Cotidiano
Presidente da Aleac prestigia 3ª Corrida Azul e destaca importância da inclusão de pessoas com autismo
Encerrou neste domingo (7), com a 3ª Corrida Azul, a Semana de Conscientização do Autismo no estado do Acre. A programação iniciou na quinta-feira (4) com sessão solene na Assembleia Legislativa (Aleac) em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, atendimentos às famílias dos portadores de autismo e finalizou com a participação de dezenas de pessoas na corrida realizada pelo Instituto Águia Azul no quadrilhódromo da Arena da Floresta.
O evento foi organizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em parceria com a Assembleia Legislativa do Acre, governo do Acre, o Instituto Águia Azul e a Acre Running. A ação tem como objetivo a promoção de atos saudáveis, sensibilização e inclusão dos portadores de transtorno do espectro autista (TEA).
O presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga, participou da Corrida Azul e destacou a importância da Semana de Conscientização do Autismo.
“Quero parabenizar o Ministério Público por essa ação de inclusão das pessoas com autismo através de atividades e atendimentos. Quero destacar o trabalho da promotora de justiça Gilcely e a Sara, do Instituto Águia Azul, pela dedicação que elas têm em busca de melhorias para os portadores de TEA. É um prazer ver pais e filhos autistas interagindo neste dia tão importante. A Aleac continuará lutando por dignidade e melhor atendimento aos autistas do nosso estado”, disse Gonzaga.
A procuradora de justiça do MP/AC, Gilcely Evangelista, agradeceu ao presidente da Aleac pela participação e afirmou que o evento reforça a necessidade de inlusão e fim do preconceito enfrentado pelas pessoas com TEA.
“Essas ações servem para abrir os olhos para a questão do autismo. Ainda tem muito para se fazer em prol das pessoas com TEA, e tenho certeza que com parcerias como essa com a Aleac e o governo avançaremos muito. Temos que acavar com o preconceito que as pessoas com TEA enfrentam. O presidente da Aleac está de parabéns por nos ajudar nesse projeto”, disse Gilcely.
A diretora do Instituto Águi Azul, Sara Moreira, que organizou a corrida, afirmou que ações como a de hoje serão realizadas mais vezes e também atendimentos às famílias que estão desassistidas pela sociedade.
“O papel do instituto é levar atendimento às famílias que estão desassistidas pela sociedade e vamos realizar mais eventos que possam levar dignidade e inclusão a um número maior de pessoas com TEA”, disse Sara.
O médico Mazinho Maciel, médico da família especialista em autismo e fundador do CENTRIN que hoje atua em Tarauacá e que ainda este ano irá inaugurar unidades em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, também destacou a importância de ações sobre conscientização do autismo.
“Os eventos organizados essa semana são de suma importância para divulgar, informar e conscientizar sobre o autismo. Além disso fortalecem as parceirias entre as instituições públicas, privadas e filantrópicas. O governo do estado do Acre, a Aleac e o MP tem exercido papéis fundamentais no apoio na promoção e manutenção dessas celebrações que comprovam a necessidade pujante de políticas públicas com finalidade terapêuticas para autistas e seus familiares”, disse o médico.
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Imagem viraliza ao mostrar onça-pintada caminhando calmamente em ramal de Sena Madureira
Registro feito por morador impressiona nas redes sociais; felino percebe presença humana, mas segue tranquilo em área de mata nativa

O animal foi filmado por um morador local que, ao avistá-lo, se escondeu e conseguiu fazer o registro. Foto: captada
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra uma onça-pintada caminhando com tranquilidade pelo Ramal do Toco Preto, zona rural de Sena Madureira (AC). O registro foi feito por um morador local, que, ao avistar o animal, se escondeu e conseguiu capturar as imagens impressionantes.
Nas cenas, o felino — considerado o maior predador das Américas — parece perceber a presença humana, mas segue seu caminho sem demonstrar agressividade. A região, coberta por mata nativa, oferece habitat natural para a espécie, e apesar do susto, os moradores relatam que avistamentos como esse são relativamente comuns na área.
A imagem abre debate sobre a convivência entre humanos e vida silvestre em zonas de fronteira entre florestas e comunidades rurais. Autoridades ambientais lembram que, embora as onças evitem confrontos, é preciso respeitar a distância e não interferir no comportamento do animal, que é protegido por leis de conservação.
Especialistas destacam que registros como esse reforçam a importância da preservação ambiental no Acre, estado que ainda abriga populações saudáveis de onças-pintadas, espécie ameaçada em outras regiões do país.
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Moradores de Porto Walter planejam reabrir estrada interditada pela Justiça em protesto por acesso e abastecimento
Via de 90 km liga o município a Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, mas foi fechada por atravessar terra indígena e áreas de preservação; grupo já tentou reabertura em 2023

No ano passado, cerca de 40 moradores já haviam desobstruído a estrada por conta própria, utilizando ferramentas manuais e até construindo pontes improvisadas. Foto: cedida
Moradores de Porto Walter (AC) estão se organizando para reabrir, por conta própria, a estrada de 90 km que liga o município a Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. O trecho está interditado pela Justiça Federal desde dezembro de 2023 por cruzar a Terra Indígena Jaminawa do Igarapé Preto e áreas de preservação ambiental, além de não ter licenciamento.
A via foi construída em 2022 pelo governo do Acre e pela prefeitura, mas o Ministério Público Federal (MPF) determinou seu fechamento. Em 2023, cerca de 40 moradores já haviam tentado reativar a estrada manualmente, improvisando pontes e removendo bloqueios, em protesto contra a falta de acesso e as dificuldades de abastecimento causadas pelo baixo nível do Rio Juruá, que encarece e atrasa o transporte de mercadorias.
Agora, um novo movimento se articula em grupos de mensagens para retomar a ação. “Vamos nos organizar e lutar pelo nosso direito de ir e vir. Se não formos nós, ninguém resolve”, disse um dos líderes da mobilização. Ainda não há data definida, mas o grupo pretende agir nas próximas semanas.
E disse mais. “Porque se não for a gente, realmente não sai, está mais do que provado isso. Agora é definitivo e a gente vai pra cima. Eu creio que realmente vai ficar pra próxima semana pra gente poder ir. Se organizem, quem pretende ir, pretende ajudar, colocar um trabalhador, enfim, seja qual a forma que for ajudar. A gente precisa e vamos lutar pelo que é nosso”, reafirmando o movimento em um grupo criado para organizar a mobilização nas redes sociais.

Porto Walter sofre com a seca extrema e isolamento agrava o problema; cidade fica desabastecida nesta época do ano. Foto: cedida
Diferente de Jordão, Porto Walter tem um ramal que liga à cidade de Cruzeiro do Sul. Porém, a Justiça Federal, atendendo a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), embargou o trânsito por conta da via ter sido aberta por um traçado que passa nas proximidades de uma terra indígena.
Em setembro do ano passado, deputados estaduais, Ibama, Imac, Deracre entre outros órgãos se reúnem com o procurador da República, Lucas Costa, do Ministério Público Federal (MPF/AC). A ideia naquele momento era assinatura de um termo de ajustamento de conduta para o impasse.
A Justiça mantém a interdição, alegando impactos ambientais e violação de direitos indígenas. Enquanto isso, os moradores argumentam que a estrada é essencial para o escoamento de produção e o acesso a serviços básicos, como saúde e educação. O impasse permanece sem solução mediada pelas autoridades.

O cenário em Porto Walter não é diferente de Jordão. As duas cidades têm algo em comum: o isolamento por via terrestre. Foto: cedida
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Senado aprova aumento para até 10 anos de internação de adolescentes infratores em casos graves
Projeto de Lei também restringe benefícios de redução de prescrição para idosos e jovens; texto segue para análise final na CCJ

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece três anos como limite para internação. Com a mudança, o prazo poderá ser estendido e, em situações mais graves, dobrado. Foto: captada
O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) uma lei que amplia o tempo máximo de internação de adolescentes que cometem atos infracionais. O período, que hoje é de até três anos, passará a ser de até cinco anos — podendo chegar a dez anos em casos envolvendo violência, grave ameaça ou crimes equiparados a hediondos.
O Projeto de Lei nº 1.473/2025, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT/ES), também modifica regras sobre atenuantes por idade no Código Penal, limitando a redução do tempo de prescrição para idosos acima de 75 anos (hoje o benefício começa aos 70) e para réus com menos de 21 anos na data da sentença.
O texto original previa até cinco anos de internação para atos infracionais violentos e até dez para crimes dolosos contra a dignidade sexual ou homicídios. Durante a tramitação, Contarato incluiu uma emenda garantindo que adolescentes que completem a maioridade sejam transferidos para unidades específicas, separadas de outros jovens e do sistema prisional adulto, assegurando continuidade socioeducativa e proteção física e psicológica.
A relatora, senadora Damares Alves (Republicanos/DF), defendeu que a mudança permitirá avaliações mais individualizadas, fortalecendo a justiça juvenil e a segurança pública. A proposta agora segue para votação final na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A relatora, senadora Damares Alves (Republicanos/DF), defendeu que a mudança permitirá avaliações mais individualizadas, fortalecendo a justiça juvenil e a segurança pública. Foto: captada
Novos prazos de internação
Até 5 anos para atos infracionais graves (ante os 3 anos atuais)
Até 10 anos para crimes com violência, grave ameaça ou equiparados a hediondos
Casos de crimes sexuais ou homicídios podem ter pena dobrada
Outras alterações importantes
- Transferência obrigatória para unidades específicas quando o interno completar 18 anos
- Mudança no Código Penal:
- Redução de prescrição só para idosos acima de 75 anos (antes era 70)
- Benefício para jovens só vale se menos de 21 anos na sentença (não mais na data do crime)
O autor do projeto, senador Fabiano Contarato (PT/ES), argumenta que as mudanças permitirão:
“Uma avaliação mais individualizada dos casos, garantindo tanto a ressocialização quanto a proteção social”
A relatora Damares Alves (Republicanos/DF) destacou que a medida reforça a credibilidade do sistema socioeducativo. O texto agora segue para análise final na CCJ antes de possível sanção presidencial.

O Projeto de Lei nº 1.473/2025, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT/ES), também modifica regras sobre atenuantes por idade no Código Penal. Foto: captada
Com informações do Senado Federal
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