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Polícia investiga ex-namorado que é principal suspeito do assassinato de jovem de 19 anos em Mâncio Lima
De acordo com a Polícia Militar, quando a guarnição chegou ao local, encontrou o corpo da vitima no chão totalmente ensanguentado e abraçado pela irmã

Grasiely Lima de Oliveira, de 19 anos, foi encontrada pela irmã na frente da casa do ex-namorado com rosto machucado e vários outros ferimentos espalhados pelo corpo. Foto: cedida
Com Hellen Monteiro
Um mulher identificada como Grasiely Lima de Oliveira, de 19 anos, foi encontrada morta com golpes de faca e estaca por volta da 1h da madrugada desta sexta-feira (17), na Rua Alberto Gadelha, em Mâncio Lima. De acordo com a Polícia Militar do Acre (PM-AC), a irmã da vítima foi quem a encontrou e pediu socorro. A jovem pode ter sido estuprada antes de ser morta a facadas, pauladas e golpes de capacete.
Segundo o subcomandante da PM, capitão Robson Belo, ao chegarem ao local por volta de 1h30, a irmã de Grasiely estava abraçada com ela, que estava ensanguentada no chão. A polícia colheu informações e constatou que a jovem estava caída em frente a casa do ex. Ela estava com o rosto desfigurado, de pijama e sem calcinha quando o corpo foi encontrado pela própria irmã. O laudo da perícia vai confirmar, ou não, se houve crime sexual. Uma terceira pessoa pode ter estado na cena do crime, onde havia três pares de calçados.
“A vítima apresentava sinais de violência física, tendo o rosto desconfigurado; e conforme o perito, aparentemente teria sofrido abuso sexual”, citou a PM, que encontrou no local duas facas, sendo uma de mesa e outra tipo peixeira, uma estaca suja de sangue, 3 pares de sandálias em locais distintos, e um desses estava próximo ao corpo da vítima. Todos os objetos, segundo a perícia,interligavam a casa do possível suspeito ao corpo dela.

Segundo informações de um morador da região, Grasiely havia saído de moto com seu ex namorado antes do feminicídio. Foto: cedida
O subcomandante comentou ainda que foram identificadas duas facas no local, além de uma estaca [peça estrutural alongada, de madeira, que se crava no solo, para usos diversos] que devem ter sido utilizados no crime. Os objetos foram levados para a delegacia para que seja feita perícia.
“Os policiais fizeram buscas e diligências na casa do suspeito, contudo ele já havia se evadido lá. A casa estava com a porta ainda destrancada, com a chave no local. Existiam sandálias no local, que faziam o caminho da casa até a rua. Também tinha lá vestígio de sangue, que saia ali das proximidades da casa até o local do corpo”, explicou ele.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, porém a vítima já estava morta. A PM isolou o local para o trabalho da perícia. O Instituto Médico Legal (IML) então foi acionado para recolher o corpo.
O delegado Marcílio Laurentino, responsável pela delegacia de Mâncio Lima, disse que só será possível confirmar a quantidade de ferimentos da vítima quando a perícia for concluída. Porém, disse que, visualmente, haviam ferimentos na cabeça e golpes de facadas espalhadas pelo corpo.
“As diligências estão em andamento para localizar e prender o responsável por este ato cruel. Estamos mobilizando todos os esforços possíveis para dar uma resposta rápida à sociedade e à família da vítima”, declarou Marcílio.

A Policial civil de Mâncio Lima segue com as investigações, até o momento ninguém foi preso. Foto: internet
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
- (68) 99609-3901
- (68) 99611-3224
- (68) 99610-4372
- (68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
- Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
- Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
- Qualquer delegacia de polícia;
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
- Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos:(61) 99656- 5008;
- Ministério Público;
- Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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Polícia Civil prende mulher por tráfico de drogas em Cruzeiro do Sul
Condenada a 7 anos de prisão, Maria Ágila dos Santos Gomos, 42, foi detida em casa e enviada ao sistema penitenciário
A Polícia Civil efetuou a prisão de Maria Ágila dos Santos Gomos, de 42 anos, nesta segunda-feira (7), por tráfico de drogas. A detenção ocorreu em sua residência, no bairro Remanso, após a expedição de mandado de prisão. Condenada a sete anos de reclusão em regime fechado, a acusada havia recorrido em liberdade, mas agora será encaminhada à unidade penitenciária para cumprir a pena. A ação reforça o combate ao narcotráfico na região.
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SEE atua para que medidas sejam adotadas após morte de vigilante

Foto: Mardilson Gomes/SEE
A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) emitiu nota pública na manhã desta segunda-feira, 7, para lamentar o trágico episódio ocorrido na Escola Maria Raimunda Balbino, situada no bairro Palheiral, em Rio Branco. Durante uma tentativa de assalto à unidade de ensino, o vigilante Raimundo de Assis Souza Filho, de 52 anos, morreu.
De acordo com informações preliminares, dois indivíduos armados invadiram a escola com o objetivo de subtrair a arma do profissional.
“A SEE reafirma seu compromisso com a segurança da comunidade escolar e está atuando de forma integrada com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) e autoridades pertinentes para que todas as medidas cabíveis sejam adotadas com rigor, celeridade e transparência”, diz a nota assinada pelo gestor da SEE, Aberson Carvalho.
O órgão garante estar acompanhando os desdobramentos da ocorrência e contribuindo com as investigações. “Ao mesmo tempo, em que mantemos a prioridade no cuidado com os estudantes, professores e demais profissionais da Educação, reafirmando a escola como um espaço de aprendizado, proteção e cidadania. Neste momento de dor, nos unimos à família, aos amigos e colegas para expressar nossa solidariedade e profundo respeito”, conclui Carvalho.
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Adolescente indígena de 14 anos é torturado com palmatória por tribunal do crime no Acre
PM resgata vítima em Tarauacá após suspeitos aplicarem “justiçamento” por furto de shampoo; um criminoso foi preso e outro fugiu para o rio
Um adolescente indígena de 14 anos, da etnia Huni Kuí/Kaxinawá, foi torturado com 15 golpes de palmatória nas mãos por integrantes de uma facção criminosa em Tarauacá, interior do Acre. O caso ocorreu na última sexta-feira (4), no bairro Senador Pompeu, e só foi interrompido após uma ação da Polícia Militar, que resgatou o jovem em meio ao suposto “julgamento”.
A operação foi deflagrada após denúncia da inteligência policial, que alertou sobre o sequestro do menor para um suposto ritual de disciplina na casa de um homem conhecido como “Branco”. Ao chegarem ao local, os policiais surpreenderam os criminosos, que pularam no Rio Tarauacá para escapar.
Tortura por um shampoo e fuga com revólver
O adolescente, identificado como I.J.S.S.K., contou à PM que foi capturado por um homem chamado Arão e levado à residência de “Branco”, onde cerca de sete pessoas participaram da sessão de tortura. O motivo? Ele foi acusado de roubar um shampoo do banheiro de uma mulher do bairro.
Segundo o relato, os criminosos ligaram para um superior (chamado de “geral”), que ordenou a punição com palmatória — instrumento de madeira usado para castigos físicos. O jovem levou 15 golpes nas mãos antes da intervenção policial.
Na fuga, os suspeitos abandonaram um revólver, a palmatória e 5 gramas de maconha. Evanildo Aguiar Lisboa, o “Arão”, foi preso, enquanto Joel de Oliveira Davi, o “Branco”, escapou armado.
Histórico de violência do grupo
A PM informou que Arão já participou de outros “justiçamentos”, incluindo um caso em que arrancou o dedo de um homem identificado como Thiago, acusado de furtos e uso de drogas.
O caso expõe a atuação de tribunais do crime no interior do Acre, onde facções impõem punições brutais por supostas infrações. A polícia segue em busca de “Branco” e investiga a rede criminosa por sequestro, tortura e posse ilegal de arma.
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