Brasil
Presidente do Senado promete avanços na pauta prioritária dos Municípios
O presidente Pacheco ressaltou que os Municípios têm sido prejudicados e sinalizou que está aberto ao diálogo para debater a pauta municipalista

Por Allan Oliveira - Agência CNM de Notícias
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prometeu que trabalhará pelo avanço nas pautas de interesse dos Municípios. Ele esteve na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM) na manhã desta terça-feira, 10 de agosto, durante a reunião do Conselho Político da entidade.
Paulo Ziulkoski apresentou a pauta prioritária do movimento municipalista ao presidente da Casa Legislativa e recebeu informações sobre a tramitação desses pleitos no Congresso Nacional. O líder municipalista ressaltou as dificuldades dos gestores e listou algumas propostas que tramitam no Congresso e que podem atenuar as dificuldades da gestão municipal. Dentre elas, citou o piso dos enfermeiros, a nova lei do Fundeb, e ainda pediu apoio de matérias que estão prestes a avançar na Câmara, mas que também precisam do crivo dos senadores.
Em resposta, o presidente Pacheco ressaltou que os Municípios têm sido prejudicados e sinalizou que está aberto ao diálogo para debater a pauta municipalista. “Os Municípios nessa relação federativa com Estado e a União são penalizados e essas correções precisam ser feitas em busca do equilíbrio, pois quem sai ganhando é o país. Sempre busquei defender a causa municipalista e assumindo a presidência do Senado não vai ser diferente. Vamos ouvir a CNM em relação a todos os temas que afligem os Municípios”, enfatizou.
Sobre a Lei das Associações, Pacheco afirmou que a aprovação deve ocorrer ainda hoje. “Comunico que a Lei das Associações estava pautada na semana passada e transferimos para hoje a apreciação desse projeto e me comprometo a aprovar no Senado e não há aparentemente objeção ou rejeição”, destacou o presidente. Ele frisou ainda que a matéria é do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e por isso deve avançar com brevidade.
O projeto que trata da Lei de Improbidade Administrativa também ganhou destaque na fala do presidente do Senado. “Essa matéria revisa e gera interpretações equivocadas em relação a atuação dos prefeitos. É preciso corrigir essa distorção. Vejo com muito otimismo a possibilidade de aprovação e a previsão é que possamos ter esse projeto aprovado no mais tardar no início do mês de setembro”, afirmou o parlamentar.
Pacheco falou da PEC 13/2021 que prevê penalidades em decorrência do não cumprimento das obrigações de ordem constitucional. “Vou recomendar a sua agilidade até como ponto de partida principalmente pelo fato da pandemia no Brasil. Todas as normas da pandemia devem ser adequadas a ela, uma discussão importante é a questão referente aos mínimos constitucionais. […] É preciso se compreender com o passar do tempo, é plenamente possível se discutir isso a somar as obrigações em cima de um mínimo único”, explicou. A pauta vem sendo defendida pela entidade, pois diversos Municípios não conseguiram atingir os 25% em educação.
Sobre uma das pautas que têm preocupado os gestores municipais, o Projeto de Lei 2564/2020 que cria o Piso Salarial dos Enfermeiros, Pacheco deu sua opinião. “Reconheço que essa pandemia revelou pessoas e profissionais muito importantes para a vida nacional e não é à toa que valorizamos mais os profissionais de saúde. Não há dúvida que essa categoria merece um aplauso. mas como fazer dentro das quatro linhas da Constituição é algo palatável. Me reuni com a CNM e propus uma jornada de trabalho e que se pudesse fixar um piso nacional que estaria bem aquém da proposta de R$ 7 mil e além da remuneração muito baixa dos enfermeiros”, defendeu o presidente do Senado.
Ele completou: “esse projeto está em fase de negociação e vamos exaurir esse diálogo. Da minha parte há todo equilíbrio de buscar compatibilizar esse reconhecimento a categoria com as obrigações de ordem fiscal, constitucional e equilibrada para preservar a higidez econômica dos Municípios”.

No caso da PEC 156/2019, que trata dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), o parlamentar pediu o apoio da CNM e afirmou que a matéria, já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não deve encontrar problemas para avançar e ser aprovada pelo Plenário.
Pacheco também falou da falta de consenso no Congresso para avançar na Reforma Tributária e na Reforma do Imposto de Renda. “Não podemos admitir que a pretexto de uma reforma vamos aprovar projeto que aumenta imposto. Precisamos ter um sistema tributário simplificado. É preciso que o Executivo e o Judiciário tenham o comprometimento com a estabilidade. Um sistema mais rígido e mais previsível. Temos uma defesa de um projeto que possa unificar os tributos no Brasil preservando prerrogativas sobretudo em Estados e Municípios que sempre foram prejudicados na relação federativa”, defendeu o parlamentar.
Ao finalizar sua fala, Pacheco ainda agradeceu e parabenizou o 1º vice-presidente da CNM, Julvan Lacerda, pelo trabalho que vem desenvolvendo. Além disso, o presidente do Senado destacou que Julvan será o responsável por levar as demandas municipais até ele sempre que necessário.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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