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Órgãos devem reforçar fiscalização das leis que proíbem a comercialização de cerol e linha chilena
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, expediu uma recomendação aos órgãos do Sistema Integrado de Segurança Pública do Estado, ao Instituto de Defesa e Proteção do Consumidor do Acre e aos órgãos de fiscalização da Prefeitura de Rio Branco para que adotem as providências necessárias para fiscalizar a Lei Municipal nº 2.359/2020 e a Lei Estadual nº 4.180/2023.
As leis mencionadas na recomendação proíbem a comercialização do cerol, da linha chilena ou de qualquer produto similar que contenha elementos cortantes e seja utilizado no ato de empinar pipas.
Conforme destacado no documento, que subsidia o procedimento administrativo instaurado pelo promotor de Justiça Rodrigo Curti, é de extrema importância garantir o estrito cumprimento das regulamentações referentes ao uso e comercialização de cerol e linha chilena no Acre, visando à proteção da integridade física das pessoas.
A recomendação destaca, ainda, que a chegada do período de férias escolares é tradicionalmente marcada pelo aumento de crianças e adolescentes empinando pipas em locais públicos, como ruas e praças, e próximos à fiação da rede elétrica, com a utilização de cerol ou linha chilena, colocando em risco não apenas a integridade física dos praticantes, mas também a de terceiros.
Foi estipulado um prazo de 10 dias úteis para que os órgãos demandados informem à Promotoria sobre os motivos do acatamento ou não à presente recomendação, prestando os esclarecimentos que julgarem pertinentes. A omissão na remessa de resposta no prazo estabelecido será considerada recusa ao cumprimento da presente recomendação, ensejando a adoção das medidas legais pertinentes.
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Policiais apreendem arsenal escondido em residência na Cidade do Povo, em Rio Branco
Armas, munições e equipamentos de proteção foram encontrados durante patrulhamento; material pode estar ligado a disputas entre facções criminosas

Segundo o relato, um homem desceu do carro carregando um volume, entrou na construção e saiu logo depois de mãos vazias, fugindo em direção desconhecida. Foto: cedida
Policiais Militares do 2º Batalhão apreenderam quatro armas de fogo e outros itens em uma residência em construção na Quadra 20B do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, na noite desta terça-feira (18). O local servia como esconderijo de um arsenal que, segundo as investigações, poderia ser utilizado em confrontos entre facções criminosas que disputam território na região.
A descoberta ocorreu durante um patrulhamento de rotina, após um morador alertar os policiais sobre a movimentação suspeita de um veículo Onix prata. De acordo com o relato, um homem desceu do carro carregando um volume, entrou na construção e saiu de mãos vazias, fugindo em seguida para local desconhecido.
Ao vistoriar o endereço indicado, os policiais encontraram duas pistolas com 65 munições, um revólver calibre 38, uma carabina adaptada para munição real, uma capa de colete balístico e duas balaclavas. A suspeita é que o material pertencesse a uma das facções criminosas atuantes na região e estivesse armazenado para futuros ataques.

O armamento apreendido foi encaminhado à Delegacia da Segunda Regional de Polícia Civil, que investigará a origem das armas e os responsáveis pelo material. Foto: cedida
Todo o material apreendido foi encaminhado à Delegacia da Segunda Regional de Polícia Civil, onde será investigada a origem das armas e a identificação dos responsáveis pelo arsenal. A ação reforça o trabalho de combate ao crime organizado e a prevenção de possíveis confrontos na área.
Veja vídeo:
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Adolescente é assassinado com tiro no rosto em Rodrigues Alves; amigo confessa crime, mas alega acidente
Suspeito foi preso em flagrante e autuado por homicídio e tráfico de drogas; família contesta versão de que disparo foi acidental

Ronicleisson de Jesus Freitas, de 17 anos, morreu na noite dessa terça-feira (18) em Rodrigues Alves. Foto: Reprodução
O adolescente Ronicleisson de Jesus Freitas, de 17 anos, foi assassinado com um tiro no rosto na noite desta terça-feira (18) em Rodrigues Alves, no interior do Acre. O principal suspeito do crime, um amigo da vítima, se entregou na delegacia do município horas após o ocorrido e foi preso em flagrante. Ele alegou que o disparo foi acidental, mas a família de Ronicleisson contesta essa versão.
De acordo com o suspeito, a arma utilizada no crime, uma pistola 9 milímetros, pertencia ao adolescente. Ele afirmou que, ao receber a arma das mãos de Ronicleisson, apertou o gatilho sem querer, causando o disparo que atingiu o rosto da vítima. No entanto, uma parente do jovem negou que a pistola fosse dele, levantando dúvidas sobre a narrativa do acusado.
O delegado Marcílio Laurentino, responsável pelo caso, informou que Ronicleisson chegou à residência do suspeito portando aproximadamente 600 gramas de cocaína e a pistola 9 mm. Segundo o relato do autor do crime, o adolescente teria inserido uma bala na câmara da arma e acionado o ferrolho antes de entregá-la ao amigo, que disparou acidentalmente.
Durante as investigações, a polícia localizou parte da droga e, com a indicação do suspeito, apreendeu o restante do entorpecente, além de uma balança de precisão e munições. O jovem foi autuado pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas e será apresentado em audiência de custódia nesta quarta-feira (19), quando a Justiça decidirá sobre a manutenção de sua prisão.
O corpo de Ronicleisson foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. O delegado destacou que o tiro atingiu a região do nariz e transfixou a nuca, causando a morte instantânea. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local.
O caso segue sob investigação, enquanto a família do adolescente aguarda por mais esclarecimentos sobre as circunstâncias do crime.

O jovem teria inserido uma das balas na câmara e acionado o ferrolho antes de passar a arma para o amigo, que, segundo seu relato, disparou acidentalmente.
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Homem tenta atropelar a ex e acaba contido por populares: “não sou bandido, sou corno ”
Tiago dos Santos Souza, de 29 anos, foi amarrado por populares e depois preso pela Polícia Militar na tarde desta quarta-feira (19), na região da baixada da Sobral, em Rio Branco, depois de tentar atropelar a ex-mulher. Após ser preso, que não é bandido, mas “um corno mal resolvido”.
Segundo a polícia, Tiago trafegava na rua Campo Grande, na baixada, em um carro preto, quando viu a ex-mulher – que já tem uma medida protetiva contra ele – em uma bicicleta com a qual Tiago a teria presenteado enquanto ainda estavam juntos. Indignado com o fim do relacionamento, ele subiu a calçada e tentou atingi-la, mas a mulher escapou.
Tiago arrastou a bicicleta por alguns metros, voltou de ré, passou por cima da bicicleta novamente. Percebendo que a vítima não tinha sido atingida, ele correu atrás dela entrando em uma bicicletaria, mas foi contido pelas testemunhas que o amarraram. Após o ocorrido, a mulher foi à delegacia registrar boletim de ocorrência.
Com a chegada da polícia, Tiago dos Santos foi algemado e disse à reportagem que é inocente. “Sempre [inocente], não sou bandido não. Sou um corno mal resolvido, mas vai ser resolvido”, afirmou.
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