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Cotidiano

Polícia do DF diz que mãe suspeita de esquartejar filho de 9 anos queria ‘reduzir gastos’

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Segundo investigação, crime foi antecipado após pensão alimentícia de filha da companheira ser suspensa. Parentes procuravam pelas crianças desde 2014.

Por Mara Puljiz, TV Globo

A Polícia Civil do Distrito Federal acredita que a mãe que matou e esquartejou o próprio filho com a ajuda da companheira, em Samambaia, cometeu o crime “para diminuir gastos”. Segundo investigadores ouvidos pela reportagem, a decisão teria sido tomada depois que a pensão da filha de uma das mulheres foi suspensa pela Justiça.

De acordo com o inquérito, a mãe do menino, Rosana Auri da Silva Cândido, já planejava o crime. Mas o casal teria antecipado a ação na noite da última sexta-feira (31).

Segundo os policiais, antes de assassinar Rhuan Maycon, de 9 anos, elas foram a um caixa eletrônico para sacar o dinheiro do pagamento da pensão da filha de Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa. Ao perceber que o recurso havia sido suspenso por determinação da Justiça, Rosana e Kacyla teriam “antecipado o plano para reduzir gastos”, afirma a polícia.

Além do menino assassinado a facadas, uma menina de 8 anos, filha de Kacyla morava com o casal. As duas mulheres deixaram o Acre em 2014, com os respectivos filhos.

Kacyla recebia pensão de cerca de R$ 1 mil do pai da criança, o servidor público Rodrigo Oliveira, que mora no Acre.

Nesta quarta (5), o delegado responsável pela investigação no DF, Guilherme Melo, viaja para Rio Branco (AC). Ele pretende conversar com parentes e pessoas que conheciam as duas mulheres.

A Polícia Civil acreana já ouviu o pai e o avô paterno de Rhuan (veja mais abaixo). Os parentes maternos também deverão prestar depoimento.

Rosana e Kacyla deixaram o Acre em 2014

Em 2016, Justiça havia expedido mandado de busca para que menino assassinado no DF fosse devolvido ao pai, que tinha a guarda provisória — Foto: Arquivo pessoal

O delegado Cleylton Videira, de Rio Branco, disse que vai apurar as circunstâncias em que as duas crianças foram retiradas do estado. Segundo Videira, antes de Rosana e Kacyla deixarem a cidade com os filhos, em 2014, elas registraram um boletim de ocorrência contra o pai do menino assassinado.

O delegado disse que, na época, a polícia iniciou uma investigação. “A partir daquele momento, o pai da criança passou a ser investigado pela polícia, como possível agressor da autora do homicídio. Nesse intervalo de tempo, elas conseguiram fugir do estado do Acre”, afirmou.

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“O objetivo é determinar o grau de participação de cada uma delas no cometimento do crime contra a criança.”

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Videira disse ainda que está repassando o que for apurado no Acre para a Polícia Civil do Distrito Federal.

O crime

Mulheres suspeitas de matar e esquartejar menino de 9 anos no DF — Foto: Divulgação PC/DF

Rhuan Maycon, filho de Rosana, foi morto a facadas. Depois, o corpo foi esquartejado e colocado em uma mala.

A mãe levou a mala até um bueiro, perto de uma quadra de futebol, em Samambaia, durante a madrugada de sábado (1º). Um grupo de jovens que jogava futebol no local viu e, por volta de 1h30, chamou a polícia.

As duas mulheres foram presas em flagrante, em casa, na manhã de sábado. A menina de 8 anos, filha de Kacyla, foi levada para um abrigo.

No domingo (2), a Justiça converteu em preventiva a prisão das duas mulheres. Rosana, que tem 27 anos, e Kacyla, de 28 anos, permanecerão detidas por tempo indeterminado. A reportagem não conseguiu localizar a defesa delas.

 

Bueiro na QR 425 de Samambaia, onde mala com partes do corpo da criança foi deixado — Foto: TV Globo/Reprodução

Cinco anos de buscas

O pai da menina de 8 anos, filha de Kacyla, veio para Brasília no domingo. Rodrigo Oliveira já viu a filha, mas ainda não recebeu autorização da Justiça para viajar com ela. A família mora em Rio Branco, no Acre.

Segundo o servidor público, a filha foi sequestrada pela mãe em dezembro de 2014. Kacyla e Rosana teriam viajado com as duas crianças sem a autorização dos pais. Rodrigo disse que tinha um acordo com Kacyla, uma “espécie de guarda compartilhada”. Mas a mulher, segundo ele, foi embora com Rosana e levaram os filhos.

O pai revelou que entrou com um processo na Vara da Infância para tentar localizar a menina. Mas não conseguiu porque Kacyla e Rosana “estavam sempre trocando de cidade e estado”.

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“Foram cinco anos angustiantes. Foram anos de uma caça pelo paradeiro dela, que só teve fim com essa tragédia, infelizmente.”

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Segundo Rodrigo, a última vez em que viu fotografias da filha foi em 2017, em uma rede social. Ele explicou que fazia buscas constantes na internet, com a ajuda do avô paterno do menino assassinado.

Menino assassinado no DF tinha 4 anos quando saiu do Acre com a mãe, segundo avô — Foto: Arquivo da família

Maycon Douglas de Castro, pai de Rhuan Maycon, disse a reportagem que tinha a guarda do filho, dada pela Justiça do Acre. Ele contou que se separou de Rosana pouco antes do bebê nascer, mas a mulher e a criança ficaram morando na casa do avô paterno, Francisco das Chagas.

A família informou que fez um boletim de ocorrência em Rio Branco, após o sumiço do garoto. O avô acrescentou que fez buscas em várias cidades para tentar encontrar o neto, sem sucesso. O corpo de Rhuan Maycon foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), do DF nesta terça-feira (4). A previsão que ele seja levado para Rio Branco, ainda nesta noite.

O coordenador do Núcleo da Cidadania da Defensoria Pública do Acre, defensor Celso Araújo Rodrigues, disse que o governo vai custear o traslado que foi orçado em pouco mais de R$ 4,4 mil. O sepultamento deve ocorrer na quarta (5).

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Governo do Acre firma termo para apoiar atletas de natação

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A Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer (SEEL) firmou o Termo de Fomento nº 58/2025 com a Federação Aquática do Estado do Acre, destinado a apoiar a participação de atletas acreanos em competições de natação. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial desta sexta-feira, 5.

Conforme o extrato publicado, o Governo do Estado, por meio da SEEL, repassará à entidade o valor de R$ 80.239,68 em parcela única, diretamente na conta da Federação Aquática. O recurso será aplicado de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela secretaria.

O termo está vinculado ao órgão 718 – Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer, Unidade Gestora 001, sob o Programa de Trabalho 2096.0000 e Elemento de Despesa 44 50 42 00 00, com fonte de recursos 1.500.0100.

Vigência e possibilidade de prorrogação
O convênio terá vigência de um ano a partir da assinatura, podendo ser prorrogado mediante solicitação formal da entidade beneficiada, desde que apresentada com pelo menos 30 dias de antecedência e aprovada pela SEEL. Caso haja atraso no repasse dos recursos por parte do Governo, a prorrogação poderá ocorrer de ofício, limitada ao período correspondente ao atraso, sempre por meio de termo aditivo.

O Termo de Fomento foi assinado em 13 de novembro de 2025 pelo secretário extraordinário de Esporte e Lazer, Joziney Alves Amorim, e pelo presidente da Federação Aquática do Acre, Ricardo Sampaio Santos.

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Joaquin Assaf bate recorde estadual absoluto nos 100 metros livres

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Foto arquivo pessoal: Joaquin ainda disputará três provas no Brasileiro

Joaquin Assaf(Miragina) bateu nesta quinta, 4, durante a disputa do Campeonato Brasileiro Júnior, no parque aquático do Flamengo, no Rio de Janeiro, o recorde estadual absoluto na prova dos 100 metros livres 54”18. A marca colocou o atleta acreano na 29ª colocação no torneio nacional.

“O Joaquin baixou 16 centésimos da sua marca e isso é um resultado expressivo. Poderia ter sido ainda melhor”, declarou o presidente da Federação Aquática do Estado do Acre (FAEA), professor Ricardo Sampaio.

50 borboleta

Joaquin Assaf disputa nesta sexta, 5, a prova dos 50 metros borboleta e a meta é novamente diminuir o tempo.

“A meta precisa ser baixar o tempo. É necessário realizar uma grande prova e esperar o resultado”, afirmou Ricardo Sampaio.

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Equipe da APA termina na última colocação na Copa de Acesso 2025

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Foto leofclemos.foto: Time acreano fechou a competição sem vitória

A equipe da Associação de Paratletas Acreanos(APA) terminou na última colocação na Copa de Acesso, competição promovida pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas(CBBC) em Niterói, no Rio de Janeiro.

O time acreano fez quatro jogos na primeira fase do torneio e foi derrotado pelas equipes do Coyotes, do Pará, Manaus, do Amazonas, Vida Ativa, de Rondônia, e Águia, do Amapá.

Atletas da Seleção

A APA fechou o evento nacional em 2024 na última posição e para 2025 contratou as atletas Gabriela Oliveira e Débora Costa, ambas da Seleção Brasileira, e mesmo com os reforços a equipe acreana não conseguiu vencer nenhuma partida.

ADESUL é campeã

A ADESUL, do Ceará, venceu o Coyotes, do Pará, por 58 a 49 e nesta quinta, 4, conquistou o título da Copa de Acesso.

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