Acre
O lado boliviano corrupto, hostil e violento
Por Idésio Luis Franke
As pessoas de origem boliviana que se deslocam para o Brasil, na quase unanimidade dos casos, são tratadas com respeito e consideração. Fatos isolados de hostilidades que acontecem são decorrentes de retaliação por alguma ação vil sofrida no passado recente em solo boliviano.
Por outro lado, e no sentido inverso, não tenho como esconder que uma quantidade enorme de autoridades, servidores públicos e cidadãos daquele país, e em particular da cidade de Cobija, são extremamente hostis, para não dizer deselegantes, mal-educados e truculentos no tratamento e relacionamento com os brasileiros e acreanos que para lá se deslocam para realizar compras, negócios, estudar, visitar e mesmo residir, à exceção de uma minoria de patrícios.
Relacionam-se vários fatos desagradáveis e que ensejaram inclusive contendas diplomáticas internacionais entre o Brasil e a Bolívia nos tempos recentes, entre os quais destacam-se o caso Petrobras, com a quebra de contratos e a expropriação de bens e direitos, a expulsão de brasileiros extrativistas e bolivianos descendentes de brasileiros que viviam na Bolívia produzindo riquezas para aquele país e defendendo seu meio ambiente, extorsão e cobrança de propinas de toda a ordem a estudantes, turistas, motoristas, extrativistas, comerciantes, empresários e profissionais liberais brasileiros, agressão e truculência por parte de seguranças e policiais em casas de entretenimento noturnas, tratamento desumano, constante cobrança de propina e falta de solidariedade a estudantes de nível superior que levam muitos recursos financeiros ao país boliviano, prisão absurda de brasileiras e brasileiros que cometeram pequenos delitos e estão sujeitos a estupros, extorsão e várias formas de violência nas prisões bolivianas, legalização de carros roubados do Brasil, dentre outras mazelas.
Não bastasse isso, são listados como os maiores fornecedores de droga para o Brasil, aliciando jovens, destruindo milhares de famílias brasileiras, promovendo prisões, violência e mortes. É como se a vida e os direitos humanos não existissem.
Para uma grande parcela dos bolivianos não existe respeito às leis, acordos, tratados e convenções internacionais, desrespeitando as regras de governança e convivência entre os povos civilizados.
Verifique que o Brasil fechou os olhos para o caso da expropriação da Petrobras visando auxiliar a Bolívia a melhorar sua arrecadação e renda pública e a montar um sistema de previdência para seu povo. O governo do PT ajuda a Bolívia em ações humanitários, no comércio e em contendas internacionais. Apoia com recursos financeiros e tecnológicos na construção da infraestrutura de base daquele país. Destina bilhões em recursos financeiros para compra de gás boliviano e para a reforma agrária naquele país. Regulariza e dá abrigo a refugiados políticos e permite a aquisição de bens imóveis, como terras e empresas a milhares de bolivianos. Coopera para o abastecimento da Bolívia com produtos agropecuários e industriais. Fornece emprego a milhares de bolivianos em solo brasileiro, mantém centenas de acordos e tratados de cooperação técnica, científica e econômica que beneficiam a Bolívia, entre outras ações.
Vale aqui dizer que este artigo representa meu descontentamento, repulsa e indignação aos fatos que presencio desde a década dos anos de 1970, época em que me entendo por cidadão, uma vez que me criei e convivo na fronteira entre Assis Brasil e Brasileia, mas especialmente no recente governo de Evo Morales, o qual defendi, mas que agora vejo cometer várias barbaridades.
Considero-me progressista e um democrata, mas, diante dos descalabros e atrocidades que verifico na Bolívia, especialmente na área de fronteira, não há como não reagir com firmeza e rispidez. O pragmatismo e a dureza são essenciais, e não há meio-termo quando a carne e o espírito são agredidos simultaneamente.
Em resposta, a população acreana residente na faixa de fronteira com a Bolívia deveria deixar de frequentar as cidades fronteiriças, principalmente Cobija, para realizar compras e viagens de turismo.
Não podemos permitir que centenas de bolivianos venham dentro de solo brasileiro comercializar produtos ilegalmente, com a conivência das autoridades brasileiras, numa concorrência desleal aos nossos comerciantes, como vem acontecendo em Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Plácido de Castro.
A montagem de uma rede de comércio forte, com as leis de incentivos tributários e isenção de impostos de vários produtos e serviços, por meio da Área de Livre Comércio e das Lojas Francas, conhecidas mais por Free Shops, propiciada pelo governo brasileiro, é um caminho viável e que deve ser perseguido pelos cidadãos de Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Plácido de Castro. Com esforço político, apoio do governo e vontade de empresários empreendedores e cidadãos comuns, chegaremos lá.
Àqueles que não conhecem a realidade da nossa fronteira e defendem os “coitadinhos hermanos”, é melhor ficarem calados, ou reagir de forma mais altiva, pois, nós, que conhecemos e sentimos na pele o dia a dia na convivência neste lugar, já cansamos de tantas agressões e falta de apoio da diplomacia brasileira.
Quem sabe se com esses boicotes e ações os bolivianos comecem a tratar os brasileiros com mais dignidade e respeito, pois, quando começam a afetar as relações comerciais e o lado econômico, talvez, o tratamento e a convivência possam melhorar. Aí não mais precisaremos fechar as pontes e tomar outras medidas enérgicas.
Assim, demonstraremos que em nossas veias ainda corre sangue quente e que não é preciso ficar sob permanente humilhação e indeferência. É preciso atitude! Vamos reagir!
Economista e Engenheiro Agrônomo, e Doutor em Desenvolvimento Sustentável
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Acre
Detran-AC e Sead divulgam resultado preliminar de concurso para cargos de nível superior
Edital publicado nesta sexta (5) apresenta classificação dos candidatos e abre prazo para recursos entre 8 e 9 de dezembro.

Foto: Kelvisson Monteiro/Detran-AC
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Acre
PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.

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Acre
Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado
Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale


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