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Prefeitura de Xapuri consegue ordem para despejar famílias e causa revolta de moradores

Por Raimari Cardoso
O juízo da Vara Cível de Xapuri acatou pedido de reintegração de posse ajuizado pela assessoria jurídica do município para proceder a desocupação de uma área de terras de sua propriedade, localizada na zona urbana, alvo de invasão recente. No local, estão cerca de 45 famílias que alegam não ter condições para adquirir um terreno para construir uma casa.
Na manhã desta segunda-feira (25), um oficial de justiça foi ao local com o suporte de policiais militares e de uma máquina pesada (pá mecânica) para fazer a desocupação e derrubar as casas de madeira que já estão construídas na área. No entanto, a ação não foi consumada mediante a extensão de um prazo para a saída espontânea dos moradores.
Um dos representantes das famílias que ocuparam a área, Maurílio Flores, conversou com a reportagem do ac24horas e disse que os moradores esperam que o município entre em acordo com eles para que não sejam retirados à força do local. Na manhã desta terça-feira (26), uma comissão vai se reunir com os vereadores na busca de uma intermediação com a prefeitura.
“Vamos à Câmara para saber quem estará do nosso lado. Se não houver nenhum acordo, não sairemos do local e nenhuma casa será derrubada, pois permaneceremos dentro delas. Ninguém vai desocupar e todas as famílias permanecerão lá. Podem vir milhões de ordens judiciais, pode vir o prefeito, o juiz, pode vir quem for, ninguém vai deixar a área e ponto final”, afirmou.
O chefe de gabinete da prefeitura de Xapuri, João Ribeiro de Freitas, disse que o município vem há algum tempo enfrentando invasões de áreas públicas, como aconteceu há alguns meses em outra região da cidade, mas que foi desocupada após acordo. No caso mais recente, ele afirmou que a mesma estratégia foi adotada, sem, no entanto, resultar em sucesso.
“Têm se tornado comum esse tipo de ação, com invasões que vêm ocorrendo desde as gestões passadas, inclusive com a ocorrência de uma invasão anterior a essa nas imediações da Cerâmica Municipal que terminou por se consolidar. Nesta ocorrência atual, o município tem projetos para a comunidade local, o que fez com que fosse necessário apelar para justiça para reaver a área”, pontuou.
O representante da prefeitura também afirmou que o município tem planos futuros de construir na área em questão uma quadra de esportes para a escola municipal Professora Rita Maia, que se localiza ao lado do local onde estão as famílias, e que existe a possibilidade de ser instalada no local parte da estrutura de um canal de televisão.
Os ocupantes da área não aceitam a argumentação do assessor do prefeito Bira Vasconcelos e dizem que não existem projetos e nem recursos para o que a prefeitura diz pretender construir no local. Maurílio Flores acrescentou que nem mesmo a creche municipal, que está em construção na área, não foi concluída e está com as obras paralisadas há meses.
“A prefeitura não irá realizar obra alguma nessa área, pois não concluíram nem a construção da creche municipal que está a vários meses em inércia. Essa área serve apenas para esconder armas de fogo e drogas. Nós não queremos a área para isso, nós queremos essa área para que tenhamos um lugar para morar. São pais e mães, com até 6 filhos, lutando por uma moradia”, concluiu.
A intenção da prefeitura em remover as famílias da área causou repercussão negativa à prefeitura nas redes sociais. Moradores do bairro Cerâmica, onde se localiza a mais antiga quanto a nova invasão, se manifestaram contrários à medida do município e afirmaram que a prefeitura não cumpriu promessas feitas com relação ao problema.
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PM prende dois suspeitos armados após tentativa de invasão de residência em Brasiléia
Dupla foi flagrada com dois revólveres municiados no bairro Leonardo Barbosa e, segundo a polícia, pretendia atacar integrantes de facção rival
A Polícia Militar através do Grupo de Intervenção rápida Ostensiva – GIRO, prendeu dois homens por porte ilegal de arma de fogo na noite do dia 25 de dezembro, no município de Brasiléia, no interior do Acre. A ocorrência foi registrada por volta das 21h50 da noite, no bairro Leonardo Barbosa.
A guarnição foi acionada após denúncias de que dois suspeitos estariam circulando armados pela região com a intenção de cometer ataques contra uma facção rival.
Durante o patrulhamento, os policiais visualizaram os suspeitos caminhando pela via pública portando armas de fogo e, em seguida, tentando forçar o portão de uma residência.
Com a aproximação da viatura, os homens fugiram e se esconderam no quintal de um imóvel próximo. Após buscas na área, a equipe conseguiu localizar e prender os suspeitos.
Com eles, foram apreendidos dois revólveres, ambos municiados, sendo um com numeração suprimida.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Epitaciolândia, onde permanecem à disposição da Justiça.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.








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