Acre
Personagens da disputa eleitoral no Acre – Delegado e professor quer mandato para ajudar viciados
As eleições acabam revelando personagens que passam desapercebidos pelo nosso cotidiano, mas que têm muito a contribuir para a sociedade. Esse é o caso de José Alves (PRB), pré-candidato a deputado estadual. Filho de migrante nordestino de família humilde, nascido no Seringal Andirá, José Alves provou que quando alguém tem força de vontade pode superar todos os obstáculos sociais para realizar-se como cidadão. Ao longo dos seus quase 60 anos de idade conseguiu fazer cinco faculdades, formou-se em três e, por conta dos afazeres, abandonou duas. Mas ainda sonha em fazer um sexto curso superior de teologia.
Zé Alves, formado em letras, direito e filosofia teve ainda passagens pelos cursos de historia e ciências sociais. Foi professor da UFAC e de vários colégios na Capital. Tornou-se advogado popular e representou alguns sindicatos de trabalhadores. Passou num concurso público e tornou-se delegado em 1994 e, agora, se aposenta no próximo mês de novembro. Já avisou que eleito ou não, vai voltar a advogar para os mais necessitados.
Ocupação esportiva e cultural para os jovens
Atualmente delegado em Assis Brasil, com passagem também pela delegacia de Brasiléia, Zé Alves se orgulha de ter convivido com autoridades policiais e da Justiça da Bolívia e do Peru. Considera-se um delegado de fronteira e, com esse conhecimento pretende fazer indicações para ajudar na segurança pública do Estado, sobretudo, no que se refere ao combate e a prevenção às drogas.
“Quero dar continuidade ao trabalho social que faço há 45 anos e ajudar de maneira especial a resolver o problema da droga e da segurança pública. A minha ideia é trabalhar a prevenção para evitar que os jovens não entrem nesse mundo do vício e da violência porque depois é mais difícil de tirar. Quero fazer indicações que possam gerar emprego e renda para a juventude. Como fiz parte do movimento de teatro amador de Rio Branco e fui jogador de futebol do Vasco da Gama acreano acredito que a cultura e o esportes são dois caminhos para desviar a trajetória dos jovens em direção a droga,” diz ele.
Problemas atuais da segurança
Indagado sobre as atuais condições da segurança pública no Acre, Zé Alves, avalia a situação. “Quando iniciei a careira de delegado, em 94, encontrei as delegacias sucateadas sem a menor condição de trabalho. Hoje, acho que a segurança do Estado merece uma nota 7. Mas ainda existe o problema de falta de pessoal. Precisa de mais gente para trabalhar. Temos carros, munição, armas e instalações bem melhores que antigamente. O treinamento permanente também é necessário,” afirmou.
A participação dos municípios na segurança
Outra ideia de Zé Alves é incluir as gestões municipais no combate à criminalidade. “Precisamos uma emenda na Constituição para que os municípios participem da segurança. E também um percentual para investimentos em segurança como existe atualmente para educação e saúde. Afinal a violência ocorre nos municípios que podem ajudar trabalhando junto com o Furepol fiscalizando os bares. Criando as guardas municipais, principalmente, nas fronteiras e os conselhos municipais antidroga que atualmente só existem dois instalados em todo o Acre. Esses Conselhos podem fazer projetos para a SENAD (Secretaria Nacional de Segurança Pública) para trabalhar na prevenção e encaminhar pessoas que precisem de tratamento.
O pitbull da violência
O pré-candidato à Aleac faz uma interessante comparação. “A violência é como um cachorro pitbull. Se manter a coleira apertada, só vai morder quem passar próximo. Temos que controlar o pittbull que é a violência. Se não mudar a atual Lei de Execução Penal também fica difícil controlar a violência. Um preso vai para o regime semiaberto e no outro dia comete alguma infração. Existem muitos direitos, mas sem o devido acompanhamento. Isso gera a reincidência. O Estado não tem o investimento necessário para a prevenção e o tratamento de dependentes químicos. Esse modelo de polícia já está ultrapassado. Temos que unir a polícia civil e a militar numa só para tornarmos o trabalho de prevenção e combate a criminalidade mais eficiente,” finaliza Zé Alves.
Comentários
Acre
Câmara aprova desconto no salário dos vereadores que faltarem às sessões sem justificativa
Os vereadores que não apresentarem justificativas adequadas terão parte de seus subsídios descontados, uma medida que, segundo os parlamentares, visa fortalecer a participação nas atividades legislativas e evitar que a falta de quórum comprometa o trabalho da Casa.
Com assessoria
Nesta terça-feira, 10, a Câmara Municipal de Rio Branco aprovou, por unanimidade, o requerimento do vereador João Marcos Luz (PL) que estabelece o desconto no subsídio dos parlamentares que faltarem às sessões sem justificativa. A proposta foi amplamente debatida entre os vereadores e tem como objetivo garantir a presença dos parlamentares nas sessões, visando o bom andamento dos trabalhos legislativos.
O vereador João Marcos Luz explicou que, para que uma falta seja considerada justificada, é necessário apresentar um documento oficial. “Queremos que o trabalho permaneça nesta casa. É um requerimento para que os trabalhos não sejam prejudicados. Agradeço o voto da vereadora Elzinha Mendonça”, declarou.
O vereador Fábio Araújo (MDB) destacou que o requerimento prevê um desconto significativo: “quase R$ 500,00 por falta não justificada dos parlamentares.”
O vereador Samir Bestene (PP) também elogiou a iniciativa e fez um comentário irônico sobre a situação: “Chegamos na Câmara e vimos 12 vereadores presentes. A gente fica triste quando vê o que ocorreu na última quarta, que acabou sem quórum. É triste.”
Com a aprovação, os vereadores que não apresentarem justificativas adequadas terão parte de seus subsídios descontados, uma medida que, segundo os parlamentares, visa fortalecer a participação nas atividades legislativas e evitar que a falta de quórum comprometa o trabalho da Casa.
Comentários
Acre
MPAC instaura investigação para apurar suposta compra de votos na tríplice fronteira do acre, cidade de Assis Brasil
A investigação teve início após o recebimento de uma Notícia de Fato Eleitoral, na qual foram relatadas irregularidades que indicam possível compra de votos
O Ministério Público do Estado do Acre, por meio do Promotor de Justiça Luã Brito Barbosa, instaurou o Procedimento Preparatório 06.2024.00000457-5 para investigar um suposto crime eleitoral descrito no artigo 299 do Código Eleitoral. A portaria nº 0006/2024 foi publicada nesta terça-feira (27) e envolve apurações na 6ª Zona Eleitoral, localizada em Assis Brasil.
A investigação teve início após o recebimento de uma Notícia de Fato Eleitoral, na qual foram relatadas irregularidades que indicam possível compra de votos, um crime previsto no Código Eleitoral. O procedimento tem como objetivo reunir os elementos necessários para delimitar os fatos e esclarecer as eventuais responsabilidades civis e criminais.
Segundo a portaria, além da abertura formal do procedimento preparatório, foram nomeados servidores da Promotoria da 6ª Zona Eleitoral para atuar no caso. Cópias do documento também foram enviadas à Procuradoria Regional Eleitoral e ao Centro de Apoio Operacional Eleitoral (CAOP Eleitoral) para conhecimento.
O promotor Luã Brito Barbosa destacou que o Ministério Público Eleitoral tem como missão defender a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis. O procedimento agora seguirá com a coleta de provas e deliberações futuras.
Comentários
Acre
MPAC discute criação de força-tarefa para intensificar fiscalização na fronteira com a Bolívia
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria Cível de Brasileia em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, realizou nesta segunda-feira, 9, uma reunião com diversas instituições para definir estratégias de atuação com o objetivo de reforçar a fiscalização nas fronteiras dos municípios acreanos que fazem limite com a Bolívia.
Na ocasião, foi debatido o problema do intenso fluxo de produtos que cruzam a fronteira para serem comercializados no estado sem a fiscalização adequada. Esses produtos abrangem desde eletrônicos e alimentos até materiais de construção e outros itens diversos.
Participaram da reunião, o procurador de Justiça Carlos Maia, o promotor de Justiça Juleandro Martins, além de representantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polícia Federal e Receita Federal.
Além dessas instituições, também fariam parte da força-tarefa o Exército e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron).
“Ficou decidido que será elaborado um plano de ação conjunto. O objetivo é unir esforços para aprimorar a fiscalização na região fronteiriça”, explicou o promotor Juleandro Martins.
Gabriel Vitorino – Estagiário
Agência de Notícias MPAC
Fonte: Ministério Publico – AC
Você precisa fazer login para comentar.