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Pacheco: ‘Mesma Constituição que garante CPI também assegura a sua prorrogação’
“A prorrogação de uma CPI não é uma vontade pessoal do presidente de uma Casa legislativa”, afirmou o presidente do Senado à CNN

Entrevista de Rodrigo Pacheco à CNN – Foto: CNN Brasil
Por Thais Arbex, CNN
Um dia depois de deixar sob suspense a prorrogação da CPI da Pandemia, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (30), que “a mesma Constituição que garante a existência de uma CPI também assegura a sua prorrogação”.
Pacheco falou com exclusividade ao âncora William Waack e à analista de política Thais Arbex. “A prorrogação de uma CPI não é uma vontade pessoal do presidente de uma Casa legislativa”, afirmou. Nesta terça (29), o presidente do Senado havia dito que a decisão sobre a prorrogação da CPI seria em agosto, quando termina o prazo inicial de 90 dias de trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Questionado sobre qual seria o motivo de sua eventual reticência em prorrogar a CPI da Pandemia, Pacheco afirmou que “nunca negou” a importância da CPI, “nem deixei de reconhecer a CPI como um direito da minoria que deveria ser exercido no Senado ou na Câmara”. Ele lembrou que, no momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, o que se “discutia naquele instante que morriam quatro mil pessoas no Brasil era a conveniência naquele instante a instalação de uma CPI que imporia alguns reflexos ao país no enfrentamento à pandemia”.
“Mas a CPI foi instalada, é um órgão do Senado Federal, eu tenho sido colaborativo com todos os órgãos do Senado Federal, inclusive com a própria CPI, permitindo que tudo quanto haja possível para dar a ela os instrumentos necessários para que a apuração de responsabilidades aconteça”, afirmou.
O regimento interno do Senado determina que o presidente da Casa precisa ler o requerimento que solicita a continuidade do colegiado para que os trabalhos não sejam interrompidos. Instalada em 27 de abril, a comissão, pelo prazo inicial, deve ser encerrada até 7 de agosto. Até esta terça, o pedido para prorrogar a CPI tinha 34 assinaturas, 7 a mais do que as 27 necessárias.
À reportagem, Pacheco também disse que, como presidente do Senado, ele não pode “tomar um partido de proteção do governo ou ser contra o governo”.
“Eu preciso conduzir o destino do Senado Federal como presidente do Senado. A CPI foi instalada, ela tem o prazo de 90 dias e a prorrogação deve ser decidida ao final do prazo de 90 dias. Isso pra mim me parece muito óbvio, muito claro, até porque o pedido de prorrogação pode querer incluir outros fatos determinados a ser apurados, de modo que é razoável aguardar o esgotamento do prazo de 90 dias e por ocasião da iminência desse esgotamento fazer, então, a decisão ou não sobre a prorrogação, à luz dos requisitos objetivos”, disse.
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Fonte: Metrópoles
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Cerca de 150 cardeais já estão no Vaticano após morte do papa Francisco
Clérigos participarão do conclave, votação secreta que elegerá próximo líder da Igreja Católica

Cardeais se reúnem no Vaticano para discutir funeral do papa Francisco. • Reprodução/Reuters
O Vaticano afirmou nesta sexta-feira (25) que 149 cardeais já estão reunidos na Santa Sé após a morte do papa Francisco. Entretanto, não foi informado quantos deles são eleitores — ou seja, têm menos de 80 anos e poderão votar no conclave.
Ao todo, 135 cardeais estão aptos para participar da votação secreta que elegerá o próximo papa. Ela deve começar entre os dias 6 e 11 de maio. Enquanto isso, eles se reúnem em reuniões, missas e homenagens.
Além disso, os fiéis se despedem de Francisco em um velório na Basílica de São Pedro. Cerca de 150 mil pessoas visitaram a cerimônia até o meio-dia desta sexta, no horário local (7h de Brasília), ainda segundo o Vaticano.
A cerimônia termina nesta sexta às 19h, no horário local (14h de Brasília). O caixão do pontífice será fechado ainda hoje, por volta de 15h, no horário de Brasília.
O funeral de Francisco será realizado neste sábado (26) e deve reunir mais de 200 mil pessoas, segundo autoridades italianas.
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Vaticano pede que visitantes não tirem selfies com caixão do papa Francisco
Desde 1996 o Vaticano proíbe fotos e filmagens de pontífices “em seu leito de doente ou após a morte”, exceto quando o camerlengo autoriza para fins documentais

Procissão com caixão do papa Francisco no Vaticano. • ReproduçãO/Reuters
Autoridades do Vaticano estão pedindo aos visitantes que não tirem selfies com o falecido papa Francisco, enquanto ele está no caixão na Basílica de São Pedro, e que guardem os celulares ao passarem pelo pontífice.
Quase 150 mil pessoas prestaram homenagens a Francisco, muitas delas fazendo fila por horas para vê-lo deitado em um caixão aberto, informou a Santa Sé em um comunicado.
E enquanto muitos abaixavam a cabeça em reflexão e oração, outros erguiam celulares, tentando tirar fotos do papa em repouso, mostraram imagens da CNN filmadas na quarta-feira (23) na basílica.
Vídeos publicados no TikTok também mostraram pessoas parando em frente ao caixão para posar para selfies. “Que desrespeito”, dizia um comentário, que recebeu mais de sete mil curtidas.
Autoridades criticadas
Na quinta-feira (24), autoridades estavam orientando os visitantes a guardarem celulares e não fotografarem ao passarem pelo caixão, após terem sido criticadas por não controlarem o uso de celulares de forma eficaz no dia anterior.
A CNN entrou em contato com o Vaticano para obter comentários.
É proibido a qualquer pessoa fotografar ou filmar o pontífice “em seu leito de doente ou após a morte”, exceto quando o camerlengo (autoridade interina) autorizar para fins documentais, segundo uma diretiva emitida pelo Vaticano em 1996.
Desde então, os avanços tecnológicos e a ascensão dos smartphones significam que quase todo mundo agora carrega uma câmera o tempo todo.
E quando figuras públicas morrem, os rituais podem mudar, de forma estranha, entre um velório solene e respeitoso e a oportunidade de registrar pessoalmente um momento da história.
Fim do velório e funeral
Os fiéis ainda poderão prestar suas homenagens ao papa Francisco pessoalmente até as 19h, horário local (14h, horário de Brasília) desta sexta-feira (25), quando o público não poderá mais fazer fila para entrar na basílica.
Neste sábado (26), o pontífice será sepultado na igreja de Santa Maria Maggiore, após uma cerimônia com a presença de diversos líderes políticos e religiosos, membros da realeza e celebridades.
Grande parte do funeral será realizada na Praça de São Pedro, antes de uma procissão até Santa Maria Maggiore, passando pelo coração da Roma Imperial, passando pelo Fórum Romano e pelo Coliseu.
Fonte: CNN Brasil
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