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Pedro Longo propõe audiência pública para debater gestão de águas e eventos climáticos no Acre

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Durante a sessão ordinária desta terça-feira (28) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) destacou a necessidade urgente de debater a gestão de águas e a resposta a eventos climáticos cada vez mais intensos no Estado.

“Foi lido na data de hoje um requerimento de minha autoria propondo uma audiência pública conjunta no âmbito das comissões de Serviço Público, Trabalho e Municipalismo, Transporte, Comunicação e Legislação Agrária e também Indústria, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente”, iniciou.

Pedro Longo apontou que o Acre, assim como outros estados brasileiros, está enfrentando eventos climáticos severos com maior frequência. “Nós estamos vivendo esses eventos cada vez mais intensos. Não é segredo para ninguém o que está acontecendo no Rio Grande do Sul e o que tem acontecido no Acre também nos últimos anos. Este ano mesmo, 80% dos nossos municípios foram atingidos por eventos alusivos à alagação. E nós nos aproximamos agora de problemas como a seca,” destacou.

O deputado propôs a necessidade de ações preventivas e estruturantes para evitar os prejuízos causados por essas catástrofes. “Nós estamos propondo que não fiquemos a cada ano fazendo vaquinha para coletar mantimentos, para ajudar a retirar alguém de um local alagado, sem que as providências efetivas sejam tomadas. Há soluções fáceis? Nós sabemos que não. As soluções são complexas. Não há soluções fáceis para problemas complexos, mas elas têm que ser iniciadas para que a gente saia desse ciclo.”

Pedro Longo relembrou um projeto anterior do ex-deputado Eduardo Farias, que sugere a construção de barragens e eclusas para a gestão das águas do Rio Acre. “É possível, por exemplo, com a construção de barragens e eclusas, haver uma gestão das águas do Rio Acre, para que se evitem ou pelo menos se minorem os efeitos da alagação,” afirmou. “E que também possa haver uma gestão das águas no período da seca, para permitir o abastecimento de Rio Branco e outras cidades que são atingidas.”

O deputado apresentou números significativos que ilustram o impacto financeiro das enchentes. “No período de 2006 a 2013, o relatório de danos, de impactos causados pelas enchentes chega a 580 milhões de reais. O que são esses gastos? Deslocamento da população, construção de habitações, limpeza das áreas, reparação dos prejuízos causados às estruturas públicas,” detalhou. “Mesmo que os valores necessários para que se encontrem soluções mais definitivas sejam expressivos, eles se pagam ao longo do tempo.”

Convidando seus colegas para participar da audiência pública, o parlamentar afirmou que pretende trazer diversos órgãos e autoridades para contribuir com a discussão. “Nós queremos trazer aqui o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, os órgãos ambientais federais e estaduais, a Agência Nacional de Águas, todos aqueles que de alguma maneira podem dar a sua contribuição.”

O deputado também destacou a necessidade de pensar em soluções habitacionais adequadas. “Uma das soluções evidentemente em estudo, quando se analisa obras estruturantes, é a retirada da população daqueles locais que são mais suscetíveis às alagações e, em alguns casos, inclusive ao deslocamento de partes inteiras de municípios para áreas que fiquem mais protegidas,” explicou. “Mas sabemos que também não basta retirar as pessoas do seu local e deixar aquelas áreas desocupadas. É necessário que as áreas retiradas sejam transformadas em parques, quadras esportivas, outros equipamentos públicos e haja reflorestamento.”

Pedro Longo concluiu seu discurso pedindo ações de longo prazo para proteger a população. “Vamos começar a oferecer à população medidas impactantes, medidas de longo prazo, para que possamos dizer que daqui a 10 anos, esta Casa deu pontapé inicial em medidas que vão efetivamente trazer proteção, trazer mais conforto à nossa população.”

Texto: Andressa Oliveira

Foto: Sérgio Vale

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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Acre registra mais de 4,5 mil casos de sífilis entre 2023 e 2025, diz Sesacre

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Dados oficiais revelam que Rio Branco responde por metade dos casos; especialistas alertam para subnotificação e riscos da sífilis congênita, enquanto diagnóstico e tratamento gratuitos são subutilizados

A tabela divulgada pela Sesacre também mostra que, entre os infectados, os homens aparecem em maior quantidade. A população mais atingida é formada por jovens com idade entre 15 e 25 anos. Foto: captada 

O Acre registrou 4.546 casos de sífilis entre 2023 e 2025, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Deste total, mais de dois mil foram contabilizados apenas na capital Rio Branco. A doença atinge principalmente homens jovens, com idade entre 15 e 25 anos — público considerado prioritário para ações de prevenção.

Os números acompanham uma tendência mundial de crescimento da infecção, acendendo alerta para os serviços de saúde pública. Apesar de ser uma IST de diagnóstico simples e com tratamento eficaz, os registros permanecem elevados. Em 2024, o Brasil somou 35,4 mil diagnósticos da doença.

No estado, a preocupação maior é com a sífilis congênita, transmitida da gestante para o bebê. Josadaque Bezerra, coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre, reconhece uma leve melhora no cenário local, mas ressalta que o problema ainda demanda atenção.

“Precisamos melhorar bastante em relação ao nível nacional”, afirmou a coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre.

A Sesacre reforça a importância da população buscar atendimento médico aos primeiros sinais. Testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde, e o tratamento é gratuito. “A população é o principal ator desse processo”, destacou Bezerra.

Dados alarmantes:
  • Total de casos (2023–2025): 4.546
  • Rio Branco: mais de 2 mil notificações
  • Faixa etária mais vulnerável: 15 a 25 anos
  • Gênero mais afetado: Homens
  • Casos de sífilis congênita (2024): 65 no estado
Tendência nacional e local:

O crescimento acompanha uma tendência mundial de aumento da sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST) com diagnóstico simples e tratamento gratuito no SUS. Em 2024, o Brasil registrou 35,4 mil casos.

Fala da autoridade:

“O Acre teve uma leve melhora em relação a outros anos, mas, comparado ao nível nacional, precisamos avançar”, afirmou Josadaque Bezerra, coordenador do Núcleo de ISTs da Sesacre.

Orientação à população:
  • Procure uma UBS ao notar sintomas
  • Testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades
  • Tratamento é gratuito e deve ser feito até o fim
  • Uso de preservativos é a principal forma de prevenção

A Sesacre planeja intensificar campanhas educativas nas escolas e unidades de saúde, com foco nos jovens e gestantes – grupo crítico para prevenir a sífilis congênita.

Dado importante: A sífilis não tratada pode causar complicações graves, como cegueira, paralisia e danos neurológicos. A transmissão vertical (mãe-bebê) é a mais preocupante.

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Headscon Acre projeta games da Amazônia Legal para a Gamescom Alemanha e a Gamescom LATAM

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Realizada no Acre desde 2023, a Headscon Acre se consolida como uma das principais plataformas de visibilidade e acesso ao mercado para criadores de games da Amazônia Legal. Em sua edição de 2025, o evento sediou a segunda edição da Mostra Competitiva de Games da Amazônia Legal com premiação de aproximadamente R$ 60 mil. Essa é uma iniciativa do Instituto Gamecon que conecta estúdios da região a grandes vitrines internacionais, como a Gamescom Alemanha e a Gamescom LATAM.

A Mostra teve sua primeira edição em 2024 e, em 2025, ampliou o alcance da proposta ao reunir 10 jogos finalistas da região Norte, com produções do Acre, Amazonas, Pará e Amapá. Os vencedores garantiram vagas em delegações oficiais para a Gamescom Alemanha e para a Gamescom LATAM, com apoio para participação nos eventos e acesso direto a publishers e agentes do mercado global.

Na edição de 2025, o prêmio de Melhor Jogo (Júri Técnico) ficou com Catventure: The Curse of the Dark Tower, do Retrocat Studios (PA). Já o Melhor Jogo pelo voto do Júri Popular foi conquistado por Carbon-0, desenvolvido pelo estúdio Moonlight Games, do Acre.

O projeto acreano também recebeu reconhecimento pela força narrativa e pelo diálogo com temas ambientais e sociais. Para o desenvolvedor André Lucas Lima Siqueira, o jogo é uma forma de dar visibilidade à região por meio da linguagem dos games.

“Temos algumas empresas que estão causando mal ao mundo, com poluição, desperdício de recursos. Nosso jogo acompanha Ícaro e sua irmã Maria na busca pelo pai desaparecido, enquanto descobrem o que estava acontecendo. O objetivo é mostrar um pouco da nossa região na gameplay e evoluir o jogo até termos locais daqui jogáveis. A gente quer mostrar o nosso estado e a nossa região nesse jogo”, afirma André Siqueira.

Porta de entrada para o mercado internacional

Além dos vencedores, todos os finalistas da Mostra recebem material oficial de apresentação e participam de ações voltadas ao networking e à circulação profissional. A participação na Gamescom Alemanha e na Gamescom LATAM representa, para muitos estúdios amazônicos, o primeiro contato direto com o mercado internacional.

Ao longo de três edições realizadas no Acre, em 2023, 2024 e 2025, a Headscon tem fortalecido o ecossistema de games da Amazônia Legal. Após a primeira edição da Mostra Competitiva, Ciro Facundo, representante do estúdio acreano K Games, foi um dos selecionados para apresentar seu trabalho na Gamescom, na Alemanha, destacando que a região produz jogos com qualidade técnica, identidade cultural e potencial competitivo no cenário global.

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Rio Acre registra 8,70 metros e situação é de “tranquilidade” na fronteira, cidades de Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija

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Coordenador da Defesa Civil de Brasiléia afirma que vazante nas cabeceiras é significativa e equipe monitora nível diariamente

De acordo com o major, as águas que elevaram o nível na região de fronteira com Cobija (Bolívia)já eram esperadas, e a situação está dentro da normalidade para o período. Foto: captada 

O Rio Acre registrou 8,70 metros na manhã desta sexta-feira (19) na ponte metálica que liga Brasiléia a Epitaciolândia, na régua linimetrica, segundo medição realizada pelo coordenador da Defesa Civil de Brasiléia, major Sandro. Ele classificou o momento como de “tranquilidade”, devido à significativa vazante nas cabeceiras do rio.

De acordo com o major, as águas que elevaram o nível na região de fronteira com Cobija (Bolívia)já eram esperadas, e a situação está dentro da normalidade para o período. Ele destacou que a equipe da Defesa Civil acompanha diariamente as medições e que a tendência é de estabilidadenas próximas horas.

— O nível do rio nas cabeceiras, como acima, nas aldeias do Patos e também em Assis Brasil, está com uma vazante bastante significativa — informou o coordenador.

O monitoramento contínuo busca antecipar possíveis elevações que possam afetar áreas ribeirinhas, especialmente com a previsão de chuvas para os próximos dias na região. A Defesa Civil mantém alerta, mas sem indicação de risco iminente para as comunidades urbanas na fronteira.

Vídeo assessoria:

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