Brasil
Presidente Alberto Fernández desiste de concorrer à reeleição na Argentina
Político afirmou que seu partido precisa dar chance para outros se ‘empoderarem’ e ciclo de poder ser saudável

Atual presidente argentino Alberto Fernández não se candidatará à reeleição nas eleições gerais de outubro
MAST IRHAM/EFE/EPA/POOL – 15.11.2022
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira (21) que não se candidatará à reeleição nas eleições gerais de outubro, para as quais sua coalizão de centro-esquerda ‘Frente de Todos’ ainda não definiu candidato.
“No próximo dia 10 de dezembro de 2023 comemoramos 40 anos de democracia. Nesse dia entregarei a faixa presidencial a quem for legitimamente eleito nas urnas pelo voto popular. Trabalharei energicamente para que seja alguém que represente o nosso espaço político”, disse Fernández em um vídeo postado em sua conta no Twitter.
Em sua declaração de quase oito minutos, sob o título “Minha decisão”, o presidente de 64 anos relembrou as condições de endividamento e inflação em que o país se encontrava quando assumiu o cargo em 2019, posteriormente agravadas pela pandemia global, pela guerra na Ucrânia e atualmente devido a “uma seca brutal”, listou.
“Tenho que concentrar os esforços, o empenho e o coração na resolução dos problemas dos argentinos”, insistiu numa espécie de equilíbrio da sua gestão.
O presidente assegurou que a Frente de Todos “precisa gerar um novo ciclo virtuoso em que outros se empoderem para reconquistar o coração de quem continua a nos ver como o espaço que garante que a direita não volte para nos trazer seu pesadelo e sua escuridão”.
A Argentina realizará o primeiro turno das eleições presidenciais em 22 de outubro, com possível segundo turno em 19 de novembro. Antes, em 13 de agosto, os partidos políticos devem realizar eleições primárias obrigatórias.
Eleições primárias
“Acredito que as PASO (Primárias Obrigatórias) são o veículo para a sociedade selecionar os melhores homens e mulheres de nossa frente que melhor nos representam. Como presidente do Partido Justicialista (PJ, peronismo) vou garantir que todos e todas que se sentirem capacitados possam fazê-lo”, disse Fernández.
No partido governista, a vice-presidente e duas vezes presidente Cristina Kirchner (2007-2015) desistiu publicamente de disputar a presidência ou qualquer outro cargo eletivo após ser condenada em primeira instância por corrupção em dezembro passado a seis anos de prisão e inabilitação política.
No entanto, setores do partido governista consideram a sentença uma forma de cassá-la e promovem a revisão dessa decisão.
Especula-se que o ministro da Economia, Sergio Massa, poderá lançar sua candidatura caso consiga melhorar a situação econômica, principalmente a inflação.
Na coalizão de oposição Juntos por el Cambio (centro-direita), o ex-presidente Mauricio Macri decidiu não optar pela candidatura presidencial. Em vez disso, o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, já começou sua campanha para as primárias.
Além de eleger presidente e vice-presidente por um período de quatro anos, os argentinos vão renovar nas eleições de outubro metade da Câmara dos Deputados, com 257 membros, e um terço do Senado, com 72 membros.
Se nenhuma fórmula presidencial obtiver 45% dos votos ou 40% com uma diferença de pelo menos 10 pontos da segunda, será realizado um segundo turno.
Comentários
Brasil
Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça
A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.
As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).
O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.
Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.
Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.
As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.
Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.
A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.
A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.
O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.
BRB quis comprar Master
Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.
A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.
No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.
Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.
Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS
Comentários
Brasil
Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
Comentários
Brasil
Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.


Você precisa fazer login para comentar.