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O menino Rhuan, a mídia e a ideologia de gênero

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Artigo: Valterlucio Bessa Campelo

Pesquisei no Google o nome do garoto acreano assassinado pela própria mãe e sua parceira sexual. Ruhan teve 300.000 citações. Pesquisei também Marielle Franco, a vereadora lésbica assassinada no Rio de Janeiro, lá apareceram mais de 9 milhões de citações. Sobre Elisa Samudio, foram 389.000.

Guardadas as devidas proporções, pode-se dizer que a internet não falhou com Rhuan. Foram menos citações do que poderia se determinados “influencers” não se acovardassem, mas muito se falou do crime. O Brasil que soube do caso se entristeceu, se perguntou “como puderam?”. Muitos, como eu, choraram, sentiram no fundo da alma a maldade estendida como uma sombra sobre o ser humano.

Emerge estarrecedor o menosprezo dado ao Rhuan pela grande mídia. Poucos foram os jornais que trataram do crime, além dos de Brasilia (onde ocorreu o fato) e dos daqui do Acre. A regra foi esconder o Rhuan para não mostrar as assassinas e as verdadeiras causas do assassinato.

A TV Globo, que não possui em sua grade programas policiais tipo “Datena”, vez por outra, deparando-se com um crime absurdo, chocante, cede generosos espaço à divulgação e apuração dos fatos. Podemos citar os casos Chico Mendes, Nardoni, Richstoffen, o Maníaco do Parque, Eliza Samudio, o Indio Galdino, Daniella Perez, Gil Rugai, o Menino Bernardo, Liana Friedenbach, Tim Lopes, Dorothy Stang e muitos outros. Foram reportagens extraordinárias, úteis para a própria apuração e para a informação jornalística. Mas desta vez, reina o silêncio.

Em todos os casos anteriores, o telespectador foi atraído para a telinha, tentou saber o andar das apurações, conhecer a face dos acusados, as causas, as consequências, a prisão, o julgamento, a sentença. O enredo, a apuração, o processo, o julgamento e a condenação, de certo modo dão ao brasileiro a esperança de punibilidade de quem comete crimes.

Conforta-nos saber que o maníaco do parque continua preso, assim como nos incomoda que o assassino de Daniella Perez esteja livre. É o cidadão passando a limpo o pacto social.

Mas com Rhuan, cujo sofrimento supera o de todos os outros, foi diferente. Não por que fosse pobre – o Indio Galdino era mais pobre. Não porque fosse garoto – o menino Bernardo tinha apenas onze anos. Então, por quê a grande mídia apenas de leve, an passant, referiu àquele que foi o mais cruel dos assassinatos já cometidos no Brasil?

Arrisco. É que a grande mídia nunca ousa tocar negativamente nos temas que ela mesma cria, potencializa, distribui e massifica. É a sua agenda. Portanto, não se atreveria a associar o martírio do garoto à ideologia de gênero que de modo sistemático propagandeia em seus jornais e canais de TV. Não daria voz aos contrários, não deixaria um fio de meada a ser puxado por cada um de nós, não fomentaria o debate sobre algo que resolveu impor à sociedade como verdade absoluta.

Quem matou o Rhuan não foi apenas uma mãe cruel – isso fazem as abortistas de todo dia. Também não foi o desespero de uma família desestruturada pelo vicio ou pela falta de renda para cuidar dos filhos. Não foi um pai bêbado fora de si, nem foi uma mulher ciumenta. Não foi um padrasto inconformado. Foram duas lésbicas que, extremadas em sua condição e ideologia, quiseram antes alterar o sexo biológico do garoto seccionando seu pênis e, não conseguindo transformá-lo em menina, perderam as condições morais e ideológicas de conviver com ele. Mataram-no.

Como estabelece a ideologia de gênero, elas acreditavam que em determinado momento a pessoa escolhe o próprio sexo, então, porque não dar uma forcinha ao garoto extirpando seus genitais? Daí em diante restaria apenas vestir shortinhos e aprender alguns trejeitos. Mas não é assim que funciona. Não há escolha. Nada fará um garoto virar uma “garota”. As duas estavam mentalmente congestionadas da falácia ideológica, transmitida e reforçada à exaustão pelos canais que hoje negam-se a divulgar o martírio pavoroso do garoto decapitado vivo e desmembrado.

Aliás, também não se viu na Globo a notícia dada pelo Site Televisa News, de que Karol Ramon, um garoto de 7 anos foi assassinado a marteladas por uma dupla de mulheres homossexuais em Juventino Rosas, em Guanajuato, no México, apenas por não aceitar se vestir como menina. O caso aconteceu em março deste ano.

Estamos, portanto, diante de um sinal claro. A chamada ideologia de gênero, que faz a cabeça de tanta gente “progressista” bovinamente embarcada no politicamente correto, às vezes mata. Antes disso, maltrata, sevicia, abusa, violenta, martiriza, faz sofrer. Como nos dois casos citados, crianças inocentes.

No Acre, nenhuma manifestação deveras importante, nenhum “coletivo” a contextualizar o crime. Passa o pano. Foi em Brasília, que a deputada paulista Carla Zambelli, do PSL, elaborou a proposta denominada Lei Rhuan Maycon, em acordo com a Associação MP Pró-Sociedade. O PL amplia a pena para o criminoso, que poderá ser de 30 a 50 anos, principalmente se o crime for imposição de ideologia de gênero. A condenação mínima poderá subir para 40 anos caso o menor esteja sob cuidado, guarda, vigilância ou autoridade. Se a vítima for portador de doença mental ou ser incapaz de se autodeterminar, a pena varia de 40 a 50 anos, se for enquadrado em ideologia de gênero. Por ser a autora, do PSL, talvez haja voto contrário no Acre.

A ideologia de gênero pode até representar um conforto social para gays e lésbicas, uma espécie de liberação intelectual para ser o que deveras é, uma “remição” oferecida à larga para seus comportamentos antes tidos como antissociais. Ocorre que, levada ao clímax revogatório da biologia, solapando a heteronormalidade, vale uma revolução cultural e de costumes inaceitável para uns e incompreendida para outros, entre eles, os próprios gays e lésbicas. Decerto, a homoafetividade, já indiscutível na sociedade, não precisa vir puxando um trem destrambelhado, carregado com ideologia de gênero e suas implicações contrárias à biologia, dando vez a crueldades de toda espécie. Este ímpeto gayzista é apenas estúpido.


Valterlucio Bessa Campelo é Engº Agrº, Mestre em Economia Rural.

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Prefeito Jerry Correia participa da última sessão do ano na Câmara Municipal e destaca avanços de suas gestões

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O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, participou nesta terça-feira(16) da semana da última sessão ordinária do ano da Câmara Municipal, momento marcado por agradecimentos, balanço de ações e diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo.

Durante seu pronunciamento, o prefeito destacou os principais avanços alcançados ao longo de suas gestões, ressaltando que os resultados são fruto de planejamento, responsabilidade com os recursos públicos e do trabalho conjunto com vereadores, secretários, servidores e a população.

Entre os pontos abordados, Jerry Correia enfatizou os investimentos em infraestrutura urbana e rural, melhorias na saúde, fortalecimento da educação, apoio ao produtor rural, além de ações voltadas para o desenvolvimento social e econômico do município. Segundo o prefeito, mesmo diante de desafios, a administração conseguiu avançar e entregar importantes melhorias à comunidade.

“Foram anos de muito trabalho, diálogo e compromisso com Assis Brasil. Cada ação realizada teve como objetivo melhorar a qualidade de vida da nossa população. Agradeço à Câmara Municipal pela parceria e a todos que contribuíram para que esses avanços se tornassem realidade”, destacou o prefeito.

A sessão marcou o encerramento das atividades legislativas do ano e simbolizou um momento de reflexão sobre os caminhos percorridos e os desafios superados, reforçando o compromisso da gestão municipal com a transparência, o diálogo e o desenvolvimento de Assis Brasil.

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Gefron apresenta balanço das apreensões realizadas durante 2025

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O Grupo Especial de Operações em Fronteiras (Gefron) apresentou, nesta quarta-feira, 16, o balanço das ações desenvolvidas no período de 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2025. Os números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços, especialmente tráfico de drogas, descaminho e crimes contra o patrimônio, nas regiões de fronteira do estado do Acre.

Gefron apresenta balanço das apreensões realizadas durante o ano. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

Ao longo de 2025, o grupo registrou 157 ocorrências no total, sendo 33 relacionadas ao tráfico de drogas e 54 ocorrências de descaminho. As ações resultaram na apreensão de 341.029 maços de cigarros, 52 veículos apreendidos ou recuperados, além de 798,80 kg de entorpecentes retirados de circulação.

Números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, destacou que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na área da segurança pública.

Secretário de Segurança afirma que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na Segurança Pública. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

“Esses resultados expressivos do Gefron são reflexo dos investimentos contínuos feitos pelo governo do Acre em estrutura, equipamentos, capacitação e valorização dos profissionais da Segurança Pública. O fortalecimento das forças de segurança tem sido prioridade, e os números mostram que estamos no caminho certo para combater o crime e proteger nossas fronteiras”, destacou

No período, o grupo executou 231 operações. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

O balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões, fortalecendo o enfrentamento direto às organizações criminosas. No período, o grupo executou 231 operações, alcançando um valor estimado em R$ 14.167.863,00 de apreensões de ilícitos.

Balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

De acordo com o coordenador do Gefron, Assis dos Santos, os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança.

Para o coordenador do Gefron os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom

“Os números apresentados são fruto de um trabalho estratégico, baseado em inteligência, integração entre instituições e comprometimento das equipes que atuam diariamente nas fronteiras. Em 2025, conseguimos causar um impacto direto nas organizações criminosas, retirando drogas, armas e produtos ilegais de circulação. Para 2026, nossa expectativa é ampliar ainda mais as operações, investir em tecnologia e fortalecer as ações preventivas, garantindo mais segurança à população acreana”, disse.

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Atenção Primária do Acre conquista 1º lugar nacional e se destaca na Conferência de Planificação da Atenção à Saúde

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A Atenção Primária à Saúde (APS) do Acre alcançou o primeiro lugar nacional no Índice de Desempenho da Planificação da Atenção à Saúde, consolidando o estado como referência no país na organização do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). O reconhecimento ocorreu durante a 3ª Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde e o 1º Encontro Internacional de Promoção da Saúde, realizados nos dias 15 e 16, de forma híbrida.

O desempenho de destaque é resultado direto da implementação da estratégia PlanificaSUS, desenvolvida de forma contínua ao longo de 2024 e 2025, especialmente na Região de Saúde do Baixo Acre e Purus, onde a Planificação tem sido utilizada como instrumento central para reorganizar os processos de trabalho, qualificar a coordenação do cuidado e fortalecer a integração entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), com ênfase na linha de cuidado materno-infantil.

Resultado que confirma o protagonismo do Acre na Atenção Primária. Foto: cedida

Durante o evento, o Acre teve cinco trabalhos científicos aprovados e apresentados, evidenciando experiências exitosas construídas a partir da realidade dos territórios, com protagonismo dos municípios e apoio técnico permanente da gestão estadual. O conjunto dessas boas práticas garantiu ao estado a manutenção do primeiro lugar no ranking nacional do Índice da Planificação, reafirmando sua capacidade de transformar diretrizes em resultados concretos para a população.

Para a secretária adjunta de Atenção à Saúde da Sesacre, Ana Cristina Moraes, a conquista representa um marco para a política pública de saúde no estado:

“Alcançar o primeiro lugar no Índice da Planificação da Atenção à Saúde é um feito histórico para o Acre e reforça a importância de investir em uma Atenção Primária forte, organizada e integrada. Esse reconhecimento nacional demonstra que o trabalho desenvolvido nos territórios, em parceria com os municípios e com o empenho dos profissionais do SUS, tem gerado resultados concretos e sustentáveis para a população.”

Equipe de Atenção Primária à Saúde durante a Conferência. Foto: cedida

Experiências exitosas fortalecem o protagonismo do Acre

Entre os trabalhos apresentados, destacou-se “Transformando a Atenção à Saúde: a revolução da segurança do paciente no Baixo Acre e Purus”, que evidenciou o papel da Planificação na estruturação de Núcleos e Times de Segurança do Paciente na Atenção Primária, promovendo cultura de segurança, padronização de fluxos assistenciais, monitoramento de riscos e integração dessas ações à Rede de Atenção à Saúde.

Também foram apresentados estudos que abordam os desafios da implementação da Política de Cuidados Paliativos no estado e a incorporação do PlanificaSUS na Atenção à Saúde Indígena, evidenciando o compromisso do Acre com a equidade, o respeito às especificidades dos povos indígenas e a adaptação das estratégias às realidades dos territórios amazônicos.

Outro destaque foi a experiência “Fortalecimento da Governança Regional na Amazônia Ocidental: a experiência da Coordenação da Região de Saúde do Baixo Acre e Purus na implementação do PlanificaSUS”, que demonstrou avanços na articulação regional, no planejamento integrado e na qualificação da gestão da rede de atenção à saúde.

Momento de apresentação das experiencias exitosas durante a Conferência. Foto: cedida

Avanços estruturantes no Baixo Acre e Purus

Na região do Baixo Acre e Purus, a Planificação da Atenção à Saúde tem se consolidado como principal estratégia para orientar mudanças estruturantes na APS, promovendo a organização territorial baseada em risco, a integração efetiva entre os níveis de atenção, a continuidade do cuidado e o fortalecimento da governança regional.

Na linha materno-infantil, os avanços são evidentes na qualificação do acompanhamento de gestantes e crianças, na melhoria da coordenação do cuidado e na construção de fluxos assistenciais mais resolutivos, seguros e humanizados.

A referência técnica estadual da APS na Planificação da Atenção à Saúde, Valéria Moraes, ressaltou que o resultado é fruto de um trabalho coletivo e territorializado: “A Planificação no Acre foi construída a muitas mãos, respeitando as realidades dos territórios e fortalecendo a coordenação do cuidado. Manter o primeiro lugar nacional confirma que organizar a APS a partir do risco, da integração entre os níveis de atenção e da segurança do paciente gera resultados concretos, especialmente na linha materno-infantil.”

Valéria Moraes, é referência técnica estadual da APS, no Acre. Foto: cedida

A agenda estratégica da Atenção Primária segue fortalecida no estado. Atualmente, a Coordenação de Projetos Estratégicos da APS mantém atuação direta na consolidação da Planificação, com foco na articulação de projetos estruturantes, na inovação dos processos de trabalho e na sustentabilidade das mudanças implantadas nos municípios.

A participação do Acre na 3ª Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde reafirma o compromisso do Estado com a inovação, a qualidade do cuidado e o fortalecimento do SUS, demonstrando que o investimento em planejamento, integração e qualificação dos processos de trabalho gera resultados concretos e reconhecidos nacionalmente.

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