Geral
Presidente interina da Bolívia anuncia candidatura ao cargo
Jeanine Áñez anunciou que concorrerá à presidência nas eleições de 3 de maio, diante da falta de união contra os socialistas do ex-presidente Evo Morales.

Presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez (FOTO: SENADO BO)
Por France Presse
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou na sexta-feira (24) sua candidatura à presidência nas eleições do próximo dia 3 de maio, diante da falta de união contra os socialistas do ex-presidente Evo Morales.
“Tomei a decisão de me apresentar como candidata às eleições nacionais”, disse Áñez em um discurso público.
Áñez assumiu a presidência no dia 12 de novembro, após a renúncia de Morales, pressionado por uma forte convulsão social em meio a denúncias de fraude nas eleições de outubro.
“Não estava nos meus planos participar destas eleições”, declarou a presidente, antes de explicar que os demais partidos não conseguiram se unir para enfrentar o Movimento Ao Socialismo (MAS), partido de Morales, que lidera as pesquisas.
“A dispersão do voto e de candidaturas me levou a tomar esta decisão…”.
Pesquisa do jornal Página Sete divulgada no início de janeiro concede ao MAS 20,7% das intenções de voto. Áñez, que ainda não era candidata, aparecia com 15,6%, à frente do ex-presidente Carlos Mesa, com 13,8%.
Áñez fez o anúncio após um acordo do seu “Democratas” com o partido “Solbo”, do prefeito de La Paz, Luis Revilla, que nas eleições de outubro apoiou Mesa contra a reeleição de Morales.
“Estamos em outro momento histórico”, disse o prefeito, que pode integrar a chapa de Áñez como candidato a vice-presidente.
O candidato à presidência e líder cívico Luis Fernando Camacho, ator-chave nos protestos que levaram à renúncia de Morales, avaliou antes do anúncio oficial que a candidatura de Áñez “não seria ética”.
Os partidos têm prazo até o dia 2 de fevereiro para inscrever seus candidatos no Tribunal Supremo Eleitoral. As eleições ocorrerão no dia 3 de maio, com eventual segundo turno em 14 de junho.
Candidato pelo partido de Evo Morales

Ex-ministro da economia da Bolívia, Luis Arce — Foto: Divulgação
O ex-ministro da Economia da Bolívia Luis Arce foi escolhido no dia 19 como candidato à presidência do país pelo partido de Evo Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS).
O companheiro de chapa de Arce é o ex-ministro de Relações Exteriores David Choquehuanca. O anúncio foi feito pelo próprio Evo Morales, durante entrevista coletiva em Buenos Aires. Em novembro do ano passado, Evo renunciou ao cargo. Inicialmente, ele se exilou no México e, de lá, foi para a Argentina, onde está até hoje.
Crise, renúncia e novas eleições
A Bolívia realizou eleições presidenciais em 20 de outubro. Havia duas apurações: uma preliminar e mais rápida, e outra de resultado definitivo, por contagem voto a voto. Os resultados iniciais da primeira apuração apontavam um segundo turno quando ela foi interrompida.
Passou-se somente à contagem definitiva, mais lenta. Antes mesmo do resultado definitivo que apontava a vitória de Evo, já começaram as manifestações. Simpatizantes de Carlos Mesa, o candidato derrotado, foram às ruas para denunciar uma fraude na apuração. Houve relatos de confrontos em Sucre, Oruro, Cochabamba e La Paz, entre outras cidades.
Em 24 de outubro, foi confirmada a vitória de Evo, com 10,56 pontos percentuais à frente de Carlos Mesa. Após o resultado, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o governo da Bolívia anunciaram que a entidade faria uma auditoria do processo eleitoral inteiro.
Durante o início de novembro, os protestos voltaram a acontecer, não apenas entre a população. Departamentos de polícia das regiões de La Paz, Cochabamba, Sucre e Santa Cruz decidiram que não iriam mais reprimir os manifestantes e se amotinaram.
No dia 10 de novembro, a auditoria da OEA confirmou que houve fraude nas eleições. Logo em seguida, Evo Morales convocou a imprensa e anunciou a dissolução do Tribunal Superior Eleitoral e a convocação de novas eleições.
Depois, os chefes das Forças Armadas e da Polícia pediram que Evo Morales deixasse o cargo para “pacificar” o país. No mesmo dia, Morales renunciou à presidência.
Comentários
Geral
Rio Tarauacá sobe mais de 3 metros em 24 horas e começa a atingir as primeiras áreas da cidade

O Rio Tarauacá registrou elevação superior a três metros em apenas 24 horas e já começou a atingir as primeiras áreas urbanas do município. A rua Simão Leite Damasceno foi a primeira a ser alcançada pelas águas após a elevação repentina do nível do rio.
De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno, na sexta-feira, 26, o rio estava com 6,64 metros. Na última medição realizada neste sábado, 27, o nível chegou a 9,62 metros, ultrapassando a cota de transbordamento no município, que é de 9,50 metros.
“Estamos acionando toda a nossa equipe para ficar monitorando a situação e, se for o caso, iniciar as ações necessárias”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, as equipes da Defesa Civil e da Assistência Social do município estão acompanhando de perto o cenário. A expectativa é que o rio comece a dar sinais de vazante a partir da manhã deste domingo.
VEJA O VÍDEO:
Comentários
Geral
Defesa Civil emite alerta de alto risco de inundação no Acre neste domingo

Foto: Sérgio Vale
A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo, 28, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais.
De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios.
Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.
A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.
O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.
Comentários
Geral
Regularização fundiária beneficia quase 40 mil pessoas e reforça protagonismo feminino

A entrega de títulos definitivos de propriedade no Acre vai além da garantia documental e representa um impacto social direto para milhares de famílias. Levando em consideração dados do IBGE, que apontam que na região norte a média é de três pessoas por família, o número de títulos entregues pelo governo do Estado alcança um benefício indireto para quase 40 mil pessoas, que passam a viver com mais segurança jurídica, dignidade e acesso a políticas públicas.
A regularização fundiária assegura direitos fundamentais, fortalece a cidadania e possibilita que famílias tenham acesso a crédito, investimentos, herança legal e valorização de seus imóveis. Cada título entregue representa uma transformação concreta na vida de quem há anos aguardava o reconhecimento oficial de sua moradia ou área produtiva.

Esse trabalho segue os princípios da Lei nº 13.465, de 2017, conhecida como Lei da Regularização Fundiária, que trata da regularização urbana e rural em todo o país. A legislação estabelece, de forma clara, a preferência pela mulher no registro do título de propriedade, especialmente quando ela é chefe de família, reconhecendo seu papel central na manutenção e organização do lar.
A escolha do governador Gladson Camelí (PP) e da vice-governadora Mailza (PP) de montar um time majoritariamente feminino para conduzir esse processo no Acre reforça o compromisso com a Constituição Federal e com a promoção da justiça social. À frente do Iteracre está uma mulher, Gabriela Câmara, acompanhada por mulheres em posições estratégicas, como a chefia do cadastro, do patrimônio, do gabinete, da regularização urbana e da regularização rural. Um time forte, técnico e sensível à realidade das famílias acreanas.

Os dados nacionais reforçam a importância dessa política. Segundo o Censo do IBGE 2022, o Brasil registrou cerca de 7,8 milhões de mulheres vivendo com filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes. Esse tipo de composição familiar estava presente em 11,6% das famílias em 2000 e passou para 13,5% em 2022, demonstrando que, a cada ano, mais mulheres assumem a chefia dos lares brasileiros.
Nesse contexto, a política de regularização fundiária executada no Acre ganha ainda mais relevância ao garantir que essas mulheres tenham seus direitos assegurados, promovendo autonomia, segurança e estabilidade para milhares de famílias. A entrega de títulos, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas uma ação concreta de transformação social e valorização do papel da mulher na construção de um Acre mais justo e regularizado.

Você precisa fazer login para comentar.