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Por Dilma, PT deve ceder nos estados em 2014

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  • Prioridade é reeleger a presidente e ampliar bancada, apoiando candidatos aliados em palanques regionais
Dilma e senador Eduardo Braga Gustavo Miranda/27.06.2012

Dilma e senador Eduardo Braga Gustavo Miranda/27.06.2012

BRASÍLIA — Além da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, obviamente, é prioridade máxima, a meta do PT para as eleições do ano que vem é eleger mais de cem deputados federais — hoje são 88 — e aumentar a bancada de senadores de 12 para 20. Quanto aos governos estaduais, a orientação é abrir mão de candidatura própria para apoiar aliados, onde o partido não tiver nomes fortes, em troca de apoio na eleição presidencial.

Como disse o ex-presidente Lula em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada quarta-feira, “a prioridade em todos os estados é reeleger Dilma”. Ou seja, o partido dará continuidade à estratégia adotada desde 2006, na campanha da reeleição de Lula no rastro do escândalo do mensalão: priorizar a disputa presidencial e deixar as eleições estaduais em segundo plano. Isso deve acontecer, por exemplo, no Ceará, onde o PT pretende apoiar o senador Eunício Oliveira (PMDB) para governador; e no Amazonas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB).

Mas para não ficar totalmente dependente dos mesmos aliados no plano nacional, no Congresso, o PT investirá na campanha de deputados e senadores, para dar uma sustentação mais folgada a um eventual segundo mandato de Dilma. Para diminuir essa dependência dos aliados, o objetivo é manter-se como a maior bancada na Câmara e tornar-se a maior no Senado. Se for bem-sucedido, o PT poderia, então, ter a presidência das duas Casas a partir de 2015.

Além de passar em revista os cenários estaduais, em reunião na última segunda-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, e os presidentes regionais do partido discutiram a conjuntura nacional. Apesar de estarem preocupados com a movimentação do candidato virtual do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e com a simpatia do empresariado por ele, a avaliação no PT é que ele não deverá ter palanques fortes nos principais colégios eleitorais: São Paulo, Belo Horizonte e Rio.

Quanto ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), os petistas apostam que, considerando o cenário atual, ele não conseguirá unir seu partido, o que, na avaliação deles, prejudicará sua campanha. E se deleitam com as “cotoveladas” trocadas entre o mineiro e o ex-governador de São Paulo José Serra.

Já a análise feita sobre a ex-senadora Marina Silva é que seu projeto de criar um novo partido, o Rede, está pouco consolidado. Na avaliação dos petistas, sua organização é “muito frágil”. Eles atribuem o segundo lugar de Marina nas pesquisas ao recall das eleições de 2010, quando ela teve cerca de 20 milhões de votos para presidente. A ex-senadora aparece com 16% em pesquisa Datafolha divulgada no último dia 23.

Nos estados, há preocupação no PT com governos comandados atualmente pelo partido. É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, onde o governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição. Sua administração tem sido mal avaliada devido a problemas nas finanças do estado, de segurança pública e desgaste com os professores, que não estão recebendo o piso nacional do magistério.

Também há desgaste nas administrações petistas de Jaques Wagner, na Bahia, que não pode mais disputar a reeleição, e Agnelo Queiroz, que está no primeiro mandato no governo do Distrito Federal, e tem uma reeleição difícil. Nesses lugares, a preocupação maior é montar um palanque para Dilma, mesmo que não haja chance real de vitória local para o partido.

Rio será exceção por causa de Lindbergh

Uma exceção na política de agradar os aliados, priorizando a reeleição de Dilma, deverá ser o Rio. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) será candidato a governador, contrariando o PMDB, que lançará o vice-governador Luiz Fernando Pezão. Dirigentes nacionais do PT afirmam que não têm como impedir a candidatura de Lindbergh, já que o PT do Rio abriu mão de concorrer, para apoiar o PMDB, nas duas últimas eleições para governador. E que, como o petista aparece na frente de Pezão nas pesquisas, não há argumento para implodir sua candidatura. O esforço será para que a disputa não deixe sequelas.

No caso de São Paulo, o ex-presidente Lula defende que o PT abra mão da cabeça de chapa para apoiar um eventual nome de outro partido, como o PMDB, que agregue mais apoios do que um petista. Mas essa saída encontra forte resistência no PT. E o PMDB ainda não tem esse candidato forte.

Em Minas, o PT lançará para o governo o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Com a candidatura de Aécio à Presidência da República, o PT está otimista quanto às chances de vitória, já que o PSDB não tem um nome forte para a disputa. O governador Antonio Anastasia (PSDB) já foi reeleito e não pode disputar de novo.

A provável candidatura presidencial de Eduardo Campos deve bagunçar um pouco a formação dos palanques de Dilma em alguns estados. Em Pernambuco, onde PT e PSB eram aliados até as eleições municipais do ano passado, os petistas lançarão um nome só para garantir um palanque para ela.

A engenharia mais difícil será no Ceará, onde PT, PMDB e PSB discutem a formação de uma chapa, com Eunício Oliveira na cabeça. O problema é que os irmãos Gomes — governador Cid e o ex-ministro Ciro, ambos do PSB — já declararam que apoiam a reeleição de Dilma, a despeito das pretensões eleitorais de Eduardo Campos.\

O Globo

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Grupo de Marina e Heloisa Helena se digladiam em disputa pela presidência do Rede Sustentabilidade

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O professor Inácio Moreira representará o Acre na disputa e é aliado de Marina Silva na disputa

A fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, o deputado Alessandro Molon, e a ex-senadora Heloisa Helena durante apresentação oficial dos novos filiados. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Tião Maia, ContilNet

Uma disputa silenciosa entre os grupos da ex-senadora alagoana Heloisa Helena, agora eleitora e primeira suplente de deputada federal pelo Rio de Janeiro, e de Marina Silva, atualmente ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre, mas agora deputada federal pelo Rede Sustentabilidade de São Paulo, volta a tomar conta do debate político em Brasília durante o próximo final de semana. Os dois grupos disputam a hegemonia pela direção da sigla e o caso deve ir parar na Justiça.

Minoritário, o grupo ligado Marina Silva questiona a corrente ligada à atual presidente da sigla, Heloísa Helena, e aponta decisões autoritárias e parciais do comitê que comandará o processo de escolha do próximo dirigente partidário. A ala de Marina tem Giovanni Mockus como candidato à presidência da Rede, enquanto o grupo de Heloísa Helena indica Paulo Lamac como representante na disputa. A eleição está marcada para 11, 12 e 13 de abril em congresso partidário a ser realizado em Brasília.

Mockus entrou na Justiça contra o diretório nacional da Rede, pedindo a anulação da criação da Comissão Eleitoral Nacional (CEN). Ele reclama que o colegiado só conta com representantes da ala de Heloísa Helena, com influência na definição dos delegados eleitos nos municípios e estados, que terão direito de votar para escolher o próximo presidente. O professor Inácio Moreira representará o Acre na disputa e é aliado de Marina Silva na disputa.

A Justiça não acatou o pedido. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) entendeu que “questões atinentes à organização e funcionamento dos partidos devem ser resolvidas internamente”. Além disso, o juiz entendeu que “não se vislumbra, em sede de cognição sumária, qualquer violação manifesta ao estatuto partidário que justifique a interferência do Poder Judiciário”. O grupo de Marina Silva informou que vai recorrer.

O grupo de Heloísa Helena calcula vantagem ampla, de acordo com o perfil dos delegados eleitos pelos diretórios estaduais. Nos bastidores, representantes dessa ala contam vitórias em 18 estados, e esperam ter o voto de 70% dos delegados. Representante dessa corrente, Paulo Lamac é Secretário de Relações Institucionais, da Prefeitura de Belo Horizonte (MG).

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Polícia Civil prende pastor acusado de desviar mais de R$ 6 milhões do Sicoob em Porto Velho

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Prisão ocorreu em Curitiba após meses de investigação; acusado estava foragido desde março

No dia 7 de março de 2025, foi deflagrada a operação para cumprir os mandados, mas o pastor não foi localizado e passou a ser considerado foragido no estado. Foto: captada 

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) prendeu o pastor Clebson Freitas de Oliveira, de 45 anos, acusado de envolvimento em um esquema de desvio de mais de R$ 6 milhões de uma agência do Sicoob localizada em Porto Velho (RO).

A prisão foi realizada em Curitiba, em cumprimento a mandado expedido a pedido da Polícia Civil de Rondônia (PC-RO), responsável pelas investigações. O inquérito foi instaurado após o registro de um furto qualificado com abuso de confiança. De acordo com as autoridades, entre 3 de maio de 2024 e 17 de janeiro de 2025, Clebson, então tesoureiro da cooperativa, teria desviado valores que deveriam ter sido registrados como Guias de Transporte de Valores (GTVs), mas que nunca foram lançados no sistema contábil da instituição.

Com o avanço das investigações, a Justiça autorizou medidas cautelares, como buscas domiciliares, bloqueio de contas bancárias e o afastamento do sigilo bancário do investigado. No dia 7 de março de 2025, foi deflagrada uma operação para cumprir os mandados, mas o pastor não foi localizado e passou a ser considerado foragido.

Após semanas de diligências, a PC-PR conseguiu localizar o suspeito na capital paranaense, onde ele foi detido sem resistência. Clebson foi encaminhado ao sistema penitenciário e ficará à disposição da Justiça enquanto o caso segue em apuração.

As autoridades destacam que o trabalho conjunto entre os estados foi fundamental para a captura do acusado, e reforçam o compromisso de responsabilizar todos os envolvidos no esquema fraudulento.

Clebson Freitas, era procurado pela polícia de Rondônia. Foto: Reprodução/Polícia Civil de Rondônia (PC-RO)

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Trump aumenta tarifa da China para 125% e reduz taxa do resto do mundo

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Foto: Win McNamee/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que aumentará, nesta quarta-feira (9/4), a tarifa de itens importados da China para 125%. A medida acontece após o país asiático reagir com a taxação de 85% de produtos importados dos Estados Unidos. O presidente anunciou que, além de aumentar as tarifas, reduzirá para 10%, por 90 dias, as taxas aplicadas a outros países de forma recíproca. Para o Brasil, não haverá mudança, pois o país já estava entre os taxados em 10%.

O que está acontecendo

O presidente dos EUA anunciou, no que ele chamou de “Dia da Libertação”, tarifas a 117 países pelo mundo.

A China foi taxada, inicialmente, em 34% sobre todos os produtos importados pelos EUA.

Como resposta à taxação, o país oriental anunciou uma tarifa retaliatória de 34% aos EUA.

Em escalada da guerra tarifária, nessa terça-feira (8/4), a Casa Branca anunciou que aplicará uma tarifa de 104% sobre todos os produtos chineses. Em resposta, a China irá aplicar 84% sobre os produtos importados dos EUA.

As tarifas recíprocas de Trump entrarão em vigor nesta quarta-feira (9/4).

As tarifas da China entrarão em vigor nesta quinta (10/4).

Em resposta ao aumento das tarifas da China contra os EUA, Trump anunciou mais uma reação com efeito imediato.

“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ​​ou aceitáveis”, escreveu Trump.

Trump afirmou ainda que, após mais de 75 países convocarem representantes dos EUA — incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o USTR — para negociar questões como tarifas, barreiras comerciais e manipulação cambial, decidiu autorizar uma pausa de 90 dias e aplicar uma tarifa recíproca reduzida de 10%, com efeito imediato, desde que esses países não retaliem, “de forma alguma”, os EUA.

Já taxado linearmente em 10%, o Brasil não é afetado pelos anúncios desta quarta, mas é um dos países que tenta negociar com os EUA após ser um dos alvos do tarifaço de Trump.

Como funcionam as tarifas?

Tarifas iniciais: foram aplicadas apenas a alguns países e recaem sobre os produtos importados pelos EUA.
Exemplo: quando uma empresa norte-americana comprar uma peça chinesa para produzir produtos eletrônicos, ela paga um valor de 10% a mais.

Tarifas recíprocas: foram aplicadas para 117 países e são uma resposta às tarifas que esses países já aplicavam sobre os produtos norte-americanos.

Exemplo: os EUA afirmaram que a China impunha tarifas de até 67% a alguns de seus produtos. Como resposta, o governo Trump fez um cálculo e impôs uma tarifa recíproca de 34% a todos os produtos importados do país asiático.

Tarifas universais: foram aplicadas a todos os países que fazem negócio com os EUA, com imposto estabelecido em 10%.

Exemplo: todos os produtos que entram nos EUA pagam uma taxa de 10% que se somará a todas as demais tarifas. A China já tinha tarifas iniciais de 10%, as quais, somadas às recíprocas de 34% e mais as universais de 10%, resultam em um montante de 54%.

Tarifas adicionais: por enquanto, os EUA só aplicaram essa tarifa à China, como retaliação.

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