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Presente de Natal! Concursos públicos oferecem salários de até R$ 35.400

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Concursos públicos têm vagas em diferentes áreas e em vários estados; salário chega a R$ 35,5 mil Imagem: Getty Images

É importante não perder os prazos estabelecidos nos certames, que estão disponíveis em todo o país

Um emprego pode ser o melhor presente de Natal para aqueles que buscam por uma nova colocação no mercado de trabalho. Neste 25 de dezembro, confira quais são os concursos públicos com vagas abertas.

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo é o grande destaque entre os certames disponíveis no Brasil neste momento. O órgão está com inscrições abertas até o dia 18 de janeiro. São 125 vagas, e os salários vão até R$ 35.459,71.

O R7 separou, no total, dez oportunidades. Confira os prazos de inscrição e o nível de escolaridade exigido. Para encontrar um cargo específico, aperte ao mesmo tempo as teclas “control” e “f” e digite o que procura.

1. Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo

Vagas: 125
Escolaridade: ensino superior
Cargos: procurador do estado – nível I
Salário: R$ 35.459,71
Taxa de inscrição: R$ 280
Prazo para inscrição: 18 de janeiro, às 23h59

Veja mais detalhes do concurso no edital.

2. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (nacional)

Vagas: 80
Escolaridade: ensino superior
Cargos: técnico de planejamento e pesquisa (gestão e logística, processo editorial, comunicação social e divulgação científica, ciência de dados, infraestrutura de tecnologia da informação, políticas públicas e desenvolvimento, desenvolvimento de sistemas, sociedade, avaliação, sustentabilidade)
Salário: R$ 20.924,80
Taxa de inscrição:  R$ 180
Prazo para inscrição: 10 de janeiro, às 16h

Veja mais detalhes do concurso no edital.

3. Prefeitura de Inhumas (GO)

Vagas: 656 mais 1.968 cadastros de reserva
Escolaridade: ensino superior, técnico, fundamental e médio
Cargos: auxiliar administrativo, de secretaria escolar, de serviços diversos – ASD, de serviços gerais educacionais, de serviços póstumos, de serviços urbanos, borracheiro, carpinteiro, costureira, eletricista, encanador, mecânico de máquinas e veículos, merendeira, motorista de veículos leves, de veículos pesados, escolar, operador de máquina pesada, pedreiro, pintor, porteiro escolar, serralheiro, trabalhador braçal; agente administrativo, educacional, de almoxarifado, de fiscalização, de fiscalização ambiental, de fiscalização de proteção e defesa do consumidor, de patrimônio, assistente previdenciário, auxiliar de consultório dentário, fiscal de posturas, monitor de transporte escolar; técnico agrimensor, de imobilização ortopédica, em enfermagem, em radiologia, em segurança do trabalho, de suporte em tecnologia da informação; administrador de rede e segurança da informação, analista administrativo, ambiental, de controle interno contábil, de controle interno engenheiro, previdenciário, arquiteto, arquivista, assistente social, cirurgião-dentista – bucomaxilo, clínico geral, endodontista, odontólogo para pacientes com necessidade especiais, periodontista, designer gráfico, enfermeiro padrão, especialista em UTI – unidade de terapia intensiva, especialista em saúde mental, engenheiro agrônomo, civil, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, auditor, cardiologista, endocrinologista, ginecologista/obstetra, infectologista, oftalmologista, ortopedista/traumatologista, otorrinolaringologista, pediatra, psiquiatra, radiologista, ultrassonografista, veterinário, monitor educacional, nutricionista, professor de 1ª fase, educação física, inglês, matemática, intérprete de libras, psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional
Salário: R$ 20.924,80
Taxa de inscrição:  até R$ 140
Prazo para inscrição: 22 de janeiro, às 17h

Veja mais detalhes do concurso no edital.

4. Prefeitura de Turvânia (GO)

Vagas: 165 mais 495 cadastros de reserva
Escolaridade: ensino superior, fundamental, técnico e médio
Cargos: borracheiro, coveiro, cozinheiro geral, encarregado de lavanderia, gari, gari-coletor, jardineiro, pedreiro, trabalhador braçal, tratorista, zelador de ginásio de esportes e do estádio de futebol; eletricista de autos e máquinas pesadas, de rede elétrica urbana, encarregado de almoxarifado, fiscal de posturas, mecânico geral, monitor de alunos, motorista categoria “D” ou “E”, operador de máquinas, vigia noturno; cuidador de idosos, técnico em enfermagem, em informática, em radiologia, enfermeiro, farmacêutico, farmacêutico/bioquímico, médico, nutricionista, odontólogo, pedagogo, preparador físico, professor de educação física, educação infantil, ensino fundamental, espanhol, inglês, psicólogo, responsável técnico do abrigo de idosos – ILPI, técnico de controle interno
Salário: até R$ 8.748
Taxa de inscrição: até R$ 140
Prazo para inscrição: 16 de janeiro, às 17h

Veja mais detalhes do concurso no edital.

5. Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS)

Vagas: 561
Escolaridade: ensino superior, fundamental, técnico e médio
Cargos: auxiliar de agente de proteção social, de educação infantil, de mecânico, de serviços gerais, borracheiro, coletor de resíduos, costureira, coveiro, cozinheira, de escola rural, lubrificador, motorista, tratorista, vigia; agente de proteção social, fiscal de atividades urbanas, inspetor de alunos, mecânico, monitor de oficina de artes, de esportes, motorista de ambulância, oficial de manutenção, operador de motoniveladora, de pá carregadeira, de retroescavadeira, recepcionista; agente de administração, fiscalização, inspeção sanitária, fiscalização ambiental, educador social I, eletricista de baixa e alta tensão, fiscal de obras e posturas, mecânico eletricista de veículos, especialista em motores; auxiliar de consultório dentário, instrutor de música, técnico agrícola, em enfermagem, em imobilização ortopédica, em informática, em segurança do trabalho, de laboratório, em radiologia, topógrafo; advogado, analista de sistemas de computação, assistente social, auditor fiscal de tributos municipais, contador, controlador interno, educador físico, educador social II, enfermeiro, engenheiro agrimensor, civil, farmacêutico, farmacêutico-bioquímico, fiscal do meio ambiente, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico anestesista, cardiologista, cirurgião geral, clínico geral, ESF, ginecologista, obstetra, ortopedista, pediatra, plantonista, veterinário, nutricionista, odontólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, zootecnista, especialista em educação, professor de educação básica 0 a 3 anos, 1º ao 5º ano, 4 a 5 anos, artes, educação física, inglês, geografia, história, português, matemática, ciências, 1º ao 5º multisseriada, professor intérprete, professor monitor
Salário: até R$ 17.863,60
Taxa de inscrição: até R$ 120
Prazo para inscrição: 26 de dezembro, às 23h50

Veja mais detalhes do concurso no edital.

6. Prefeitura de Uruçuí (PI)

Vagas: 218 mais 434 cadastros de reserva
Escolaridade: ensino superior, técnico e médio
Cargos: analista ambiental, arquiteto e urbanista, assistente social, biólogo, cirurgião-dentista, educador físico, enfermeiro, engenheiro agrônomo, civil, farmacêutico, fiscal de inspeção sanitária, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico neurologista, PSF, psiquiatra, veterinário, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, professor ensino fundamental — 1º ao 5º ano, 6º ao 9º ano — educação física, geografia, língua portuguesa, matemática, história, para atendimento educacional especializado – AEE; agente administrativo, comunitário de saúde, de endemias, auxiliar administrativo, cuidador/profissional de apoio escolar, fiscal de obras, fiscal de tributos; auxiliar de saúde bucal, técnico em enfermagem, em informática, em meio ambiente; procurador municipal
Salário: até R$ 8.150,30
Taxa de inscrição: até R$ 120
Prazo para inscrição: 8 de janeiro, às 17h

Veja mais detalhes do concurso em edital 1 e edital 2.

7. Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães (BA)

Vagas: 1.669
Escolaridade: ensino superior, fundamental, técnico e médio
Cargos: monitor educacional — nível médio (acompanhante) — nível médio; professor de educação infantil, dos anos iniciais do ensino fundamental, de língua portuguesa, matemática, geografia, história, ciências, inglês, educação física, arte, ensino religioso — nível superior; auxiliar de serviços gerais — nível fundamental incompleto; agente administrativo — nível médio completo; maqueiro — nível médio completo; motorista carro leve, carro pesado — nível médio incompleto; auxiliar em saúde bucal, de veterinário — nível médio completo; técnico em radiologia, laboratório, imobilização ortopédica, enfermagem geral, enfermagem/horário comercial, enfermagem vacinador, enfermagem instrumentador cirúrgico, farmácia — nível médio mais curso técnico na área; agente financeiro, arquiteto, assistente social, biólogo, biomédico, educador físico (vários esportes), enfermeiro geral, obstetra, engenheiro civil, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico-veterinário, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional — nível superior
Salário: até R$ 8.150,30
Taxa de inscrição: até R$ 80
Prazo para inscrição: 27 de dezembro, às 17h

Veja mais detalhes do concurso no edital.

8. Prefeitura de Osasco (SP)

Vagas: 405
Escolaridade: ensino superior e médio
Cargos: professor de educação básica I – PEB I, desenvolvimento infantil I – PDI II, educação básica II — deficiência auditiva, deficiência mental, deficiência visual, educação artística, educação física, inglês; agente de trânsito, fiscal de posturas e abastecimento — 1ª classe, auxiliar de desenvolvimento escolar, inspetor de alunos
Salário: até R$ 4.639,80
Taxa de inscrição: até R$ 98,80
Prazo para inscrição: 8 de janeiro, às 23h59

Veja mais detalhes do concurso no site da banca.

9. Grupo Hospitalar Conceição (RS)

Vagas: cadastros de reserva
Escolaridade: ensino superior
Cargos: médico (anestesiologia, anestesiologia cardiovascular, anestesiologia pediátrica, medicina de emergência – UPA)
Salário: até R$ 27.038
Taxa de inscrição: R$ 495
Prazo para inscrição: 12 de janeiro, às 17h

Veja mais detalhes do concurso no edital.

10. Prefeitura de Tucuruí (PA)

Vagas: 1.003
Escolaridade: ensino superior, técnico, médio e fundamental
Cargos: agente (serviços gerais, vias públicas), auxiliar de saneamento, carpinteiro, coveiro, cozinheiro, eletricista, encanador, merendeiro, monitor de transporte escolar, motorista (veículos leves, veículos pesados), operador de máquinas pesadas, pedreiro, pintor, vigia, visitador social, agente comunitário de saúde, profissional de apoio escolar, agente de segurança pública, assistente administrativo, auxiliar de educação, fiscal de serviços urbanos, técnico (agrícola, agrimensura, enfermagem), assistente social, biomédico, contador, enfermeiro, engenheiro (agrônomo, ambiental, civil, eletricista), farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico (anestesiologista, clínico geral, trabalho, ginecologista/obstetra, otorrinolaringologista, pediatra, veterinário), nutricionista, odontólogo, procurador, professor (educação geral, ciências, educação física, arte, ensino religioso, geografia, história, inglês, língua portuguesa, matemática), psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional
Salário: até R$ 8.000,00
Taxa de inscrição: até R$ 66,00
Prazo para inscrição: 27 de dezembro, às 23h59

Veja mais detalhes do concurso no edital.

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Câmara aprova projeto que facilita regularização de imóveis rurais em áreas de fronteira

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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (11), o Projeto de Lei 4.497/2024, que flexibiliza as regras para regularização de imóveis rurais localizados em terras públicas situadas em faixas de fronteira. A proposta ainda precisa passar pelo Senado para entrar em vigor.

O projeto, de autoria do deputado Tião Medeiros (PP-PR), foi aprovado por 257 votos a favor e 88 contrários, com base em um texto substitutivo apresentado pela relatora, deputada Caroline de Toni (PL-SC).

De acordo com o texto aprovado, a medida vale para imóveis rurais originados de títulos de concessão ou alienação de terras devolutas emitidos pelos estados, desde que registrados até 23 de outubro de 2015. A nova regra prevê a regularização imediata de propriedades de até 15 módulos fiscais — unidade de medida que varia de 5 a 110 hectares, dependendo do município — com base em uma declaração assinada pelo proprietário. Isso ocorrerá se o órgão responsável não emitir as certidões exigidas no prazo de até 15 dias.

Outra mudança prevista é a ampliação do prazo para regularização de imóveis com mais de 15 módulos fiscais, considerados grandes propriedades. O prazo, que acabaria neste ano, será estendido até 2030, caso o projeto seja aprovado também no Senado.

A proposta também autoriza a regularização fundiária de grandes imóveis mesmo quando houver processos administrativos em curso para demarcação de terras indígenas, inclusive as já reconhecidas como tradicionalmente ocupadas. O texto ainda proíbe os cartórios de negarem o registro com base em processos de demarcação não finalizados ou propostas de criação de áreas de proteção ambiental ainda não formalizadas.

A relatora Caroline de Toni defendeu a proposta como um avanço em segurança jurídica no campo. Segundo ela, a medida vai beneficiar 11 milhões de brasileiros em 588 municípios, espalhados por 11 estados, que hoje enfrentam dificuldades para acessar crédito rural por falta de documentação definitiva das terras.

“Isso não representa relaxamento na fiscalização, mas uma forma de dar dignidade às famílias que vivem e produzem nessas áreas há décadas”, afirmou a parlamentar.

O projeto, de autoria do deputado Tião Medeiros (PP-PR), foi aprovado por 257 votos a favor e 88 contrários. Foto: cedida 

Críticas e preocupação com os impactos

A oposição ao projeto, no entanto, vê riscos significativos. Deputados contrários, como Helder Salomão (PT-ES), alertaram para possíveis consequências sociais e ambientais da proposta.

“Estamos falando em um ataque às comunidades tradicionais. Há uma tentativa clara de facilitar a regularização de terras griladas, muitas vezes habitadas por povos indígenas e quilombolas”, declarou Salomão.

O Ministério dos Povos Indígenas também se posicionou contra o projeto. Em nota oficial, a pasta criticou o texto aprovado, que, segundo o comunicado, “distorce a proposta original” e representa uma ameaça aos direitos dos povos originários.

“O projeto permite validar registros de propriedades sobrepostas a terras indígenas mesmo quando já há estudos ou portarias que reconhecem a ocupação tradicional”, afirmou o ministério. Para a pasta, o texto fere o Artigo 231 da Constituição Federal, que garante os direitos territoriais dos povos indígenas, e viola a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

O ministério ainda destacou que a medida promove a legalização da grilagem de terras públicas e contribui para a destruição de territórios de relevância ambiental, cultural e histórica.

Veja vídeo com Canal do Boi:

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Brasil tem 2,6 mil municípios com risco alto ou muito alto para desastres naturais 2025; Como as cidades podem se adaptar às mudanças climáticas

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Brasil tem 2,6 mil municípios com risco alto ou muito alto para desastres naturais; conhecer os riscos, planejar soluções e avaliar resultados são passos recomendados

Os números oficiais comprovam essa afirmação. Dados do AdaptaBrasil, uma ferramenta elaborada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mostram que 2,6 mil cidades têm risco alto ou muito alto para desastres naturais

Maurício Frighetto – TV Cultura

Brasil tem 2,6 mil municípios com risco alto ou muito alto para desastres naturais; conhecer os riscos, planejar soluções e avaliar resultados são passos recomendados

Primeiro, é preciso conhecer os riscos dos eventos extremos, como secas, incêndios, inundações e deslizamentos de terra. Em seguida, planejar como enfrentá-los. Esse planejamento deve resultar em ações concretas, que precisam ser avaliadas e, se necessário, aprimoradas. Segundo especialistas, esse é o caminho para que as cidades se adaptem às mudanças climáticas.

O aquecimento global gera uma série de alterações no clima, aumentando a intensidade e a frequência dos eventos extremos. Além de mitigar a causa, ao evitar ou reduzir a emissão de gases do efeito estufa, é preciso se adaptar às suas consequências, como os desastres naturais, principalmente nas cidades.

“A adaptação é todo o processo de ajuste dos sistemas humanos e naturais para enfrentar as mudanças climáticas, reduzindo as vulnerabilidades e exposições de forma planejada e antecipada para que, sobretudo as populações que mais são impactadas, não sofram”, explicou o pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) Pedro Ivo Camarinha.

De acordo com Camarinha, especialista em mudanças climáticas, há poucos exemplos de adaptações planejadas, ou seja, realizadas a partir de políticas públicas. “No Brasil a situação é muito delicada. Porque há um somatório de muitas vulnerabilidades, muitas delas sem relação direta com o clima, mas acentuadas pelos seus efeitos.”

Os números oficiais comprovam essa afirmação. Dados do AdaptaBrasil, uma ferramenta elaborada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mostram que 2,6 mil cidades têm risco alto ou muito alto para desastres naturais – como seca, inundações e deslizamentos de terra – ou possíveis impactos causados pela chuva ou seca na segurança alimentar. Não entram nesse cálculo outros eventos extremos, como incêndios e ondas de calor ou frio.

Uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com participação de estados e municípios, busca mudar esse quadro. O AdaptaCidades visa apoiar a elaboração de planos municipais ou regionais de adaptação às mudanças climáticas. A previsão é de que a maioria das propostas esteja pronta em 2026, com as ações sendo colocadas em prática em 2027.

Capacitação e recursos

O AdaptaCidades criou um ranking para definir as cidades prioritárias. A metodologia usou diversos dados, como do AdaptaBrasil, do Atlas Digital de Desastres no Brasil e do número de beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF), além de reuniões com representantes dos estados e municípios.

Inicialmente, o objetivo era apoiar 260 cidades. No entanto, após conversas com os governos estaduais, o número passou de 500 — a lista final ainda não foi divulgada. A quantidade aumentou, por exemplo, porque alguns estados, como Espírito Santo e Rio Grande do Norte, decidiram construir planos em todos os municípios.

A abrangência do projeto no Rio Grande do Sul também cresceu. “Não daria para apoiar dez municípios, quando quase a totalidade do estado foi terrivelmente atingida por tragédias”, disse a diretora do Departamento de Políticas para Adaptação e Resiliência à Mudança do Clima (DPAR), Inamara Santos Mélo, do MMA. Lá serão elaborados 11 planos regionais, chegando a 206 municípios.

De acordo com Mélo, haverá capacitação técnica nos estados e municípios para o planejamento em adaptação. Também serão disponibilizadas informações sobre os riscos climáticos e orientações metodológicas para a construção dos planos. Outro objetivo é fortalecer a governança e orientar para a busca do acesso a fontes de financiamento.

Recife (PE) é um exemplo da importância de planejar o enfrentamento das mudanças climáticas, de acordo com a diretora do MMA. Um dos projetos que resultou da política daquela cidade é o Parque Capibaribe, que busca aumentar a área verde, reduzir a temperatura e diminuir a emissão de gases do efeito estufa, ao mesmo tempo que cria espaços de lazer.

Outro projeto de Recife é o ProMorar, voltado para obras estruturais, como contenção de encostas e drenagem urbana. A cidade teve financiamento de R$ 2 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Mélo cita outro exemplo importante de adaptação. “Santos (SP) tem algumas iniciativas interessantes, onde morros que sofreram com deslizamento estão sendo ocupados com projetos que trazem esse componente de adaptação baseada em ecossistemas.” Já as áreas que não podem ser reocupadas por oferecer riscos, estão sendo destinadas a projetos coletivos, como hortas comunitárias.

O desafio dos planos

Elaborar planos é importante. Mas também é fundamental colocá-los em prática e monitorá-los, de acordo com Érico Masiero, professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Masiero e outros pesquisadores analisaram planos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas de 18 cidades espalhadas pelo globo, entre elas três brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. Observaram uma preocupação com os impactos das mudanças climáticas, mas notaram discrepâncias entre o que é proposto e o que é implementado.

“A maioria das cidades estudadas lutou para passar da proposição à ação. Isto deve-se a uma série de fatores: orçamentos limitados, sensibilização da opinião pública para o ambiente e clima, outras prioridades definidas pelos setores público e privado, e mesmo a necessidade de acompanhamento e divulgação das medidas iniciadas”, escreveram no artigo.

Outro desafio, na análise do professor, é definir quais problemas a solucionar. Ele citou o exemplo de Rio Branco (AC), que, apesar de ter iniciativas muito positivas, não incluiu em seus planos o enfrentamento das ilhas de calor, um dos principais desafios urbanos.

“As Ilhas de calor são decorrentes da própria ocupação, do uso excessivo de materiais que absorvem calor, aprisionando-os na cidade. Então, quando tem ondas de calor, que são temperaturas de 5 ºC acima da média durante cinco dias, também é preciso somar a isso as ilhas de calor.”

Em uma cidade, por exemplo, onde a média de temperatura é 25 ºC, ela pode passar de 30 ºC durante uma onda de calor. Mas se houver uma ilha de calor, os termômetros vão registrar cinco ou seis graus a mais.

“As ilhas de calor podem ser evitadas tentando reduzir o tipo de ocupação através do plano diretor. Ele é fundamental para conseguir mesclar áreas mais adensadas com menos adensadas e tentar vegetar mais a cidade, utilizar mais corpos d’águas mais expostos, gerando mais evaporação na cidade”, defendeu o professor, salientando a importância de apostar em um conjunto de soluções.

Lente climática

Adaptar as cidades às mudanças climáticas é um processo, argumentou Pedro Ivo Camarinha, do Cemaden. “Isso não tem um fim. Precisa sempre estar sendo reavaliado, porque existe um dinamismo muito grande das características sociais, de mudanças de uso e cobertura do solo e do próprio comportamento climático ao longo do tempo.”

Segundo o pesquisador, há uma variedade de possíveis ações. Embora muitas vezes se pense apenas em obras, é essencial investir também em soluções baseadas na natureza, além de fortalecer a capacidade institucional e a governança.

“É preciso existir uma gestão climática forte. Ou seja, uma gestão que olhe para os problemas históricos, os problemas intrínsecos daquela cidade, mas sempre colocando o que nós chamamos de lente climática – o olhar para como o clima pode acentuar muito dos problemas que essa cidade possui.”

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Governo reafirma compromisso com a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável em solenidade sobre o assunto na Câmara Federal

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O evento contou com a participação de diversos parlamentares e autoridades, como o secretário-executivo e ministro em exercício do meio ambiente

Secretário de estado da Sema, Leonardo Carvalho, falou sobre ações de meio ambiente desenvolvidas no Acre em evento no Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Dilma Tavares/Repac

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), reafirmou o compromisso com a proteção ambiental e o enfrentamento à crise climática aliado ao desenvolvimento social e ambientalmente responsável no estado, durante solenidade sobre o assunto realizada em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente – comemorado dia cinco de junho -, nesta terça-feira, 10, no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Iniciativas com este objetivo foram destacadas no evento pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, que citou, entre os exemplos, ações nas unidades de conservação, além de medidas para a preservação da biodiversidade e de enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas no estado.

O secretário também lembrou da 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF Task Force), realizada em maio, no Acre, a pedido do governador Gladson Camelí, e que definiu propostas a serem levadas para a COP 30, que ocorrerá este ano em Belém, no Pará.

Leonardo Carvalho e Renata Souza, respectivamente secretário e secretária adjunta da Sema, durante participação de solenidade sobre meio ambiente na Câmara dos Deputados. Foto: Dilma Tavares/Repac

O secretário destacou a importância dos debates sobre o assunto no Congresso Nacional e da contribuição dos estados da Amazônia no processo. “Lidamos todos os dias, hoje, com o gerenciamento de crise”, disse o secretário, exemplificando os impactos climáticos como as históricas secas e enchentes em tempo recorde entre uma e outra que ocorrem na Amazônia, a exemplo do Acre, destacando ainda a importância da união na busca de soluções para os desafios ambientais.

“A gente tem se irmanado para conseguir dar vazão e gerenciar essas crises climáticas da melhor forma possível e a gente só vai fazer isso com o apoio de todos, num processo integrado e com recursos em escala”, afirmou em entrevista.

Secretário do meio ambiente, Leonardo carvalho (último à esquerda), durante participação em evento sobre meio ambiente no plenário da Câmara Federal. Foto: Dilma Tavares/Repac

Uma das proponentes da solenidade foi a deputada federal Socorro Neri, que integra comissões ligadas à área ambiental e preside a Frente Parlamentar Mista da Transição Climática Justa, na Câmara. Ela defendeu o equilíbrio nos debates sobre preservação e desenvolvimento, afirmando que não há como cuidar do bem coletivo, das pessoas e produzir mais alimentos, sem cuidar do meio ambiente.

Deputada federal Socorro Neri é uma das proponetes da solenidade em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Foto: Dilma Tavares/Repac

“É preciso ter uma equação que busque preservar as nossas riquezas ambientais e, ao mesmo tempo, trabalhar de forma sustentável para que essas riquezas também possam gerar aumento de produtividade e emprego e renda para as pessoas que habitam a nossa região”, afirmou destacando também importância desses debates pelo Congresso Nacional de forma a antecipar-se às tragédias e fortalecer os instrumentos necessários à prevenção e à implementação de políticas públicas necessárias na área.

O evento contou com a participação de diversos parlamentares e autoridades, como o secretário-executivo e ministro em exercício do meio ambiente, João Paulo Capobianco, que fez um relato de ações do governo federal na área ambiental, incluindo a criação de unidades de conservação ambiental no País. Da Sema também participou a secretária adjunta, Renata Souza.

Grupo que participou dos debates realizados na Câmara dos Deputados sobre meio ambiente. Foto: Dilma Tavares/Repac

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