Cotidiano
Pandemia leva COB a cancelar edição 2020 dos Jogos Escolares
Evento estava previsto para novembro, etapa nacional dos Jogos Escolares reúne cerca de 5 mil atletas-estudantes entre 12 e 17 anos, de escolas públicas e privadas, que competem em 17 modalidades.
Com TV Brasil
A pandemia do novo coronavírus fez o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciar, nesta quarta-feira (24), o cancelamento da edição 2020 dos Jogos Escolares da Juventude. Segundo a entidade, a decisão teve apoio unânime das 14 confederações brasileiras que integram o evento.
Entre elas, a de Desporto Escolar (CBDE), que publicou nota concordando com o cancelamento competição este ano. Os Jogos Escolares da Juventude já revelaram atletas como as judocas Sarah Menezes (campeã olímpica) e Mayra Aguiar (campeã mundial) e o mesatenista Hugo Calderano, atualmente um dos 10 melhores do mundo na modalidade.
Em comunicado, o COB explicou que “diversos fatores decorrentes da pandemia de covid-19 impedem a organização segura do evento”, que seria em novembro. A conclusão, conforme a nota, deu-se após encontros virtuais entre integrantes do Comitê e representantes das confederações e das 27 secretarias estaduais ligadas ao esporte. Em março, o COB já tinha desmarcado três etapas regionais dos Jogos, previstas para setembro, em Aracaju (SE) e Gramado (RS).
Entre os fatores elencados pelo Comitê para a etapa nacional dos Jogos não ocorrer, estão:
– Risco de contágio em ambiente sem controle direto do COB e Confederações (transporte, aéreo e terrestre, até a cidade-sede; hotéis, centros comerciais…);
– Diferença entre as situações de cada Estado em relação à pandemia e o impacto na isonomia da competição;
– Incerteza da data de retorno do calendário escolar presencial, que pode comprometer o processo seletivo;
– Possibilidade de os pais não autorizarem as viagens dos alunos/atletas;
– Eventual conflito com o calendário nacional das modalidades em função da possibilidade de concentração de muito eventos no último trimestre do ano.
A etapa nacional dos Jogos Escolares reúne cerca de 5 mil atletas-estudantes entre 12 e 17 anos, de escolas públicas e privadas, que competem em 17 modalidades. Considerando as fases municipais e estaduais, o evento pode mobilizar mais de 2 milhões de jovens. Os Jogos são organizados pelo COB desde 2005. Trata-se da maior competição estudantil do país.
Comentários
Cotidiano
Atlético Ferreira e Baixa Verde disputam título da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025
Final acontece na próxima quinta-feira (7), às 18h, no Estádio José Guiomard; evento gratuito marca consolidação do futebol feminino no município

Após uma campanha de destaque na fase classificatória e nas semifinais, Atlético Ferreira e Baixa Verde garantiram suas vagas na decisão com atuações sólidas e grande apoio das torcidas. Foto: cedida
O Estádio José Guiomard dos Santos, em Brasiléia, será palco de um duelo emocionante na próxima quinta-feira (7/8), quando Atlético Ferreira e Baixa Verde decidem o título da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025.
A partida, que começará às 18h, promete coroar a equipe que apresentou a melhor campanha na competição que consolida o crescimento do esporte feminino na região de fronteira.
As finalistas chegaram à decisão após desempenhos destacados na fase classificatória e nas semifinais, mostrando qualidade técnica e competitividade. Além do troféu, estarão em jogo os títulos de artilheira e melhor goleira do campeonato.
“Essa final é fruto do trabalho sério desenvolvido com o futebol feminino em nosso município. Queremos ver o estádio lotado para celebrar esse momento histórico”, afirmou Clebson Venâncio, gerente municipal de Esportes.
A Prefeitura de Brasiléia organiza o evento e oferece entrada gratuita para incentivar a torcida
O confronto promete equilíbrio entre as equipes, que contam com jogadoras experientes e jovens talentos. Para as atletas, mais que a vitória, a final representa a valorização do futebol feminino em Brasiléia, como no acre, que ganha cada vez mais espaço e reconhecimento. A população é convidada a prestigiar esse marco esportivo feminino.

A emoção do futebol feminino vai tomar conta do Estádio José Guiomard dos Santos na próxima quinta-feira, 07 de agosto, com a realização da grande final da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025. Foto: cedida
Comentários
Cotidiano
Acre tem mais de 13 mil crianças e adolescentes fora da escola; 87% são negros ou indígenas
Dados da Busca Ativa Escolar revelam que exclusão educacional atinge principalmente populações historicamente marginalizadas; iniciativa busca reintegrar estudantes ao sistema de ensino

A exclusão educacional está relacionada a racismo estrutural, falta de políticas públicas eficientes e dificuldades de acesso em áreas remotas segundo dados. Foto: captada
O Acre registra 13.090 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos fora da escola, segundo levantamento da estratégia Busca Ativa Escolar (BAE), desenvolvida pelo Unicef e pela Undime com base em dados da PNAD Contínua/IBGE. Desse total, 11.392 (87%) pertencem a grupos étnico-raciais historicamente marginalizados — pretos, pardos ou indígenas.
O cenário se repete em outros estados da Amazônia Legal, como Roraima, Rondônia, Pará e Amazonas, onde a maioria das crianças e adolescentes fora da escola também são negras, indígenas ou de comunidades tradicionais. A exclusão educacional está relacionada a racismo estrutural, falta de políticas públicas eficientes e dificuldades de acesso em áreas remotas.
Busca Ativa Escolar: tecnologia e ação social para reintegrar estudantes
A estratégia Busca Ativa Escolar foi criada para combater a evasão, utilizando metodologia social e tecnologia digital para identificar e reinserir alunos no sistema de ensino. Municípios podem acessar uma plataforma integrada (com participação de Educação, Saúde e Assistência Social) para monitorar casos e promover ações intersetoriais. Em locais sem internet, o trabalho é feito por meio de formulários impressos.
A iniciativa visa fortalecer políticas públicas baseadas em evidências, garantindo que nenhuma criança ou adolescente fique sem acesso à educação. Os dados reforçam a urgência de medidas direcionadas a populações vulneráveis, especialmente em regiões com altos índices de desigualdade.
Especialistas apontam que o abandono está ligado a:
Racismo estrutural
Falta de políticas públicas eficazes
Dificuldades de acesso em áreas remotas
Tecnologia no combate à evasão
Criada para enfrentar o problema, a Busca Ativa Escolar utiliza uma plataforma digital que integra profissionais de Educação, Saúde e Assistência Social. O sistema permite:
- Identificação de estudantes fora da escola
- Acompanhamento personalizado
- Rematrícula facilitada
- Ações intersetoriais
Em locais sem internet, a estratégia funciona com formulários impressos. “O objetivo é criar políticas baseadas em evidências, garantindo o direito à educação para todos”, explica um representante do Unicef.
Desafios persistentes
Os números mostram a urgência de medidas que considerem as desigualdades regionais e raciais. Enquanto isso, a iniciativa segue como ferramenta crucial para reduzir os impactos da exclusão educacional na Amazônia.

Desse total, 11.392 pertencem a grupos étnico-raciais historicamente marginalizados — pretos, pardos ou indígenas — o que representa cerca de 87% dos casos. Foto: captada
Comentários
Cotidiano
Acre avança na criação de doutorado em Direito em parceria com USP e Ufac
Procuradoria-Geral do Estado articula convênio para implantação do curso, que visa qualificar profissionais e fortalecer o ensino jurídico no Acre; governador Gladson Cameli apoia a iniciativa

O procurador de Justiça Sammy Barbosa ressaltou o impacto duradouro do programa para a educação jurídica no estado. Foto: captada
Com PGE
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) deu o primeiro passo na quarta-feira (30) para a implantação de um programa de doutorado em Direito no estado, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Acre (Ufac). A iniciativa, que conta com o apoio do governador Gladson Cameli, tem como objetivo ampliar a qualificação de profissionais da área jurídica e fortalecer a pós-graduação no Acre.
A reunião de alinhamento foi conduzida pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo, e contou com a participação dos procuradores de Justiça Sammy Barbosa e Oswaldo D’Albuquerque. O projeto será coordenado pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, que já possui estrutura consolidada para ações de formação.
“É um passo importante na concretização de uma proposta voltada à capacitação dos profissionais de Direito no Acre. Nosso Centro de Estudos Jurídicos terá papel central nesse processo”, afirmou Janete Melo. Ela lembrou que a PGE tem histórico em parcerias acadêmicas, como o curso de especialização em Direito Público realizado em 2002 com instituições de Pernambuco.
O procurador Sammy Barbosa destacou o legado duradouro da iniciativa. “O projeto deixará um acervo bibliográfico e impulsionará a produção de conhecimento, beneficiando toda a comunidade acadêmica”, disse. A proposta agora segue para formalização do convênio entre as instituições.
A medida representa um avanço na formação jurídica de alto nível no Acre, reduzindo a necessidade de deslocamento para outros estados e incentivando a pesquisa local.
Você precisa fazer login para comentar.