Acre
Poluição do ar em Rio Branco chegou a ficar 13 vezes mais que o recomendado pela OMS
Nesta quarta-feira (7), capital chegou a concentrar 347 microgramas por metro cúbico de material particulado, sendo que o recomendado é até 25 µg/m³.

Poluição do ar em Rio Branco chegou a 13 vezes mais que o recomendado pela OMS
A concentração de partículas poluentes no ar tem atingido números alarmantes nos últimos dias no Acre. Nesta quarta-feira (7), Rio Branco chegou a registrar um nível de poluição 13 vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como aceitável.
Dados dos sensores que monitoram a qualidade do ar, por meio do sistema Purple Air, mostram que a capital concentrou um pico de 347 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado. A média do dia foi de uma concentração 220 µg/m³.
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Poluição do ar em Rio Branco chegou a 13 vezes mais que o recomendado pela OMS — Foto: Marcos Vicentti/Arquivo pessoal
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico (µg/m³) aceitável é de 15 a 25 microgramas. Porém, a partir de 12 µg/m³ já oferece risco em uma exposição prolongada.
Com o índice registrado nesta quarta, segundo a plataforma de monitoramento, o risco de efeitos na saúde aumenta para todos com 24 horas de exposição.
Imagens mostram como estava o céu na capital acreana no dia 7 de setembro do ano passado e nesta quarta. Em 2021, apesar das altas temperaturas, o céu estava limpo. Já este ano, a fumaça encobre a paisagem.
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Imagens mostram céu em Rio Branco no dia 7 de setembro do ano passado e este ano — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica e Iryá Rodrigues/g1
Os prejuízos são maiores para quem tem problemas respiratórios. O agricultor Antônio José procurou uma das unidades de pronto atendimento da capital por causa da tosse e conta que está tendo dificuldade para dormir. “Está com duas noites que não consigo dormir direito, com chiado no peito, com tosse e, com certeza, é por causa da fumaça mesmo.”
O número de atendimentos na UPA do Segundo Distrito aumentou na primeira semana de setembro. Segundo o gerente-geral da unidade, Carlos Cardoso, durante todo o mês de agosto, foram 928 atendimentos e somente nos dois primeiros dias de setembro mais de 50 pessoas foram atendidas.
“Recentemente, tocaram fogo aqui na Via Verde e afetou até aqui na unidade e a gente tem se preparado para atender essa demanda de crianças e também de adultos que nos procuram sobre essa questão das síndromes respiratórias”, informou.

O estado acreano registrou um salto nos focos de queimadas neste mês de setembro. Em apenas cinco dias foram 1.760 focos. Em agosto, no mesmo período, foram apenas 33 focos. Os dados são captados diariamente através do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com ajuda do satélite de referência Aqua.
O estado é o quarto do país com maior número de focos, com 11,5% dos 15.345 registrados, ficando atrás apenas do Pará (4.889), Mato Grosso (2.583)e Amazonas (2.094), entre os dias 1º a 5 de setembro.
Entre as cidades acreana, o recorde segue com Feijó com 32% dos focos de todo estado, ao registrar 576 focos. Logo depois vem Tarauacá com 253 e a capital Rio Branco com 151.
Fumaça em Rio Branco nesta quarta-feira (7) — Foto: Marcos Vicentti/Arquivo pessoal
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Mesmo sem chuvas nas últimas 24 horas, nível do rio continua elevado e é monitorado pela Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale
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Acre recebe novo alerta de chuvas intensas com risco potencial

Em dias de chuva é preciso redobrar as medidas de segurança ao conduzir veículos. Foto: Eduardo Gomes/Detran
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas com grau de perigo potencial para o Acre. O alerta teve início às 9h23 desta segunda-feira (29) e segue válido até 23h59 de terça-feira (30).
De acordo com o Inmet, estão previstas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a até 50 milímetros por dia, acompanhadas de ventos intensos, com velocidade variando entre 40 e 60 km/h.
Apesar de classificado como de baixo risco, o aviso aponta possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos em áreas urbanas e descargas elétricas durante o período de instabilidade.



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