Acre
Os novos médicos e o desmonte da saúde no Acre*
Em recentes visitas as unidades de saúde de Rio Branco e do interior do Estado tenho me deparado com situações de desespero, frustração e desengano dos servidores. O motivo é o caos instalado na saúde pública cuja administração é de responsabilidade do governo do Estado, através de seu secretário de saúde.
Com estrutura física inadequada e necessitando de reformas urgentes, com a falta crônica de médicos clínicos e especialistas, medicamentos e equipamentos laboratoriais, os políticos, não têm conseguido dar conta de levar adiante as melhorias necessárias, principalmente em hospitais como o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB/PS); o Novo Hospital de Brasiléia, no Alto Acre; no João Câncio Fernandes, em Sena Madureira; no Hospital Geral de Feijó; e nas unidades mistas de Acrelândia, Manuel Urbano e Assis Brasil. Existe uma incompetência gerencial neste quesito. Destaco, aqui, a reforma do HUERB/PS que inconclusa, inacabada, se arrasta desde o ano de 2005.
Apesar de contar, hoje, com duas faculdades de Medicina, uma pública e a outra privada, e a implantação de mais uma faculdade particular em Cruzeiro do Sul, continuamos na mesma situação de 30 anos atrás, ou seja, a carência de médicos. Em algumas cidades até piorou! Exemplo emblemático da turma de formandos de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac) de 2013, em que permanecem no Estado apenas dois profissionais. Os outros, sem oportunidades de emprego, migraram para outras regiões do País.
Esses profissionais procuram outros locais do Brasil que lhes ofereçam oportunidades de trabalho. Assim, não há vantagem em formar médicos aqui para mandá-los todos para fora. Não tem sentido uma situação dessas! Temos que aproveitar a prata da casa, e não só contemplar a saída dos filhos dessa terra que se formam e emigram para outras paragens em busca de emprego. Vamos oferecer oportunidades para os nossos jovens médicos e, assim, oferecer mais profissionais no atendimento da saúde da população.
No momento, em que vemos o governo forçando a barra com a pretensa medida salvadora de trazer uma Organização Social de Saúde (OSS), uma ONG que não precisa prestar contas, para administrar as unidades de urgência e emergência da Capital, o que se visualiza é um verdadeiro balcão de negócios, sendo o que menos se conta é a saúde da população carente e os servidores, hoje vilipendiados em compasso de espera para saber do destino, como manada de animais, aguardando os caminhões boiadeiros a levá-los para o matadouro.
O que mais se pergunta é quem vai ficar com os R$ 15 milhões mensais para gerenciar a saúde, porque o governo eleito democraticamente pelo povo e em final de mandato não conseguiu resolver os graves problemas pelos quais passam os hospitais acreanos, com a falta crônica de medicamentos, com servidores sofrendo agressões físicas, registrando até homicídios dentro das próprias unidades de saúde. Instituições sem nenhuma segurança de quem de direito deveriam protegê-los no exercício de suas funções.
Fiquemos alerta! 2018, ano eleitoral, as promessas de solução de problemas por parte de quem compõe o governo e, há muito já deveria ter mostrado a que veio, hoje, acena para uma solução nos últimos minutos do segundo tempo, como se fosse uma partida de futebol em que estivesse perdendo de goleada, ou na fase de prorrogação em que se espera apenas por uma morte súbita.
*Dr. Ribamar Costa, presidente do Sindmed-AC
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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