Acre
Polícia Boliviana prende Venezuelano após agredir brasileiro na ponte da amizade que interliga Brasiléia a Cobija – Bolívia
Indivíduo de nacionalidade venezuelana é detido após agredir cidadão brasileiro nas proximidades da Ponte da Amizade, que interliga Brasiléia a Cobija.

Fotos de Kike Navala Periodista
A polícia boliviana local efetuou a prisão de um homem de nacionalidade venezuelana identificado como Luis S. V., após ele ser flagrado em vídeo agredindo um cidadão brasileiro que estava na companhia de uma menor, nas proximidades da Ponte da Amizade. A ponte, conhecida como Ponte Wilson Pinheiro, interliga o município de Brasiléia, no estado do Acre, à cidade de Cobija, no departamento de Pando, na Bolívia.
De acordo com relatos de mototaxistas que atuam na região, eles foram assediados por esse grupo de pessoas, resultando na prisão de um deles, que agora se encontra detido nas celas da Força Especial de Combate ao Crime.
A Ponte Wilson Pinheiro é uma estrutura vital na fronteira entre Brasil e Bolívia, sendo um ponto de ligação importante entre os dois países. Localizada em uma região estratégica, a ponte facilita a integração entre os municípios de Brasiléia e Cobija, promovendo o intercâmbio comercial e cultural.
As investigações continuam para esclarecer os detalhes do ocorrido, e as autoridades reforçam o compromisso em garantir a segurança na região fronteiriça, promovendo a colaboração entre Brasil e Bolívia.
Informações obtidas de KikeNavalaPeriodista
Comentários
Acre
Carreta que saiu do Acre interdita Rodoanel em SP por suspeita de bomba
Carreta ficou atravessada na pista, na altura do km 44, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, bloqueando o trânsito por cerca de cinco horas

Motoristas encontraram caminhoneiro amarrado dentro de carreta atravessada no Rodoanel Mário Covas nesta quarta-feira (12). Foto: Montagem
O motorista da carreta que saiu do estado do acre, interditou por quase 5 horas na manhã desta quarta-feira (12) um trecho do Rodoanel na altura de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, foi descoberto primeiro por outras pessoas que passavam pelo local e foram entender o que acontecia com a carreta que bloqueava a pista.
O condutor da carreta aparentava estar em estado de choque e contou ao grupo o que havia ocorrido. Foram essas mesmas pessoas que acionaram a concessionária SPMAR – que administra esse trecho do Rodoanel – e a polícia.
Havia uma suspeita de bomba na cabine, mas o artefato não tinha material explosivo. No entanto, antes mesmo da chegada do esquadrão antibomba, o grupo desamarrou o motorista e viu que havia um fio preso a ele que o ligava aos artefatos, que estavam embrulhados em papel alumínio. Eles não mexeram no material e acionaram imediatamente as autoridades.
O Centro de Controle Operacional da concessionária SPMAR, que administra esse trecho do Rodoanel, informou que recebeu às 5h25 o chamado de um usuário, que tinha saído do Acre em direção a São Bernardo do Campo, contando que tinha sido vítima de roubo e sequestro.
O motorista ficou, então, imóvel, de braços cruzados, dentro da cabine da carreta, por mais de quatro horas, até a chegada do Gate. Por volta das 8h, um helicóptero Águia, da Polícia Militar, chegou ao local levando integrantes do esquadrão antibomba.

Motorista de carreta deixa veículo atravessado no Rodoanel em Itapecerica, na Grande SP. Foto: Reprodução
Por volta das 9h, o motorista foi retirado do veículo e levado muito abalado ao hospital, mas sem lesões. Como a presença de explosivos foi descartada, o caminhão foi removido para uma pista lateral, e o tráfego de carros acabou sendo liberado em seguida.
A carreta estava parada no trecho entre as rodovias Régis Bittencourt e Imigrantes no sentido Rodovia Presidente Dutra. O Rodoanel chegou a ser completamente interditado neste ponto, mas foi liberado pouco depois das 10h. O trânsito no outro sentido chegou a se bloqueado, mas já foi liberado também. Por volta das 10h30, a carreta foi removida.
No entanto, ainda há reflexos no trânsito: são ao menos 40 km de congestionamento no local.
O Rodoanel é um importante anel viário que contorna o entorno da capital paulista e passa por cidades da Grande SP conectando algumas das principais rodovias de São Paulo, como Imigrantes e Anchieta (que levam ao litoral do estado e ao porto de Santos), Régis Bittencourt (que vai no sentido Curitiba), Dutra (que leva ao Rio de Janeiro), Bandeirantes, Anhanguera e Castelo Branco (em direção ao interior paulista), e Fernão Dias (que segue no sentido Minas e está parcialmente conectada ao anel viário).

Esquadrão antibomba
O Centro de Controle Operacional da concessionária SPMAR, que administra esse trecho do Rodoanel, informou que recebeu às 5h25 o chamado de um usuário, que tinha saído do Acre em direção a São Bernardo do Campo, contando que tinha sido vítima de roubo e sequestro.
Segundo a Artesp, o motorista teria relatado que os criminosos teriam colocado explosivos no veículo e o instruído a não sair do veículo e a deixá-lo atravessado no meio da pista. Não se sabe se o caminhão transportava alguma carga.
O vidro do para-brisa do veículo está quebrado e teria sido atingido por uma pedra jogada por criminosos.
O motorista ficou, então, imóvel, de braços cruzados, dentro da cabine da carreta, por mais de quatro horas, até a chegada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que é o esquadrão antibomba da Polícia Militar.
Por volta das 9h15, um policial do Gate, vestindo uma roupa especial antibomba, se aproximou do motorista, que aparentava estar muito abalado e tinha um fio vermelho amarrado ao corpo que estaria conectado aos artefatos.
Após conversar com o policial, o motorista desceu da cabine do caminhão e caiu no asfalto desmaiado. Ele foi, então, carregado desacordado por policiais e levado em uma maca da concessionária. Um cão da polícia foi usado para farejar os artefatos.

Imagens da PM mostram artefatos dentro da carreta que está atravessada no Rodoanel. Foto: Reprodução
A Polícia Militar chegou a suspeita de outra possibilidade: a de o motorista ter tido um surto psicótico.
Dois helicópteros Águia também prestaram apoio à operação, além de bombeiros e policiais rodoviários.
O caminhão é da transportadora Sitrex, que já foi procurada pela TV Globo, mas ainda não havia dado retorno até a última atualização desta reportagem.

Motorista com suposto artefato explosivo colocado dentro do caminhão que fecha o Rodoanel Mario Covas nessa quarta (12), na altura de Itapecerica da Serra, na Grande SP. Foto: Reprodução
Comentários
Acre
Relatório na COP30 denuncia: Comando Vermelho usa fazendas do Acre como base para tráfico internacional
Documento revela que áreas rurais do estado viraram centros de grilagem, depósito de drogas e lavagem de dinheiro do garimpo; rotas ilegais seguem por rios até Peru e Bolívia

O relatório alerta para a consolidação dessas rotas ilegais que fortalecem a atuação do crime organizado na região. Foto: internet
Um relatório internacional divulgado durante a COP30 em Belém expôs a transformação de áreas rurais do Acre em bases estratégicas do Comando Vermelho para atividades ilegais. O documento “Avaliação da Amazônia 2025: Conectividade da Amazônia para um Planeta Vivo” revela que fazendas e regiões isoladas no estado são utilizadas como depósitos de entorpecentes e pontos de apoio logístico para o transporte de cargas ilícitas rumo às fronteiras com Peru e Bolívia.
A análise detalha como a facção criminosa estabeleceu uma rede que aproveita rotas fluviais e terrestres na tríplice fronteira amazônica para expandir suas operações de grilagem de terras, tráfico de drogas e lavagem de recursos obtidos com garimpo clandestino.
De acordo com o estudo, facções como o Comando Vermelho (CV) utilizam fazendas e áreas de difícil acesso no Acre e em Rondônia para estocar drogas e lavar dinheiro por meio da grilagem de terras. A partir desses pontos, a organização movimenta cargas ilícitas que seguem pelas rotas fluviais e terrestres rumo ao interior do país e às fronteiras com Peru e Bolívia, ampliando o poder das facções na região de tríplice fronteira.
O relatório também alerta que as atividades criminosas no Acre e em outros estados amazônicos agravam a crise climática, uma vez que o desmatamento, as queimadas e a contaminação de rios por mercúrio se tornaram parte da estrutura econômica dessas organizações.

O relatório destaca que as rotas ilegais usam rios e estradas que ligam o interior do Brasil às fronteiras com Peru e Bolívia. Foto: ilustrativa
Rotas e atividades ilegais
- Eixo: Rio Branco → fronteiras com Peru e Bolívia
- Transporte: Rios e estradas da tríplice fronteira amazônica
- Lavagem: Recursos do garimpo clandestino
- Impacto: Desmatamento e poluição de rios
Contexto internacional
- COP30: Primeira vez que crime organizado entra na Agenda de Ação do Clima
- Apelo: Maior cooperação internacional e transparência
- Conexão: Reconhecimento do vínculo entre narcotráfico e destruição ambiental
Pela primeira vez na história das conferências do clima, o crime organizado foi incluído oficialmente na Agenda de Ação da Convenção do Clima durante a COP30 em Belém. Um relatório internacional reconhece que o narcotráfico e o crime ambiental são fatores determinantes na destruição da Floresta Amazônica, agravando a crise climática global e afetando comunidades locais.
O documento destaca que as atividades ilegais do Comando Vermelho no Acre e em Rondônia – incluindo grilagem, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro do garimpo – contribuem diretamente para o avanço do desmatamento e a poluição dos rios amazônicos. O relatório pede maior cooperação internacional e transparência nas medidas de enfrentamento às redes criminosas que lucram com a devastação da Amazônia, alertando para a necessidade de políticas integradas que combatam simultaneamente o crime organizado e a crise climática.

Relatório oficial reconhece pela primeira vez que narcotráfico e grilagem agravam crise climática; documento pede cooperação internacional contra redes criminosas. Foto: captada





Você precisa fazer login para comentar.