Acre
Polícia já ouviu cinco pessoas na investigação do acidente que matou cinco mulheres em estrada no Acre
Delegado de Polícia Civil diz que já ouviu cinco pessoas na investigação do acidente na BR-317, em Xapuri. Motorista da van deve ser interrogado ainda nesta quinta-feira (28).
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Acidente ocorreu na BR-317, em Xapuri, interior do Acre e deixou cinco vítimas fatais — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros do Acre
A Polícia Civil já ouviu cinco pessoas na investigação do acidente entre uma van e um caminhão ocorrido nessa quarta-feira (27) no Km 181 da BR-317, em Xapuri, no interior do Acre. Entre os interrogados estão vítimas e o motorista do caminhão.
Ao todo, 16 pessoas estavam na van. Os passageiros seguiam do interior para a capital acreana para fazer exames ou acompanhamento médico no Hospital de Amor. Cinco mulheres morreram devido ao acidente, quatro pessoas foram levados ao Pronto Socorro de Rio Branco e os demais também ficaram feridos e foram para o hospital de Xapuri.
O delegado responsável pelo caso, Gustavo Neves, disse que o motorista do caminhão relatou que seguia na via quando sentiu o impacto da batida. Ele afirmou que a van que invadiu a pista na contramão e bateu contra o caminhão.
Já o motorista da van deve ser interrogado ainda nesta quinta (28). Ao g1, a defesa dele confirmou que ele estava indo até Xapuri para depor e que alega a mesma coisa, que foi o outro veículo que invadiu a pista na contramão.
Conforme o delegado, a pista é uma reta e não há buraco próximo ao local do acidente. A perícia foi feita e o laudo, que deve sair em um prazo de 30 dias, é que vai confirmar qual veículo saiu da pista e causou a colisão.
“Já foi realizada a perícia pela Polícia Civil no local do crime, já ouvi alguns passageiros e o motorista do caminhão e outras pessoas vão ser ouvidas hoje. O que se tem até o momento é que ali é uma reta, não tinha buraco na via, não tem informação de nenhum animal ou pessoa tentando atravessar a pista que exigisse a necessidade de alteração da trajetória do veículo e um invadiu a pista do outro. Agora, falta a gente concluir e só quem vai dizer isso é a perícia. O motorista do caminhão falou que foi tudo muito rápido, que estava seguindo a direção dele e, do nada, teve a batida”, disse o delegado.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), o acidente foi do tipo colisão frontal entre os dois veículos. A violência da batida foi tão grande que a van perdeu toda a lateral e a porta do veículo ficou presa ao caminhão.
Parentes das vítimas estiveram no IML para fazer o reconhecimento dos corpos — Foto: Consuela Gonzalez/Rede Amazônica Acre
As vítimas identificadas são:
Joana Souza da Silva, 42 anos
Morava na zona rural de Xapuri e trabalhava como agricultora. Ela viajava com a irmã, Nayara Souza da Silva, que se recupera dos ferimentos no Hospital Epaminondas Jácome, no interior. Joana ia fazer exames na mama no Hospital de Amor.
Joana era casada e não tinha filhos. Ela vendia frutas e carnes da propriedade dela na zona urbana para tirar o sustento. Segundo a família, Joana era uma mulher calma, de pouca conversa e gostava mais de ficar reservada.
Maria Francinete Barbosa de Souza, 50 anos
Casada com o irmão de Joana e mãe de um casal, Maria Francinete Barbosa de Souza, mais conhecida como Nete, iria fazer exames de rotina na capital acreana. Ela era vizinha e muito próxima das cunhadas.
Nete era vizinha de Joana e também tirava o sustento da família da agricultura.
Leonor Leite de Souza, 42anos
Leonor era conhecida de Maria Francinete e Joana Souza. Elas também tinham amigos em comum. Leonor morava na zona urbana de Xapuri, onde tinha uma mercearia com o marido. Além de dona de casa, Leonor também ajudava o marido nas tarefas do comércio no dia a dia.
Valdeide Alves da Silva, 38 anos
A vítima também morava na zona rural da cidade, na mesma comunidade que Maria Francinete e Joana Souza. A família informou que era a primeira vez que ela viajava para a capital a tratamento de saúde.
Maria de Nazaré Cordeiro da Silva, de 68 anos
Assim com as outras três vítimas, Maria de Nazaré morava na mesma comunidade onde conviviam Maria Francinete, Joana Souza e Valdeide Alves. Abalados, os parentes não quiseram falar com a reportagem no IML.
Os familiares informaram que todas as vítimas serão levadas para Xapuri para o velório e enterro. Todos os corpos foram liberados do IML ainda nessa quarta (27).
Acidente grave deixa pelo menos cinco mortos e feridos após colisão entre van e caminhão
Conforme o comando dos bombeiros na cidade, a van seguia de Xapuri para Rio Branco e bateu em um caminhão que seguia na direção contrária. O motorista do caminhão sofreu apenas escoriações.
Equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF -AC) socorreram as vítimas no local do acidente.
A van tinha saído de Xapuri com destino à capital acreana. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), os ocupantes do veículo são pacientes que iam fazer consultas e acompanhamentos no Hospital de Amor.
Vítimas encaminhadas ao PS:
- Lenilda Silva, 20 anos – segue internada na enfermaria e está estável. Passou por cirurgia de laparotomia de abdômen e esplenectomia de emergência;
- Mayane do Nascimento Mendonça, 19 anos – segue internada na enfermaria está estável. Passou por cirurgia de laparotomia de abdômen e esplenectomia de emergência;
- Jean Lopes Oliveira Júnior, 31 anos (motorista da van) – recebeu alta na quarta (27);
- A quarta paciente não teve o nome divulgado. O PS confirmou apenas que a vítima também recebeu alta na quarta (27).
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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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