Brasil
Ponte do Rio Madeira deve ser inaugurada até agosto, garante Gladson Cameli
Com quase 90% da obra concluída, ponte do Madeira deve ser inaugurada em agosto
O Governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, confirmou a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, em Rondônia, para o início do segundo semestre de 2019. A conclusão da obra liga o estado, de uma vez por todas, com as demais regiões do país.
“A ponte do Madeira será inaugurada até agosto, no máximo. Muitos acreditavam que essa ponte não sairia do papel, mas se enganaram. Essa obra é um sonho antigo dos acreanos e, hoje, já é uma realidade”, afirmou Cameli.
Gladson Cameli lembra do esforço pessoal, quando exercia o cargo de senador da República, para garantir os recursos necessários para a obra não parar. Atualmente, quase 90% da construção estão concluídas.
“Travamos uma guerra em Brasília. Eu ia de ministério em ministério garantir que a ponte não ficasse parada e mesmo diante da crise que o Brasil enfrenta, conseguimos os recursos e as obras continuaram”, comenta.
Desde a abertura da BR 364, entre Rio Branco e Porto Velho (RO), a travessia sobre o Rio Madeira, na região do distrito de Abunã (RO), é feita por balsas. O trajeto entre as margens do rio leva, em média, meia hora. Porém, em momentos mais críticos do ano, como nos períodos de cheia e seca, o tempo para fazer o mesmo percurso é superior à uma hora.
Com a conclusão da ponte, será possível romper o Madeira em poucos segundos. Além disso, não será mais necessário o pagamento de uma taxa para atravessar o rio. Atualmente, o valor cobrado para uma carreta bitrem carregada é de R$ 149. Economia de tempo e dinheiro.
O caminhoneiro Francisco Pereira faz o transporte de cargas para o Acre há 18 anos. Ele acompanha a evolução da obra a cada travessia. Francisco comemora, entusiasmado, a fase final da construção.
“Só Deus sabe as humilhações que já passamos aqui nessa balsa. Já fiquei mais de um dia esperando para atravessar. Com a ponte, será uma maravilha, eu estou contando os dias para a obra terminar e vou fazer de tudo para ser um dos primeiros a atravessar essa ponte”, afirma, empolgado, o caminhoneiro.
Com pouco mais de um quilômetro de extensão, a ponte sobre o Rio Madeira é uma das maiores e mais modernas obras de engenheira executadas na Amazônia. O investimento total é de R$ 148 milhões. A construção está sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit/RO).
Elevação da BR 364
Os trechos alagados da BR 364 durante a cheia histórica do Rio Madeira, em 2014, estão sendo elevados. Aproximadamente, 16 quilômetros já foram suspensos. Os serviços são executados por uma empresa contrata pela concessionária que administra a hidrelétrica de Jirau.
As obras se concentram na região da antiga vila Mutum-Paraná(RO). Durante a enchente, o nível da água ficou 1,5 metros acima da única rodovia que liga o Acre as demais regiões do país.
O governador Gladson Cameli acompanha de perto as obras de elevação do nível da BR 364. A previsão é que o serviço seja concluído até o próximo mês de abril.
“A elevação da pista é a garantia que o Acre não ficará mais isolado, por terra. A nossa parte fizemos, que foi cobrar o levantamento da pista. Como governador, determinei ao Corpo de Bombeiros fazer o monitoramento constante do nível do Rio Madeira para não sermos pegos de surpresa”, concluiu Cameli.
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Brasil
Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 38 milhões

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
As seis dezenas do concurso 2.860 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.
O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 38 milhões. Por se tratar de um concurso com final zero, ele recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
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Brasil
Dólar ultrapassa os R$ 5,70 à espera de juros nos EUA e no Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Na véspera das decisões sobre os juros básicos no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado financeiro teve um dia turbulento. O dólar ultrapassou os R$ 5,70, e a bolsa fechou estável após desacelerar ao longo do dia.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (6) vendido a R$ 5,71, com alta de R$ 0,021 (+0,37%). A cotação chegou a subir para R$ 5,73 pouco antes das 11h, mas reduziu a alta ao longo da tarde.
Após recuar por oito pregões seguidos no fim de abril, a moeda norte-americana acumula alta de 0,6% em maio. Em 2025, a divisa cai 7,6%.
O mercado de ações teve um dia volátil. Após alternar altas e baixas, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.516 pontos, com alta de apenas 0,02%.
A bolsa brasileira descolou-se das bolsas norte-americanas, que caíram nesta terça. Uma explicação está no fato de que a cotação do petróleo subiu 3,17% no mercado internacional, com a expectativa de maior demanda na Europa e na China. Isso fez as ações da Petrobras, com maior peso do Ibovespa, recuperarem-se da queda de ontem.
Um dia após atingirem o menor valor desde agosto de 2023, os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 1,57%, para R$ 32,27. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 1,65%, para R$ 30,15.
O mercado financeiro global está de olho nas reuniões desta quarta-feira (7) do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Movimentos de proteção cambial por parte de investidores globais fizeram o dólar subir perante o real e moedas da Colômbia e da Ásia.
A indefinição da guerra comercial entre Estados Unidos e China também provocou instabilidade no mercado financeiro. Nesta terça, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bassent, afirmou que os Estados Unidos negociam com 17 países, mas resultados concretos das conversas ainda não foram divulgados.
*Com informações da Reuters
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Brasil
Dino e Mendonça divergem no STF: “Não admito que me chamem de ladrão”

Foto: Reprodução STF
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino e André Mendonça, tiveram discussão durante sessão plenária nesta quarta-feira (07) a respeito de uma regra do Código Penal que estabelece o aumento de pena em crimes contra a honra de servidores públicos.
Ao proferir voto, Mendonça defendeu que em casos de difamação e injúria, não há motivos para diferenciar um cidadão comum de um servidor público: “Nos chamar e a qualquer servidor de louco, irresponsável, incompetente, na minha visão, não há algo específico para eu impor uma pena superior por eu ser servidor público”, afirmou.
O ministro Cristiano Zanin pediu a palavra e ponderou que a crítica é legítima, desde que não se torne uma ofensa criminal.
O presidente do STF e relator da ação, Luís Roberto Barroso, endossou Zanin com um exemplo prático: “Quando você diz que alguém é ladrão, está implícito crime”.
A partir desse momento, Mendonça e Dino iniciaram um debate.
Mendonça afirmou que chamar alguém de ladrão é opinião. A fala provocou reação imediata do ministro Flávio Dino: “Ministro André, ainda assim, para mim, é uma ofensa grave. Não admito que ninguém me chame de ladrão. Porque essa tese da moral flexível que inventaram é a tese que degrada o serviço público e desmoraliza o Estado”.
Mendonça ironizou: “Se o cidadão não puder chamar um político de ladrão…”.
Dino retrucou: “E ministro do Supremo, pode?”. Mendonça respondeu: “Eu não sou distinto dos demais…”
Ao final, Dino afirmou: “Se um advogado subisse nessa tribuna e dissesse que Vossa Excelência é ladrão, ficaria curioso sobre a reação de Vossa Excelência”.
Calúnia
Hoje, o Código Penal prevê três tipos de crime contra a honra: calúnia, difamação e injúria. Para Mendonça, o aumento de pena deve ser aplicado somente em caso de calúnia – que é imputar a alguém o cometimento de crime. Ele seguiu o entendimento do relator, ministro Barroso.
Em voto, Mendonça defendeu que, para os outros crimes, a pena deve ser a mesma que a de cidadãos fora do funcionalismo público, prezando pela igualdade de tratamento.
Já o ministro Flávio Dino argumentou que a favor do aumento da pena em todos os crimes contra honra de servidores públicos. Segundo ele, ataques a servidores afetam não só a pessoa atacada, mas também o cargo que ela ocupa.
Até o momento, quatro ministros entenderam que o aumento de pena é válido a todos crimes contra a honra: Flávio Dino, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Já dois ministros consideram que a regra deve valer apenas para o caso de calúnia: Luís Roberto Barroso e André Mendonça.
Ainda falta o voto de cinco ministros. A sessão será retomada na quinta-feira (8).
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