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População de índios isolados no Acre cresce e faz contato em meio a pandemia de Covid-19

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“O momento do contato é extremamente delicado e necessita a adoção de medidas emergenciais por parte do Estado, e da atenção de toda a sociedade brasileira”, aponta trecho do comunicado.

Um grupo de índios isolados fez contato com a aldeia Terra Nova, onde vivem os Kulina Madiha do rio Envira, na fronteira do Acre com o Peru.

Relatos feitos ao jornal O GLOBO no último final de semana pelo cacique Cazuza Kulina dão conta de que, há mais ou menos uma semana, um índio chegou sozinho à aldeia e pernoitou na casa de um morador.

Um dia depois, de acordo com Cazuza, homens, mulheres e crianças (estimados entre 10 e 20 indígenas) também chegaram. O contato, considerado raro por indigenistas, acontece em meio ao momento de maior risco desses povos por conta do avanço da Covid-19 dentro das florestas.

Temendo pela vida do grupo, uma carta pública endereçada a sociedade brasileira e autoridades como o MInistro da Justiça André Mendonça, a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e até mesmo ao governador Gladson Cameli cobram um posicionamento do Estado Brasileiro sobre a situação.

Os índios isolados pertencem ao grupo Pano (Foto: Divulgação – Funai – 2014)

O documento assinado por mais de 30 entidades enfatiza a vulnerabilidade epidemiológica de tais grupos, além do grave risco dessa aproximação em meio a pandemia do novo coronavírus, do qual todas as sociedades humanas não possuem memória imunológica, o risco é ampliado diante de doenças tais como gripe (influenza), sarampo e outras. “O momento do contato é extremamente delicado e necessita a adoção de medidas emergenciais por parte do Estado, e da atenção de toda a sociedade brasileira”, aponta trecho do comunicado.

Dos 114 registros de povos isolados no país, 28 são confirmados, sendo que um desses registros representa o povo indígena isolado em questão.

Eles vivem entre as TI Kaxinawá do Rio Humaitá, TI Kulina do Rio Envira, TI Kampa e Isolados do Rio Envira e TI Alto Tarauacá. “Ademais, recentemente constatou-se a presença deles no rio Muru, fora da delimitação de terras indígenas. Essas terras indígenas são contíguas entre si e, em conjunto com outras terras indígenas, compõem um mosaico com mais de 1 milhão de hectares de áreas protegidas, que estão localizadas na fronteira com o Peru. Alguns dos povos isolados vivem em ambos os lados da fronteira”, explica trecho da carta.

Contato feito em 2014 no mesmo rio Envira que agora volta a registrar nova incursão de outro grupo de índios isolados, no Acre Foto:FUNAI – Reprodução/2014

De acordo com as entidades, desde que a Funai registrou oficialmente sua presença, na década de 1990, esse povo que reside no Acre continuou vivendo basicamente na mesma região.

A Funai observa em suas ações de monitoramento, pelo menos desde 2005, que esse povo tem aumentado o número de roçados e malocas, o que pode indicar crescimento populacional. “Os Huni Kuin da TI Kaxinawá do Rio Humaitá estão há alguns anos discutindo e aplicando estratégias para lidar com a aproximação dos isolados. Na elaboração e implementação de seus Planos de Gestão Ambiental e Territorial, decidiram reservar uma parcela da TI para ocupação exclusiva dos isolados para garantir sua proteção. Na época da estiagem, há constantes relatos de avistamento deste povo pelos povos indígenas da terra indígena e neste ano os Huni Kuin perceberam a movimentação de mais pessoas, que se aproximaram muito de suas aldeias”, destaca.

As entidades pedem as autoridades ações rápidas, emergenciais e definição e implementação do Plano de Contingência para situação de contato como a imediata assistência de saúde e indigenista para as populações do entorno, Recursos emergências para apoio a equipes de campo e Informação pública e transparência.

Cacique Cazuza Kulina no momento do contato com os índios isolados

https://youtu.be/wk-KZzxUFlY

https://youtu.be/PihMlM5r2E8

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Mesmo depois de cobrar solução da Sesacre, raio-x encaixotado há mais de 7 anos permanece no mesmo local

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Há mais de 7 anos, o novo aparelho de raio-x da Unidade Mista de Manoel Urbano está encaixotado, guardado em uma sala escura e cheia de infiltrações. A etiqueta de envio estampa a data de 16 de novembro de 2018, e enquanto a instalação não é realizada, os pacientes usam um equipamento antigo, com baixa resolução, o que dificulta o diagnóstico e prejudica o tratamento.

O motivo da falta de instalação da máquina, capaz de realizar exames de imagem, seria a falta de barita na sala, uma camada de material que evita a propagação de radiação. A ausência da barita, porém, não impede o uso do equipamento antigo. Assim, a suspeita é de que a cada exame realizado, um disparo radioativo contamina pacientes e trabalhadores.

A falta de condições adequadas de trabalho fica ainda mais evidente ao avistar um urubu se alimentando do esgoto aberto e transbordando entre os blocos do setor de atendimento e da enfermaria.

Os plantonistas relatam ainda a falta de médicos, além de fazerem queixas sobre a falta de apoio do setor de regulação para o envio de pacientes que precisam de maior atenção. Toda situação foi registrada no final de janeiro e relatada diretamente para a gestão da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), mas nada foi feito e, na segunda visita, realizada no dia 4, as irregularidades continuavam.

Para o presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Rodrigo Prado, a situação encontrada beira o desrespeito à vida das pessoas que procuram a unidade para cuidar da saúde, mas que acabam expostas a riscos ainda maiores.

“É inacreditável ver uma situação tão degradante. Os servidores merecem respeito, pois estão sofrendo com tamanho descaso”, protestou o representante sindical dos médicos.

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Polícia Civil do Acre e Polícia Boliviana alinham novas ações integradas na fronteira durante reunião em Cobija

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Autoridades da Polícia Civil do Acre e da Polícia do Departamento de Pando reforçam cooperação transfronteiriça. Foto: cedida.

Na última terça-feira, 8, autoridades da Polícia Civil do Acre e da Polícia do Departamento de Pando, na Bolívia, se reuniram na cidade de Cobija para reforçar a cooperação e alinhar novas operações conjuntas na região de fronteira. O encontro foi marcado pelo fortalecimento do compromisso entre os países no combate aos crimes transfronteiriços.

Participaram da reunião o Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil do Acre, Cleylton Videira, os diretores Nilton Boscaro e Roberth Alencar, e o delegado de Plácido de Castro, Leandro Lucas. Do lado boliviano, representantes da Polícia do Departamento de Pando destacaram a importância do trabalho conjunto no enfrentamento às práticas criminosas que afetam ambos os lados da fronteira.

Durante o encontro, foram discutidas estratégias de atuação integrada para o enfrentamento ao tráfico de drogas, armas, contrabando e outros crimes que desafiam a segurança na faixa de fronteira. As autoridades também definiram ações operacionais e fluxos de comunicação que visam dar maior agilidade à cooperação policial entre os dois países.

“A integração com a Polícia do Departamento de Pando é essencial para o enfrentamento eficaz aos crimes que atravessam nossas fronteiras. Esse alinhamento operacional é um passo importante para garantirmos mais segurança à população acreana e boliviana”, afirmou o Delegado-Geral Adjunto, Cleylton Videira.

A reunião reforça o compromisso da Polícia Civil do Acre com o fortalecimento das relações internacionais e o combate contínuo à criminalidade organizada que atua na região fronteiriça, especialmente em municípios como Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Plácido de Castro.

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Polícia Civil prende homem por violência doméstica em Tarauacá

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Polícia Civil, em Tarauacá, cumpre mandado de prisão contra suspeito de violência doméstica na manhã desta quarta-feira. Foto: cedida.

Em mais uma ação de combate à violência contra a mulher, a Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Tarauacá, prendeu na manhã desta quarta-feira, 9, um homem de 26 anos suspeito de agredir fisicamente sua companheira. O crime ocorreu em contexto de violência familiar e configura violação à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), que garante medidas protetivas e estabelece punições severas para casos de agressão doméstica.

O mandado de prisão foi cumprido por volta das 7h da manhã pelo setor de investigação da unidade policial. A ação demonstra o compromisso da Polícia Civil em responder com agilidade e rigor às denúncias de violência doméstica, protegendo as vítimas e responsabilizando os agressores.

De acordo com a autoridade policial, a vítima foi acolhida e orientada sobre seus direitos, incluindo o acesso a medidas protetivas previstas em lei. O suspeito permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil reforça a importância de denúncias por parte das vítimas ou de terceiros, que podem ser feitas de forma anônima e segura, contribuindo para a quebra do ciclo de violência e a promoção de uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.

Fonte: PCAC

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