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Prego Batido: Marquinhos Tibúrcio será reeleito presidente da câmara de vereadores para o biênio 2025/2026
A composição para o biênio 2025/2026, vem com Marquinho Tibúrcio (PP), presidente; Leonir furtado (PP), vice-presidente (PP), 1º primeiro-secretário; Lucélia Borges (PSD), segunda-secretária; Isabeli Araújo (Republicanos).

A eleição de Carlinhos do Pelado (PP), prefeitura de Brasiléia, em conjunto com os demais membros da chapa vitoriosa, fortalece a unidade dentro do parlamento municipal, consolidando o grupo para o exercício de 2025/2026. Foto: Alexandre Lim/arquivo
O atual presidente da Câmara Municipal de Brasiléia, vereador Marquinhos Tibúrcio (PP), foi confirmado para mais dois anos à frente do Legislativo local. A recondução ocorrerá por meio da votação da nova Mesa Diretora, que acontecerá em janeiro de 2024, durante sessão ordinária.
Tibúrcio contará com o apoio unânime dos 9 vereadores que compõem sua base de sustentação, representando a maioria dos 11 parlamentares eleitos e reeleitos nas últimas eleições. A decisão já está definida dentro da ampla aliança formada por partidos como Progressistas (PP), União Brasil, PSD, Solidariedade e Partido Liberal (PL). A eleição de Carlinhos do Pelado (PP) para a prefeitura de Brasiléia, em conjunto com os demais membros da chapa vitoriosa, fortalece ainda mais a unidade dentro do parlamento municipal, consolidando o grupo para o exercício de 2025/2026.
O atual presidente da Câmara Municipal de Brasiléia, vereador Marquinhos Tibúrcio (PP), obteve sucesso em sua reeleição e se prepara para assumir o cargo pelo quarto mandato consecutivo. A confirmação oficial de sua eleição para o biênio 2025/2026 ocorrerá em janeiro, durante sessão ordinária, caso o processo se concretize como esperado. Caso reeleito, Marquinhos comandará a Câmara Municipal pelo segundo mandato consecutivo à frente da Casa do Povo.
Em clima de comemoração, Marquinhos destacou o compromisso de seguir sua missão com transparência, igualdade e responsabilidade. “A política se faz com diálogo e sempre pensando no melhor para nossa cidade. E é esta a nossa prioridade em 2025/2026”, afirmou o presidente reeleito e candidato. A declaração reflete a continuidade de um trabalho que visa o desenvolvimento de Brasiléia, com foco no bem-estar da população.

O atual presidente está confirmado pela maioria dos vereadores, assim à parte de cima da casa vem com o presidente na composição para o biênio 2025/2026, Marquinho Tibúrcio do (PP), encabeça a chapa. Foto: pessoal
A maioria dos vereadores, em comum acordo, já ratificou os nomes apresentados e aguarda apenas a confirmação oficial em janeiro de 2025. Essa nova composição visa dar continuidade ao trabalho legislativo com harmonia e compromisso com o desenvolvimento do Município.
Marquinhos Tibúrcio (PP), destacou que o biênio 2025/2026 não será marcado por “anos tranquilos”, referindo-se aos desafios políticos e econômicos que tanto a Prefeitura quanto a Câmara Municipal enfrentarão. Durante sua reeleição, Tibúrcio enfatizou a importância do diálogo constante com a sociedade para a superação dos obstáculos e o avanço no processo legislativo.
Disse mais; “Será preciso muito diálogo com a sociedade. Vamos manter a transparência, fazer avanços no processo legislativo, com o fortalecimento técnico das comissões e ajustes necessários”, afirmou. Marquinhos ressaltou, ainda, que a política deve ser feita com responsabilidade, sempre pensando no melhor para a cidade. “A política se faz com diálogo e sempre pensando no melhor para nossa cidade. E é esta a nossa prioridade em 2025/2026”, reforçou o presidente, que também defendeu a integridade da instituição, afirmando: “Reconduzido a presidência continuarei com a defesa da instituição, mas não compactuarei com o mal feito”.
Marquinhos Tibúrcio, que foi o vereador mais votado em Brasiléia com 660 votos, se prepara para seu quarto mandato consecutivo. Caso confirme sua reeleição em janeiro de 2025, ele iniciará seu segundo mandato consecutivo à frente da presidência da Câmara.
Conheça os novos integrantes e as suas funções para a próxima ‘Mesa Diretora da Câmara de Brasiléia’.
Para o biênio 2025/2026, a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Brasiléia será formada pelos seguintes nomes de consenso entre os vereadores:
- Marquinhos Tibúrcio (PP) – Presidente
- Leonir Furtado (PP) – Vice-presidente
- Lucélia Borges (PSD) – 1ª Secretária
- Isabeli Araújo (Republicanos) – 2ª Secretária
Esses nomes foram acordados por maioria dos vereadores e agora aguardam a formalização da eleição, prevista para janeiro de 2025, durante Sessão Ordinária. A composição reflete o entendimento entre as principais forças políticas da cidade, com o objetivo de garantir estabilidade e avanço legislativo no próximo período.

Vereador Leonir Furtado (PP), ficará como vice-presidente – Foto/divulgação

Vereadora Lucélia Borges, do PSD, será a 1ª Secretária.

Vereadora Isabeli Araújo do Republicanos, atuará como 2ª Secretária.
O que faz Mesa Diretora?
A Mesa Diretora é o órgão que dirige a Câmara Municipal de Brasiléia nos aspectos legislativos, ou seja, nos assuntos relacionados à elaboração das leis. Ela é formada por quatro vereadores, que são eleitos para mandatos de dois anos, sendo permitida a reeleição para o mesmo cargo, na mesma legislatura. A Mesa é composta por presidente, vice-presidente, primeiro secretária além do segundo secretário.
É função da Mesa Diretora e garantir a regularidade dos trabalhos legislativos; designar vereadores para missões de representação da Casa; propor ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal; promulgar emendas à LOM – Lei Orgânica do Município (a orgânica do município); e conceder licenças ou declarar vago o cargo de vereador.
O presidente
Além de ter preferência na substituição ao prefeito, no caso de vacância, ausência ou impedimento do vice-prefeito, o vereador que preside a Casa também é o responsável por representá-la, “em juízo ou fora dele”. Cabe ao presidente da Câmara dirigir os trabalhos, fiscalizar sua ordem e dirigir a Comissão Executiva.
Quem ocupa a Presidência da Câmara Municipal de Brasiléia comanda as sessões plenárias, sendo o responsável por “abri-las, presidi-las, suspendê-las e encerrá-las; manter a ordem, interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; conceder a palavra aos vereadores e a outros convidados e interromper o orador que se desviar do assunto em debate, podendo cassar-lhe a palavra; organizar a ordem do dia da sessão seguinte (projetos de lei que entrarão na pauta de votações); e convocar sessões ordinárias, extraordinárias e solenes”.
Ainda em relação ao processo legislativo, o presidente possui prerrogativa de promulgar leis, o que ocorre quando o prefeito deixa de promulgar ou sancionar uma lei – a chamada sanção tácita. A promulgação é o ato que declara a existência da norma e ordena sua execução. Devido a essas atribuições, o presidente é o único com remuneração maior que os demais vereadores.
A Eleição
A escolha dos componentes da Mesa Diretora para o primeiro biênio de uma legislatura é realizada em janeiro, em sessão especial sob a presidência do vereador mais votado na eleição municipal. No caso de eleição de renovação da Mesa para o biênio seguinte, o pleito deve ser realizado nos 30 dias anteriores ao final do ano legislativo, também em sessão plenária especial, sendo os trabalhos dirigidos pela Mesa Diretora em exercício.
Todos os vereadores podem concorrer aos cargos e a eleição deve ser convocada com, no mínimo, sete dias de antecedência. O voto é nominal, portanto a manifestação individual dos parlamentares, na escolha dos cargos, é conhecida pela população – não existe possibilidade de votação secreta.
Podem concorrer chapas ou candidaturas isoladas, sendo que “tanto quanto possível” a composição deverá refletir a proporcionalidade dos partidos ou blocos parlamentares, “os quais indicarão os respectivos candidatos aos cargos que lhes caibam prover, sem prejuízo de candidaturas avulsas oriundas das mesmas representações”.
No biênio 2025/2026, integram a Mesa Diretora os vereadores Marquinho Tibúrcio (PP), presidente; Leonir furtado (PP), vice-presidente (PP), 1º primeiro-secretário; Lucélia Borges (PSD), segunda-secretária; Isabeli Araújo (Republicanos).
Demais Cargos
O vice-presidente do Legislativo têm a função de substituir o presidente em suas ausências ou impedimentos. Eles também devem promulgar leis, caso o presidente deixe de fazê-lo, e, assim como os demais membros da Mesa Diretora, estão na linha sucessória do prefeito.
O primeiro e o segundo-secretário, além de integrarem a Comissão Executiva, substituem o vice-presidente em suas ausências ou impedimentos, auxiliam o presidente nos trabalhos da sessão, no controle da presença dos vereadores, na inscrição para debates, na leitura de projetos etc.
Já o segundo substituem o primeiro-secretário, na Mesa Diretora e na Comissão Executiva, e desempenham outras funções que lhe forem delegadas por deliberação da Mesa. As funções da Mesa Diretora e da Comissão Executiva constam no Regimento Interno e na LOM – Lei Orgânica do Município.
Na última sexta-feira 13, a Justiça Eleitoral diplomou os eleitos no município de Brasileia

O Juiz Clóvis Lodi encerrou a cerimônia agradecendo a presença de todos e destacando que a solenidade não é apenas um ato protocolar, mas uma celebração da democracia. Foto: assessoria
Na última sexta-feira, 13, o Tribunal Regional Eleitoral do Acre, por meio da 6ª Zona Eleitoral, realizou a cerimônia de diplomação dos eleitos nas Eleições Municipais 2024, em Brasileia. Foram diplomados o Prefeito, Carlos Armando de Souza Alves; o Vice-Prefeito, Antônio Torres Amaral; e 11 vereadores – formalizando o fim do ciclo eleitoral e a habilitação dos candidatos eleitos para assumirem seus mandatos a partir de janeiro de 2025.
A diplomação é o ato solene que oficializa os eleitos e eleitas, bem como seus suplentes, nas eleições, atestando a legitimidade dos votos recebidos. O diploma, emitido pela Justiça Eleitoral, é o documento que habilita os eleitos a tomarem posse nos cargos a partir de 1º de janeiro de 2025.
Eleitos no município de Brasileia
Prefeito: Carlos Armando de Souza Alves
Vice-Prefeito: Antônio Torres Amaral
Vereadores (por ordem alfabética):
- Alberto Dantas Soares Júnior
- Almir Andrade de Lima
- Djahilson Américo de Oliveira Souza
- Francisco Josemar Jerônimo da Silva
- Izabelle Araujo do Nascimento
- Leandro Lima Gadelha
- Leonir José Furtado De Castro
- Lessandro Jorge André Lopes
- Lucélia Monteiro Borges
- Marcos Tiburcio Dos Santos
- Reinaldo Da Silva Gadelha
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Violência doméstica em Epitaciolândia termina com ameaças e acidente de trânsito
Homem teria ameaçado ex-esposa com tijolo e se jogou encima do veículo; vítima registrou ocorrência na delegacia.
Um caso de violência doméstica foi registrado na tarde desta segunda-feira (3). O fato teria ocorrido na Rua Capitão Pedro de Vasconcelos, no bairro Aeroporto, em Epitaciolândia. A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas, ao chegar ao local, descobriu-se que o incidente estava relacionado a uma agressão doméstica.
Segundo relatos de populares, o autor da agressão identificado como Sandeson Kleito Gabriel, teria tentado jogar um tijolo no para-brisa do carro de sua ex-esposa, com a intenção de atingi-la. Ao perceber a ameaça, a mulher avançou com o veículo em direção ao agressor, que se ficou sobre o capô e foi carregado por vários metros até cair na rua. O Homem sofreu uma lesão na cabeça e arranhões pelo corpo devido à queda.
Após o ocorrido, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar o fato. A guarnição policial também se deslocou até o local para a confecção do boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado, e Andeson foi levado ao hospital para ser medicado e ficou em observação até ser liberado.
O caso foi registrado como violência doméstica contra a mulher conforme o ART. 147 do CPB e as autoridades reforçam a importância de denunciar essas situações para garantir a segurança.
Veja vídeo abaixo:
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Serial Killer: Criminoso de alta periculosidade que escapou do presídio Urso Branco, em Porto Velho, continua foragido
João Luiz da Silva Filho, condenado a 22 anos por homicídio, estava em regime de cela livre e fugiu durante trabalho externo; polícia pede ajuda da população.
João Luiz da Silva Filho, de 53 anos, criminoso de alta periculosidade, fugiu do presídio José Mário Alves, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), nesta sexta-feira (28). Condenado a 22 anos de prisão por homicídio e com histórico de reincidência, João Luiz estava no sistema de cela livre e fugiu quando saiu do presídio Vale do Guaporé para trabalhar no Urso Branco.
As autoridades estão em alerta e pedem a colaboração da população para localizar o fugitivo. Quem tiver informações sobre o paradeiro de João Luiz deve entrar em contato imediatamente com a polícia pelos números 190 ou 197.
A fuga reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas no sistema prisional, especialmente para criminosos considerados de alta periculosidade. A população deve redobrar a atenção e evitar qualquer contato com o fugitivo.
Fonte: EuIdeial
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STF, PF e CNJ não sabem quantos juízes são investigados por corrupção e venda de sentenças
R7 pediu dados via LAI para os três órgãos, mas nenhum deles respondeu às demandas com dados de investigados ou condenados
Uma operação da Polícia Federal deflagrada em novembro do ano passado dainvestigação sobre juízes, desembargadores e servidores de sete tribunais de Justiça estaduais ligados a esquemas de corrupção e venda de sentenças no Brasil acendeu o alerta sobre o monitoramento dos envolvidos e a falta de dados a respeito de participação de membros do Judiciário nessas práticas criminosas. Os inquéritos, até o momento, levaram ao afastamento provisório de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. No entanto, faltam dados para diagnosticar se os episódios são parte de um problema isolado ou se atingem outros tribunais e regiões do país.
O R7 realizou reiterados pedidos via Lei de Acesso à Informação para STF (Supremo Tribunal Federal), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e Polícia Federal questionando se os órgãos têm informações sobre o número de magistrados investigados ou condenados por corrupção e venda de sentenças.
O STF, por exemplo, justificou que não tem os dados consolidados e enviou uma lista de 131 mil processos criminais públicos recebidos desde 2019 até o fim de 2024.
A PF disse que “as bases de dados não possuem tal informação sobre investigados/indiciados para consulta”. “Tal informação iria requerer consultar milhares de inquéritos individualmente para obtenção de tal informação, sendo assim inviável o fornecimento dos dados requeridos”, alegou.
O CNJ informou que tem padronizado todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial, “dessa forma, os assuntos cadastrados quando da distribuição dos procedimentos também são padronizados e têm por base as tabelas processuais unificadas”. Contudo, segundo a instituição, “atualmente, não há em referida tabela o assunto venda de sentenças ou algo relacionado como, por exemplo, corrupção e enriquecimento ilícito”.
De todo modo, o Conselho Nacional de Justiça enviou dados sobre as punições aplicadas a magistrados por alguma irregularidade de conduta. O levantamento aponta que 56% das punições envolvem aposentadoria compulsória, considerando o período de 2007 até o fim do ano passado.
Em 2024, por exemplo, o CNJ abriu 5.569 pedidos de providências na corregedoria, 1.734 reclamações disciplinares aos magistrados, 44 revisões disciplinares e 40 processos administrativos disciplinares.
Monitoramento
Em nota, o CNJ disse que mantém “rigoroso sistema de fiscalização e controle da atividade jurisdicional através de múltiplos mecanismos”. “A Corregedoria Nacional de Justiça realiza, sistematicamente, inspeções e correições para apurar o funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais, identificando eventuais irregularidades. O monitoramento é realizado de forma contínua para acompanhar o cumprimento das decisões proferidas e disponibiliza relatórios de conformidade no portal do CNJ”, afirmou.
O órgão destacou que exerce um controle funcional de magistrados dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro, com exceção do Supremo Tribunal Federal. “O Conselho também planeja, coordena e acompanha políticas judiciárias para aprimorar os serviços prestados pelos tribunais.”
O CNJ explicou que tem competência para investigar denúncias contra magistrados, realizando inspeções, correições e sindicâncias. “O Plenário do CNJ pode determinar, inclusive, o afastamento preventivo de magistrados durante a tramitação de processo disciplinar”, ressaltou a entidade.
“O CNJ prioriza o julgamento de processos relacionados a corrupção, improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública, bem como confere prioridade ao julgamento de ilícitos eleitorais. O CNJ monitora a atuação da magistratura por meio de diversas ferramentas, incluindo dados estatísticos sobre processos e outros indicadores. O Conselho também pode requisitar informações de autoridades fiscais, monetárias e outras autoridades competentes para esclarecer processos. Nos Processos Administrativos Disciplinares, após a fase de instrução, o relator apresenta relatório circunstanciado com proposta de penalidade, quando cabível. O relatório é submetido ao plenário, onde os conselheiros podem acompanhar a proposta do relator ou divergir, sugerindo penalidade diversa”, explicou.
Situação grave
Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, Luciano Da Ros pontua que “o fato de que há juízes alegadamente envolvidos em venda de sentenças é, obviamente, muito grave”.
“Mas, por outro lado, não se pode antecipar culpabilidade, e todos, inclusive os magistrados, gozam de presunção de inocência. Com isso, quero dizer que, apesar das medidas tomadas pela PF, que eu saiba ainda não há condenação em todos esses casos que possam ensejar juízo de culpa. Há que se esperar o andar dos processos, que é lento”, opinou.
O especialista disse que a maioria das punições mais severas gera aposentadorias compulsórias. “Isso ocorre porque juízes, protegidos por suas garantias de independência, somente podem ser efetivamente removidos do Poder Judiciário após serem condenados em processo criminal [e não administrativo] de forma definitiva”, detalha.
Sobre a sensação da sociedade de falta de punição aos juízes, que são aposentados após uma acusação grave, a advogada Mariana Madeira, também professora do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília e ex-assessora de ministro do STF, explicou que essa é a “forma mais severa e efetiva que o CNJ encontra para atribuir essa punição administrativamente, em razão da vitaliciedade, que é uma prerrogativa constitucional prevista para os juízes”.
“Na aposentadoria compulsória, os proventos são pagos de maneira proporcional ao tempo de serviço. Isso não impede, no entanto, que haja maior transparência na divulgação das infrações e punições administrativas como forma de reforçar a credibilidade e a confiança do jurisdicionado, até porque um dos princípios da atuação da administração pública é o da publicidade”, comentou.
Faltam dados
O professor Luciano Da Ros pontuou que é importante saber, caso a caso, quais magistrados, punidos no CNJ, eventualmente tiveram condenações criminais.
“Conheço poucos levantamentos dessa natureza, mas concordo que seria interessante, para fins de monitoramento, o CNJ manter uma base de dados pública e transparente que acompanhasse os desfechos dos processos criminais eventualmente decorrentes dos processos disciplinares”, sugeriu.
Sobre a venda de sentenças, o professor da UFSC reforçou que a situação é grave. “Mas lembro que juízes podem eventualmente ser corruptos de outras formas. Por exemplo, há várias funções administrativas que os tribunais desempenham [contratação de pessoal, construção de prédios, contratação de prestadores de serviço] que também podem estar sujeitas a problemas de magnitude semelhante”, alertou.
Para ele, é preciso mais transparência. “Mas a transparência, por um lado, requer que os dados sejam primeiramente coletados e registrados, algo que eu não sei se ocorre nesse particular, e que esses mesmos dados eventualmente públicos não firam a intimidade, a privacidade e mesmo a reputação, injustamente por vezes, dos acusados.”
Mensagem para a população
Para a professora Mariana Madeira, publicizar as sanções criminais eventualmente atribuídas a juízes corruptos também pode transmitir para a sociedade “a mensagem de que os crimes são rigorosamente punidos e, consequentemente, desestimula a prática de novas infrações penais”.
“Precisa haver um comprometimento de toda comunidade jurídica — advogados, defensores públicos, servidores, promotores — em denunciar irregularidades para que sejam seriamente apuradas, assim como qualquer cidadão que comete crime no país”, afirmou.
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