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Professor do IFAC que agrediu aluno é preso após se apresentar na delegacia com advogados

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Professor foi preso quando se apresentou na Delegacia Geral de Polícia de Xapuri, na tarde desta quinta-feira (14) e fez exames no hospital da cidade logo em seguida.

O professor do Instituto Federal do Acre em Xapuri (IFAC), Uilson Matter, acusado de agredir um aluno, menor de idade, conforme informações que foram divulgadas na semana passada, foi preso na tarde desta quinta-feira, 14, em Xapuri ao se apresentar na delegacia.

O educador foi denunciado por manter em cárcere privado, espancar o estudante em sua propriedade rural. Em e assumiu o crime em áudio enviado à família da vítima logo após a consumação do fato, ocorrido no último dia 27 de novembro.

Tramitando em segredo de justiça, o caso teve poucas informações divulgadas pela polícia nos últimos dias. Contudo, com mandado de prisão expedido pela Justiça, o professor foi preso quando se apresentou na Delegacia Geral de Polícia de Xapuri, na tarde desta quinta-feira.

Por Raimari Cardoso

Ao chegar no hospital da cidade para os procedimentos de praxe, o educador optou por se manter em silêncio ao ser questionado sobre o caso. A reportagem ainda entrará em contato com a delegada titular de Xapuri, Michelle Boscaro, para obter mais detalhes sobre o caso.

O professor Uilson Matter foi denunciado à polícia e ao IFAC por ter submetido o estudante a agressões físicas e psicológicas em uma propriedade particular, na zona rural, que seria do educador.

A motivação do crime teria sido um suposto furto de uma bicicleta, mas os fatos que terminaram chegando ao conhecimento da opinião pública apontaram para um rumo diferente e nada favorável ao professor.

Após os fatos chegarem ao conhecimento da imprensa acreana, o que demorou uma semana, inexplicavelmente, a instituição tomou a medida de afastar o professor, mas antes disso havia procedido o afastamento do estudante do ambiente escolar sob a justificativa da sua proteção.

Alguns áudios trocados em grupos fechados, mas que a reportagem teve acesso a eles, revelaram um episódio estarrecedor ocorrido após as agressões.

Uma testemunha conta que após pedir aos funcionários da portaria não permitirem o acesso do aluno, que supostamente estaria indo ao IFAC armado para lhe atacar, o professor Uilson mostra as mãos machucadas e diz: “Minha mão tá inchada de tanto bater nesse moleque.”

A direção do Campus, por meio do professor Joy Cavalcante, que substitui o diretor Joel Bezerra, que está de férias, afirmou que ao tomar conhecimento do fato pela própria família, adotou de imediato as providências cabíveis que consistiram em comunicar o caso ao procurador jurídico da instituição.

A respeito da informação de que o professor teria agido junto à portaria do Campus para impedir o acesso do aluno às aulas, Joy disse não ter sido informado disso.

“Nenhum professor tem a prerrogativa de impedir a entrada de qualquer pessoa ao Campus. Quanto ao aluno não estar frequentando às aulas, tomamos a medida de mantê-lo afastado como maneira de protegê-lo do possível contato com o professor envolvido. Ele está recebendo todo o suporte educacional, inclusive, fazendo todas as atividades em casa”, explicou.

Outra informação prestada pelo diretor substituto do Campus de Xapuri foi quanto aos fatos denunciados terem ocorrido na chácara de Uilson Matter. Segundo ele, não havia qualquer atividade de natureza curricular que justificasse a presença do aluno na propriedade particular do professor e que essa ocorrência não era de conhecimento da instituição. Segundo Cavalcante, para realizar atividades fora do IFAC, há todo um protocolo a ser cumprido, que inclui ajuda de custo e até seguro.

Por meio de nota, a Diretoria de Comunicação do IFAC informou que instaurou procedimento administrativo para investigar detalhadamente o incidente, e que como parte do processo o servidor envolvido na ocorrência foi afastado preventivamente, a fim de assegurar a imparcialidade e eficiência na apuração.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia Geral de Polícia Civil de Xapuri, cuja titular é a delegada Michelle Boscaro.

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Polícia Civil investiga ossada humana encontrada em área de mata em Brasiléia

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Restos mortais, possivelmente de uma criança, foram localizados no bairro José Moreira e encaminhados ao IML para identificação

A Polícia Civil de Brasiléia iniciou uma investigação para identificar a quem pertence uma ossada humana encontrada em uma área de mata no bairro José Moreira, na parte alta do município. O achado mobilizou investigadores da delegacia local, que foram acionados após a descoberta dos restos mortais.

De acordo com a Polícia Civil, pelas características e pelo tamanho dos ossos, há indícios de que a ossada possa ser de um adolescente com idade estimada até uns 16 anos. No entanto, até o momento, não há registro oficial de desaparecimento de pessoa com esse perfil no município, o que tem intrigado as autoridades.

Diante da situação, a Polícia orienta que famílias que tenham algum parente desaparecido procurem a delegacia para registrar a ocorrência e auxiliar nas investigações.

Ainda segundo os investigadores, a estimativa inicial é de que os restos mortais estejam no local há cerca de 30 dias. A ossada foi recolhida e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), em Rio Branco, onde passará por exames periciais. Caso algum familiar seja localizado, também poderão ser realizados exames de DNA para confirmação da identidade.

Diante da situação, a Polícia orienta que famílias que tenham algum parente desaparecido procurem a delegacia para registrar a ocorrência e auxiliar nas investigações.

Ainda segundo os investigadores, a estimativa inicial é de que os restos mortais estejam no local há cerca de 30 dias. A ossada foi recolhida e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), em Rio Branco, onde passará por exames periciais. Caso algum familiar seja localizado, também poderão ser realizados exames de DNA para confirmação da identidade.

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Deputados do Acre receberam quase R$ 100 milhões em emendas Pix em 2025

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Levantamento de plataforma de transparência aponta concentração de recursos via transferências especiais e reacende debate sobre fiscalização e rastreabilidade das emendas parlamentares

Por Everton Damasceno

Uma nova plataforma de transparência lançou luz sobre o volume de recursos movimentados por deputados federais de todo o país por meio das emendas parlamentares. O site De Olho em Você, lançado nesta semana, detalha quanto cada parlamentar destinou em emendas individuais em 2025, incluindo a modalidade conhecida como emendas Pix, que tem sido alvo de questionamentos por órgãos de controle e pelo Supremo Tribunal Federal.

Levantamento de plataforma de transparência aponta concentração de recursos via transferências especiais e reacende debate sobre fiscalização e rastreabilidade das emendas parlamentares/Foto: Reprodução

No Acre, os números chamam atenção. Somados os valores destinados pelos deputados federais do estado apenas por meio das chamadas transferências especiais, o montante chega próximo de R$ 100 milhões em 2025. O valor pode ser ainda maior, já que a plataforma não contabiliza os dados do deputado federal Zé Adriano, do Progressistas, que assumiu o mandato neste ano no lugar de Gerlen Diniz, eleito prefeito de Sena Madureira. Como a posse é recente, as informações sobre suas emendas ainda não aparecem no sistema.

As emendas Pix foram criadas pela Emenda Constitucional 105, de 2019, e permitem que os recursos sejam transferidos diretamente da União para estados ou municípios, sem necessidade de convênio tradicional. O dinheiro passa a pertencer ao ente beneficiário, que define onde será aplicado, desde que respeite algumas restrições legais, como a proibição de uso para pagamento de pessoal ou quitação de dívidas e a destinação prioritária para investimentos.

De acordo com a plataforma, o ranking dos deputados acreanos em valores destinados por emendas Pix em 2025 ficou assim:

Antônia Lúcia, do Republicanos, com R$ 18,1 milhões
Roberto Duarte, do Republicanos, também com R$ 18,1 milhões
Socorro Neri, do Progressistas, com R$ 15,8 milhões
Zezinho Barbary, do Progressistas, com R$ 15,3 milhões
Coronel Ulysses, do União Brasil, com R$ 13,7 milhões
Eduardo Velloso, do União Brasil, com R$ 8,5 milhões
Meire Serafim, do União Brasil, com R$ 6,9 milhões

Os recursos foram direcionados principalmente ao Governo do Estado e a prefeituras do interior, estratégia comum entre parlamentares para manter presença política nos municípios.

Um dos exemplos é o deputado Zezinho Barbary, que destinou R$ 3,4 milhões à prefeitura de Porto Walter, município que ele próprio já administrou por dois mandatos. Antônia Lúcia também concentrou parte significativa de suas emendas em um município com o qual mantém relação próxima, ao destinar mais de R$ 7 milhões para a prefeitura de Senador Guiomard, onde possui uma clínica de reabilitação e mantém aliança política com a prefeita Rosana Gomes. Já Roberto Duarte encaminhou quase R$ 5 milhões para Feijó, município governado por Railson Ferreira, prefeito do mesmo partido.

O debate sobre as emendas Pix ganhou novo fôlego nesta semana após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. Relator da ADPF 854, Dino determinou o envio à Polícia Federal do 8º Relatório Técnico da Controladoria-Geral da União, que apontou irregularidades generalizadas na execução dessas transferências especiais.

Segundo a CGU, a complementação do relatório analisou 20 entes federativos que mais receberam recursos dessa modalidade em 2024. Nenhum deles cumpriu integralmente as exigências legais dos planos de trabalho. Quatorze já haviam utilizado os recursos e, em 11 casos, foram identificadas irregularidades na contratação de serviços ou na compra de bens. O órgão também apontou falhas graves de transparência e problemas de rastreabilidade orçamentária, com apenas cinco entes atendendo plenamente às regras constitucionais.

Na decisão, o ministro afirmou que, apesar de avanços normativos e tecnológicos, ainda persistem práticas inadequadas na execução das emendas, em desacordo com determinações do STF e com os princípios constitucionais que regem o orçamento público. Dino também determinou que a CGU apresente, em até 30 dias, um plano de auditorias sobre emendas parlamentares para 2026, abrangendo todas as regiões do país e áreas sensíveis, como saúde e obras de pavimentação. Além disso, a Advocacia-Geral da União deverá apresentar, em até 60 dias, o primeiro relatório do grupo de trabalho criado para coordenar ações de responsabilização e recuperação de recursos eventualmente desviados.

 

 

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Criminosos invadem residência, atiram na cabeça de trabalhador e roubam família em Assis Brasil

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Josiano foi baleado na cabeça e no braço e escapou por acharem que estava morto.

Uma tentativa de latrocínio deixou um trabalhador gravemente ferido na noite deste sábado (13), no km 6 do Ramal da Preguiça, com acesso pelo km 93 da BR-317, zona rural do município de Assis Brasil, no interior do Acre. A vítima, Josiano Freitas da Rocha, de 41 anos, foi baleada na cabeça durante a invasão de sua residência por criminosos armados.

De acordo com informações da polícia, Josiano estava em casa com a família quando ouviu os cachorros latirem. Ao abrir a porta para verificar o que ocorria, foi surpreendido por criminosos encapuzados, que apontaram uma lanterna em seu rosto e efetuaram um disparo de arma de fogo na cabeça. A vítima caiu desacordada e, mesmo sem reagir, ainda foi atingida por um segundo tiro no braço esquerdo e agredida com chutes, sob a suspeita de já estar morta.

Vítima caiu desacordada após receber p primeiro tiro na cabeça.

Em seguida, cerca de quatro suspeitos invadiram o imóvel, renderam os familiares e os amarraram. Durante a ação, os criminosos fizeram ameaças, ordenando que a família deixasse a residência no prazo de uma semana e alertando para que o crime não fosse denunciado à polícia, sob risco de represálias.

Os assaltantes roubaram diversos pertences e obrigaram a esposa da vítima a acessar a conta bancária de Josiano, onde havia apenas R$ 100. Ao constatarem o valor, os criminosos recusaram a quantia, afirmando que só se interessariam por valores superiores a R$ 1 mil. Ainda durante o crime, recolheram os celulares da família, colocaram os aparelhos no chão e efetuaram disparos, inutilizando-os. Na fuga, levaram uma motocicleta da residência.

Projétil está alojado na cabeça de Josiano.

Vizinhos que ouviram os tiros foram até o local e encontraram Josiano gravemente ferido, ensanguentado e desacordado, enquanto os demais familiares permaneciam amarrados. Após libertarem as vítimas, os moradores socorreram o homem em um veículo particular até a Unidade Mista de Saúde de Assis Brasil. Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para o Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, e posteriormente encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco.

Josiano deu entrada na capital em estado de saúde gravíssimo e foi levado imediatamente para o centro cirúrgico.

A Polícia Militar e a Polícia Civil realizaram buscas na região, mas, até o momento, nenhum suspeito foi preso e a motocicleta roubada não foi recuperada. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

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