Cotidiano
Pastor perde controle de veículo e bate em outro carro estacionado
O pastor Aroldo Nazaré Gonçalves Neto, 45 anos, ficou ferido e preso às ferragens do próprio carro após uma colisão entre veículos, no início da tarde desta terça-feira (27), na Estrada do Calafate, no bairro Novo Calafate, em Rio Branco.
Segundo informações de testemunhas, o pastor Aroldo havia ido comprar frutas em um mercado e retornava para sua residência em um carro modelo Gol de cor branco e placa MZV-1670, mas quando trafegava no sentido centro-bairro, acabou batendo em outro carro que estava estacionado e acoplado a uma carretinha.
No impacto, o veículo do pastor acabou capotando e ficando com as rodas para cima no meio da pista. Populares correram para tentar ajudar o pastor, que ficou preso às ferragens e foi necessário acionar o Corpo de Bombeiros Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que rapidamente chegaram ao local do acidente.
Os militares do Bombeiros conseguiram, com ajuda de serra e uma tesoura hidráulica, cortar uma parte do veículo e tirar o homem. Rapidamente os socorristas do Samu atenderam Aroldo e, depois de estabilizar o quadro clínico do paciente, ele foi encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco, em estado de saúde estável.
A área foi isolada pelos policiais militares do Batalhão de Trânsito, para os trabalhos de perícia, e depois o carro do pastor foi removido e encaminhado por um guincho ao Pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), pois já estava há cerca de 6 anos sem pagar o licenciamento e o seguro obrigatório. Já o outro veículo, que é usado por uma empresa que presta serviço de limpeza e manutenção de ar condicionado, foi liberado.
Ainda segundo informações da família do pastor, há poucos dias Aroldo havia se ferido enquanto tirava coco, quando uma fruta acabou batendo fortemente na cabeça do homem, que chegou a dar entrada do PS de Rio Branco. Ainda segundo a família, ele recentemente estava alegando forte dores e também estava com a pressão muito alta. A suspeita da família é que esses problemas de saúde tenham feito o pastor desmaiar enquanto dirigia o automóvel e capotado.
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Cotidiano
Policiais do GIRO ajudam mãe em trabalho de parto na véspera do dia da mulher em Sena Madureira
O gesto de solidariedade e humanidade reforça o verdadeiro compromisso dos policiais: proteger, servir e salvar vidas

Em uma situação inesperada, a equipe foi acionada para prestar apoio a uma parturiente que, em trabalho de parto, precisava de assistência urgente. Foto: captada
Cris Menezes/YaconNews
Na noite desta sexta-feira (07), às vésperas do Dia Internacional da Mulher, policiais militares do 8º Batalhão, através do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO), demonstraram que seu compromisso vai muito além do patrulhamento tradicional. Em uma situação inesperada, a equipe foi acionada para prestar apoio a uma parturiente que, em trabalho de parto, precisava de assistência urgente.
Em meio às dores, a mãe deu à luz ao pequeno Luiz na rua, em condições precárias. Foi então que os policiais do GIRO, sem hesitar, assumiram o controle da situação. Com todo o cuidado e atenção, auxiliaram no transporte da parturiente e do recém-nascido, utilizando uma cadeira para conduzi-la até uma rua pavimentada, onde a equipe do SAMU estava a postos para o atendimento necessário.
Graças à rápida e eficiente ação dos militares, tanto a mãe quanto o bebê foram encaminhados com segurança ao hospital local. O gesto de solidariedade e humanidade reforça o verdadeiro compromisso dos policiais: proteger, servir e salvar vidas.
Neste Dia Internacional da Mulher, a história dessa mãe e de seu pequeno guerreiro Luiz ganha ainda mais significado. Em meio a desafios e dificuldades, a força feminina se destaca, e o apoio de heróis fardados mostra que a segurança pública também é uma missão de amor e empatia.
Veja vídeo:
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Cotidiano
Indígena deixa aldeia é cria empresa de diaristas e ajuda mulheres da periferia: ‘Futuro mais justo’
Gemina Brandão Xiu Shanenawa lidera o grupo “Fadas em Ação” composto por 22 mulheres, a maioria delas indígenas dos povos Apurinã, Yawanawa, Hunikuim, Shanenawá, que prestam os serviços de limpeza

A indígena Xiú criou uma empresa que presta serviços de diarista no AC. Foto: Arquivo pessoal
O sonho de mudar de vida e a realidade de outras mulheres foi o que motivou a indígena Gemina Brandão Xiu Shanenawa a deixar a aldeia em que morava no município de Feijó, rumo à capital, Rio Branco. Depois de muitos desafios, ela criou a empresa ‘Fadas em Ação’ que oferece serviços de diaristas e emprega 22 mulheres, a maioria também indígenas.
Nas redes sociais, ela reforça: “Nosso time de mulheres indígenas e periféricas te ajuda a ter mais qualidade de vida. Mais que limpeza, um futuro mais justo!”
Gemina saiu da aldeia Nova Vida em busca de qualificação, com a convicção de fazer o curso de odontologia, mas sofreu preconceito e discriminação ao longo do caminho.
“Infelizmente por falta de oportunidade e empregabilidade minha vida tomou rumos diferentes. Fui para Rio Branco estudar odontologia, mas meus sonhos foram frustrados, encontrei portas fechadas, preconceito. Quando estava sem expectativa, consegui ingressar no Ifac onde tive a oportunidade de ter aula de empreendedorismo e tive a ideia de criar as Fadas em Ação
Em entrevista à Rede Amazônica, ela diz que não se arrepende de ter saída do aldeia. “Se eu tivesse desistido, talvez eu teria retornado para Feijó, estaria morando na aldeia e seguindo a minha vida normal como uma mulher indígena que mora dentro da aldeia com poucas oportunidades”, comenta ela.
Xiú tem uma história que raramente é contada. Em um mundo que com poucos privilégios, muitas mulheres enfrentam desafios diários para conquistar respeito no ambiente de trabalho e para a mulher indígena, a realidade é ainda mais desafiadora.
“A palavra para mim é sempre resistência, porque eu acredito que os povos indígenas, principalmente eu que sou mulher e, mulher indígena, é muito difícil. A partir do momento que você consegue ter outra visão de que você pode ir além e tem certeza disso, você consegue alcançar muitas coisas e você consegue ir muito além do que você imaginava”, afirmou ela.
Com a empresa, Gemina apoia e ajuda mulheres indígenas e da periferia a entrarem no mercado de trabalho. “Mulheres que assim como eu um dia estiveram sem expectativa. Hoje oferecemos o serviço de melhor qualidade incluindo também mulheres periféricas, incentivando umas às outras a crescer e se emponderar,” avalia.
Ela conta que não imaginava um dia estar na capital acreana e cita que consegue ver todas as suas funcionárias tendo sucesso na vida. “Vejo que qualquer uma das meninas que fazem parte do grupo pode ir além”, disse.

Indígena e mulheres lideradas por ela já participaram de conferências sobre emponderamento feminino — Foto: Arquivo pessoal
Hoje, a empresária lidera mulheres, a maioria delas indígenas , principalmente das cidades de Tarauacá, Feijó e Boca do Acre. Ela usa as rede sociais também para o mostrar o trabalho feito por elas.
“A gente tem etnias diversas dentro do nosso grupo Yawanawá Nawa, com Apurinã. Então, são mulheres que por algum motivo saíram de suas comunidades e vieram para Rio Branco, em busca de oportunidade”, afirmou ela.
A luta por uma sociedade mais igualitária ainda está longe de ser concluída. Apesar das dificuldades, Xiú nunca desistiu de estudar, pois acredita que é através do conhecimento que é possível superar as adversidades.
‘Conhecimento é tudo’
Além de empresária, a indígena virou estudante. “Eu consegui tirar uma nota boa e passei em segundo lugar para bacharelado em administração no IFAC. Foi uma nota bem boa. Tantas vezes eu pensei em desistir, mas dou um conselho: busque conhecimento, porque o conhecimento é tudo”, assegurou Xiú.
Dia Internacional da Mulher
Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres. Uma iniciativa para combater as desigualdades e a discriminação de gênero em todo o mundo. Naquela época, as mulheres lutavam por melhores condições de trabalho e pela equiparação salarial em relação aos homens.
O pontapé inicial foi em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.
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