e 15 anos, e não tem nem onde colocar o computador. É um menino que tem muita vontade de estudar, se esforçou e comecei a campanha para fazer um quarto para ele, já que o curso de direito exige muito”, relembrou.
Renata disse que iniciou a mobilização apenas entre os colegas de trabalho e que conhecia o esforço e a história do ex-estudante do Ifac. O acadêmico gravou um vídeo mostrando a situação da casa dele, onde estuda sentado na cama e falou da história de vida. O vídeo viralizou e outras pessoas decidiram ajudar.
“A família é muito carente, a mãe não sabe ler, mas quer que os filhos estudem para ter a vida mudada. Já estive na condição dele e minha mãe lutou muito para que minha história mudasse. Criamos uma vaquinha e a campanha e conseguimos muitas pessoas doando”, destacou a professora.
Com o computador em mãos, Paulo improvisou uma mesa entre as duas camas e estuda sentado em uma delas. Só que a posição não ajuda e ele termina com dor nas costas.
“Dá para estudar, mas às vezes tem muito barulho, inclusive dos vizinhos com som alto. Dói as costas, é cansativo, não tem apoio nas costas, incomoda muito. As aulas começam às 19h até às 22h30, tem um intervalo de 15 minutos pra troca de professor, mas quando termino estou quebrado”, falou o estudante.
Parceria
A professora Renata disse que ajuda Paulo Ricardo desde 2019, quando percebeu o esforço do rapaz com os estudos. Ela conta que o ex-aluno estava pela parte da manhã e no período da tarde trabalhava em uma oficina ganhando R$ 100 por mês.
Para ajudar o jovem com o Enem, a professora ofereceu uma bolsa pra ele sair do trabalho e apenas estudar no período da tarde.
“Já ajudava financeiramente quando era aluno do Ifac. Estudava de manhã e queria que à tarde fosse pra o Ifac estudar porque não tinha nem internet e nem computador em casa. Trabalhava em uma oficina que ganhava R$ 100 por mês. Falei ‘Paulo, te dou R$ 125 por mês para você largar esse emprego e vim para o Ifac só estudar’. Ele foi para o Ifac durante uns oito meses, me ajudava às vezes no laboratório, mas o interesse maior era que estudasse no contraturno para o Enem”, relembrou.
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Tudo Viagem
Voos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul por R$ 797 (ida e volta) no feirão de passagens
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Azul terá voos no Acre em 4 de outubro
A partir de 4 de outubro deste ano a Azul iniciará voos no Acre. As passagens de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) por R$ 1377 (ida e volta). As passagens da capital acreana para Porto Velho estão sendo vendidas por por R$ 1372 em voo sem escala da Azul.
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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale
O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.
Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.
Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.
“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.
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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.
Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.
“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.
Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.
Violência psicológica
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.
O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).
“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.
Violência física
A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.
Violência sexual
Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.
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