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OMS volta a suspender testes com hidroxicloroquina contra covid-19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu suspender, pela segunda vez, os estudos que avaliam o potencial da droga hidroxicloroquina como tratamento para pacientes com coronavírus.
A hidroxicloroquina era uma das quatro apostas de tratamento em análise no projeto internacional Solidarity, em que a organização coordena experimentos com pacientes em 18 países com a finalidade de verificar segurança e a eficácia das terapias no combate ao coronavírus.
Os estudos com a droga já haviam sido suspensos pela organização em maio, mas foram retomados depois.
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A suspensão, desta vez, vem dias depois da revogação pela FDA, a agência americana equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da autorização para uso de cloroquina e hidroxicloroquina em caráter emergencial para pacientes com covid-19.
Ela não afeta estudos que estão sendo feitos fora do escopo do Solidarity.
Em coletiva de imprensa, a médica Ana Maria Henao Restrepo, do programa de emergências em saúde da organização, disse que com base nas evidências disponíveis, não se pode afirmar que a droga reduza a mortalidade de pacientes de covid-19.
A OMS diz que essa é a conclusão dos estudos que estão sendo feitos no escopo do Solidarity e também de um ensaio que está sendo conduzido pela Universidade Oxford, no Reino Unido.
“Há cinco minutos, nós finalizamos uma ligação com todos os pesquisadores. Com base nas evidências disponíveis, a decisão tomada foi de parar a randomização com o ensaio da hidroxicloroquina”, disse Restrepo.
Por que a OMS resolveu suspender os testes inicialmente e por que voltou a fazê-los?
A suspensão inicial das pesquisas com hidroxicloroquina coordenadas pela OMS aconteceu depois da publicação de um estudo sobre o medicamento no periódico científico The Lancet.
O estudo coletou informações de 96 mil pessoas internadas com coronavírus em 671 hospitais de seis continentes e mostrou que não houve benefício no uso da hidroxicloroquina após o diagnóstico de covid-19. Além disso, seu uso foi associado a um risco maior de arritmia e de morte.
De acordo com a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, a suspensão dos estudos sobre a hidroxicloroquina foi feita por precaução, devido ao fato de o estudo da Lancet ter sido feito com um número expressivo de pacientes e após questionamentos feitos por agências de saúde de vários países.
Desde então, foi feita uma revisão dos dados disponíveis e o conselho do Solidarity, formado por dez dos países participantes (o Brasil não faz parte da lista), decidiu retomar os estudos com a droga.

© Getty Images A hidroxicloroquina era uma das quatro apostas de tratamento em análise no projeto internacional Solidarity
Mais tarde, a Lancet anunciou que o artigo sobre a hidroxicloroquina e da cloroquina no tratamento para a covid-19 seria retratado.
O processo é semelhante ao de uma correção — mas, quando esta é considerada insuficiente para dar conta do problema encontrado, é preciso retratá-lo.
Após críticas de outros pesquisadores ao artigo do Lancet, três de seus autores afirmaram que solicitaram uma auditoria independente do trabalho da empresa Surgisphere Corporation e de seu fundador e coautor da publicação, Sapan Desai. Os dados coletados pela empresa em seu sistema foram base para o artigo.
“Nossos revisores independentes nos informaram que a Surgisphere não transferiria o conjunto de dados completo (…) já que isto violaria contratos com clientes e compromissos com a confidencialidade. Assim, nossos revisores não foram capazes de conduzir uma revisão por pares independente e privada e, portanto, notificaram-nos de sua retirada do processo”, escreveram os autores na nota de retratação.
“Com esse desenrolar dos fatos, não podemos mais garantir a veracidade das fontes de dados primárias. Devido a esse acontecimento infeliz, os autores solicitam a retirada do artigo.”
Por que autoridades dos EUA retiraram autorização?
A autorização para uso de cloroquina e hidroxicloroquina em caráter emergencial para pacientes com covid-19 foi revogada pela FDA nesta segunda-feira.
A decisão da agência técnica governamental — que tem independência para seu funcionamento — vem apesar de o presidente americano, Donald Trump, ter promovido o uso do remédio contra o coronavírus.
Normalmente, o processo de aprovação do uso de um remédio pela FDA para uma nova doença é longo e contém muitas etapas. No entanto, diante da gravidade da pandemia, a agência havia autorizado o uso da cloroquina e derivados para tratar covid-19 em caráter emergencial, sem passar por todos os testes necessários, com base em estudos preliminares.
No entanto, desde a aprovação emergencial até hoje, o avanço das pesquisas trouxe evidências mais sólidas de que o remédio não gera melhora nos quadros de pessoas contaminadas pela doença.
A FDA diz que, com base na totalidade das evidências científicas disponíveis, não é mais razoável acreditar que o produto possa ser efetivo em tratar ou prevenir covid-19.
© BBC
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Justiça marca audiência de acusada de assassinar irmão com 30 facadas
A Justiça do Acre marcou para o dia 9 de setembro a audiência de instrução e julgamento de Camila Arruda Braz, acusada de matar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, de 41 anos, com pelo menos 30 golpes de faca. O interrogatório da ré ocorrerá no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Rio Branco.
Antes do depoimento da acusada, o juízo ouvirá seis testemunhas, entre elas os dois policiais militares que efetuaram a prisão em flagrante da mulher. Camila responde à ação penal por homicídio qualificado, sob a acusação de ter utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na tarde do dia 6 de julho deste ano, na residência da família, localizada no Conjunto Tucumã, na capital acreana. De acordo com a investigação, Camila teria atraído o irmão até um dos quartos da casa sob o pretexto de consertar um ventilador. Quando Ramon entrou no cômodo, foi atacado com dezenas de facadas. Laudo pericial aponta que foram pelo menos 30 golpes.
Após o crime, a acusada fugiu com a filha, mas foi presa em flagrante pela Polícia Militar poucas horas depois. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a Justiça converteu a prisão em preventiva. Em 30 de junho, Camila passou oficialmente à condição de ré no processo.
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Motociclista morre em grave colisão no cruzamento do bairro Cruzeirão
Acidente entre moto e carro ocorreu na manhã desta segunda (4) em Cruzeiro do Sul; perícia analisa imagens para determinar causas do impacto fatal

O impacto foi violento, e mesmo com o uso de capacete, o motociclista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Foto: captada
Um motociclista de 53 anos morreu na manhã desta segunda-feira (4) após uma violenta colisãocom um carro no cruzamento das ruas Bahia e Jaminawas, no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul (AC). O acidente ocorreu por volta das 8h, quando a vítima seguia de moto em direção ao centro da cidade e atingiu a traseira de um Fiat Pulse que subia a rua Jaminawas.
Apesar do uso de capacete, o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para remover o corpo, enquanto a Polícia Militar e a perícia técnicainiciaram os trabalhos para esclarecer as causas do acidente.
Investigação em andamento
Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para verificar fatores como:
Velocidade dos veículos
Respeito à sinalização
Possíveis infrações de trânsito
O tenente da PM destacou que apenas o laudo pericial poderá confirmar as circunstâncias exatas do acidente. “Precisamos aguardar a análise técnica para apontar responsabilidades”, afirmou.
Trânsito e segurança
O cruzamento onde ocorreu o acidente é movimentado, e o caso reacende o debate sobre fiscalização e sinalização na região. O boletim de ocorrência ainda está sendo finalizado, e novas informações devem ser divulgadas após a conclusão dos exames.
A morte do motociclista chocou moradores do bairro, que aguardam respostas sobre as causas da tragédia. Este é o segundo acidente grave registrado em Cruzeiro do Sul em menos de 48 horas, reforçando preocupações com a segurança no trânsito da cidade.

O boletim de ocorrência ainda está sendo finalizado, e mais informações devem ser divulgadas após a conclusão dos laudos periciais. Foto: captada
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Jovem de 29 anos morre após grave acidente em Tarauacá; transferência para Rio Branco foi impedida por condições climáticas
Erisson dos Santos Mesquita não resistiu aos ferimentos após colisão entre moto e carro; falta de iluminação na pista e mau tempo impediram remoção aérea
A cidade de Tarauacá está em luto após a morte de Erisson dos Santos Mesquita, 29 anos, vítima de um grave acidente de trânsito ocorrido no domingo (3), nas proximidades da Escola Estadual Tupanir Gaudêncio. O jovem, que pilotava uma motocicleta, colidiu com um carro e foi levado em estado gravíssimo ao Hospital Sansão Gomes, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã desta segunda-feira (4).
Erisson sofreu um traumatismo craniano severo e foi entubado, mas a transferência para o Pronto-Socorro de Rio Branco — referência em atendimentos de alta complexidade — não pôde ser realizada. A falta de iluminação na pista de pouso de Tarauacá e o mau tempo em Feijó impediram o transporte aéreo durante a noite. Na manhã seguinte, antes que a remoção fosse concretizada, ele veio a óbito.
Investigação em andamento
A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre as circunstâncias do acidente, que segue sob investigação. Também não há informações confirmadas sobre o condutor do carro envolvido na colisão.
Comoção na comunidade
A morte precoce de Erisson causou forte comoção entre moradores de Tarauacá. Amigos e familiares lamentaram a perda nas redes sociais, destacando sua juventude e o impacto da tragédia. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o velório e o sepultamento.
O caso reforça a necessidade de melhorias na infraestrutura de emergência na região, especialmente em situações que exigem remoções urgentes. A comunidade aguarda respostas sobre as causas do acidente e medidas para evitar novas tragédias.
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