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Cerca de 150 cardeais já estão no Vaticano após morte do papa Francisco
Clérigos participarão do conclave, votação secreta que elegerá próximo líder da Igreja Católica

Cardeais se reúnem no Vaticano para discutir funeral do papa Francisco. Reprodução/Reuters
O Vaticano afirmou nesta sexta-feira (25) que 149 cardeais já estão reunidos na Santa Sé após a morte do papa Francisco. Entretanto, não foi informado quantos deles são eleitores — ou seja, têm menos de 80 anos e poderão votar no conclave.
Ao todo, 135 cardeais estão aptos para participar da votação secreta que elegerá o próximo papa. Ela deve começar entre os dias 6 e 11 de maio. Enquanto isso, eles se reúnem em reuniões, missas e homenagens.
Além disso, os fiéis se despedem de Francisco em um velório na Basílica de São Pedro. Cerca de 150 mil pessoas visitaram a cerimônia até o meio-dia desta sexta, no horário local (7h de Brasília), ainda segundo o Vaticano.
A cerimônia termina nesta sexta às 19h, no horário local (14h de Brasília). O caixão do pontífice será fechado ainda hoje, por volta de 15h, no horário de Brasília.
O funeral de Francisco será realizado neste sábado (26) e deve reunir mais de 200 mil pessoas, segundo autoridades italianas.
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Petecão assegura nomeações estratégicas de novos fiscais agropecuários para o Acre
Além do Ministério da Agricultura, a pauta da internacionalização dos aeroportos está sendo tratada em articulação direta com o Ministério de Portos e Aeroportos, também sob sua liderança

O senador também destacou a importância de incluir técnicos de apoio, que serão responsáveis por atividades operacionais essenciais ao funcionamento das unidades. Foto: assessoria
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) celebrou, nesta quarta-feira (21), a convocação de 200 auditores fiscais federais agropecuários, anunciada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A medida reforça a estrutura de fiscalização agropecuária em todo o País, com destaque para o estado do Acre, que receberá novos profissionais — um resultado direto da articulação do senador junto ao governo federal.
O reforço na equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no estado é uma demanda antiga, em razão dos muitos desafios enfrentados nas regiões de fronteira. Petecão esteve recentemente com o ministro Fávaro para tratar da carência de servidores no estado, em especial nos postos de fiscalização de Epitaciolândia e Assis Brasil, localizados, respectivamente, nas fronteiras com a Bolívia e o Peru.
De acordo com o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, o estado será contemplado com os seguintes profissionais:
· 2 auditores fiscais federais agropecuários (AFFA); veterinários: um para a Superintendência da Agricultura e outro para o município de Senador Guiomard;
· 1 Affa – engenheiro agrônomo para Assis Brasil e 1 para Rio Branco;
· 1 agente de inspeção para Assis Brasil e 1 para Brasiléia;
· 2 agentes de atividades agropecuárias para Epitaciolândia e 3 para Rio Branco.
Ao comentar o reforço anunciado, Petecão ressaltou a importância da medida para o fortalecimento da fiscalização agropecuária no estado. Lembrou que a falta de profissionais comprometia a atuação do Mapa em regiões estratégicas do Acre, especialmente nas áreas de fronteira, onde há grande circulação de mercadorias e animais.
“Essa é uma vitória importante para o nosso estado. O déficit de profissionais que há anos enfrentamos compromete a eficiência da fiscalização agropecuária, especialmente nas regiões de fronteira. Essa convocação é fruto de muito diálogo e articulação junto ao Paulo Trindade e ao ministro Fávaro”, destacou.
Internacionalização dos aeroportos
Além da chegada dos novos fiscais, o senador também revelou estarem em andamento tratativas com o Mapa para uma segunda fase de reforço no quadro de servidores, com foco na internacionalização dos aeroportos de Cruzeiro do Sul e Rio Branco. A iniciativa busca preparar o Acre para operar voos internacionais com segurança sanitária e estrutura adequada, ampliando a integração do estado com outros mercados.
Para essa nova etapa, tem defendido a nomeação de pelo menos três novos auditores: dois médicos veterinários — um para Cruzeiro do Sul e outro para a Superintendência em Rio Branco — e um engenheiro agrônomo para Cruzeiro do Sul. O senador também destacou a importância de incluir técnicos de apoio, que serão responsáveis por atividades operacionais essenciais ao funcionamento das unidades.
Além do Ministério da Agricultura, a pauta da internacionalização dos aeroportos está sendo tratada em articulação direta com o Ministério de Portos e Aeroportos, também sob sua liderança.
“Estamos trabalhando para que o Acre esteja preparado para operar voos internacionais com segurança sanitária e capacidade técnica. Isso é fundamental para o desenvolvimento econômico e para a integração do estado com outros mercados”, concluiu o senador.
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CCJ aprova projeto que tipifica homicídio relacionado ao tráfico de drogas

Sergio Moro foi o relator da matéria, que agora segue para a Câmara dos Deputados Geraldo Magela/Agência Senado Fonte: Agência Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (21) um projeto de lei que cria o crime do narcocídio: a morte de uma pessoa que é provocada pelo tráfico de drogas. A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados — a não ser que haja recurso para votação da proposta no Plenário do Senado.
Esse projeto (PL 3.786/2021), de autoria do senador Jayme Campos (União-MT), prevê alterações na Lei 11.343, de 2006 (também chamada de Lei Antidrogas ou Lei de Drogas). O texto foi aprovado na CCJ com uma série de mudanças recomendadas pelo senador Sérgio Moro (União-PR), que foi o relator da matéria nessa comissão.
Jayme Campos destaca que o projeto pretende aperfeiçoar a legislação nacional para coibir o tráfico e o consumo de drogas no país. Ele também destacou que a proposta “foi feita por várias mãos” e surgiu com a iniciativa de um grupo de juízes de Mato Grosso que atuam na área criminal.
— Estamos numa região que tem 700 quilômetros de fronteira seca: Brasil e Bolívia. Lá, talvez, por falta de conhecimento, de informação, o crime aumentou sobremaneira. Ali é o maior corredor de entrada do tráfico. O projeto tem o objetivo maior de tipificar o narcocídio — enfatizou o senador.
Segundo ele, um levantamento do Fórum Nacional de Segurança Pública aponta que há no Brasil cerca de 72 organizações ligadas ao tráfico de drogas, com faturamento de aproximadamente US$ 76 bilhões.
Sergio Moro disse que a proposta veio de magistrados de Mato Grosso que estão acostumados a lidar com o tráfico de drogas.
— A essência do projeto é criar esse novo tipo penal, o narcocídio, que é o assassinato vinculado ao tráfico de drogas. É extremamente meritório, não só pelo agravamento da conduta, mas por constituir o meio mais eficaz para combater a violência inerente ao mundo das drogas.
Narcocídio
O projeto inclui na legislação um dispositivo para tipificar o “narcocídio”. O termo se refere aos crimes de lesão corporal ou morte praticados durante a cobrança de devedores do tráfico ou durante a disputa por territórios “com a intenção de garantir o êxito ou o proveito econômico do tráfico ou de preservar a continuidade dessa atividade”.
A pena prevista na proposta é de 20 a 30 anos de prisão e multa de 2 mil a 3 mil “dias-multa” (unidade usada pelo juiz para fixar o valor da multa). Se houver associação de duas ou mais pessoas para cometer esses crimes, as penas serão de 3 a 10 anos. Mas, se houver violência, as penas poderão chegar a 30 anos.
Coação criminosa no tráfico
Atualmente, podem resultar em prisão de 3 a 10 anos os crimes de fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer maquinário ou instrumento para lidar com drogas.
Em seu parecer, Sergio Moro acrescentou a tipificação da coação criminosa no tráfico: empregar violência ou grave ameaça relacionada ao comércio de drogas, além de impedir a repressão ao tráfico, poderá gerar prisão de 4 a 10 anos. Se houver lesão corporal grave, a previsão será de prisão de 5 a 12 anos; se a lesão for gravíssima, de 7 a 18 anos; e, se houver morte, de 20 a 30 anos.
O texto determina que o processo e o julgamento do crime de coação no tráfico devem obedecer às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) disse que concorda com a criação do tipo penal, mas apresentou algumas ressalvas, que não foram acolhidas por Moro.
— Eu sei que o que normalmente acontece na coação do tráfico é execução mesmo, é intencional a morte. E aí o animus não é a título de culpa, é a título de dolo — ponderou Contarato.
Contarato também argumentou que a competência do Tribunal do Juri é constitucional, e que nesse caso a decisão não deveria caber ao juiz singular.
Moro respondeu que há uma solicitação para que isso seja colocado em julgamento pelo juiz profissional, para que não haja qualquer represália aos membros do Tribunal do Júri pelo crime organizado.
Processo
O texto também faz ajustes no andamento da instrução criminal, especificando as possibilidades de rejeição liminar da denúncia e de absolvição sumária do réu.
Atualmente, a Lei de Drogas expressa que a União dará uma destinação aos produtos provenientes de perdimento por conta de crimes com drogas. O projeto deixa claro que os estados também poderão dar uma destinação a esses bens, caso o processo ocorra na Justiça Estadual.
De acordo com a proposta, a responsabilidade de destinar os bens apreendidos e não leiloados competirá à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, do Ministério da Justiça, no caso de bens perdidos em favor da União, e ao órgão estadual competente, no caso de bens perdidos em favor dos estados.
Foi acrescentada ainda emenda para que, quando a autorização judicial recair sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão ao qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas e impostos.
Crimes hediondos
Sérgio Moro acrescentou uma emenda para alterar a Lei dos Crimes Hediondos. O objetivo é determinar que o novo crime a ser tipificado pelo projeto também seja considerado crime hediondo, “em virtude da gravidade das condutas ali previstas e da necessidade de punição e reprimenda estatal mais rigorosa”.
— Não há dúvida de que a Lei 11.343, de 2006 [Lei , representou um significativo avanço no tema, trazendo tipos mais adequados e penas mais justas às mais variadas condutas que, outrora, eram tratadas de forma similar. Contudo, em alguns pontos os critérios legais para a tipificação dos delitos e para aplicação da lei necessitam ser melhor definidos — afirmou o relator.
Agência Senado
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Alcolumbre diz que Senado pode votar PEC do fim da reeleição para presidente na próxima semana
Presidente do Senado afirmou ter certeza de que líderes partidários ‘vão concordar’ com a data. Proposta também prevê fim da reeleição para prefeitos e governadores

Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou nesta quarta-feira (21) que tem o “desejo” e o “interesse” de colocar em votação na próxima semana, no plenário principal da Casa, a PEC que estabelece o fim da reeleição para presidente, prefeitos e governadores.
Durante sessão no Senado, o parlamentar do Amapá disse que quer ouvir os líderes partidários antes de definir a data da votação, mas que avalia que “todos vão concordar” com a ideia.
“Tenho todo desejo e interesse para que, na semana que vem, essa proposta [PEC do Fim da Reeleição] esteja em deliberação no Senado . Mas quero ouvir os líderes partidários e tenho certeza absoluta que todos vão concordar”, afirmou Alcolumbre.
O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na manhã desta quarta.
Para ser aprovada no plenário principal, a PEC precisa de, pelo menos, 49 votos favoráveis em dois turnos de votação. Se isso ocorrer, ainda será enviada para análise da Câmara.
O texto propõe fixar o tempo de mandato para todos as funções eletivas em 5 anos. E reduzir os mandatos de senadores a partir de 2034, para 5 anos.
Além disso, a PEC também unifica a data das eleições municipais e gerais
O que diz a PEC?
A PEC em discussão no Senado estabelece marcos diferentes para enterrar a recondução no Executivo:
Prefeitos: poderão se candidatar à recondução pela última vez em 2028, desde que tenham sido eleitos para um primeiro mandato em 2024. De 2028 para frente, novos eleitos para prefeituras não poderão mais se candidatar à reeleição.
Governadores: poderão se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que sejam eleitos para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.
Presidente da República: também poderá se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que seja eleito para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.
Vereadores, deputados e senadores seguirão sem impedimentos para se candidatar à recondução.
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